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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
JÓIAS 2009: torcedor de carteirinha, Fabrício tenta seguir os passos de Juan
Fabrício mostra a faixa de campeão juvenil
Fabrício mostra a coleção de medalhas nos dez anos de Flamengo
Vicente Seda /Divulgação
Aos 18 anos, zagueiro volta ao Flamengo depois de uma passagem de sucesso no Paraná
Eduardo Peixoto
Rio de Janeiro
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O presidente Marcio Braga deu a senha: “É hora de subir os garotos porque eles entendem o que é o Flamengo”. O recado chegou e Fabrício apressou-se em vestir a camisa e levantar o dedo. Aos 18 anos, o zagueiro mistura as qualidades de um zagueiro promissor com o comprometimento de um torcedor fervoroso do time.
Em 2007, então nos juniores do Rubro-Negro, o jogador saía de casa sozinho, em Niterói, e ia de ônibus ao Maracanã. Ele era sócio da principal torcida organizada do clube.
- Aquela arrancada que o time deu até a vaga na Libertadores foi especial. Me recordo muito dos jogos contra São Paulo e Corinthians, no Maracanã – conta.
Apesar da juventude, o defensor tem história para contar. No segundo semestre deste ano, o Flamengo decidiu emprestá-lo ao Paraná para que adquirisse experiência. A missão era espinhosa. O clube paranista estava na zona de rebaixamento da Série B.
Ficha técnica
Nome: Fabrício Silva Dornellas
Altura: 1,88m
Peso: 87kg
Nascimento: 20/2/1990 (em Niterói, RJ)
Posição: zagueiro
Ídolo: Juan (zagueiro do Roma)
Fabrício surpreendeu e rapidamente roubou a vaga de titular. As brincadeiras após os treinos também renderam mais uma “obrigação”: ser o cobrador de faltas e pênaltis da equipe. Foram dois gols na reta final e que ajudaram o Paraná a escapar sem sustos do descenso.
- Aprendi muito. Passei por situações novas, com reuniões da diretoria com os jogadores, pressão da torcida... Mas sempre tive como ponto forte a personalidade. Apostei naquela oportunidade de salvar o Paraná como se fosse a última – declara o jogador.
De volta ao Rio de Janeiro, aguarda o momento de se reapresentar ao Flamengo, dia 7 de janeiro. O contrato foi renovado recentemente até 2013. Mas por pouco, ele não deu os primeiros passos em um rival. Na infância, jogou futsal o Fluminense.
- Mas sempre fui flamenguista doente – apressa-se a esclarecer.
A transferência para a Gávea aconteceu em 1998. Em dez anos de clube, aprendeu a admirar companheiros de sua profissão. E dois merecem um elogio especial do zagueiro canhoto.
- Juan (zagueiro do Roma) é meu ídolo, um espelho. Jogador sério, com caráter. Sempre observei muito o Gamarra pelo seu modo de jogar sem cometer faltas – diz Fabrício.
Antes de parar adversários, porém, ele terá de driblar a própria euforia interna. O presidente Marcio Braga, por exemplo, não se contém ao falar do pupilo:
- Este garoto, Fabrício, é uma jóia rara. O novo Juan.
Fonte: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Flamengo/0,,MUL931509-9865,00.html
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