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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Virada heróica coroada com título

Após virada heróica, Fla é campeão da LDO

Rubro-negro superou o Bauru por 70 a 68 nos minutos finais e levou o título


O Flamengo terminou 2011 soltando o grito de campeão. Após uma reação heróica, o time sub-21 rubro-negro venceu o Bauru, na final da Liga de Desenvolvimento Olímpico (LDO), por 70 a 68, e levou o título da competição. O time paulista liderou o placar durante quase todo o jogo, mas uma cesta do pivô Ricardo Bampa, de 19 anos, que saiu do banco de reservas, deu o título ao Mais querido do Brasil.

Após ter ficado quase 15 pontos atrás do adversário, o Flamengo entrou no último quarto com 11 pontos para tirar. E o fez. Ricardo Bampa entrou em quadra e fez duas cestas de três pontos, colocando o Fla novamente na briga. Com a mão certeira, ele acertou mais um arremesso a um segundo do fim e deu números finais ao jogo.

"É sempre bom ganhar e não tenho palavras para comentar esse título. O tanto que a gente sofreu, a gente merecia mais do que qualquer um esta vitória. Não dá nem para explicar, estou arrepiado", afirmou o herói do jogo.

Muito emocionados em quadra, os jogadores do Flamengo agradeceram muito ao treinador Paulo Chupeta, que já foi campeão do NBB com o time profissional rubro-negro.

"O título foi muito batalhado. O Chupeta se tornou um pai para a gente, abraçou esse projeto e confiou em cada um dos jogadores. Hoje estamos coroando todo esse nosso esforço", disse o ala-pivô Fred Duarte, destaque do Flamengo na competição ao lado do armador Gegê.

Também sem esconder a felicidade pelo título conquistado junto à molecada do Flamengo, Paulo Chupeta se sentiu rejuvenescido.

"É uma emoção a cada dia, a gente rejuvenesce. Essa garotada precisava de um apoio, e eu aceitei o desafio. Não tem prêmio melhor que a conquista do título", completou o técnico.

O diretor de basquete do Flamengo, Arnaldo Szpiro, também comemorou o ótimo aproveitamento do basquete do Flamengo deste ano em todas as categorias.

"A base do Flamengo teve um rendimento como há muito tempo a gente não tinha. Estamos muito feliz com esse título do primeiro campeonato brasileiro sub-21, repetindo o time adulto que ganhou o primeiro NBB", afirmou, para depois finalizar.

"O time adulto foi reformulado no meio do ano e conseguimos conquistar o heptacampeonato estadual. O planejamento que foi feito foi plenamente atingido. Estamos muito satisfeitos com o basquete do Flamengo", finalizou.

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticia/detalhe/14584

sábado, 24 de dezembro de 2011

100 anos de Futebol

Futebol do Flamengo surgia há 100 anos. Na noite de Natal



Vinte e quatro de dezembro de 2011. Uma data especial para o Flamengo e seus torcedores. Há exatos 100 anos, na véspera do dia de Natal de 1911, o futebol do clube mais popular do Brasil era criado. O Clube de Regatas do Flamengo nasceu em novembro de 1895 como uma agremiação voltada para a prática do remo. O futebol só chegaria ao clube já após a primeira década do século XX.

Em 2 de outubro de 1911, nove jogadores do Fluminense, insatisfeitos com a direção do clube após um desentedimento sobre a escalação do time, decidiram deixar o Tricolor. E apresentaram ao Flamengo uma proposta para a criação de uma seção de futebol, a primeira modalidade do departamento de “esportes terrestres”. Sugestão que foi aprovada em uma assembleia realizada na noite de Natal daquele ano.

Os nove pioneiros foram: Alberto Borgeth, Armando de Almeida, Emmanuel Nery, Ernesto Amarante, Gustavo de Carvalho, Lawrence Andrews, Orlando Sampaio Mattos, Othon Baena de Figueiredo e Píndaro de Carvalho.

Foram necessários ainda cinco meses para que aquele grupo, reforçado por outros jogadores convidados a integrar a nova equipe de futebol da então capital federal, entrasse em campo. E a estreia mostrou que aquele time tinha grande potencial. Uma goleada de 16 a 2 sobre o Mangueira, pelo Campeonato Carioca, no estádio da Rua Campos Sales. Gols de Gustavo de Carvalho (cinco), Ernesto Amarante (quatro), Alberto Borgeth (quatro) e Armando de Almeida (um).

Em 13 jogos, o Flamengo obteve nove vitórias, dois empates e duas derrotas. E ficou com o segundo lugar, atrás do Tricolor, que venceu o primeiro Fla-Flu (3 a 2). No segundo turno, deu Flamengo: 4 a 0.

Foto: Flaestatística.com

Fonte: http://globoesporte.globo.com/platb/memoriaec/2011/12/24/futebol-do-flamengo-surgia-ha-100-anos-na-noite-de-natal/

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O ano de 2011

Aproveitamento de 2011, no entanto, ficou atrás do apresentado em outras dez temporadas nestes últimos 27 anos
Por GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro



Flamengo de Ronaldinho Gaúcho, Deivid e Thiago
Neves perdeu só dez vezes nesta temporada
(Foto: Ivo Gonzalez /Globo)

Campeão estadual invicto, o Flamengo conseguiu bons números também no Campeonato Brasileiro. Além da vaga na Libertadores e da maior invencibilidade na era dos pontos corridos (16 jogos), o time de Vanderlei Luxemburgo foi derrotado apenas dez vezes nesta temporada. Há 27 anos, o Rubro-Negro não encerrava uma temporada com menos de 11 derrotas. Em 1984, a equipe perdeu apenas nove vezes.

Naquele ano, no entanto, o Flamengo obteve o melhor aproveitamento deste período (67,78%), ao contrário de 2011, em que os 60,40% deixam o time de Ronaldinho & Cia. - que também ficou dez partidas sem vencer - atrás de outras dez temporadas rubro-negras desde 1984.

Flamengo em 2011
Jogos 69
Vitórias 33
Empates 26
Derrotas 10
Gols Pró 106
Gols contra 71
Aproveitamento 60,40%

Apesar do rendimento abaixo de outros anos, a defesa do Flamengo comemorou o pequeno número de derrotas. Com contrato até 2014, Alex Silva acredita que as dez derrotas refletem o bom trabalho mostrado pelo grupo rubro-negro.

- Tivemos um grande ano e as poucas derrotas são o reflexo do bom trabalho. Tivemos algumas críticas no setor defensivo, mas isso é normal no Flamengo, pois aqui a pressão é muito grande. - disse o defensor, ao site oficial do clube.

Além das dez derrotas, o Fla de 2011 obteve ainda 33 vitórias e 26 empates em 69 jogos disputados.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2011/12/com-apenas-dez-derrotas-fla-tem-melhor-desempenho-desde-1984.html

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O título brasileiro preferido de Zico

Há 24 anos o Fla chegava ao tetra brasileiro

Título nacional preferido do Galinho foi conquistado com vitória em cima do Internacional
Autor: Por Equipe do Site Oficial
Em 13/12/2011 às 13h28


Zico comemorou muito o título brasileiro de 1987
O maior jogador da história do Flamengo comemora nesta terça-feira (13.12) um título especial. E engana-se quem pensa se tratar do Mundial Interclubes, também conquistado nesta data. Zico, obviamente, estima muito o caneco mais importante ganho por ele com o manto sagrado, mas guarda com um carinho especial o Brasileirão de 1987.

No Campeonato Brasileiro daquele ano, Zico estava ao lado de jovens craques rubro-negros como Jorginho, Leonardo, Zinho, Bebeto e Renato Gaúcho, além dos já experientes Leandro, Edinho e Andrade. E o camisa 10 já sofria com as lesões no joelho. Tanto que teve que se superar para estar em campo nos quatro últimos jogos do Flamengo na competição.

Nas semifinais, diante do Atlético-MG, Zico conseguiu ficar em campo os 90 minutos na partida de ida, no Maracanã. Se machucou e, a partir daí, não aguentou mais jogar todo o tempo. Sempre substituído, assistia do banco de reservas as vitórias emocionantes do Flamengo.

"Sem dúvida é o Brasileirão que guardo com mais carinho. Foi o meu último título desta competição pelo Flamengo e eu tive que superar as dores no joelho. Lembro que joguei apenas uma partida inteira nos quatro últimos jogos. Sabia que eu tinha que operar, mas me reuni com os médicos do clube e acertamos que eu iria até o final do campeonato. No dia seguinte à final, operei", explicou Zico, lembrando dos momentos difíceis passados no vestiário.

"Chegava no intervalo e o joelho já estava inchado. Foi difícil, mas valeu a pena cada momento".

Na segunda partida da semifinal, Zico foi substituído por Henágio, no Mineirão, mas já tinha deixado sua marca, contribuindo pela épica vitória por 3 a 2 (Bebeto e Renato Gaúcho completaram o placar).

Nos dois jogos da final, diante do Inter, o Galinho foi substituído por Flávio, mas o empate em 1 a 1, no Beira Rio, e a vitória por 1 a 0, no Maracanã, garantiram o título.

As publicações da época contam que Zico assistiu aos últimos minutos da decisão do túnel de entrada dos jogadores. E, assim que o árbitro apitou o término do jogo, o Galinho abriu um sorriso e saiu correndo, abraçando todos os companheiros, como se tivesse ganho seu primeiro título com o manto sagrado.

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticia/detalhe/14526

O mundial e o tetra brasileiro

Além do mundial, Fla comemora tetra brasileiro
Em 13 de dezembro de 1987, time comandado por Carlinhos bateu o Inter no Maracanã e conquistou seu quarto Brasileiro

Márcio Brito
Publicada em 13/12/2011 às 14:14
Rio de Janeiro (RJ)

O 13, para muitos, é a expressão numérica do azar, do mau agouro. Se você é rubro-negro e acredita na superstição negativa em torno do número, reveja seus conceitos. Nesta terça-feira, dia 13 de dezembro de 2011, o Flamengo comemora 30 anos de sua mais importante conquista, o Mundial. Mas foi, também, num dia 13 de dezembro, no ano de 1987, que o Rubro-Negro conquistou a Copa União, seu quarto título brasileiro, batendo o Internacional, no Maracanã.

Após empate por 1 a 1 no primeiro jogo da final, em Porto Alegre, com gols de Bebeto para o Fla, e Amarildo para o Inter, os clubes decidiram o título no Maracanã, em um jogo tenso, equilibrado, em que a categoria dos rubro-negros prevaleceu sobre a força colorada.

Aos 16 minutos de jogo, após disputa na direita do ataque rubro-negro, a bola chegou a Ailton. O meia iniciou uma triangulação, na entrada da área colorada, que passou por Zinho antes de chegar a Andrade. Bebeto, que já tinha marcado o gol do Fla no empate do Beira-Rio, recebeu passe perfeito do volante e, na saída de Taffarel, tocou de canhota, no cantinho direito do goleirão do Internacional. Foi o único gol do jogo, que garantiu ao time comandado por Carlinhos o tetracampeonato brasileiro.

Com alguns remanescentes da geração campeã do mundo, como Zico, Andrade e Leandro, mesclados a novos valores que brilhariam mais tarde pela Seleção Brasileira, como o lateral-esquerdo Leonardo, o meia Zinho e os atacantes Renato Gaúcho e Bebeto, além do também experiente zagueiro Edinho, o time campeão de 1987 recolocou o Flamengo no topo do futebol brasileiro.

Apesar de todas as confusões que se seguiram à competição e culminaram no reconhecimento oficial do Sport-PE como o campeão brasileiro daquele ano e na consequente exclusão de Flamengo e Internacional da Libertadores de 1988, para os torcedores do Flamengo e os jogadores que o defenderam na competição, não há dúvida: 13 de dezembro de 1987 é o dia do tetra.

Leia mais no LANCENET! http://www.lancenet.com.br/flamengo/mundial-Fla-comemora-tetra-brasileiro_0_608339229.html#ixzz1gT3KcstN
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Uma verdadeira família

"Levaram quatro, cinco anos para a ficha cair"
Marinho conta como foi ser campeão do mundo pelo Fla, mas não consegue definir o que o título significa

Autor: Por Equipe do Site Oficial
Em 13/12/2011 às 00h05


Marinho esteve em festa para comemorar o Mundial

Ser campeão do mundo é o máximo que um jogador pode conseguir por um clube. E o paranaense Marinho conseguiu. E pelo time mais querido do Brasil, o Flamengo. Depois de começar a carreira no Londrina, time de sua cidade, o zagueiro foi contratado um ano antes da conquista do Mundial, em 1980, a pedido de Claudio Coutinho, mentor daquele time incrível. Agora, 30 anos depois de ter chegado ao auge pelo Rubro-negro, o camisa 13 revela que a ficha demorou a cair naquela época. Talvez ela nem tenha caído ainda.

Emocionado com as homenagens aos 30 anos da maior conquista rubro-negra, Marinho contou o que sentiu quando o árbitro apitou o final do confronto diante do Liverpool. Aquele jogo tão importante, em que ele quase não teve trabalho.

"Na verdade, eu estava preocupado com o que estava acontecendo aqui no Rio de Janeiro. Tínhamos que aproveitar aquela chance única. Chegar lá é muito difícil e, graças a Deus, conseguimos ganhar. Só imaginava como seria estar aqui. Na verdade, acho que levou uns quatro ou cinco dias para a ficha cair", revelou Marinho, que não esquece dos ex-companheiros e eternos amigos.

"Fizemos bons amigos naquele grupo. Eu sinto muita falta de todos".

Ao tentar definir o que era aquele time campeão mundial pelo Flamengo em 1981, o ex-zagueirão rubro-negro titubeou. Perdeu as palavras, pensou, mas não conseguiu chegar a uma definição. Talvez a saudade, a vontade de voltar no tempo, tenha tomado conta.

"É muito difícil. Não tem como definir. O tempo passa tão rápido que você nem vê", finalizou.

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticia/detalhe/14522

Até o adversário se rendeu com a aula de futebol

Ex-lateral do Liverpool define decisão do Mundial de 1981: ‘Uma aula’
Um dos melhores da equipe que perdeu para o Fla em 81, Phil Neal se rende ao talento de Zico & Cia.: ‘Obrigado por nos fazer um time melhor’
Por Carlos Heraldo Mota
Direto de Londres



Phil Neal ainda trabalha com a bola: garimpa
talentos no Reino Unido (Foto: Getty Images)

O que era para ser complicado se tornou fácil. E o que era para ser um jogo de futebol se transformou em uma verdadeira aula. É desta maneira que o Liverpool enxerga o duelo com o Flamengo que decidiu o Mundial Interclubes de 1981, em Tóquio, no Japão. Nesta terça-feira, a conquista rubro-negra completa 30 anos, e o GLOBOESPORTE.COM foi até a Inglaterra falar com Phil Neal, lateral-direito dos Reds três décadas atrás e um dos principais jogadores daquele time, sobre a partida que alçou o clube carioca ao topo do mundo e, segundo ele próprio, fez os ingleses evoluírem no futebol.

Phil, que aos 60 anos ainda trabalha no mundo da bola, garimpando talentos no Reino Unido, abriu seu baú de memórias sobre a tarde de13 de dezembro de 1981 e se despiu de qualquer vaidade ou rancor pelo revés com placar elástico ao resumir, já na primeira resposta, seu sentimento.

- Recebemos uma verdadeira aula de como jogar futebol. O Flamengo tinha um time muito veloz. O Nunes era um atacante muito rápido. Ele, o Zico e todos os outros caras nos deram uma verdadeira lição.

Com dois gols de Nunes e um de Adílio, o Flamengo liquidou a fatura ainda no primeiro tempo, diante de um Liverpool que parecia não acreditar no que via. Na etapa final, o Rubro-Negro optou por trocar passes, colocar os gringos na roda e administrar um resultado, que, para Phil, foi pequeno, tamanha a superioridade brasileira.


Phil Neal era um dos destaques daquele time de 1981 (Foto: Divulgação/Site Oficial do Liverpool)

- Nós, ingleses, gostamos muito de treinar, praticar, jogar.Queremos sempre vencer. Fomos para Tóquio testar a nossa força. Mas o Flamengo era muito bom em todas as posições. Não tenho dúvidas que o placar poderia ser mais dilatado. Após os 90 minutos, eles poderiam ter vencido por 6 a 0. Foi pouco.

A frustração pela derrota, no entanto, deu lugar à inspiração por parte dos ingleses na volta para casa. Mal colocado no campeonato nacional, o Liverpool precisava dar uma resposta ao torcedor e viu no jeito de o Flamengo jogar uma forma de conquistar o título daquela temporada.

- Quando voltamos para a Inglaterra, estávamos em 12º no campeonato. Depois daquele jogo, engatamos uma série de vitórias que nos levou ao título. O time do Flamengo nos ajudou, e muito, nessa conquista. Nos mostrou que poderíamos fazer melhor do que fazíamos – disse Neal.

O ex-lateral-direito falou ainda sobre um suposto menosprezo dos ingleses ao Flamengo antes da partida.

- Jamais desrespeitamos os adversários. É uma história muito longa. Viajamos mais de 22 horas até o Japão, estávamos cansados. Não é desculpa, mas...

Por fim, Phil Neal respondeu ainda o que falaria em um hipotético encontro com Zico, Junior e companhia, e resumiu mais uma vez o que aquela equipe representou para sua geração:

- Obrigado. Muito obrigado por fazer de nós um time melhor.

Aos rubro-negros, só resta dizer: de nada.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2011/12/ex-lateral-do-liverpool-define-decisao-do-mundial-de-1981-uma-aula.html

De Imbituba para o mundo

"Sai de Imbituba para ganhar o mundo pelo Flamengo"
Lico resgata boas lembranças do Mundial de 1981, o maior título rubro-negro de todos os tempos

Autor: Por Equipe do Site Oficial
Em 13/12/2011 às 00h40


Lico lembrou de sua trajetória até ganhar o mundo Com a camisa 11 do Flamengo, Lico ficou eternizado, junto com todo o "esquadrão de ouro", pela conquista do Mundial de 1981. E a felicidade por ter chegado ao topo pelo Mais querido do Brasil nunca deixou de pulsar no coração deste catarinense, da pequenina Imbituba. Passados 30 anos do título, ele ainda lembra, como se fosse hoje, os momentos marcantes vividos no Japão.

Lico quase chegou a balançar a rede do Liverpool, mas o zagueiro Thompson impediu o tento do camisa 11. Não teve importância, pois Adílio, em seguida, empurrou a bola para dentro do gol. E, independente de ter deixado sua marca, o ponta conseguiu deixar sua marca na história do Flamengo.

"Quando soou o apito final, senti que tinha realizado um sonho. Tinha conquistado um título importantíssimo por uma equipe grande. Veio na minha cabeça toda a minha trajetória, saindo de uma cidade pequena, que tinha menos de 15 mil habitantes, para conquistar o mundo pelo Flamengo", explicou Lico.

E a fama que o brasileiro possui de não dar valor ao passado e aos seus ídolos não se aplica à Nação. Isso Lico pode comprovar em 30 anos de homenagens.

"Não dá para ter noção de como é bom receber esse carinho, sentir isso. É uma coisa que só Deus pode explicar. Não existe presente maior para mim do que ser lembrado. É muito gostoso. E é bom também para que esse grupo atual saiba o que é defender o Flamengo", disse o ex-camisa 11.

Indo mais fundo em sua memória, passeando pelas emoções destes 30 anos, Lico ainda conseguiu definir em uma só palavra o que era o time do Flamengo campeão mundial de 1981. "Fantástico".

Sobre a conquista, a maior de todas de sua carreira, não poderia ser diferente. O ex-ponta rubro-negro cravou como "muito marcante".

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticia/detalhe/14523

O maior jogo da história

Há exatos trinta anos, em Tóquio, no Japão, Flamengo de Zico, Júnior, Nunes e companhia coloria o mundo de vermelho e preto

Equipe do Flamengo conquistou o Mundial Interclubes há trinta anos

(Foto: Sebastião Marinho/Agência O Globo)
Claudio Portella
Publicada em 13/12/2011 às 07:00
Rio de Janeiro (RJ)

Para muitos ser campeão do mundo é o sonho de uma vida, o ápice, o maior acontecimento dentro da carreira de um esportista. Poucos podem descrever este sentimento. Desde o dia 13 de dezembro de 1981, a maior torcida de um clube de futebol do Brasil e uma das maiores do planeta, sabe o que é isso. Motivo de orgulho da imensa nação rubro-negra, os triunfantes 3 a 0 sobre o Liverpool, na final do Mundial Interclubes, completa 30 anos. Embora tenha passado bastante tempo, aquele dia foi escrito pelos pés de verdadeiros artistas da bola, e pemanece na História do futebol mundial.

Chegada ao Japão

A delegação do Flamengo chegou dois dias antes do jogo. O cansaço devido à maratona das decisões de Libertadores e dos três duelos com o Vasco é um dos muitos percalços que o grupo rubro-negro teve que enfrentar. Uma parada em Los Angeles, nos Estados Unidos, e a visita à Disneylândia deixou o clima no elenco mais leve, relaxado.

No hotel, já em Tóquio, no Japão, onde aconteceria a final, muita conversa e um clima de descontração em meio a tanta ansiedade. Cada jogador que vestia vermelho e preto sabia da importância daquele momento. Em breve fariam História, ou melhor, escreveriam-na, não com suas mãos, mas com seus talentosos pés. O duelo entre Flamengo e Liverpool não significava somente um confronto entre Brasil e Inglaterra ou a tradicional rivalidade entre sul-americanos e europeus. Estariam em campo dois clubes com torcidas fanáticas, em busca da conquista do mundo pela primeira vez.

- Nosso grupo era simples. Respeitávamos um ao outro. Todos estavam ansiosos antes do jogo, pois queríamos definir logo. Nossa concentração foi normal como em qualquer outra partida. Não mudamos a nossa maneira de ser. Sempre soubemos o que fazer - contou o ex-ponta-direita Tita, ao LNET!.

O jogo

Chega o dia da grande decisão. Naquele ano de 1981, nenhuma madrugada teve mais gente acordada no Rio de Janeiro, quanto aquela. O time do Flamengo entra em campo com uma pequena surpresa: a camisa vermelha e preta, já conhecida e consagrada, dá lugar ao segundo uniforme, predominantemente branco. Quem ostentaria o vermelho naquela final seriam os ingleses, que, pomposos e cheios de cartaz, entram com arrogância, como se o duelo estivesse "no papo". Talvez por ter a preferência de usar suas cores ou por não saber o que realmente enfrentariam. Não sabiam, que fosse a cor que vestisse, o Flamengo possuía um escrete repleto de habilidade e simplicidade.

- Quando entramos em campo, percebemos o menosprezo deles. Conversamos entre nós e usamos isso como um fator motivacional. Se acharam que nos intimidariam, erraram. Fomos para cima deles - lembrou o ex-zagueiro Mozer.

Foi o que aconteceu. Não demorou muito para o time de branco impor seu ritmo, desconhecido pelos gringos, mas enaltecido em solo canarinho, fundamentado num toque de bola envolvente, entrosamento e alegria. Bastaram 13 minutos de jogo para que Zico achasse o centroavante Nunes. Com um lançamento genial do Galinho, - entortando a coluna do coitado do defensor inglês - o camisa 9 não perdoou e mandou para o fundo das redes. Seria um golpe de sorte dos brasileiros? A resposta veio minutos depois. Tita levou uma rasteira perto da área. Zico bateu a falta e o goleiro Grobbelaar bateu roupa. No rebote, lá estava o meia Adílio para conferir. O Fla fazia 2 a 0.


Jogadores desembarcam no Rio após a conquista do Mundial (Foto: Agência O Globo)
Mas o que será que pensavam os ingleses naquele exato momento? Afinal, levaram uma surra de um time que, até então, era tido como uma barbada para o tal Exército Vermelho - como eram conhecidos na terra dos Beatles.

Logo eles percebiam mesmo que "You'll never walk alone", hino cantado pelos torcedores do Liverpool durante os jogos, não teria vez naquele dia 13 de dezembro de 1981. A música que ganhava força no estádio Nacional, em Tóquio, era um samba bem brasileiro e tinha em Zico o grande compositor, o melhor em campo naquela final. Os ingleses dançaram o baile vermelho e preto (naquele dia, branco também). E, se não conheciam bem o Flamengo, agora sabiam bem do que se tratava. Com requintes de crueldade, o aniquilador de decisões, Nunes, ainda fez o terceiro gol, ainda na primeira etapa.

- Sempre fui um centroavante que treinava bastante, me aperfeiçoava nos chutes a gol e nos cabeceios. Sempre acreditava que o goleiro iria soltar as bolas. Estava voando na decisão. Não foi novidade, a minha disposição em campo mostrava isso. Noso time estava preparado para vencer - afirmou Nunes ao LNET!.

Os ingleses acabaram o duelo atordoados, admitindo a tamanha superioridade brasileira. No Brasil, uma verdadeira festa começava. O Flamengo se tornava, naquele momento, o maior time do mundo, com os maiores craques do mundo, com um futebol inesquecível.

FLAMENGO 3x0 LIVERPOOL
Mundial Interclubes de 1981

Local: Estádio Nacional, Tóquio (JAP)
Data: 13 de Dezembro de 1981
Árbitro: Rúbio Vazques (México)
Gols: Nunes 13', Adílio 34' e Nunes 41' do 1° tempo

FLAMENGO: Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico. Técnico: Paulo César Carpeggiani.
LIVERPOOL: Grobbelaar; Neal, Thompson, Hansen e Lawrenson; Lee, Souness, McDermott (Johnson) e Ray Kennedy; Dalglish e Johnstone. Técnico: Bob Paisley.

Com a palavra - Roberto Assaf

Onde você estava na madrugada de sábado, 13 de dezembro de 1981? Se já era crescidinho e morava no Rio de Janeiro não pôde ficar alheio ao carnaval que tomou conta das ruas da cidade logo depois que o árbitro mexicano Rubio Vasquez deu por encerrado o espetáculo que teve palco o gramado do Estádio Nacional de Tóquio, onde o Flamengo, com um futebol de dribles desconcertantes e de irresistível toque de bola goleou o Liverpool por 3 a 0, ganhando o título mundial interclubes.

O Liverpool chegou à capital do Japão carregando a fama e o respeito alcançados com pelo menos oito títulos importantes obtidos desde 1976, quando o técnico Bob Paisley deu forma definitiva ao time: um da Copa da Uefa (1976), três da Liga dos Campeões da Europa (1977, 1978 e 1981) e quatro do Campeonato Inglês (1976, 1977, 1979 e 1980). Os ingleses também desembarcaram credenciados por eliminarem o Bayern de Munique nas semifinais e pela vitória de 1 a 0 sobre o Real Madrid, na decisão continental daquele ano.

Vale lembrar para você, que é mais jovem, e para os que começaram a perder a memória, que não existia TV a cabo e internet, o que impossibilitava ao torcedor - seja de onde for - acompanhar de perto o que se passava um pouco além dos seus olhos. Assim, os jogadores do Liverpool olharam para a rapaziada do Flamengo com indisfarçável ar de superioridade, certos de que não teriam muitas dificuldades para derrotá-los. Assim, todo rubro-negro deveria agradecer todos os dias ao esforço da TV brasileira, que transmitiu ao vivo, e a cores, uma das maiores exibições de um time de futebol.

Pois é. Já no intervalo do duelo, o esquadrão de Zico praticamente liquidara o jogo, sem dar-lhe oportunidade de reação. Nunes, ainda marcou mais uma vez, aos 42, com chute cruzado: 3 a 0. O Liverpool bem que procurou a bola na etapa final. Mas como encontrá-la? Numa autêntica brincadeira de "barata voa", o Flamengo rolou a bola de pé em pé, e pôr os gringos na roda, na prática, valeu mais que enfiar um caminhão de gols.

Outro detalhe: o Flamengo é o único clube do Brasil que ganhou três títulos importantes num período de 21 dias: a Taça Libertadores em 23 de novembro, o Estadual do Rio de Janeiro em 6 de dezembro e o Mundial em 13 do mesmo mês, todos em 1981. Nem o Santos de Pelé, maior time de futebol de todos os tempos, foi capaz de superar tal marca. Precisou de 108 dias em 1962 para conquistar a Libertadores (30/8), o Mundial (11/10) e o Paulista (15/12). O Paysandu, de Belém, é o que mais se aproximou de tal façanha, em 2002: ganhou a Copa Norte em 28 de abril, o Paraense em 16 de junho e a Copa dos Campeões em 4 de agosto. Total: 68 dias.

Mas também vale destacar aqui que praticamente todo o pessoal presente em Tóquio - os titulares, além de Cantarelli, Figueiredo e Anselmo, que estavam no banco - mais Rondinelli, o "Deus da Raça", que deixou o clube antes da memorável conquista, foram revelados na gestão Hélio Maurício, na qual começou, efetivamente, a lenda do "craque o Flamengo faz em casa".

Se você é jovem, queira acreditar, é tudo verdade. Se você já está, digamos, mais veterano, não esqueça, nada disso é lenda.


Entrevista com os heróis da conquista
Qual a primeira lembrança que você tem do título mundial do Flamengo?

Raul Plasmann (Atualmente, trabalha com as divisões de base do Cruzeiro)
Foi a consagração, independente de ser de clube ou seleção, me senti realizado. Lembro que cheguei no topo do mundo naquele momento. Tenho todos os títulos que um jogador pode ter. Foi o ápice de uma carreira.

Leandro (Dono de pousada em Cabo Frio)
A coisa que lembro bastante é assim que o jogo acabou. Quando chegou no fim, eu já sabia que iríamos ser campeões, pois estava 3 a 0. Olhava em volta e não via a torcida do Flamengo. Sentia falta disso, e por um instante fechei os olhos e mentalizei eles. Assim, pude comemorar com todos. Pude sentir como eles estavam no Brasil.

Marinho (Trabalha como olheiro em Londrina, além de construção civil)
Tínhamos a tranquilidade de dois títulos consecutivos. Falava-se bem do Liverpool, mas não eram páreo para gente. O que me marcou mais foi pensar na volta, queria ver aquele povo muito doido.

Mozer (Treinador do Portimonense-POR)
Lembro da vitória, da trajetória, da dificuldade, do adversário fazer pouco caso do nosso time, menosprezando individualmente e coletivamente. Isso foi motivadror para que conseguíssemos ter a grande vitória que tivemos. Ficou evidente isso na nossa atuação.

Júnior (Comentarista de TV)
Passou um filmezinho de toda aquela caminhada. Foi a consolidação do trabalho que foi iniciado em 1974. Em 81, foi a junção de três gerações. Sete anos para chegar aonde chegamos. Foi algo que marcou todos nós, todo aquele grupo mereceu. Adorávamos jogar juntos, jogávamos com prazer.

Andrade (Treinador de futebol)
A importância que teve foi única, para mim nada é comparável aquela comemoração de título mundial. Foram três jogos, três decisões e ganhamos todos. Estávamos no auge. Em tudo: fisicamente e taticamente. A maioria era da Seleção Brasileira. Sabia naquele momento que estava entrando para a História do Flamengo.

Adílio (Trabalha nas divisões de base do Flamengo)
Foi demais. Nosso time jogava por música. Todos éramos amigos e somos até hoje. O time era completo. Só tinha craques e grande campeões.

Zico (Treinador da seleção iraquiana)
A primeira coisa que pensei foi o fato de não ter a torcida do meu lado. No mundial, isso faltou, e era o mais importante, ter todos incentivando, torcendo. Isso me fez muita falta. Vi ao redor e ela não estava lá, mas sabia que todos estava realizados, como nós. Falava para todos no grupo que não podíamos perder o gosto de ganhar, manter a pegada. Essa vontade tem que prevalecer, seja em pingue-pongue ou em bola de gude.

Lico (Atualmente mora em Santa Catarina)
Pensei que estava acontecendo a conquista maior do clube e a realização de cada jogador que fazia parte daquilo. Todos lutaram muito. Foi o nosso maior feito, o de uma geração campeã. Não é fácil, se fosse fácil não teríamos comemorado tanto e não teria o mesmo valor. Foi inédito e memorável.

Nunes (Assessor do prefeito de Macaé)
Quando lembro penso que eu sou campeão do mundo. Essa é a palavra que todos usam, não é? Somos campeões do mundo. Os outros torcedores têm de aturar isso. E você é campeão? Não. Aqui no Rio de Janeiro é só o Flamengo.

Tita (Treinador do Necaxa-MEX)
A lembrança que ficou guardada é quando estávamos recebendo a taça, estava logo atrás do Zico e do Leandro. O Raul olhou pra mim e disse: "Aproveita este momento que nunca mais vai se repetir. É único". Tem momentos que são assim, este foi e não se repete, só na minha memória.

Paulo César Carpegiani (Treinador de futebol)
Sabia que poderíamos conseguir aquilo. Lembro de todos estarmos com o sentimento de dever cumprido. Foram três decisões seguidas e aquela consagrou uma geração de ouro. Nosso nome estava cravado de vez na História. Só não esperava um começo tão bom como treinador.

Francisco Moraes (torcedor, um dos fundadores da Raça Rubro-Negra)
Já fui a 73 países. Gastei tudo que tinha, mas não perdi um jogo do Zico. Em 1981, a passagem do Rio para Tóquio custava US$ 14 mil, dinheiro que não tinha na época, mas consegui um desconto com a embaixada japonesa, que tinha interesse em expandir o turismo em seu país. Acabou ficando por US$ 3.200, em dez prestações. Ao todo, 46 torcedores viajaram, mas só 17 ficaram na arquibancada, e os demais foram para as tribunas. Fiquei entre os 17, e treinei os japoneses (contratados pela Toyota, patrocinadora do jogo) a torcerem pelo Fla. Comprei pano para fazer as faixas, aprendi a escrever o nome do clube em japonês e ensaiei os gritos de guerra da torcida com o público de lá. Hoje não tenho mais condições de fazer o que fiz, mas faria tudo de novo. Foi o dinheiro mais bem gasto da minha vida.

Análise tática - Mauro Beting

Análise Liverpool

O Liverpool foi disputar o Mundial com oito titulares da final da Liga da Europa que se repetiram no Japão. Fora Alan Kennedy, mais duas trocas: na meta, o titular em Tóquio foi o sul-africano Grobbelaar (que atuava pelo Zimbábue), bom goleiro que obrigara o ídolo Ray Clemence a trocar 11 anos de Liverpool pelo Tottenham. No ataque, David Johnson, o atacante mais à esquerda em Paris, no 4-3-3 montado para vencer o Real Madrid, foi substituído no Japão por Craig Johnston, mais um meia-atacante que um homem de frente, australiano nascido na África do Sul, que teve como maior contribuição no futebol o design e o desenvolvimento da chuteira Predator da Adidas, depois de ele ter pendurado as próprias.

O 4-3-3 que variava para um 4-4-2 armado por Paisley no Japão deixava clara a intenção do manager: esperar o Flamengo e especular no contragolpe. Confiando na boa fase de Grobbelaar, no apoio do bom lateral-direito da Seleção Inglesa Neal, na solidez pelo alto dos entrosados zagueiros Thompson e Hansen, e, vá lá, na capacidade de marcação de Lawrenson.

No meio-campo, o melhor do Liverpool. McDermott, Souness (escocês) e Ray Kennedy faziam de tudo um pouco. E muito bem. Marcavam como se fossem volantes, e sabiam organizar como meio-campistas de área a área. Difícil precisar a posição real deles. Movimentavam-se e finalizavam com qualidade. Dando suporte ao ótimo Dalglish, e aos esforçados homens de frente Lee e Johnston. A movimentação da turma de frente fazia o 4-3-3 de Paris virar um 4-4-2 em Tóquio. Lee fechava à esquerda, com Mc Dermott mais aberto à direita para travar Júnior. Eventualmente, Lee caía pela direita, com Dalglish ou Johnson abrindo pela esquerda.

Análise Flamengo

Além do entrosamento e bagagem, tecnicamente o time de 1981 do Flamengo era melhor. E taticamente mais evoluído. Foi o primeiro grande time brasileiro a repetir a ideia do time do Brasil de 1970: um 4-2-3-1. Tita e Lico eram meias abertos pelos lados, com Zico centralizado e próximo do pivô Nunes. A diferença absurda para todos os times de hoje que abusam do 4-2-3-1 era a qualidade técnica. Além da ofensividade: os laterais Leandro e Júnior eram quase pontas. O meia Adílio dava um pé como segundo volante mas, muitas vezes, era um quarto armador. O volante Andrade marcava e jogava demais.

O mesmo 4-3-3 que o Flamengo usava em 1981, com Tita (ou Chiquinho) e Baroninho pelas pontas, até a entrada em definitivo de Lico pelo lado esquerdo, mais recuado, na goleada de 6 a 0 diante do Botafogo, em novembro, pelo Estadual daquele ano. A partir daí o time deu liga. E deu três títulos em 21 dias.

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De torcedor a ídolo

Ícone da geração de 1981, Leandro se emociona ao lembrar passadoMelhor lateral direito da história prova seu amor pelo Fla na festa dos 30 anos do Mundial
Autor: Por Equipe do Site Oficial
Em 13/12/2011 às 01h29


Leandro se emocionou ao falar do Mundial de 1981

Com o número 2 nas costas, Leandro se consagrou como o melhor de todos os tempos na lateral direita. Mas nem a fama, o reconhecimento, os títulos... nada deixou para trás o amor que o "Peixe frito" sente pelo Flamengo. Além de seu talento, desfilou pelos gramados, durante 12 anos, toda a sua admiração pelo manto sagrado, sua segunda pele. Na verdade, nunca teve outra.

Há 30 anos, Leandro vivia o momento mais épico de sua carreira. Ele conseguia dar aos rubro-negros a alegria que sempre sonhou em sentir. Deus quis que fosse dentro do campo, que ele fosse um dos protagonistas e isso emociona o craque. Mesmo após tanto tempo.

"Agradeço sempre a oportunidade que tive de jogar no Flamengo, meu clube do coração. Começo a falar do Flamengo e já me emociono. Aprendi muito aqui e agradeço a todos", afirmou Leandro, sem antes deixar um recado para os jogadores de hoje em dia e para a torcida.

"Gostaria de dizer, de coração, que nós jogamos no Flamengo. Muitos outros jogadores passaram pelo Flamengo, mas não jogaram. Jogar no Flamengo não é só vestir a camisa e tirar foto. Todos os jogadores que chegam ao clube deveriam passar por um curso para ver como é que é, como se respeita a torcida e os companheiros. No nosso grupo, quanto mais ganhávamos, mais tínhamos humildade e mais queríamos ganhar", disse.

Leandro vestiu apenas a camisa do Flamengo durante toda a sua carreira. Ao todo, fez 417 jogos, marcou 14 gols e participou da conquista de 16 títulos, incluindo o mais importante de todos: o Mundial de 1981.

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticia/detalhe/14524

30 anos do título mundial



Vinicius Castro
No Rio de Janeiro
“Sensacional, “histórico”, “o maior de todos”. Estas são algumas das formas usadas pela torcida do Flamengo para definir o esquadrão que conquistou o mundo exatamente há 30 anos. Em 13 de dezembro de 1981, os gols de Nunes (2) e Adílio nocautearam o Liverpool, em Tóquio, e deram ao Rubro-Negro a maior glória de sua história. Na época, os japoneses pouco entendiam sobre o esporte e viram o time brasileiro precisar de apenas 45 minutos para liquidar a fatura.



Parte do time do Flamengo que conquistou a Copa Libertadores antes de promover um baile em Tóquio


Sob o comando de Paulo César Carpeggiani, o Flamengo de Raul; Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico, Tita, Nunes e Lico estabeleceu a conhecida “Era de Ouro” do clube carioca. Na qual, além de títulos nos anos anteriores e seguintes ao Mundial, abraçou três conquistas em apenas 21 dias (Campeonato Carioca, Copa Libertadores e o próprio Mundial Interclubes).

Como todo grande feito histórico, causos e mitos fazem parte do processo. Desde o desprezo inglês até os japoneses aprendendo a gritar “Mengo!” minutos antes de a bola rolar, tudo está gravado na memória dos envolvidos. Zico, maior ídolo da história rubro-negra, não esquece pontos curiosos que o marcaram no principal título de sua brilhante carreira.

“Já me senti campeão do mundo no intervalo. O nosso time, se fizesse dois gols, já era difícil alguém virar. Imagina fazendo três... Não havia a menor chance de perdermos no segundo tempo. Foi a final mais fácil que joguei pelo Flamengo. Um jogo frio em termos de decisão. A torcida fez muita falta. Os japoneses vibravam com os chutes para o alto achando que era baseball (risos). Foi chata a comemoração, apenas entre nós. A minha comemoração de verdade com a torcida foi no primeiro jogo do ano seguinte. Do Japão, alguns jogadores foram para o Havaí e Las Vegas. Fomos tomar todas e nos divertir”, comentou o Galinho de Quintino, que discorda sobre o “desprezo” do Liverpool.

“Quando fomos para o jogo já sabíamos bem o que iríamos enfrentar. Nos informamos sobre o Liverpool. Eu conhecia alguns jogadores por ter enfrentado-os pela seleção brasileira. Eles pareciam ter aquela coisa de não ligar muito para o futebol Sul-Americano. Mas não existiu desprezo, apenas nos motivamos e valorizamos o nosso talento”, completou o eterno camisa 10, hoje técnico da seleção do Iraque.

FLAMENGO 3 X 0 LIVERPOOL (13/12/1981)
LOCAL
Estádio Nacional, Tóquio (Japão)
PÚBLICO
62 mil pagantes
ÁRBITRO
Rúbio Vazques (México)
GOLS
Nunes aos 13', Adílio aos 34' e Nunes aos 41' do primeiro tempo
FLAMENGO: Raul; Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico. Técnico: Paulo César Carpeggiani.
LIVERPOOL: Grobbelaar; Neal, Kennedy, Lawnson e Thompson; Hansen, Dalglish e Lee; Johnstone, Souness e McDermott (Johnson). Técnico: Paisley

FLA LANÇA CAMISA PARA COMEMORAR CONQUISTA
Adílio, autor do segundo gol da grande decisão, tinha acabado de casar e vivia lua-de-mel na época da maior alegria proporcionada por aquele grupo aos fanáticos torcedores. O segredo para o futebol mágico? Na ponta da língua do ex-camisa 8.

“Treinávamos e conversávamos muito. Existia um conhecimento dentro e fora de campo. Isso ajudava aquele time na construção das jogadas. Foi assim no primeiro tempo e durante muitos jogos. O entrosamento prevalecia. É muito gratificante fazer parte da história do Flamengo dessa forma”, afirmou.

Com dois gols assinalados na final do Mundial, Nunes é conhecido até hoje pela torcida como o “Artilheiro das decisões”. Ele revelou que seguiu os conselhos de Zico e passou a se posicionar em diagonal próxima ao gol.

“Era o primeiro jogador que o Zico olhava quando pegava a bola em boa situação. Assim saíram meus dois gols contra o Liverpool. Esse time entrou para a história do futebol. É o Santos do Pelé e o Flamengo do Zico. Somos lembrados desta forma”, contou Nunes, sem deixar de lado a “marra” característica.

“Se pegar o Flamengo da época, todos com 20 anos, e colocar para jogar contra o Barcelona atual, não tenho a menor dúvida que dá Flamengo”.

Nunes tem tanta convicção da sua importância para o Rubro-Negro, que mostra tudo o que pensa no discurso. E não alivia aos que até hoje o chamam de “sortudo” e “caneleiro”.

“Quando cheguei ao Flamengo brinquei que era a peça que faltava para o time se mostrar perfeito. Qualquer equipe de futebol precisa de uma referência. Eu tive essa responsabilidade e executei dentro de campo. Consegui gols e títulos assim. Na história do Mundial, acho que apenas Renato Gaúcho (Grêmio), Raí (São Paulo) e eu marcamos dois ou mais gols em uma final de campeonato do mundo. Somos brasileiros na história”, disse.

Por fim, o “João Danado” define com mais uma forma o esquadrão de 1981. Definição esta que faz o torcedor rubro-negro voltar no tempo e sonhar com a repetição de tal feito em um futuro próximo.

“Aquele time jogava por música em todos os sentidos que você possa imaginar. Era realmente um time de craques e homens de caráter. Todos devidamente imortalizados na história do Flamengo. As antigas e novas gerações sempre vão lembrar”, encerrou.

Fonte: http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2011/12/13/flamengo-comemora-30-anos-do-titulo-mundial-a-conquista-que-so-precisou-de-45-minutos.htm

O mundo se rende ao Flamengo


O mundo se rende ao Flamengo

Comandado por Zico, Rubro-negro vence o Liverpool por 3 a 0 e leva o Mundial Interclubes
Depois de 45 minutos avassaladores, o Flamengo mostrou ao Liverpool quem era o melhor time do mundo. E a diferença entre as duas equipes ficou bem marcada no placar: 3 a 0 para o Rubro-negro, comandado por Zico. O Galinho deu dois passes açucarados para Nunes marcar seus dois tentos e ainda foi responsável pela cobrança de falta que gerou mais um gol.

Festa fria no Japão, mas carnaval no Rio de Janeiro, onde os torcedores explodiram de alegria e fizeram uma festa sem precedentes. O Brasil, que já era vermelho e preto, mostrou seu verdadeiro amor pelo Mais querido.

O jogo

Depois dos primeiros minutos, onde já começava a colocar os ingleses na roda, o Flamengo já abriu o placar. Aos 13 minutos, Zico, com uma visão de jogo incrível, enxergou Nunes, enfiou a bola, por cima da zaga, e encontrou o "artilheiro das decisões" pronto para balançar a rede do Liverpool. O goleiro Grobbelaar saiu desesperado, ainda tentando evitar o tento rubro-negro, mas o camisa 9 tocou de leve e saiu para comemorar antes mesmo da bola entrar no gol.

O Liverpool não sentiu tanto o golpe e tentou continuar mantendo seu jogo, coisa que não conseguia desde o primeiro segundo. O Flamengo manteve sua postura, trocando passes precisos e esperando a boa para dar outro bote nos ingleses. Dono do jogo, Zico infernizava os defensores adversários e, aos 34 minutos, mostrou por qual motivo era um temido cobrador de faltas.

Tita sofreu falta na entrada da área. Zico se preparou, mandou uma bomba e Grobbelaar não conseguiu defender. Lico pegou o rebote, mas o zagueiro Thompson conseguiu bloquear. No entanto, Adílio também estava por perto e, com o segundo rebote, mandou a bola para dentro do gol do Liverpool: 2 a 0.

Aí, sim, o Liverpool percebeu que não conseguiria competir com tamanha qualidade do Flamengo. E, sem ter o que fazer, passou a cozinhar o jogo, se defendendo ainda mais. Só que nem assim o Rubro-negro perdoou. Aos 41 minutos, Zico novamente encontrou Nunes, desta vez entrando pela direita do ataque rubro-negro. O ‘João danado" entrou na área do time inglês e chutou cruzado, ‘matando’ de vez o jogo.

Com tamanha vantagem no placar, o Flamengo retornou para o segundo tempo tranquilo e ciente de que teria apenas que fazer o tempo passar para levar o título. O Liverpool, por sua vez, mesmo atrás no marcador, preferiu ficar atrás, na defesa, com medo de levar ainda mais gols.

Sendo assim, o Flamengo passou a tocar a bola, de pé em pé, sem muita objetividade. Quando chegou ao gol do Liverpool, levou perigo, como na melhor chance do segundo tempo. Zico começou a jogada e, após uma bela troca de passes com Lico, Junior e Adílio, o camisa 8 chutou forte para boa defesa de Grobbelaar.

Fim de jogo e festa rubro-negra. Mais no Brasil do que no Japão. Desacostumados com a frieza dos torcedores japoneses, nem os jogadores do Flamengo vibraram muito após o apito final. A ficha caiu apenas quando eles voltaram ao Brasil e viram o quanto a Nação festejou a conquista.

FLAMENGO 3x0 LIVERPOOL
Mundial Interclubes de 1981

Local: Estádio Nacional, Tóquio (JAP)
Data: 13 de Dezembro de1981
Árbitro: Rúbio Vazques (México)

Gols: Nunes 13', Adílio 34' e Nunes 41' do 1° tempo

FLAMENGO: Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Adílio, Andrade e Zico; Tita, Lico e Nunes. Técnico: Paulo César Carpeggiani

LIVERPOOL: Grobbelaar; Neal, R. Kennedy, Lawnson e Thompson; Hansen, Dalglish e Lee; Johnstone, Souness e McDermott (Johnson). Técnico: Paisley.

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/mundial/conteudo/611

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Paraíba, honrando as cores da bandeira

A Pesquisa da Vez: Paraíba

Localidade: Estado da Paraíba

Instituto: Datavox

Amostra: 4.213 entrevistas entre 01 e 05 de setembro de 2010, em todos os municípios com mais de 20.000 habitantes do estado

Margem de erro: 1.2 p.p

Reza a lenda que nos estados do Nordeste onde os clubes locais tem menor expressão, verifica-se nas ruas uma profusão de torcedores de times cariocas, em nível incomparavelmente acima dos demais. A pesquisa elaborada pelo Instituto Datavox no estado da Paraíba em 2010 demonstrou que isto é – e sempre foi – uma meia-verdade.

Em primeiro lugar, o estado da Paraíba foi subdividido em quatro regiões (Mata, Agreste, Borborema e Sertão), conforme gráfico abaixo:


Então, os resultados foram apresentados de maneira agregada e em termos de sexo, faixa etária, escolaridade e renda familiar, a seguir:

Assim, verificamos que o “predomínio carioca” constitui a mais pura verdade no que se refere ao Flamengo: os rubro negros são enorme maioria entre os paraibanos, atingindo o expressivo percentual de 49,67% – mais de três vezes acima do segundo colocado. Mas aí a velha máxima cai por terra: nada de Vasco, a segunda maior torcida da Paraíba é a do Corinthians, com 14,35% das preferências. O cruzmaltino aparece em seguida, com 11,42%, seguido de perto pelo São Paulo e seus 10,06%. Completam a lista o Palmeiras (6,64%), o Botafogo (3,38%) e o Fluminense (2,88%). Todos os demais – incluindo o Santos –apresentam percentuais inexpressivos.

Se para muitos surpreende o fato de a torcida do Corinthians superar a do Vasco, a análise por faixas etárias nos demonstra que isto sempre foi assim. Entre os torcedores acima de 60 anos, 13,26% optam pelo campeão brasileiro, contra 12,88% de vascaínos. O Flamengo segue absoluto neste estrato (45,06%), enquanto o São Paulo ainda ocupa a quarta colocação (8,33%). Isto demonstra que não houve alterações significativas na preferência dos paraibanos ao longo das últimas décadas.

Mas a estabilidade na preferência intertemporal não significa que isto permanecerá indefinidamente, pois existe claro processo de crescimento das torcidas paulistas entre os mais jovens. Em meio àqueles entre 16 e 24 anos, o Corinthians sobe para 15% e o Sao Paulo ultrapassa o Vasco (11,76% a 11,47%). Dramática mesmo é a situação de Botafogo e Fluminense. O alvinegro – que entre os mais velhos sobrepõe a barreira dos 7% – desaba a 0,88% em meio aos jovens. Os tricolores também caem muito, de 4,55% a 1,18%. A exceção que confirma a regra é o Flamengo, único carioca que cresce quando confrontamos velhos e novos. E não cresce pouco: seis pontos percentuais (51,17% entre as novas gerações).

Em termos de escolaridade, apenas Flamengo e Palmeiras diminuem conforme se avança nos anos de estudo. Todos os demais – Corinthians, Vasco, São Paulo, Fluminense e Botafogo – possuem mais torcedores entre aqueles que completaram o ensino superior. Já no tocante à renda, quanto mais ricos, mais torcedores do Rio. De fato, os paulistas desabam entre os que recebem acima de 5 salários mínimos. Uma explicação seria o fato de que são torcidas jovens, com pessoas ainda em início de carreira. De todo modo, o poder aquisitivo dos torcedores cariocas destoa, a ponto de Botafogo e Fluminense alcançarem São Paulo e Palmeiras: todos com 4,94% na maior faixa de renda.

A partir de então, a pesquisa analisa o perfil das torcidas paraibanas de acordo com as regiões do estado:

Confirmando a tendência nacional, quanto mais se interioriza, maior a Nação Rubro Negra: sobe de 48,6% na Zona da Mata para 53,77% no Sertão. O Agreste é onde o Fla possui menos presença – não por acaso, região de maior quantidade de corintianos. São Paulo, Vasco, Fluminense e até o Santos são maiores na Zona da Mata. O Palmeiras cresce no Sertão e o Botafogo no Agreste.

Agora a análise individualizada de cada região:


Não se pode negar a importância econômica da região da Zona da Mata – devido à presença da capital João Pessoa. E é nela que se verifica uma das maiores surpresas do estudo. Nada de Corinthians ou Vasco: a segunda maior torcida da capital, de longe, é a do São Paulo: 16,5% dos torcedores. O Vasco supera o Corinthians, enquanto o Fluminense ultrapassa o Palmeiras. A propósito, em toda a Zona da Mata, o Fluminense é bem representado (6,7%). Já o Botafogo desaparece quase por completo: 0,40% na Zona da Mata, 0,54% em João Pessoa.

Outro destaque é a configuração de torcidas do Litoral Sul Paraibano – trata-se do único local em que o Flamengo (28,58)% não possui a maior torcida. A honraria pertence ao Vasco, com incríveis 30,95%. A Fiel também vem forte, com pouco mais de 19% das preferências.

Importante também é o Agreste, por conta da cidade de Campina Grande:


Não existem grandes surpresas nesta região, com o Flamengo liderando em todas, seguido quase sempre por Corinthians, São Paulo e Vasco. Mas a pequena cidade de Curimatú Oriental apresentou apenas 1,92% de vascaínos – mesmo número de cruzeirenses! Já Guarabira foi onde se verificou o maior número de botafoguenses em toda a pesquisa: 8,65%.

Na região do Borborema, o Flamengo começa a se destacar ainda mais, corroborando seu processo de crescimento para o interior. É o caso da micro região do Seridó (61,17%):



Por fim, o Sertão da Paraíba, onde o clube da Gávea atinge 64,03% em Patos e chega ao auge em Catolé do Rocha (68,23%). É tanta gente que nenhum outro clube atinge a barreira dos dois dígitos – situação inédita:


Importante ressaltarmos que os percentuais apresentados se referem ao quantitativo de paraibanos que possuem algum clube de coração – não se tratando do universo populacional completo no estado. A pesquisa afirma que 62,5% dos entrevistados torcem por algum time. Portanto, o Flamengo possuiria 49,67% da TORCIDA, ou 31% da POPULAÇÃO da Paraíba (49,67% x 0,625). O mesmo se aplica aos demais clubes presentes nas análises.


Um grande abraço e saudações!

Contribuiu o leitor @marcosfleal

E-mail da coluna: teoriadosjogos@globo.com

Perfil
Vinicius Paiva é economista, 29 anos, natural de Volta Redonda-RJ. Analisa o esporte sob a ótica do marketing esportivo, ao mesmo tempo em que realiza um trabalho de "pesquisador de pesquisas". Neste blog, pretende mapear a configuração das torcidas brasileiras nas mais diferentes regiões do país. teoriadosjogos@globo.com

Fonte: http://globoesporte.globo.com/platb/teoria-dos-jogos/2011/12/11/a-pesquisa-da-vez-paraiba/

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O precursor das torcidas organizadas



Primeira torcida organizada do Brasil, a Charanga Rubro-Negra não existiria se não fosse um obstinado torcedor do Flamengo. Jayme de Carvalho, ilustre criador da mais charmosa torcida que já existiu, caso estivesse vivo, completaria nesta sexta-feira 100 anos. Quis o destino que esse baiano, apaixonado pelo manto sagrado, deixasse saudade desde 1976, quando faleceu aos 64 anos.

Com um amor exemplar ao Flamengo, Jayme fundou a Charanga Rubro-Negra em 11 de outubro de 1942. Na verdade, ele criou uma torcida, o nome acabou "dado de presente" por Ary Barroso, destacando que o grupo só sabia fazer barulho. No entanto, o nome foi adotado por Jayme, afinal não tinham músicos na torcida, apenas apaixonados pelo Rubro-negro.

No sábado anterior ao jogo em que a Charanga apareceu pela 1ª vez, Jayme e um amigo esperaram até de noite para conseguir a única bandeira do Flamengo existente na cidade, hasteada no mastro da sede do clube. Depois, ficaram até de madrugada a tingir um morim – tecido de algodão, branco e fino – de vermelho e preto com a inscrição: "Avante, Flamengo!".

Na manhã seguinte, no dia 11 de outubro, Jayme chegou cedo ao estádio da rua Álvaro Chaves para a disputa contra o Fluminense, em companhia de cerca de quinze músicos, portando um trombone, dois clarins e mais dez instrumentos rítmicos. A presença daquela turma ruidosa instalada nas arquibancadas causou espanto, pois até aquele momento a música só fazia parte das comemorações fora do estádio, ora nos cafés ora nas ruas, com os desfiles de carro a imitar os corsos do carnaval.

Sua fama se espalhou e sua habilidade de orientar torcedores foi útil até para as autoridades brasileiras na Copa de 1950, quando ajudou a polícia. Na década de 60, recebeu o ‘título’ de chefe dos chefes de torcida das demais organizadas, inclusive dos times rivais como Vasco, Botafogo, Fluminense e até do Corinthians.

Recebeu o título oficial de torcedor número um do Rio de Janeiro, além de ser condecorado como cidadão honorário do Estado pelos serviços prestados ao "clube mais querido do Brasil".

Mas nem tudo foram flores para a Charanga. A torcida sofreu alguma resistência por parte do meio esportivo, isto porque a desafinação dos instrumentos revelou-se um recurso estratégico não só para apoiar ao time do Flamengo, mas para atrapalhar a concentração dos adversários, já que a Charanga se posicionava estrategicamente atrás do gol adversário.

Em certa ocasião, em um jogo contra a equipe do São Cristovão, quando o Flamengo fez o seu quarto gol, o goleiro do time adversário perdeu a paciência e foi reclamar com o juiz sobre a torcida, que o perturbava atrás do gol. O juiz ordenou a retirada imediata da Charanga e o caso terminou na justiça desportiva.

Além de anular a partida, alguns dirigentes queriam banir a Charanga em definitivo dos jogos. E alguns adversários chegaram a dizer que, aquela bossa de grupos musicais nos estádios do Rio "era a maior chatice descoberta pelo homem", mas a proibição não foi atendida pelo presidente da Federação Metropolitana de Futebol, Vargas Neto.

Antes de ser acometido por um câncer, Jayme passaria a liderança da torcida à sua mulher, Laura, que manteria ativa a Charanga. Enfermo no Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, este ilustre rubro-negro não deixaria de enviar cartas à seção de leitores dos jornais da cidade, de onde continuaria a instruir os torcedores e a propagar seu ideais pedagógico-nacionalistas, expressos em lemas como "O Flamengo ensina a amar o Brasil sobre todas as coisas" e "Onde encontrares um flamengo, encontrarás um amigo".

Em 2008, Jayme foi escolhido para ser um dos primeiros torcedores a serem homenageados no Maracanã, ganhando uma placa em uma das entradas da torcida do Flamengo.

JAYME DE CARVALHO
Nome completo: Jayme Rodrigues de Carvalho
Data de nascimento: 9 de dezembro de 1911
Local: Salvador (BA)
Data de óbito: 4 de maio de 1976 (com 64 anos)
Local: Rio de Janeiro (RJ)

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/conteudo/detalhe/607

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Obrigado, Magro de Aço

Angelim: o adeus emocionado de Ronaldo, o herói da simplicidade
Depois de seis anos de Flamengo, autor do gol da conquista do hexa
chora ao visitar o Maracanã em obras: 'Por mim, ficaria aqui até morrer'

Por Janir Júnior e Richard Souza
Rio de Janeiro

O Maracanã em ruínas (está em obras para a Copa) não foi capaz de destruir uma história que teve seu capítulo principal em 6 de dezembro de 2009. Naquele dia, o jogador que quando criança mergulhava em um poço de Juazeiro, no Ceará, para buscar água, bebeu da fonte de ser um herói. Autor do gol do hexacampeonato brasileiro do Flamengo, Ronaldo Angelim, hoje com 36 anos, voltou ao palco que o consagrou. A convite do GLOBOESPORTE.COM, o zagueiro esteve no estádio nesta quarta-feira. Angelim trocou as chuteiras por botas e um capacete. Na cabeça, passou um filme que vale a pena ver de novo. De saída do Rubro-Negro depois de seis anos de amor e serviços prestados, o camisa 4 não conteve as lágrimas. Chorou. Questionado se não levaria uma recordação, disse:

- Estou levando comigo. Está aqui (apontou para a cabeça).


Angelim se emociona ao visitar o Maracanã e recordar o gol do hexa (Foto: André Durão/Globoesporte.com)

Foi pela cabeça de Angelim que o Flamengo marcou o gol da vitória por 2 a 1 sobre o Grêmio que garantiu o título brasileiro de 2009. E é no coração de Angelim que está guardado o amor e devoção pelo clube que o elevou à condição de ídolo.

Na visita ao Maracanã, Angelim recordou o jogo inesquecível. Parou. Olhou para frente. E se emocionou.

- Não tenho dúvidas de que aquele foi o jogo mais emocionante da minha carreira. E agora estou aqui... Emociona porque o gol foi importante e tirou o Flamengo da fila depois de 17 anos. E por eu ser flamenguista também, né? Todos esperavam que Adriano, Pet e Zé Roberto, nossos homens de frente, decidissem. Acabou que fui eu – recordou Angelim, sem conter as lágrimas.

Humilde ao extremo, Angelim abraçou operários da obra do Maracanã. Deu autógrafos. Ficou meio perdido em meio aos montes de terras e entulhos. Disse que por ele seguiria no Flamengo até morrer. Não foi possível.

Depois da entrevista, o zagueiro revelou estar morto de sono. O motivo:

- O churrasco estava bom demais. Fiquei até de madrugada na pelada dos porteiros na Praia de Copacabana.

Angelim é simples assim. Em 2009, depois de virar herói, esperou uma carona na Gávea na rua escura próxima à sede. Enquanto Ronaldinho Gaúcho filosofa que “Flamengo é Flamengo”, o zagueiro vai além: sua única vaidade é ser Flamengo.

Na brincadeira da torcida em alusão aos Ronaldos famosos, uma frase foi lançada: “There’s only one Ronaldo: Angelim”. No português claro, quer dizer: Existe apenas um Ronaldo: Angelim. Ronaldos existem outros muito mais famosos. O Fenômeno, o português Cristiano e o Gaúcho. Mas como Angelim só existe um.

- Em outros clubes, cheguei a reclamar da reserva, no Flamengo nunca fiz isso. Poderia me colocar lá na arquibancada que estaria torcendo do mesmo jeito.

A entrevista:

GLOBOESPORTE.COM: Sua passagem pelo Flamengo termina do jeito que você imaginava?

RONALDO ANGELIM: Foi muito bom tudo que vivi aqui. Queria encerrar minha carreira no Flamengo, mas não deu. Mesmo assim, estou feliz com o trabalho que desempenhei. Quero agradecer a todos que me apoiaram.

Como foram seus últimos dias de Flamengo depois de seis anos?

A equipe estava focada no Vasco, então não deu nem para ter uma despedida. Mas fui ao estádio assistir ao jogo, passei no vestiário, me despedi. Tenho amizade com todo mundo. Com David Braz teve uma brincadeira à parte, pois sempre estivemos muito próximos. Quando chegou mais perto do último jogo, foi mais difícil, mas eu já sabia que sairia. Tinha conversado com o Vanderlei, meu contrato terminaria no meio de 2011, mas foi renovado até dezembro. Quando chegou mais perto bateu aquela saudade, os amigos que você deixa aqui, enfim, tudo, já estava bem adaptado ao Rio... Bate aquele aperto, mas isso é normal.

O que mudou do Ronaldo de seis anos atrás, quando chegou ao Flamengo, para agora?
Mudou muita coisa. Primeiro, porque joguei no meu clube de coração. Segundo, porque dei o meu melhor. Estou saindo outra pessoa, com certeza. Acho que vou deixar saudade para algumas pessoas, para outras, não, pois você nem sempre consegue agradar a todos. Mas podem ter certeza que vou embora como uma pessoa realizada.

Em 2009, você estava no Maracanã de chuteiras, fez o histórico gol de cabeça... Hoje está de botas, capacete... Como foi a experiência de voltar ao estádio?

Gostei de ver o Maracanã sendo reformado, sempre vai ficar uma lembrança. Capacete e bota já sou acostumado a usar desde quando trabalhava no duro. Isso para mim não foi novidade. Levo uma grande lembrança daqui.

Alguma sensação diferente ao voltar ao palco onde você foi herói?

Acabou o Maraca (reação de Angelim assim que chegou ao Maracanã). Não fazia ideia de que estava assim. Não dá nem para saber onde foi o gol.

Quais são suas lembranças daquele gol histórico?

Assisto ao gol quase toda hora. É o mais importante da minha carreira. Tenho certeza de que não farei outro igual.


Ronaldo Angelim dispara segundos após marcar o gol mais importante de sua carreira (Foto: Reuters)
Nesse retorno ao Maracanã, você lembra daquele dia?

Sempre passa um filme na cabeça, a arquibancada lotada. Com essa reforma, fiquei um pouco perdido, o que é normal. Depois me achei e vi o local que fiz o gol. Foi uma coisa diferente, estive perto do local onde fiz o gol mais importante da minha carreira, não tem como não me emocionar. É minha despedida do Maracanã, vai ser difícil jogar de novo aqui, pela minha idade e o tempo que falta para acabar a obra.

Naquela noite de 6 de dezembro de 2009, pouco depois do título, você foi visto sozinho, perto da sede da Gávea, à espera de uma carona...

Isso mostra o meu jeito de ser, não vou mudar. Depois da final, fui no ônibus do Flamengo até a Gávea para pegar uma carona, pois ficava mais perto de casa (o zagueiro mora em Copacabana). Não tinha noção, até me alertaram que eu corria um risco de estar ali, mas na hora nem pensei, estava na maior naturalidade possível. Vários torcedores passavam e gritavam. Foi engraçado que eu estava lá parado, passou um carro de reportagem (da TV GLOBO) e facilitei mais ainda o trabalho deles.

Depois da conquista do hexa, uma frase sua ficou marcada: “Minha maior vaidade é ver o Flamengo vencer”. Isso traduz seu sentimento pelo clube?

Verdade, nunca escondi que sou Flamengo de coração. Então, minha única vaidade é ver o Flamengo vencer. Em outros clubes, cheguei a reclamar da reserva, aqui nunca fiz isso. Poderia me colocar lá na arquibancada que estaria torcendo do mesmo jeito, tranquilo, porque a única vaidade é querer o melhor para o Flamengo.

Os torcedores têm muito carinho por você. Além do gol do título em 2009, você conquistou a Copa do Brasil, estaduais, mas teria outra explicação para essa relação?

Acho que pelo meu jeito simples de ser, mas também tem que fazer sua parte dentro de campo, pois existe muita cobrança. Mas o torcedor se identifica com meu jeito simples e queira ou não isso ajuda um pouco. Essa é minha forma de ser.

O que você deixa como legado para o Flamengo, qual o seu orgulho?

Jogar seis anos no clube e não ter um inimigo. Acho que todo mundo gosta de mim, tenho a amizade de todos, é bom saber que você é querido. Isso dificilmente acontece com outros jogadores. No Flamengo, estou em casa.

Tem algo em especial, alguém que foi muito importante para você nesses seis anos de clube?

Ter trabalhado com o Zico, achei que nunca ia vê-lo, isso me deixou bem surpreso. Nunca esperava trabalhar com ele, não posso falar em que situação, mas ele sabe que foi importante para mim, estava passando por um momento difícil, ele me ajudou muito. O companheiro com quem desempenhei meu melhor futebol foi o Fábio Luciano. Mas também fiz uma boa parceria com David Braz, Welinton e Álvaro, com quem conquistei o título de 2009. O Joel foi o técnico que mais me identifiquei. Mas não posso esquecer do Valdir Espinosa, que me trouxe, me passou confiança.

Você pensa um dia voltar, trabalhar no Flamengo em outra função?

Quem sabe, se aparecer oportunidade, será sempre um prazer. Se fosse pela minha vontade nem saía, já ficava aqui direto até morrer, mas acontece. Aceitaria qualquer convite com orgulho.

E a festa de despedida que o clube quer fazer para você em janeiro?

Conversei com a Patricia Amorim e vamos ver a melhor data. Aproveito para deixar um abraço para ela, por quem tenho um carinho grande. A Patricia é merecedora de títulos importantes pelo trabalho que faz, só ser uma mulher e dirigir um clube como o Flamengo já é uma vitoriosa.


Ronaldo Angelim beija o manto: amor que nunca foi escondido (Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)E planos para 2012, voltar a defender o Fortaleza, onde você também é ídolo?

Não fico prevendo muito isso, não. Deixo as coisas acontecerem, quero jogar mais um, dois anos. Se aparecer um clube interessado vou procurar defender bem. Como me cuido dá para jogar até as pernas aguentarem.

Durante sua passagem pelo Flamengo teve uma brincadeira com a frase "There’s only one Ronaldo", que dizia que você era o cara, e não Cristiano Ronaldo, o Fenômeno, o Ronaldinho Gaúcho. O que você achava disso?

Fiquei feliz, não esperava isso. A torcida do Flamengo é muito criativa, já fizeram brincadeiras com outros jogadores. Essa eu gostei. Quero agradecer de coração. E também, sempre que vou aos jogos, tem uma bandeira com meu rosto.

Quem é o Ronaldo do Flamengo: Angelim ou Gaúcho?

Ah... o Gaúcho é muito mais conhecido, mais talentoso. Eu fui um simples jogador que procurei defender bem a camisa do Flamengo. Acho que sou ídolo mais pelo gol, né? Mas tenho certeza que fiz um ótimo trabalho nesses seis anos, lógico que nem sempre consegui manter o nível lá em cima. Mas sempre fiz tudo pelo Flamengo.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2011/12/angelim-o-adeus-emocionado-de-ronaldo-o-heroi-da-simplicidade.html

sábado, 26 de novembro de 2011

Mais um Hexa e invicto pra variar

Flamengo vence Fluminense e é hexa do OPG

Time de juniores ganha nos pênaltis após empate em 3 a 3

Autor: Por Equipe do Site Oficial
Em 26/11/2011 às 18h59


"Final é sempre emoção, uma vitória nos pênaltis por 5 a 4, depois de empatarmos o jogo em 3 a 3. Começamos melhor, sofremos a virada e depois conseguimos o título. Por isso, jogar no Flamengo é tão especial". As palavras emocionadas de Muralha após a partida resumiram bem o que foi a tarde deste sábado quando o Flamengo venceu o Fluminense nos pênaltis (5 a 4) e conquistou o hexacampeonato do torneio Otávio Pinto Guimaraes (OPG). O tempo normal terminou 3 a 3, em um jogo cheio de alternativas.

Empurrado por sua torcida que foi à Gávea e apoiou a equipe desde o início, o Flamengo começou o jogo melhor e logo no início abriu o placar com um belo gol do atacante Lucas. Com 1 a 0 no placar, o Rubro-negro recuou e acabou sofrento a virada, levando dois gols seguidos.

No final do primeiro tempo, os jogadores deixaram o campo perdendo por 2 a 1, mas tinham a certeza que com raça conseguiriam recuperar o resultado.

"Foi complicado. Eles marcaram dois gols em pouco tempo. Mas mostramos nossa força e porque o Flamengo é um time de muita raça. Com a torcida nos apoiando ficou mais fácil. Isso aqui é Flamengo", disse o meia Adryan.

Ao voltar para o segundo tempo, o técnico Paulo Henrique colocou Nixon na vaga de João Vitor. O time melhorou, mas tomou o terceiro gol logo de cara. Sem desanimar e mostrando o poder de reação desta geração que já conquistou a Copa São Paulo de juniores no início do ano.

Nixon fez uma boa jogada e conseguiu fazer o segundo gol do Flamengo. Um pouco depois, Lucas marcou mais um e deu números finais à partida.

"Estou muito feliz por ter entrado e ajudado a nossa equipe. Consegui um gol e gracas a Deus pude ajudar", disse Nixon.

Nos pênaltis, o Flamengo mostrou a sua força e converteu todas as cobranças. Pedrinho, Nixon, Adryan, Vitor Hugo e Lucas converteram para o Mengão.

"Quando o Samuel foi para cobrança, senti que era nossa hora. Ele bateu no canto e ela foi para fora. Cai no chão já comemorando", contou o goleiro Caio.

Paulo Henrique escalou o Flamengo com Caio, João Felipe, Marllon, Frauches (China) e Felipe Dias; João Vitor (Nixon), Muralha, Vitor Hugo e Adryan; Pedrinho e Lucas.

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticia/detalhe/14406

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Flamengo campeão da Copa Libertadores da América

Flamengo Campeão da Copa Libertadores da América 1981

História

No melhor ano da história do Flamengo, 1981, para chegar ao título do Mundial Interclubes, o Rubro-Negro teve que ser campeão também da Copa Libertadores da América. Com grandes atuações de Zico, a equipe foi campeã praticamente invicta, perdendo apenas um jogo, o segundo da decisão, e carimbou o passaporte rumo a Tóquio.

Depois de passar por clubes como o Cerro Porteño, o Atlético-MG e o Jorge Wilsterman, o Fla chegou à final contra o Cobreloa, do Chile. O primeiro jogo da decisão foi disputado no Maracanã, com mais de 93 mil pagantes. O Mengo não decepcionou, e venceu por 2x1, com dois gols do Galinho de Quintino.

Com a vantagem, o time foi para a segunda partida como favorito. No entanto, jogando contra uma marcação forte e violenta do Cobreloa, o Fla não conseguiu impor seu ritmo habilidoso e veloz, jogando no Uruguai, e foi derrotado por 1x0. Por isso, a final foi levada para uma terceira e decisiva partida, onde o vencedor levaria o título.

Em mais um show de Zico, no inesquecível dia 23 de novembro de 1981, o Flamengo bateu os chilenos por 2x0, e para delírio da imensa Nação Rubro-Negra, se sagrou o melhor time das Américas. Time que depois sagraria-se o melhor do mundo.

O Elenco


Time antes do terceiro jogo da Final da Taça Libertadores - FlaEstatística

Goleiro: Raul
Lateral-Direito: Leandro
Zagueiro: Marinho
Zagueiro: Nei Dias
Lateral-Esquerdo: Júnior
Volante: Adílio
Volante: Andrade
Meia: Zico
Ponta de Lança: Tita
Ponta de Lança: Lico
Centroavante: Nunes

Técnico: Paulo César Carpeggiani
Reservas: Cantarelli, Figueiredo, Peu, Anselmo, Mozer e Baroninho.

Retirado de "http://www.flamengo.com.br/flapedia/Flamengo_Campe%C3%A3o_da_Copa_Libertadores_da_Am%C3%A9rica_1981"

Elenco do Flamengo

O time base da competição foi: Raul, Leandro, Mozer, Figueiredo e Junior; Andrade, Adilio e Zico; Tita, Nunes e Lico. Participaram da campanha Nei Dias, Marinho , Baroninho, Anselmo. Técnico: Carpegianni.

O Flamengo jogou 14 vezes, conquistando 9 vitórias, 4 empates e apenas 1 derrota. O time fez 28 gols e sofreu apenas 13. O artilheiro da competição foi Zico, com 11 gols.

Artilheiros
Flamengo
Gols Jogador
11 Zico
6 Nunes
3 Adílio
Baroninho
2 Chiquinho
1 Anselmo
Marinho
Tita

Fonte: http://www.flamengo.com.br/flapedia/Copa_Libertadores_da_Am%C3%A9rica_1981

A conquista da América

Há 30 anos o Flamengo conquistava a América! E de maneira grandiosa, com um time que me faz andar de cabeça erguida e com o peito inchado de orgulho, mesmo depois de tanto tempo.

O Flamengo, campeão brasileiro de 1980, decidiu a Libertadores de 1981 contra os chilenos do Cobreloa. Foram 3 partidas. A primeira foi jogada no Maracanã e Zico comandou o time rubro-negro. Marcou 2 gols na vitória por 2 x1. No jogo de volta o time foi perseguido em campo e estavam conseguindo segurar o empate, mas no final do segundo tempo o atacante Marello deixou o torcedor rubro-negro com o sorriso amarelo e fez o gol da vitória chilena.

Então foi necessária a partida tira-teima. Um terceiro confronto para definir o grande campeão. No dia 23 de novembro o palco da decisão foi o Estádio Centenário. Num jogo épico, o Flamengo se impôs em campo, mostrou sua superioridade e o Galinho marcou 2 gols. Vitória Rubro-Negra. 2×0! Zico, o grande comandante do time, ainda foi o artilheiro da competição. Passaporte carimbado rumo a Tóquio, com esse time que era PURA MAGIA, o Flamengo ainda conquistaria o Campeonato Mundial Interclubes.

Esse é o time que me emociona! Mesmo depois de 30 anos. Que me faz chorar. Que me faz iniciar conversas com desconhecidos só por que eles tem algo em comum: são rubro-negros.

Ser rubro-negro não é seguir filosofia, torcer de um mesmo jeito, participar de uma corrente ou ter um padrão.

É você ser livre para viver sua rubro-negritude da maneira que bem entender.

É você estar do outro lado do mundo, sem falar o mesmo idioma de outra pessoa, sem viver sob os mesmos costumes ou conseguir sequer traçar qualquer outro paralelismo, e, da maneira mais despretenciosa, uma camisa te indentificar, duas cores te aproximarem, e um mesmo nome soar familiar: Flamengo. Zico. Nação.

Pronto. Participamos da mesma corrente. Somos rubro-negros. Simples assim!

Fonte: http://www.donasdabola.com.br/2011/11/23/a-alegria-de-ser-rubro-negro/

terça-feira, 22 de novembro de 2011

O quinto título estadual

No extinto estádio da Rua Paissandu, o Flamengo goleou o América por 4 a 0 e conquistou seu quinto título estadual. Nonô, artilheiro da competição, marcou duas vezes para o Rubro-negro. Candiota e Aché completaram o placar.

O campeonato era disputado no sistema de pontos corridos e, depois da última rodada, o vice-campeão foi o Vasco.

A curiosidade ficou por conta das substituições. Este foi o primeiro Estadual onde as substituições foram autorizadas. No entanto, elas só poderiam acontecer em caso de contusão ou, por opção do treinador, no intervalo dos confrontos. No entanto, a mudança não emplacou de cara. As substituições chegaram a ser proibidas novamente até serem instituídas até os dias de hoje.

Veja a ficha técnica:
Flamengo 4x0 América
Campeonato Carioca
Última rodada
Estádio: Rua Paissandu
Juiz: Francisco Alberto da Costa
Time: Batalha, Hélcio e Penaforte; Japonês, Zito e Hermínio; Vadinho (Nílton), Candiota, Nonô Aché e Moderato; Técnico: Juan Carlos Bertoni
Gols: Candiota (21' do 1º tempó), Nonô (35' do 1º tempo e 33' do 2º tempo) e Aché (6' do 2º tempo)

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/conteudo/detalhe/535

Classificação
Tabela de classificação
Time Pts J V E D GP GC SG
1 Flamengo 31 18 14 3 1 61 17 +44
2 Fluminense 30 18 13 3 2 57 25 +32
3 Vasco 29 18 13 3 2 57 25 +32
4 Botafogo 22 18 10 2 6 43 36 +7
5 América RJ 18 18 8 2 8 29 32 -3
6 São Cristóvão 15 18 7 1 10 42 43 -1
7 Bangu 12 18 5 2 11 31 39 -8
8 Syrio e Libanez 8 18 3 2 13 21 44 -23
9 Hellênico 8 18 3 2 13 24 25 -31
10 SC Brasil 8 18 2 3 13 27 77 -50
Pts – pontos; J – jogos disputados; V - vitórias; E - empates; D - derrotas;GP – gols pró; GC – gols contra; SG – saldo de gols

Artilharia
Nonô (Flamengo) - 27 gols
Nilo (Fluminense) - 22 gols
Vadinho (Flamengo) - 19 gols
Russinho (Vasco) - 18 gols
Vicente (São Cristóvão) - 17 gols

Jogos do Flamengo
1º Turno
Jogo: Flamengo 4 x 1 Helênico RJ
Competição: Campeonato Carioca - 1º Turno
Data: 26/04/1925
Estádio: General Severiano
Time: Batalha, Penaforte, Segreto, Hermínio, Eurico, Japonês, Nilton, Candiota, Vadinho, Nonô e Moderato
Gols do Flamengo: Candiota(2), Vadinho e Nonô

Jogo: Flamengo 8 x 0 Brasil RJ
Competição: Campeonato Carioca - 1º Turno
Data: 03/05/1925
Estádio: Rua Paysandu
Time: Batalha, Helcio, Penaforte, Moura, Eurico, Japonês, Nilton, Candiota, Vadinho, Nonô e Moderato
Gols do Flamengo: Nonô(4), Vadinho(3) e Japonês

Jogo: Flamengo 2 x 1 Bangu
Competição: Campeonato Carioca - 1º Turno
Data: 10/05/1925
Estádio: Rua Paysandu
Time: Batalha, Helcio, Penaforte, Japonês, Eurico, Borba, Nilton, Candiota, Vadinho, Nonô e Moderato
Gols do Flamengo: Vadinho e Nonô

Jogo: Flamengo 3 x 2 São Cristóvão
Competição: Campeonato Carioca - 1º Turno
Data: 13/05/1925
Estádio: Rua Paysandu
Time: Batalha, Helcio, Penaforte, Japonês, Roberto, Mamede, Nilton, Candiota, Vadinho, Nonô e Moderato
Gols do Flamengo: Candiota, Vadinho e Nonô

Jogo: Flamengo 5 x 1 América RJ
Competição: Campeonato Carioca - 1º Turno
Data: 24/05/1925
Estádio: Campos Sales
Time: Batalha, Helcio, Penaforte, Japonês, Roberto, Mamede, Nilton, Candiota, Vadinho, Nonô e Moderato
Gols do Flamengo: Nonô(4) e Vadinho

Jogo: Flamengo 3 x 0 Botafogo
Competição: Campeonato Carioca - 1º Turno
Data: 31/05/1925
Estádio: Rua Paysandu
Time: Batalha, Helcio, Penaforte, Japonês, Roberto, Mamede, Nilton, Candiota, Vadinho, Nonô e Moderato
Gols do Flamengo: Nonô(2) e Vadinho

Jogo: Flamengo 5 x 1 Syrio e Libanês RJ
Competição: Campeonato Carioca - 1º Turno
Data: 07/06/1925
Estádio: Campos Sales
Time: Batalha, Helcio, Penaforte, Japonês, Roberto, Mamede, Nilton, Candiota, Vadinho, Nonô e Moderato
Gols do Flamengo: Nonô(2), Candiota(2) e Vadinho

Jogo: Flamengo 1 x 3 Fluminense
Competição: Campeonato Carioca - 1º Turno
Data: 14/06/1925
Estádio: Laranjeiras
Time: Batalha, Helcio, Penaforte, Japonês, Roberto, Galvão Bueno, Nilton, Candiota, Vadinho, Nonô e Moderato
Gol do Flamengo: Candiota

Jogo: Flamengo 2 x 0 Vasco da Gama
Competição: Campeonato Carioca - 1º Turno
Data: 28/06/1925
Estádio: Rua Paysandu
Time: Batalha, Helcio, Penaforte, Japonês, Roberto, Mamede, Nilton, Candiota, Vadinho, Nonô e Angenor
Gols do Flamengo: Vadinho(2)

2º Turno
Jogo: Flamengo 5 x 0 Helênico RJ
Competição: Campeonato Carioca - 2º Turno
Data: 05/07/1925
Estádio: Rua Paysandu
Time: Batalha, Helcio, Penaforte, Japonês, Roberto, Mamede (Hermínio), Nilton, Candiota, Vadinho, Nonô e Moderato
Gols do Flamengo: Nonô(3), Moderato e Vadinho

Jogo: Flamengo 6 x 0 Brasil RJ
Competição: Campeonato Carioca - 2º Turno
Data: 12/07/1925
Estádio: Rua Paysandu
Time: Batalha, Helcio, Penaforte, Japonês, Roberto, Hermínio, Nilton, Candiota, Vadinho, Nonô e Moderato
Gols do Flamengo: Nonô(5) e Vadinho

Jogo: Flamengo 4 x 2 Bangu
Competição: Campeonato Carioca - 2º Turno
Data: 27/09/1925
Estádio: Rua Ferrer
Time: Batalha, Helcio, Penaforte, Japonês, Roberto (Seabra), Hermínio, Nilton, Candiota, Vadinho, Nonô e Moderato
Gols do Flamengo: Vadinho(3) e Nonô

Jogo: Flamengo 2 x 2 São Cristóvão
Competição: Campeonato Carioca - 2º Turno
Data: 18/10/1925
Estádio: Figueira de Melo
Time: Batalha, Helcio, Penaforte, Japonês, Roberto, Zito, Nilton, Candiota, Vadinho, Nonô e Moderato
Gols do Flamengo: Nonô e Candiota

Jogo: Flamengo 3 x 2 Botafogo
Competição: Campeonato Carioca - 2º Turno
Data: 25/10/1925
Estádio: General Severiano
Time: Batalha, Helcio, Penaforte, Japonês, Roberto, Seabra, Nilton, Candiota, Vadinho (Nonô), Aché e Moderato
Gols do Flamengo: Nonô(2) e Vadinho

Jogo: Flamengo 2 x 0 Syrio e Libanês RJ
Competição: Campeonato Carioca - 2º Turno
Data: 01/11/1925
Estádio: Rua Paysandu
Time: Batalha, Helcio, Penaforte, Japonês, Zito, Hermínio, Nilton (Nonô), Candiota, Vadinho, Aché e Moderato
Gols do Flamengo: Aché e Candiota

Jogo: Flamengo 1 x 1 Fluminense
Competição: Campeonato Carioca - 2º Turno
Data: 08/11/1925
Estádio: Rua Paysandu
Time: Batalha, Helcio, Penaforte, Japonês, Roberto, Seabra, Nilton, Candiota, Nonô, Aché e Moderato
Gol do Flamengo: Aché

Jogo: Flamengo 1 x 1 Vasco da Gama
Competição: Campeonato Carioca - 2º Turno
Data: 15/11/1925
Estádio: Laranjeiras
Time: Batalha, Helcio, Penaforte, Japonês, Zito, Hermínio, Vadinho, Candiota, Nonô, Aché e Moderato
Gol do Flamengo: Moderato

Jogo: Flamengo 4 x 0 América RJ
Competição: Campeonato Carioca - 2º Turno
Data: 22/11/1925
Estádio: Rua Paysandu
Time: Batalha, Helcio, Penaforte, Japonês, Zito, Hermínio, Vadinho (Nilton), Candiota, Nonô, Aché e Moderato
Gols do Flamengo: Nonô(2), Candiota e Aché
Obs.: Flamengo Campeão.

Campeão
Campeonato Carioca 1925

FLAMENGO
Campeão
5º título

Retirado de "http://www.flamengo.com.br/flapedia/Campeonato_Carioca_1925"