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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Livros sobre a História do Flamengo

Livros sobre a História do Flamengo

Há uma série de publicações sobre a história do Flamengo. Entre estes livros sobre o Flamengo, destaco abaixo os meus preferidos.

O marco histórico da literatura sobre o Flamengo é a publicação em 1944 de "Histórias do Flamengo", do jornalista Mário Filho. A primeira edição foi publicada em 1944 pela Editora Pongetti, depois houve novas edições, em 1963 e 1966, pela Editora Gernasa.


A segunda obra crucial foi publicada em 1982 pela Editora Rio. "História do Futebol Brasileiro: Flamengo" trouxe para o público uma série de recortes de jornais contando a história do clube de 1895 até 1981. Um trabalho muito rico, em que destaca-se as diferentes formas ao longo da história de se dar destaque ao futebol.


A obra de arte sobre o Flamengo a seguir é de Ruy Castro: "O Vermelho e o Negro", cuja primeira edição saiu em 2001 pela Editora DBA. Em 2004 foi republicado pela Ediouro. E em 2012 saiu uma 3ª edição, esta publicada pela Companhia das Lestras.

O trabalho seguinte que eu destaco é o "Almanaque do Flamengo", de Roberto Assaf e Clóvis Martins, publicado em 2002 pela Editora Abril.


O destque seguinte para os livros da Editora Maquinária. Três publicações, duas de Paschoal Ambrósio Filho e uma de Roberto Sander. "Os Dez Mais do Flamengo" e "Pentatri" foram publicados em 2009, e no começo de 2010 saiu "6x Mengão".


Foi também pela Maquinária que foi publicado, em novembro de 2010: "A NAÇÃO - Como e por que o Flamengo se tornou o clube com maior torcida do Brasil".


Complementar a estes livros, deliciodsas histórias sobre o Flamengo são contadas em "Meu Maior Prazer", coletânea de entrevistas com ídolos rubro-negros organizada por Carlos Eduardo Mansur e Luciano Cordeiro Ribeiro, e publicada em 2009 pela Editora Leitura, e em "Bíblia do Flamengo", escrito pelo jornalista português Luís Miguel Pereira, e publicado em 2010 pela Editora Almedina.



Em 2011, celebrando os 30 anos da conquista do Mundial interclubes, foram 4 livros com o mesmo título: "1981". Pela Editora Maquinária foi publicado o livro escrito por André Rocha e Mauro Beting. Pela Panda Books foi publicado o livro escrito por Eduardo Monsanto. Pela Editora Livros de Futebol, saiu o livro escrito por Maurício Neves de Jesus. E pela Editora Virtual Books, o livro de Antônio Carlos Meninéa com a relação de fichas técnicas de todas as partidas jogadas naquele ano.

Nestes livros, o melhor da literatura sobre o Clube de Regatas do Flamengo, pode-se encontrar tudo sobre a história rubro-negra.
 
Fonte: http://livroanacao.blogspot.com.br/2012/09/livros-sobre-historia-do-flamengo.html

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Douglas Baggio, O CARA

Com Pelé e Messi na mira, Douglas Baggio ousa ‘ultrapassar’ gigantes

Aos 17 anos, atacante da base do Fla tem 72 gols em 53 partidas no ano. Está a três do Rei e a dez do craque do Barça. Recorde é de Gerd Müller

Douglas Baggio, atacante juvenil do Fla (Foto: Divulgação) 

Baggio foi artilheiro do Carioca juvenil: 46 gols
(Foto: Divulgação)
Depois de superar Pelé, Lionel Messi persegue o recorde de gols em um ano. O craque do Barcelona está a apenas três do alemão Gerd Müller, que marcou 85 por Bayern de Munique e Alemanha, em 1972. Foram 60 jogos no total. O argentino soma 82 em 63 partidas oficiais por Barcelona e seleção argentina e ainda tem mais seis jogos pela frente até o fim de 2012. Pelé, em 1958, marcou 75 gols em 53 confrontos oficiais.

Enquanto isso, na base do Flamengo, um garoto promissor acompanha a “disputa” dos gigantes e faz contas. Contas e gols. Aos 17 anos, a revelação Douglas Baggio é o destaque da categoria juvenil do Rubro-Negro. Segundo dados da assessoria de imprensa do atacante, ele tem 72 gols em 53 jogos por cinco competições diferentes na temporada. Baggio jogou o Carioca, as Copas Santiago, Rio e Brasil e o Torneio de Minas Gerais. Todos da categoria juvenil. A partir de 6 de dezembro, o pernambucano vai participar do Brasileiro Sub-20 com o time júnior. Ousado, ele está disposto a tentar ficar o mais perto possível de Pelé, Messi e Gerd Müller. E sonha "ultrapassá-los". 

 - Gosto desse desafio, de me basear em jogadores históricos. O Messi é o melhor do mundo, eu estou começando agora, mas as pessoas comparam o número de gols. Até brincam que vou ultrapassar o Pelé, o melhor de todos os tempos. Faltam três gols e gostaria de alcançar essa marca. Procuro manter o foco. Acho que a minha média é muito boa (1,35 por jogo). No início do ano, estabeleci a meta de 72 gols e consegui. Tomei como base o número de gols marcados por Cristiano Ronaldo e Messi no ano passado. Eu posso continuar marcando, mas o difícil é o Messi parar de fazer gol, né?! Faz sempre dois, três por jogo. Ele é demais.
Gosto desse desafio, de me basear em jogadores históricos. O Messi é o melhor do mundo, eu estou começando agora, mas as pessoas comparam o número de gols. Até brincam que vou ultrapassar o Pelé, o melhor de todos os tempos. Faltam três gols e gostaria de alcançar essa marca"
Douglas Baggio
Douglas Baggio ganhou o segundo nome em homenagem ao ex-jogador da seleção italiana. Na final da Copa do Mundo de 94, entre Brasil e Itália, o pai do garoto, seu João Amaro, fez uma promessa para a mulher. Caso Roberto Baggio perdesse sua cobrança na disputa por pênaltis, o filho ganharia o sobrenome do famoso craque. O italiano isolou a bola, o Brasil conquistou sua quarta Copa, e o menino que viria a nascer no dia 2 de fevereiro de 1995 foi batizado de forma antecipada.

Além dos números que lembram os dos craques, Douglas Baggio comemora o bom momento no Flamengo. Com contrato até setembro de 2015, ele vai começar a ser preparado para jogar pela equipe júnior do Flamengo no Brasileiro da categoria. A princípio, o jogador embarcaria nesta segunda-feira com a equipe juvenil para a disputa do nacional Sub-17, mas a ideia é deixá-lo pronto para jogar a Copa São Paulo de Futebol Júnior, em janeiro.

- Esse ano foi excelente para mim, quero terminar o ano com chave de ouro, acabo de ser campeão carioca juvenil, fui artilheiro com 46 gols, e agora o foco fica nos juniores. Vou subir com respeito aos meus companheiros, mas também vou buscar a minha vaga. O Brasileiro Sub-20 e a Copa São Paulo são sempre vistos de perto pela comissão técnica do time profissional.

O Baggio do Recife, que já fez alguns treinos no time principal, começou no Santa Cruz. Douglas Baggio chegou ao CFZ do Rio em 2010. Na ocasião, o Flamengo tinha uma parceria com o clube, e o garoto se transferiu para o Rubro-Negro. Ele é tido como uma das grandes promessas das divisões de base e já foi observado por Real Madrid e Barcelona. Até ele se surpreende com o alto número de gols marcados.

- Acho que é impossível lembrar de todos, é muito gol (risos). De pênalti, de esquerda, sem querer, fiz gol de bicicleta, de voleio. O meu gol do ano foi contra o Vasco, de bicicleta. Vai ficar mais difícil marcar daqui para frente, pois será o primeiro ano com os juniores, a concorrência é grande. Vou esperar a oportunidade chegar e aproveitar a chance.
Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2012/11/com-pele-e-messi-na-mira-douglas-baggio-ousa-ultrapassar-gigantes.html#equipe-flamengo

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

É OCTA

O Octacampeonato 2005-2012


Flamengo é Octacampeão Carioca de Basquete!

O basquete do Flamengo conseguiu sua segunda maior sequência de títulos do Campeonato Carioca da história, atrás apenas do Decampeonato Carioca 1951-1960. Segue abaixo um resumo da sequência de títulos:

2005 - 16 vitórias e 4 derrotas

Time: Ricardinho, Guto, Alexey, Léo e Gema. Téc: Paulo Chupeta. Banco: Ted, Olívia e Mingão

Participantes: Telemar, Flamengo, Vasco, Automóvel Clube de Campos, Liga Macaense, Grajaú Country, Municipal e Iguaçu.

2006 - INVICTO: 20 vitórias

Time: Fred, Gustavo, Léo, Olivinha e Gema. Téc: Paulo Chupeta. Banco: Diguinho, Maicon e Olívia

Participantes: Flamengo, Rio de Janeiro, Grajaú Country, Macaé Sports, Vasco, Iguaçu, Automóvel Clube de Campos, Volta Redonda, Nova Friburgo e Fluminense.

2007 - 17 vitórias e 1 derrota

Time: Hélio, Marcelinho, Amiel, Alírio e Coloneze. Téc: Paulo Chupeta. Banco: Fred, Duda, Fernando Alvim e Wágner.

Participantes: Flamengo, Vasco, Fluminense, Campos, Macaé Sports, Iguaçu, Volta Redonda e Municipal.

2008 - INVICTO: 10 vitórias

Time: Hélio, Duda, Marcelinho, Wágner e Coloneze. Téc: Paulo Chupeta. Banco: Fred, Fernando Alvim e Jéfferson Willian.

Participantes: Flamengo, Cabo Frio, Iguaçu, Municipal e Villa Rio.

2009 - INVICTO: 12 vitórias

Time: Hélio, Duda, Marcelinho, Jéfferson Willian e Wágner. Téc: Paulo Chupeta. Banco: Fred, Guilherme Teichmann e Coloneze.

Participantes: Flamengo, Municipal, Cabo Frio, Comary e América de Três Rios.

2010 - INVICTO: 14 vitórias

Time: Hélio, Duda, Marcelinho, Jéfferson Willian e Baby. Téc: Paulo Chupeta. Banco: Fred, Guilherme Teichmann, Wágner e Átila dos Santos.

Participantes: Flamengo, Tijuca, Cabo Frio, Macaé Sports, Iguaçu e Riachuelo.

2011 - INVICTO: 8 vitórias

Time: Leandrinho, Marcelinho, David Jackson, Kammerichs e Caio Torres. Téc: Gonzalo Garcia. Banco: Hélio, Fred, Duda, Guto, Guilherme Teichmann, Wágner e Átila dos Santos.

Participantes: Flamengo, Tijuca, Macaé Sports e Iguaçu.

2012 - INVICTO: 8 vitórias

Time: Vítor Benite, Marcelinho, Marquinhos, Olivinha e Caio Torres. Téc: José Alves Neto. Banco: Kojo Mensah, Gegê, Duda, Feliz e Shilton.

Participantes: Flamengo, Tijuca, Riachuelo e Botafogo.

História:

Em 2005, o Telemar era o campeão brasileiro, e mesmo tendo perdido Marcelinho Machado, era o franco favorito. Seu time, treinado por Miguel Ângelo da Luz, tinha Ratto, Marc Brown, Dedé Barbosa, Aylton e Sandro Varejão. No ano seguinte, a Telemar saiu e o time, com investimento menor era mantido pela Prefeitura, e tinha Ricardinho e Josuel. Em 2007, para dar maior força ao campeonato, o Vasco jogou com o time do Universo/Brasília, o Fluminense com o time do Pitágoras/Minas, Campos com o time do Cetaf/Vila Velha e Macaé com o time do Saldanha da Gama, estas duas últimas equipes do Espírito Santo; todas quatro, equipes da Liga Nacional. Liderado por Marcelinho Machado, o Fla foi tricampeão. A partir de 2008, com o maior investimento do Flamengo, bi-campeão brasileiro 2008-09 e campeão sul-americano de 2009, os rivais correram da raia.

Na campanha do Decampeonato o Flamengo foi campeão invicto em 1951, 1952, 1953, 1954, 1958 e 1960. Ou seja, nos oito primeiros títulos (1951-58) ganhou cinco sem sofrer derrotas. No Octa 2005-12, foi campeão invicto seis vezes, em 2006, 2008, 2009, 2010, 2011 e 2012.

Em 1951, o quinteto rubro-negro venceu 18 e não perdeu, em 52 foram 11 vitórias e nenhuma derrota, em 53 e 54, em ambos, foram 22 vitórias e nenhuma derrota. Em 1955, foram 18 vitórias e uma derrota, e um título sobre o Sirio e Libanês com uma cesta no último segundo que matou de infarto o presidente Gilberto Cardoso. Em 56, 15 vitórias e 1 derrota, em 57 foram 21 vitórias e 1 derrota; e em 58 novamente campeão invicto, com 24 vitórias. Em 1959, foram 21 vitórias e 1 derrota; e em 60 um título invicto com 17 vitórias.

No Octacampeonato 2005-2012, no total: 105 vitórias e 5 derrotas (4 delas na primeira campanha, em 2005). Fonte: http://livroanacao.blogspot.com.br/2012/11/o-octacampeonato-2005-2012.html

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Atuação Convincente

Ontem na bela Florianópolis, o Flamengo venceu o Figueirense por 2 a 0, no Estádio Orlando Scapelli. Com uma atuação convincente à altura de suas tradições o time "ressurgiu" com a colaboração conjunta de toda a equipe. Foi indiscutivelmente, a sua melhor partida, no Campeonato Brasileiro de 2012. Jogando um futebol simples, mas bastante eficiente. Todos os setores: defesa, meio de campo e ataque funcionaram, com destaque para este último. Afinal de contas, seu grande artilheiro, Vágner Love foi o responsável direto pelo importante triunfo, ao anotar os gols da partida. Todavia, deve-se ressaltar que outros jogadores também se destacaram. O zagueiro Thiago Medeiros, foi uma agradável surpresa, deu maior segurança a defesa. O estreantes Cáceres, mostrou que deve ser bastante útil ao MAIS QUERIDO DO BRASIL. Volante diferenciado, o paraguaio é eclético, pois alia o poder de marcação com a técnica, visto que a qualidade do seu bom passe contribuiu também com a criação no meio de campo. Mesmo atuando improvisado na maior parte do jogo, quando foi deslocado para zaga, após a contusão do defensor anteriormente citado, não comprometeu. Negueba, conseguiu desenvolver com mais objetividade seu futebol, embora de forma tímida, seu talento demonstrado nas divisões do base, fazendo uma das melhores partidas com a camisa rubro-negra. A entrada de Adryan no segundo tempo foi providencial, pois o primeiro gol do Flamengo saiu de uma bela cobrança de escanteio efetuada por ele. Com o retorno do atacante Liédson (o Levezinho) a Gávea depois de 10 anos, o técnico Dorival Júnior vai possibilitar maior diversidade ofensiva.
Desse modo, na minha modesta opinião expressada acima, acredito na evolução do Mengão ao longo do Brasileirão. È esperar pra vê. 



quinta-feira, 19 de julho de 2012

Sob a batuta do Maestro Júnior


A Nação já tinha um Deus, Antônio José da Raça Rondinelli Tobias. Já éramos todos súditos de Rei Arthur Primeiro e Único. Colecionávamos heróis como figurinhas emocionais, todas carimbadas pela nossa paixão. Um dia, um desses heróis pendurou seu capacete black power de tantas batalhas e tomou em mãos uma batuta para reger a Nação que cantou, cantou e cantou. A cada canto mais o Maestro crescia. E assim fomos pentacampeões.

Conte comigo, Mengão:

Campeão 80: O Brasil aos Pés de um João Danado

Bi 82: Cala-te, Olímpico

Tri 83: São Judas Tadeu Maior do que Todos os Santos

Tetra 87: Campeão da Verdade

Penta 92: Valeu, Maestro!

Toda a gratidão do mundo, desta e de outras vidas e de cada um dos 35 milhões a você, Leovegildo Lins da Gama Júnior.

Valeu, Maestro!

Mauricio Neves


domingo, 1 de julho de 2012

A eterna magia do Fla X Flu

Entrevistão: os Fla-Flus de pais e filhos do recordista, o Maestro Junior

Ídolo, com 48 jogos, é 'batizado' no clássico quando menino no ombro do pai tricolor na final de 63. Em 91, abraça filho no campo após gol do título

Por Márcio Mará e Thiago Ribeiro

Rio de Janeiro

Era um domingo dos mais esperados aquele do dia 15 de dezembro de 1963. Decisão no Maracanã. Fla-Flu. Na companhia do pai e do tio, dois garotos se depararam com uma verdadeira multidão ao chegarem ao estádio. Um público de 177.020 pagantes. Mais de 190 mil presentes. Até hoje recorde mundial de todos os clássicos. Ali, espremido na geral, em cima dos ombros de seu Gildo, o caçula, de nove anos, olhava fixo para todo o espetáculo de cores nas arquibancadas. Abismado com toda a beleza, não poderia imaginar que naquele dia, naquela hora, começava a escrever a sua história no meio da rivalidade.

Esse Fla-Flu da infância foi o "batizado" para o futebol do recordista do charmoso duelo. Leovegildo Lins Gama Junior, paraibano de nascença, carioca da gema, foi quem mais entrou em campo para disputá-lo. Em 48 partidas - Jarbas, ponta rubro-negro dos anos 30 e 40, está empatado nos números.-, mostrou como poucos o seu talento. O Junior Capacete dos anos 70 e dos dourados anos 80 do Flamengo. O Junior Maestro dos anos 90, que sentiu, no momento do derradeiro gol do título carioca de 1991, na euforia estampada no rosto do filho Rodrigo, presente à beira do campo, a passagem de bastão: era mais um Fla-Flu de pais e filhos.

- Quando faltavam três minutos, olhei para a beira do campo, estava o seu Neném, conselheiro do Flamengo, de mãos dadas com ele. Tinha cinco, seis anos de idade. Fiquei pensando: "O que esse moleque está fazendo ali?" Porque, para mim, não era para ele estar ali. Vai que toma uma bolada... Mas ele já estava ali esperando o fim do jogo. O mais engraçado é que quando acabou o jogo ele correu para mim e disse: "Pô, pai, nós ganhamos. " Mas ele falou o "nós ganhamos" como se tivesse jogado. E na verdade jogou, estava do meu lado ali. Tem umas imagens desse período e toda vez que vejo aquela imagem a garganta dá uma secada... Eu poderia dar qualquer coisa para o meu filho em termos materiais. Mas proporcionar para ele aquilo ali com 36 anos de idade era uma coisa que só poderia ser naquele momento -disse o emocionado Junior, num descontraído papo num bar em Copacabana.

Numa das tradicionais esquinas do bairro que escolheu para viver boa parte de sua vida - agora, o atual comentarista da TV Globo vive na Barra da Tijuca -, Junior mostrou que tem o espírito da coisa. Em meio às resenhas nas quais contava as deliciosas histórias vividas no clássico, era sempre requisitado para um aperto de mão, um forte abraço ou até para ganhar presente. E a cada ex-vizinho ou amigo de fé que surgia, vinha sempre uma nova boa lembrança. Pouco antes de ter completado 58 anos nesta última sexta-feira, falou de sua relação de carinho pelo Fluminense, time para o qual torcia seu pai. Garantiu ter sido sempre rubro-negro, ainda que esse detalhe seja irrelevante para um personagem tão identificado com as cores rubro-negras.

- Essa história de dizerem que o Junior era tricolor não modifica em nada. O mais importante é que eu acompanhei as histórias dos dois clubes. Não teria problema nenhum se eu tivesse torcido para o Fluminense, até mesmo em função do meu pai e do meu tio. Mas a vida toda mostrou o lado exatamente em que eu estive... Meus amigos na praia, quando a gente começou a jogar no Juventus, a maioria toda era Flamengo. E eu ia para o Maracanã escondido... Só a minha mãe, rubro-negra, sabia. Eles, não. Eu já tinha de 11 para 12 anos. Já estava mais definido para o lado do Flamengo.

Na hora do chute do Escurinho, da defesa do Marcial, a gente já estava se encaminhando para sair. Só ouvimos o "Uuuuuh"... "JuniorNo Fla-Flu, Junior viu também sua história mudar. O troca-troca entre os dois clubes ocorrido em 1976 e promovido pelo então presidente tricolor Francisco Horta, representou para o lateral mudança de posição. Com a chegada de Toninho, jogador de seleção brasileira, o então jovem trocou a lateral direita pela esquerda, onde se consagrou. O eterno Maestro rubro-negro afirmou ter buscado inspiração nas jogadas de Marinho Chagas, o Bruxa, lateral-esquerdo do Botafogo e da Seleção nos anos 70, para se adaptar ao novo setor. Lembrou também das boas lições aprendidas com Paulo Cezar Caju e Samarone, ídolos de infância, e o argentino Doval, companheiro de time e depois rival. Do perfume francês de PC comprado por todos os jogadores rubro-negros à loucura de Rondinelli para conter um chute de Rivellino até a virada rubro-negra capaz de fazê-lo comemorar de forma tresloucada em 1993, não faltam histórias desse bom sujeito do samba e da bola.

Você é o jogador, junto com Jarbas, o Flecha Negra, ponta do Flamengo dos anos 30 e 40, que mais vezes atuou num Fla-Flu. Como se sente fazendo parte de forma importante desse clássico, que completa agora 100 anos?

Quando soube que tinha sido o jogador que tinha participado de mais Fla-Flus, fiquei pensando que isso não é uma coisa de só quando me tornei profssional. Meu pai era tricolor, meu tio-avô, o Aloísio, também. Foram os dois que me encaminharam para ver futebol. Dentro de casa, tinha minha mãe, flamenguista doente. Comecei a ir ver os jogos com eles. Com nove anos de idade, eu e meu irmão mais velho, o Lino, fomos àquela final do Carioca de 1963, o 0 a 0 no Maracanã.

Essa é a partida que teve o maior público de todos os Fla-Flus...

Subimos para a arquibancada, mas estava impossível de a gente entrar. Logo naquela primeira entrada. Aí a solução que o meu tio deu foi: "Ah, vamos lá pra geral..." Eu tinha nove, meu irmão mais velho tinha 11 anos. Nosso sonho era ver na geral. Só que naquele dia a geral tava super, hiperlotada. Então eu, como era menor e pesava menos, vi o joguinho todo nas costas do meu pai, do velho Gildo. É uma das grandes lembranças que eu tenho da infância.

No fim do jogo, teve aquela bola do Escurinho que o Marcial, goleiro do Flamengo, salvou. Viram bem o lance?

Na hora do chute do Escurinho, da defesa do Marcial, a gente já estava se encaminhando para sair. Eles estavam preocupados com a nossa saída. Só ouvimos o "Uuuuuh"... A gente ia ao jogo mais em função do meu tio e do meu pai.

Com a camisa rubro-negra, que vestiu 857 vezes de 1974 a 1993, o mangueirense Junior fez história e teve como grande companheiro e amigo outro ídolo rubro-negro: Zico (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)

Afinal, você era tricolor na infância?

Essa história de dizerem que o Junior era tricolor não modifica em nada. O mais importante é que eu acompanhei as histórias dos dois clubes. Não teria problema nenhum se eu tivesse torcido para o Fluminense, até mesmo em função do meu pai e do meu tio. Mas a vida toda mostrou o lado exatamente em que eu estive... Mas conheço muito a história do Fluminense naquela época. Aquele time do Félix, Oliveira, Galhardo, Assis e Marco Antônio; Denilson e Didi; Cafuringa, Samarone, Claudio e Lula. Porque eu acompanhava com eles. Tinha a "Revista dos Esportes", o "Jornal dos Sports". Mas meus amigos na praia, quando a gente começou a jogar no Juventus, a maioria toda era Flamengo. E eu ia para o Maracanã escondido... Só a minha mãe, rubro-negra, sabia. Eles, não. Eu já tinha de 11 para 12 anos. Já estava mais definido para o lado do Flamengo.

O Fla-Flu sempre esteve muito presente em sua vida...

O mais engraçado é que hoje, trabalhando como comentarista de TV, faço muitos jogos. Fluminense na Libertadores, então, eu ia direto. Quando entro no avião às vezes, aí o cara vira... "Ô, ô, ô, o Junior é tricolor..." Eu digo: "Eu sou. Vermelho, preto e branco." Brinco com a galera. Mas é legal porque existe um respeito muito grande por parte da torcida do Fluminense. Talvez de todas as torcidas adversárias seja a que me trata melhor. Também pelo fato do meu pai, do meu tio... a minha história. Cheguei a treinar no Fluminense em 73 levado pelo Mozart de Giorgio, nosso vizinho, muito amigo do Parreira, treinador do time de cima. E eu fui treinar no Fluminense. Tive sempre alguma ligação com o Fluminense na minha vida.

Lembra do primeiro Fla-Flu como jogador?

Não lembro do meu primeiro Fla-Flu (foi em 1974, pelo Carioca, e o Fla venceu por 2 a 1). Lembro bem de um dos mais importantes, o de 1991, do meu retorno da Itália. O Rodrigo, meu filho, pequenininho, final do Campeonato Carioca, ele na beira do campo. Esse eu lembro muito bem. O outro de ótima recordação foi o primeiro jogo como lateral-esquerdo, o do troca-troca. O Toninho veio para a lateral direita, o Doval foi para lá. Rodrigues Neto e Renato também. Roberto e Zé Roberto foram para o Flamengo. Ganhamos de 4 a 1, foi o jogo da "Zicorvardia", manchete de jornal, o Galo fez quatro gols. O nosso técnico era o Carlos Froner. Teve um jogo lá em Caxias do Sul quando aconteceu o troca-troca no Rio. Aí o Froner falou para mim que ia me experimentar no lado esquerdo. Era meio complicado barrar o Toninho, que estava chegando. Ele dividia a vaga de titular da Seleção com o Nelinho. Eu disse que não tinha problema nenhum em ir para a esquerda, podia tentar. Acho que o Froner sentiu que dava para eu me adaptar.

E foi fácil a adaptação à lateral esquerda?

Aí passei pelo processo do paredão de madeira lá na Gávea, de perna esquerda, de cruzamento. Até pegar... Uma coisa é sair da direita para a esquerda. É uma diferença muito grande. As pessoas até acham que não. A arrancada, a cobertura...Aos poucos, fui aprendendo.. Lembro que no primeiro gol do Zico com um cruzamento meu de perna esquerda eu vibrei mais do que ele... Porque aí foi a certeza de que eu poderia jogar naquela posição. E aquele ano para mim, 76, foi legal. Tive a primeira convocação para a Seleção já como lateral-esquerdo.

Como os jogadores reagiram àquele troca-troca entre Flamengo e Fluminense? Não sentiram desvantagem para o Flamengo na situação?

Doval foi um dos que mais vestiram a camisa do Flamengo na concepção da palavra. Pela raça, luta, entrega, técnica"JuniorAcho que naquele período o doutor Francisco Horta vinha com aquelas ideias do troca-troca para revolucionar o futebol carioca e conseguiu. O fato de o Rivellino ter vindo naquele período foi uma tacada de mestre. Além de o Fluminense ter montado aquela Máquina com Paulo Cezar, Dirceu & Cia. Nós sentimos esperteza, na verdade. O Flamengo não precisava de um lateral-direito. Mas veio o Toninho. Zé Roberto não veio para ser o titular na ponta, e muito menos o Roberto para ser o goleiro. Mas eu acho que esses caras se integraram de uma forma tão legal... Primeiro, achamos que tínhamos saído no prejuízo. O Renato, o Doval e o Rodrigues Neto foram para ser titulares lá. O Fluminense estava carente naquele período.

E o Doval era ídolo no Flamengo...

O Narciso era especial para todos nós. Não somente pela capacidade técnica. Doval foi um dos caras que mais vestiram a camisa do Flamengo na concepção da palavra. Pela raça, luta, entrega, técnica tudo isso. Só que o Zé Roberto, Roberto e o Toninho se integraram de uma forma muito legal, exatamente no período em que se estava montando o time que, a partir de 78, viveu a época de ouro do Flamengo. O Zé Roberto, um cara extremamente inteligente. O Roberto, com uma participação muito grande, principalmente fora do campo, na ajuda aos mais novos. E essa integração foi boa. Na parte técnica, acho que o Flu até levou uma vantagem. Mas nos outros quesitos terminamos levando a melhor.

O Toninho se encaixou bem no time. O Cláudio Coutinho o usou bem para as jogadas das ultrapassagens, para o lateral ir à linha de fundo...

Quando foi montado aquele esquema das ultrapassagens, que o Coutinho chamava de overlaping, o Toninho, pela velocidade e pelo timing que tinha... O Baiano era um cavalo de raça. Um cara com preparo físico acima da média. Era muito legal porque treinávamos separadamente os laterais. Eu, ele, o uruguaio Ramirez, treinávamos juntos. Como ele estava fisicamente na ponta dos cascos, carregava a gente. Isso contribuiu muito para que a nossa evolução física fosse muito legal.

Junior lia as crônicas de Nelson Rodrigues e Mario Filho (Foto: André Durão / Globoesporte.com)

Como foram os duelos com a Máquina?

O Rivellino matou no peito, a bola quicou e ele armou para chutar. O maluco do Rondinelli deu voadora de cabeça, à meia altura... "JuniorEram aquela história do Davi contra o Golias. Você tinha do lado de lá sua fera, o Rivellino. Gente com passagem pela Seleção Brasileira... Na verdade, a gente começando a carreira. Mas para nós era sempre incentivo e motivação. O Fla-Flu exerce um fascínio diferente para quem está lá embaixo, no campo. Você olha para a arquibancada, é a mistura do vermelho com o preto, e o verde, vermelho e o branco, é uma coisa totalmente diferente. Os Fla-Flus não eram levados pela agressividade, pela violência. Era uma coisa muito mais como aquela coisa do Nelson Rodrigues, que sempre escreveu coisas maravilhosas, o Mario Filho também, com crônicas maravilhosas... Este clima era o que a gente via nos Fla-Flus. Se você for buscar, dificilmente vai ver Fla-Flus com brigas homéricas. Vai ver Fla-Flus com grandes espetáculos.

Mas o Doval, por exemplo, era catimbeiro...

Com o Doval, eu, pelo menos, não falava com ele. Porque o Gringo não olhava para a cara do adversário. Ele dava o seu bico, a sua cotovelada independentemente de quem fosse. Ele era assim quando jogava no Flamengo, no Fluminense, na seleção argentina, era sempre assim. Então não tinha papo com ele no campo.

Que história curiosa tem para contar desses Fla-Flus com a Máquina?

Teve um episódio com o Rivellino. Uma bola que sobrou, a defesa tirou, o Rivellino matou no peito, ela quicou e ele armou para chutar. Quando armou para chutar, o maluco do Rondinelli, o Deus da Raça, deu uma voadora de cabeça, à meia altura, para evitar que o Rivellino pudesse finalizar. Só o Rondinelli mesmo para fazer alguma coisa daquele tipo. Eu acho que o Riva ficou com pena dele e não chutou. Porque se tivesse chutado, a cabeça do Rondinelli tinha voado.

Naquele tempo, existia uma convivência boa entre os jogadores. O Pintinho, do Fluminense, e o saudoso Geraldo Assobiador, do Flamengo, eram amigos inseparáveis e se enfrentavam sempre nos Fla-Flus sem qualquer problema.

O Pintinho era meu vizinho.em Botafogo; Ele morava no terceiro, eu morava no sexto andar. Acabou o jogo, a gente se via, estava nos mesmos lugares, não tinha essa rivalidade, essa cobrança de um não poder estar com o outro. A nossa galera era sempre a mesma que se divertia depois do jogo. Ia ao Monte Líbano no carnaval, pro Vidigal, pro samba no Águia. E isso não fazia nenhuma diferença na hora de uma dividida do Pintinho com o Geraldo. Ninguém tirava o pé. E nem por causa disso eles deixaram de ser amigos.

Você falou com empolgação do fascínio que o Fla-Flu exerce. É mesmo especial?

O Paulo Cezar Caju era o mais chato de ser marcado. Quando balançava na frente, era complicado"JuniorO Fla-Flu era aquele clássico que tinha alguma coisa de diferente. Os clássicos vão por períodos, momentos. O Fluminense desse momento, 1975, 76, era uma motivação absurda. Era você querer ganhar do melhor, que estava em evidência. Em outros períodos havia a rivalidade eterna com o Vasco e até mesmo com o Botafogo. Menos com o Botafogo naquele período porque não estava muito bem das pernas. Mas tivemos períodos com o Botafogo de muita dificuldade. Só que com o Fluminense era diferente. Pelas coisas que eu já citei. Da torcida, as cores, e principalmente a questão da agressividade. Não era um clássico que era levado à violência. Tinha jogo viril, chegada, mas violento, não.

Os jogadores liam muito Nelson Rodrigues e Mario Filho naquela época?

Mesmo você não querendo, as frases do Nelson e do Mario Filho eram sempre manchetes. Aquela história de que o Fla-Flu começou 40 minutos antes do nada... Só o Nelson Rodrigues para pensar numa coisa assim..

Qual derrota para o Fluminense doeu mais?

Mais para frente, a derrota de 1983. Até hoje eu cobro do Arnaldo (Cezar Coelho, comentarista de arbitragem da TV Globo e árbitro na época). Não houve impedimento do Adílio. Mas marcaram. O Delei bateu, o Assis fez o gol. Acho que antes de minha ida para Itália foi meu último Fla-Flu. Ele diz que quem deu foi o bandeirinha... "Mas você não é a voz do campo? Autoridade máxima?", perguntei. Naquele jogo de 1983 comandamos o jogo praticamente todo. Mas só termina quando o juiz apita. O pior foi acabar da forma como acabou. Era um lance legal que podia proporcionar para a gente uma chance de gol. E terminou sendo revés.

Depois, em 1991, foi a sua vez de ser campeão...

Oito anos depois, tive a oportunidade de ter a forra. Voltei para o Brasil após o pedido do Rodrigo, meu filho. Ele queria me ver jogando no Flamengo, principalmente depois que viu uma fita com os gols do Zico lá em Pescara. Em 1990 ganhamos a Copa do Brasil mas foi em Goiás, ele não viu. Aí teve a final do Carioca com o Fluminense. Fiz o quarto gol, foi 4 a 2 o jogo. Quando faltavam três minutos, olhei para a beira do campo, estava o seu Neném, conselheiro do Flamengo, de mãos dadas com ele. Tinha cinco, seis anos de idade. Fiquei pensando: "O que esse moleque está fazendo ali?" Porque, para mim, não era para ele estar ali. Vai que toma uma bolada... Mas ele já estava ali esperando o fim do jogo. O mais engraçado é que quando acabou o jogo ele correu pra mim e disse: "Pô, pai, nós ganhamos. " Mas ele falou o "nós ganhamos" como se tivesse jogado. E na verdade jogou, estava do meu lado ali. Tem umas imagens desse período, e toda vez que vejo aquela imagem a garganta dá uma secada... Eu poderia dar qualquer coisa para o meu filho em termos materiais. Mas proporcionar para ele aquilo ali com 36 anos de idade é uma coisa que só poderia ser naquele momento. Minha mulher mesmo queria ficar mais tempo na Itáia. "Eu disse: Pô, mas se não for agora, não vai dar tempo." E ela: "Pô, mas vão chamar você de velho..." Mas eu sabia das minhas condições. Aquele momento foi único da minha vida. E calhou de ser contra o Fluminense.

Aquele time acabou sendo a base para o do título brasileiro de 1992...

 Ali com o Carlinhos a gente conseguiu criar um módulo de jogo. Nós não sabíamos a forma como jogávamos. Quando ele conseguiu botar o Paulo Nunes ou o Julio César na direita e o Nélio na esquerda, começou a haver um revezamento. Fizemos um 4-5-1, só com o Gaúcho na frente, os caras ajudando os laterais. Então, naquele finalzinho a gente se encontrou, e isso teve consequências melhores quando levamos o Brasileiro de 92.

A companhia do Zinho no meio-campo o ajudou muito?

Zinho sempre foi aquele cara da qualidade e da quantidade. É até uma injustiça quando falam que o Zinho é isso, o Zinho é aquilo... Precisa você ter um Zinho no seu time para dar valor que nós demos. Depois fui observador do Parreira da Seleção em 1994 e só nós sabíamos da importância do Zinho. Tanto quanto o Bebeto, o Romário, o Aldair, o Dunga. Fazia aquele papel obscuro, que não aparecia. Mas que coletivamente era fundamental. Ele dizia que a gente tinha uma espinha dorsal no Flamengo: o Gilmar, o Gottardo, eu e o Gaúcho. Eu dizia para ele que tinha mais um. Mesmo sendo garoto, participava das nossas reuniões, era um cara mais maduro. Líder junto ao Paulo Nunes, Marcelinho, Djalminha, Júnior Baiano, Nélio. Quando a gente precisava de alguma coisa, muitas vezes não ia. O Zinho fazia, filtrava para a gente. A gente dava sempre uma aparada de aresta no ambiente. Ele foi fundamental nesse período.

O Flamengo nem era favorito naquele Fla-Flu. O time do Flu era bom...

Encontrei com o Edinho, que era treinador do Fluminense, e ele disse. "Pô, só você mesmo para me derrubar. Se não tivesse você, nada tinha acontecido. " Tá de brincadeira, né? O Fluminense estava com um bom time. O Ézio, numa forma espetacular. O Bobô tinha saído do Flamengo e se encontrado no Fluminense. Ele se machucou naquele jogo, e quando saiu o Fluminense deu uma caída. O time deles estava brigando e era o favorito para conquistar aquele Carioca.

De todos os jogadores do Flu que enfrentou, qual era o mais chato de ser marcado?

O Paulo Cezar Caju. Eu ainda enfrentei o Paulo jogando de lateral-direito, e ele na ponta... Em 1975. O Paulo sempre foi o nosso ídolo, desde o período em que jogava no Flamengo. Aquele campeonato de 72 ele ganhou praticamente sozinho. Além disso, tenho um carinho absurdo por ele. Quando o Colúmbia fazia os jogos de final de ano lá no Leblon, era um jogo do Colúmbia contra os jogadores profissionais. Foi ele que me deu a primeira oportunidade de jogar entre os profissionais porque eu já enfrentava o Colúmbia. Então, no meu primeiro ano, em 74, ele me chamou para jogar lá. Foi um irmão mais velho para a gente e sempre uma referência. Então, para marcá-lo, dar um pontapé nele, uma chegada mais junto, eu pensava duas vezes, fora a qualidade técnica dele. O Paulo, quando balançava na frente, era complicado. Ele saía para os dois lados. Jogava com a perna esquerda com a mesma facilidade que com a direita.

Foi até um aprendizado bom, porque ele era destro e jogava pela esquerda...

Talvez o meu grande exemplo para a lateral esquerda tenha sido o Marinho Chagas. Eu o acompanhei bem na Copa do Mundo de 74. Quando acabou o Mundial, só se falava nele. E eu jamais poderia imaginar que ia jogar também na lateral esquerda. Aí comecei a me lembrar das coisas que o Marinho fazia. Aquela puxada para dentro. Fingir que ia para o fundo, puxava para dentro, para bater no gol... Aí você começa a ver um filmezinho e a aprender com tudo isso aí. Esses caras para a gente sempre foram referências.

Houve menos convivência com o Paulo Cezar no Flamengo?

Eu estava no futebol de salão nessa época. Fui para o campo em 1973. Mas acompanhava os treinamentos; Até porque eles treinavam antes da gente. Além de eu conhecer o Paulo do futebol de praia. Então o Paulo sempre falava comigo e não falava com os meus amigos. Aí os caras chegavam: "Pô, você conhece ele?" "É, conheço da praia..." Isso me enchia de orgulho. "Pô, o Paulo me conhece..."

Na época, ele já era o craque da moda...

Mas era mesmo..E lançava moda. O Paulo foi o Neymar desse período. Pintava o cabelo, comprava carro, aí todo mundo fazia as mesmas coisas. Lembro que quando foi para a França e voltou, descobriu um perfume chamado Monsieur Heim. Aí todo mundo ficou de olho. "Vamos comprar esse perfume?" Descobriram o lugar. Uma vez chegou todo mundo com o mesmo cheiro dele para uma boate que nós íamos Ele perguntou que perfume estávamos usando. Dissemos que era o Monsieur Heim. Aí ele perguntou: "Mas por quê? Esse é o meu perfume!" Todo mundo riu. Depois, ele se rendeu e aí passou a trazer para a gente.

Voltando aos Fla-Flus, teve um de virada, em 1993, pelo Carioca, vencido pelo Flamengo por 3 a 2, que você costuma considerar como dos mais emocionantes. Conte um pouco sobre esse jogo.

Pelas circunstâncias daquele jogo, foi difícil. O Fluminense dominou a gente, poderia ter metido uns três ou quatro. Virou 2 a 0. E quando voltamos para o vestiário, a primeira conversa que tivemos foi que aquilo não era o Flamengo. "Estamos jogando um Fla-Flu. Se a gente escapou de tomar uma goleada, vai ter que fazer alguma coisa." Carlinhos fez algumas modificações na parte tática e nas substituições, voltamos outro time. Sabe quando você sente que vai acontecer alguma coisa favorável? Desde o início do segundo tempo tive essa sensação. Aí fizemos um, dois, e no finalzinho dei a sorte de ter uma bola escorada pelo Gaúcho de cabeça, dominar no peito e, antes de ela quicar, bater de primeira e ela entrar. Dá pra ver que a minha vibração é de alguém que está tirando alguma coisa que não é só de alegria. Era de tirar um peso que estava incomodando.

É daqueles jogos da história da segunda pele, o que te fez dar mais sangue em campo?

Não. Jogo de segunda pele foi o terceiro da final do Carioca de 1981 contra o Vasco. Era na semana da morte do Cláudio Coutinho, nosso ex-treinador. Aquele jogo foi o que mais encarnei... Teve aquele carrrinho pra cima do Mazaropi, para a bola sobrar para o Nunes fazer o gol. Mas, na verdade, a história de encarnar a segunda pele era toda vez que estava em campo.

Há um tempo, numa entrevista, você falou muito bem do Samarone, que jogou no Fluminense nos anos 60 e 70 e depois foi para o Flamengo. Era seu ídolo também?

O Samarone eu seguia quando estava na Portuguesa de Desportos. Foi para mim a maior concepção de jogo coletivo de um profissional de futebol. Quando foi para o Fluminense ficou mais perto, pude vê-lo melhor. E depois foi para o Flamengo em 70. Uma vez, conversando com ele, perguntei: "Samarone, alguma vez você pensou em você mesmo?" Ele me disse: "Pra quê? O jogo não era de 11? Qual a diferença do meu companheiro ou eu fazer o gol? Nenhuma. O importante era a gente ganhar no fim. " Isso, para mim, sempre foi o meu conceito de jogo. Não é futebol association? Então, vamos nos associar. Isso era uma das coisas que mais me deixavam impressionado. Porque jogador tem aquela coisa da vaidade. Querer fazer um gol num Fla-Flu, num jogo importante. O cara não pensava assim. Isso era uma coisa muito maneira nele.

E tecnicamente?

Nem se fala. Se ele fisicamente tivesse uma qualidade melhor, teria feito uma carreira mais brilhante. Mas tinha uma vida completamente diferente da dos jogadores de futebol. Era engenheiro. Ainda é engenheiro. Outra cabeça.

Que Fla-Flu não jogou e gostaria de ter jogado?

Talvez o do Leandro, de 1985, que as pessoas vieram me contar depois. Ele fez o gol lá do meio da rua, a bola bateu nas costas do Paulo Victor e entrou. Eu estava na Itália, as pessoas vieram me contar."Pô, você tem que ver o que aconteceu..." Não dá para imaginar. Cada jogo é uma história. O Leandro chuta a bola do meio-campo, a bola bate na trave, nas costas do Paulo Victor e entra. Parecia que era um título. A primeira coisa que fiz quando eu cheguei ao Rio de Janeiro foi catar o videoteipe daquele jogo. Deu vontade de jogar, principalmente aquele fim de jogo.




domingo, 10 de junho de 2012

Aula de Futebol

Flamengo dá aula, goleia o Santos e conquista o tricampeonato brasileiro

Rubro-Negro segura pressão no segundo tempo e leva título por 14 a 7

Do primeiro ao último minuto, o domínio foi todo rubro-negro. Comandado por Djalminha, o Flamengo mostrou um belo jogo coletivo, envolveu completamente o Santos e goleou. Com uma ampla vantagem construída na primeira etapa, o time carioca apenas administrou o placar até o apito final. Por 14 a 7, o clube da Gávea conquistou, com campanha invicta, o tricampeonato do Brasileiro de Showbol.

Campeão Carioca este ano, Flamengo venceu os cinco jogos que disputou no Nacional. Assim como nas duas edições em que também levou o caneco (2009 e a 2010), o time teve ainda o artilheiro do torneio, Djalminha, que este ano ainda foi eleito o melhor jogador da disputa.

- Nossa campanha foi maravilhosa. Fizemos um campeonato exemplar. Nos acostumamos a vencer e queremos mais. Fico muito feliz em levar os prêmios individuais, mas tenho que dividir os méritos com essa galera toda que mandou muito bem neste domingo - disse o craque.

Organizado, Flamengo sobra e goleia no 1º tempo

O Flamengo pressionou a saída de bola santista desde o apito iniciou. O placar saiu do zero pelos pés de Djalminha, que arriscou de longe e contou com desvio de Axel para matar o goleiro Joel já aos dois minutos. O segundo foi de Cleisson, que fez um belo trabalho de pivô e bateu cruzado. No minuto seguinte, o camisa 9 subiu bem pela esquerda e, ao se livrar do arqueiro, deixou Fábio Baiano com o gol aberto para marcar 3 a 0.

O primeiro gol santista veio em cobrança ensaiada de falta, que Demétrius mandou rasteiro no canto esquerdo. A resposta não demorou e veio em dose dupla. Cleisson fez mais um. Após bate-rebate na área alvinegra, Gaspar deu um chute para o alto, e a bola caiu nos pés de Djalminha, que mandou para o fundo das redes (5 a 1). O goleiro Robertinho só começou a trabalhar mais nos 10 minutos finais. Piá, em jogada imprudente, cometeu pênalti, que Paulo Rink converteu.

Para o Santos, porém, faltava organização no ataque, e as melhores oportunidades surgiam em jogadas individuais – com um chute do próprio Rink na trave. Do lado carioca, o jogo coletivo era a tônica. Com a bola de pé em pé, Piá primeiro contou com bobeada de Carlinhos, que atrapalhou Joel, e marcou o sexto. O sétimo, também do camisa 4, veio em jogada de raça. Na segunda tentativa, 7 a 2 para o Fla.

Santos acorda, mas não evita derrota

O Peixe voltou para a segunda parcial com outra postura. Muito mais incisivo no ataque, saiu na frente com um golaço de Paulo Rink na saída do goleiro (7 a 3). Logo depois, Alexandre tirou a bola de propósito no campo defensivo, e o árbitro marcou pênalti. Djalminha quis tirar onda e bateu com cavadinha no meio, mas o goleiro Tigrão, que entrou no intervalo, fez a defesa. No lance seguinte, Rink fez mais um, mostrando um vasto leque de recursos ao usar a tabela (7 a 4).

Duas bobeadas da defesa, porém, quebraram a força da reação. Primeiro, Emerson marcou em jogada pela esquerda. Logo depois, a defesa do Santos novamente rifou a bola no campo de defesa, e o juiz assinalou a penalidade. Desta vez, Djalminha não abusou da sorte e, com uma bomba no canto direito, fez o nono. Eduardo Marques descontou após jogada de Paulo Rink ( 9 a 5), mas mal conseguiu comemorar. Na jogada seguinte, Fábio Baiano aproveitou a bola espirrada, marcou o décimo gol rubro-negro e dançou junto com a torcida (10 a 5).

Na saída de bola, Paulo Rink fez mais um para o Peixe (10 a 6). Durante alguns minutos, muitas faltas e pouca pontaria deixaram o placar estático. O marcador só rodou após bela troca de passes dos até então reservas rubro-negros: com assistência de Jorginho, Marquinhos fez 11 a 6. A vantagem foi ampliada em uma jogada de muita categoria de Maurinho, que finalizou com o pé esquerdo. Na saída de bola, Demétrius mandou uma bomba no canto e mostrou que o Santos ainda não tinha se rendido (12 a 7). O Alvinegro tentou pressionar em busca da improvável virada, mas abriu espaço na defesa e, em contra-ataque, Marquinhos marcou outro. Fábio Baiano, do meio de campo, deu números finais ao jogo (14 a 7).


Flamengo é bicampeão brasileiro de futebol 7

Time rubro-negro mostrou sangue frio ao derrotar o América-MG, nos pênaltis, na final

Na final da Copa do Brasil de futebol de sete, o Flamengo sagrou-se bicampeão ao vencer o America Mineiro neste domingo (10.06). O Rubro-negro mostrou que além de ter um grande elenco também estava com o emocional em dia. Empatou no tempo normal em 1 a 1 e levou o título nos pênaltis.

Além do troféu da competição, o Flamengo levou quatro prêmios individuais: José Moraes, como melhor técnico, Guilherme, como melhor goleiro e destaque da competição, Rogério Correa, como um dos melhores defensores, e Wesley como um dos melhores atacantes.


Pela segunda vez, Flamengo conquista título brasileiro de society

Em torneio realizado na cidade de Conselheiro Lafaiete, Rubro-Negro conquistou o bicampeonato da competição

Repetindo o feito de 2011, a equipe do Flamengo de Futebol 7 conquistou invicta a Copa Brasil. Em torneio realizado na cidade de Conselheiro Lafaiete, o Rubro-Negro começou ganhando os donos da casa, a equipe do Dom Pedro, e seguiu ganhando contra o Cosmo, La Plata, Portuguesa SP, disputou a semifinal contra o Botafogo F7 e a final foi contra o América Mineiro.

O time também ganhou algumas das premiações individuais: O melhor técnico, José Moraes, O melhor goleiro e destaque da competição Guilherme Roan, melhor defensor Rogério Correa, e atacante Wesley. A equipe se mantem na liderança do ranking nacional.

- Este foi o nosso campeonato mais difícil, as equipes era muito fortes e por isso vários jogos foram decididos nos shoot-out (lance livre). Pude ajudar a equipe a ganhar esse bicampeonato. Fico feliz com o reconhecimento, ainda mais porque eu vinha de uma lesão na mão, afastado dos campos, agora, reencontrei o meu jogo - disse o goleiro Guilherme.

- Acredito que todas as vezes que a equipe ganha um campeonato, o técnico também é contemplado. Já ganhei alguns títulos e, portanto devo isso a nossa equipe. A competição foi bem difícil, o nível técnico era muito bom, e os times Cariocas estavam bem preparados. Devo destacar o nosso Goleiro Guilherme, um dos melhores do mundo, que nos deu muita tranquilidade e confiança. Que Venham outras competições - afirmou o técnico José Moraes.

A campanha:

Flamengo 4 x 3 Dom Pedro

Flamengo 3 x 1 Cosmos

Flamengo 3 x 2 Portuguesa SP

Flamengo 3 x 3 La Plata (shoot-out)

Flamengo 2 x 2 Botafogo (shoot-out)

Flamengo 1 x 1 América Mineiro (shoot-out)







quinta-feira, 3 de maio de 2012

O Flamengo e a Charanga

Cunha, 85 anos: 'Tudo mudou, na vida e no futebol. Só uma coisa não muda: o meu amor pelo Flamengo'

Na festa pelo centenário de futebol do Flamengo, um senhor de óculos vestido com a camisa rubro-negra distribuía autógrafos, lembrava os tempos áureos, lamentava a fase atual do time e era requisitado para fotos. Não se tratava de nenhum jogador, mas sim de um dos fundadores da Charanga Rubro-Negra ao lado do falecido Jaime de Carvalho.

- Tudo mudou, na vida e no futebol. Só uma coisa não muda: o meu amor pelo Flamengo – afirmou Antônio Soares de Azevedo, chamado de Cunha por ter sido cunhado de Jaime.

E dizer que Cunha acompanhou a maior parte dos 100 anos de futebol do Flamengo não é exagero. Aos 85 anos e ainda com hábito de fumar seu cigarrinho, o torcedor diz que é rubro-negro antes mesmo de nascer. Extremamente lúcido, ele lembrava um passado de amor, glórias e Maracanã.

- Sou fundador da Charanga junto com o Jaime, exatamente no dia 30 de outubro de 1942. Aos domingos, chegava ao Maracanã às 9h para preparar as bandeiras e com a marmita debaixo do braço – recordou Cunha.



Cunha, como é apelidado, cobra melhores resultados (Foto: Janir Junior / Globoesporte.com)

Como bom torcedor do Flamengo, Cunha não poderia estar satisfeito. Com a idade, acompanha os jogos na medida do possível, mas soltou o verbo:

- É só sofrimento, não aguento mais tanto choro, tanta gozação. A Patricia (Amorim) tem que dar um jeito nisso.

Em certo momento do evento, Antônio Soares foi chamado ao microfone e recebeu exaltações como um dos fundadores da Charanga. Ele ficou emocionado, deu autógrafos e desabafou.

- O centenário do meu clube de coração já foi. Mas se o Flamengo continuar do jeito que está, não sei se vão comemorar o meu centenário, não – disse, com bom humor.




Estreia Avassaladora

Flamengo: Uma estreia incontestável

Em seu primeiro jogo na história, Rubro-negro goleou o Mangueira por 15 a 2


No dia 3 de maio de 1912, o Estádio da Rua Campos Salles, na Tijuca, era palco do primeiro jogo do Flamengo, clube que se tornaria, justamente pelo futebol, o mais amado do Brasil. A partida tinha mando de campo do adversário, o Mangueira, time fundado pelos trabalhadores da fábrica de chapéus Mangueira, mas terminou com um placar muito favorável ao rubro-negro: 15 a 2.

Os jornais da época exaltavam o início da temporada (esta era a primeira rodada) e a expectativa pelo jogo do Flamengo, estreante na modalidade. No entanto, o clima não ajudou muito. Chovia naquela sexta-feira, mas a Nação, que ainda não tinha essa alcunha, já se mostrou presente em bom número, relatou o "Jornal O Paiz" (era realmente escrito com Z).

"A atmosfera, porém, não consentiu que se realizassem esses desejos, e na sexta-feira, o tempo esteve, durante todo o dia, nublado, chovendo à tarde. Apesar disso, foi bem regular o número de pessoas, entre as quais muitas famílias, que ocuparam as arquibancadas da Rua Campos Salles, para assistir ao encontro Flamengo – Mangueira", publicou o extinto jornal.

A chuva também castigou o gramado do Estádio da Rua Campos Salles, mas não foi motivo para impedir o Flamengo de abrir com chave de ouro sua gloriosa história. E o time rubro-negro foi mesmo avassalador.

"Foi dado o sinal para o "kick-off" (chute inicial), cabendo a saída ao Flamengo, que logo ataca o "goal" adversário, fazendo o 1º "goal" em 1 minuto de jogo, marcado pelo "inside left" Gustavo, de um passe de Bahiano. Dada de novo a saída, Gilberto, "center-half" do Flamengo, faz um belo passe a Gustavo, que marca ainda o 2º "goal", depois de cerrado ataque ao gol guardado por Moggey", escreveu a crônica do Jornal O Paiz.

Dois minutos de existência, dois gols marcados. Sem dúvida um início predestinado ao sucesso. O primeiro tempo terminou 5 a 1 para o Flamengo, mas cabia mais, muito mais.

Após cinco minutos de intervalo (era o tempo que davam na época entre o primeiro e o segundo tempo), os times voltaram a campo e o Flamengo iniciou um bombardeio ao gol do Mangueira, que estava situado numa das partes mais enlameadas do gramado.

Já aos 18 minutos, Arnaldo marcava 10 a 1 para o time rubro-negro. Houve um relaxamento do Flamengo e o Mangueira conseguiu diminuir, com um gol de falta. Foi o bastante para acender novamente a chama da equipe estreante.

Foram mais cinco gols assinalados e dois pênaltis perdidos, o que poderia decretar um placar ainda mais elástico. Apito final 15 a 2 e o Flamengo começava a escrever uma das histórias mais bonitas do futebol mundial.

Gustavo foi o artilheiro do jogo, com cinco tentos. Ele marcou o primeiro gol da história do Flamengo. Arnaldo (4), Amarante (4) Borgeth e Galo completaram o marcador.

O Jornal do Commercio analisou a atuação dos jogadores rubro-negros e foi só elogios. Vale ressaltar a parte que o goleiro do Flamengo Baena é citado.

"Pelo Flamengo é justo salientarmos o seu "center-half", Gilberto Lopes, e Coriol, um bom "half" de ala. Além desses jogaram bem, pelo Flamengo, Gustavo e Borgerth. Nery e Píndaro confirmaram seu apreciado jogo. Baena pouco mais teve a fazer do que passear sobre o lamaçal existente na porta do seu "goal", afim de não dormir no campo, porque bolas, ás suas mãos, pouco mais foram do que as duas que entraram", analisou o Jornal do Commercio.

Polêmica do placar

Até pouco tempo, dizia-se que o placar do primeiro jogo da história do Flamengo teria sido 16 a 2 e não 15 a 2 como realmente aconteceu. Uma trabalhosa pesquisa da equipe do Museu Flamengo chegou ao motivo da discordância: um erro tipográfico.

Como não existe documentação das partidas desta época, o trabalho de apurar o passado é de pesquisadores. E, antes desse refinado trabalho de agora, algum desses profissionais havia passado o resultado de 16 a 2.

No entanto, checando todas as publicações da época, percebe-se que o placar é realmente 15 a 2, tendo o Jornal do Commercio inclusive publicado uma errata no dia 5 de maio.

"Pela simples leitura da descripção que demos hontem do match Flamengo – Mangueira se conclue que o score do 1º half time foi de 5x1 e o resultado do jogo 15x2 ao emvez do que por erro typographico sahio publicado", escreveu a publicação (reproduzido pelo Site Oficial exatamente como foi publicado).

Veja a cronologia dos gols da partida:

1’ – Flamengo 1x0 (Gustavo)

2’ – Flamengo 2x0 (Gustavo)

24’ – Flamengo 3x0 (Arnaldo)

30’ – Flamengo 4x0 (Arnaldo)

35’ – Mangueira 1x4 (Octavio)

37’ – Flamengo 5x1 (Gustavo)

4h40’>4h45’ – Intervalo

5’ – Flamengo 6x1 (Gallo)

7’ – Flamengo 7x1 (Amarante)

9’ – Flamengo 8x1 (Amarante)

15’ – Flamengo 9x1 (Amarante)

18’ – Flamengo 10x1 (Arnaldo)

22’ – Mangueira 2x10 (Levy)

25’ – Flamengo 11x2 (Gustavo)

29’ – Flamengo 12x2 (Arnaldo)

31’ – Flamengo 13x2 (Amarante)

33’ – Flamengo 14x2 (Borgerth)

35’ – Flamengo 15x2 (Gustavo)"

Confira a escalação das equipes

Flamengo: Baena; Píndaro, Nery; Coriol, Gilberto, Gallo; Bahiano, Arnaldo, Amarante, Gustavo, Borgerth.

Mangueira: Moggey; Rebeto, Sylvio; Walter, Routt, Plaisant; Roemu, Levy, Octavio, Campos, Tangerina.

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticia/detalhe/15472/flamengo-uma-estreia-incontestavel

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Flamengo: campeão de futebol de areia

Após o empate no tempo regulamentar e na prorrogação, Rubro-Negro bate Trem Bala da Areia por 3 a 2 nos pênaltis, nesta terça, na Arena da Gávea

Em um duelo equilibrado, debaixo de muita chuva, o Flamengo venceu o Vasco da Gama no clássico carioca e sagrou-se campeão do Brasileiro sub-23, invicto, nesta terça-feira, na Arena da Gávea, no Rio de Janeiro. Greg (3), Matheus e Filip marcaram para o Rubro-Negro, enquanto Mauricinho, Anaílton, Catarino, Caio e Luquinhas anotaram para o Trem Bala da Areia. Após o empate por 4 a 4 no tempo regulamentar, e 5 a 5 na prorrogação, o dono da casa superou seu maior rival por 3 a 2 na disputa de pênaltis. A derrota amarga do time da Colina veio apenas dois dias depois do vice-campeonato na Taça Rio, no futebol de campo, gerando muitas provocações da torcida local. Na preliminar, o Sport-Recife bateu o Bahia por 4 a 0 e garantiu o terceiro lugar no pódio.

- É preciso ressaltar que a nossa preparação foi fundamental para a conquista do título, estamos há um mês fazendo todos os tipos de treinos físicos e táticos. Além disso, a união do grupo foi impressionante, nunca havia jogado num time assim. Estávamos muito focados e sinto que a nossa camisa pesou na final. Acreditamos na vitória até o fim e fizemos história do clube. Ser campeão em casa, com essa torcida maravilhosa, é inexplicável, não tenho palavras para descrever essa sensação - disse o capitão rubro-negro Greg, o maior destaque da decisão.


Jogadores do Flamengo comemoram o título do Campeonato Brasileiro sub-23 (Foto: Ana Carolina Fontes)
O jogo

Após uma arrancada espetacular, o rubro-negro Matheus soltou a bomba para balançar as redes e abrir o placar em casa, aos dois minutos. Por pouco, o Vasco não deixou tudo igual com Luquinhas, que emendou um cruzamento na área e bateu cruzado, mas o goleiro Willian fez boa defesa. O empate veio com um chute de longa distância do arqueiro cruzmaltino Anaílton, aos quatro. A virada do time da Colina aconteceu 20 segundos depois, com um tiro de canhão de Catarino do meio de quadra: 2 a 1. O Flamengo levou perigo à meta do rival em jogadas de bola parada, mas a bola não entrava. Aproveitando a bobeada da defesa anfitriã, o camisa 9 Caio dominou e encheu o pé, ampliando para os visitantes. A resposta veio logo na saída de bola, com um chute certeiro no cantinho, sem chances para Anaílton: 3 a 2.

O segundo período começou truncado, com lances de perigo para ambos os lados. A chance mais clara de gol saiu do pé do rubro-negro Pedro, que bateu rasteiro no cantinho esquerdo e a bola arrancou tinta do travessão, aos cinco. Sem deixar o dono da casa crescer na partida, o camisa 10 Mauricinho emendou um cruzamento na área com um chute forte, anotando o quarto do Trem Bala da Areia: 4 a 2. O Flamengo tentou responder com uma bomba na saída de bola, mas Andrezinho afastou o perigo na linha do gol, salvando o time da Colina. Em uma cobrança de falta, o capitão Greg lançou um tiro de canhão para anotar o terceiro, aos oito. A 46 segundos do fim da etapa, Fred levou o segundo cartão-amarelo depois de cometer uma falta no arqueiro cruzmaltino e acabou sendo expulso de quadra.

Eleito o melhor jogador da competição, Greg quase diminuiu em mais uma cobrança de falta, no primeiro minuto do terceiro período. Aos quatro, o alvinegro Douglinhas emendou um cruzamento com uma bomba, mas a bola espirrou no travessão e foi para fora. A dois minutos do fim, Greg, sempre ele, soltou um tiro de canhão para empatar: 4 a 4. Com tudo igual no tempo regulamentar, o duelo precisou ser decidido na prorrogação. Logo no início, Luquinhas aproveitou o rebote e encheu o pé para marcar o gol da virada: 5 a 4. Mas não deu nem chance de comemorar. Em um dia inspirado, Greg apareceu novamente para dar uma pancada com endereço certo e anotar o quinto. Nos pênaltis, Léo, Greg, e Filip garantiram a vitória dos anfitriões, enquanto Mauricinho e Catarino descontaram para os visitantes.



domingo, 29 de abril de 2012

Resgatando a Tradição


Foram 10 longos anos longe do lugar mais alto do pódio brasileiro. Mas, na noite deste sábado (28.04), o Flamengo reencontrou a alegria e o orgulho de voltar ao posto de onde nunca deveria ter saído: o de Campeão Brasileiro de Natação. Na última noite de finais válidas pelo Troféu Maria Lenk, os rubro-negros cumpriram a missão, garantiram seis medalhas (quatro ouros, uma prata e um bronze) e levaram o Flamengo ao topo do ranking nacional, com um total de 2.152,50 pontos. Pinheiros (2.070) e Corinthians (1.939,50) completaram o pódio. O Minas Tênis Clube, até então detentor do título, terminou em quarto lugar, com 1812. "Estou muito feliz. Na última vez que o Flamengo foi campeão eu era vice-presidente. Hoje, 10 anos depois, voltamos a vencer. É o resgate da natação rubro-negra. Fui campeã como atleta, campeã como vice-presidente e, agora estou tendo o grande prazer de ser campeã como presidente", disse emocionada Patricia Amorim. Nos 200m borboleta, Joanna Maranhão e Leonardo de Deus confirmaram a excelente fase e sagraram-se campeões brasileiros. Recordista sul-americana da prova, Joanna não sentiu ameaça em momento algum nos 2m09s62 de prova. A segunda colocada, com 2m17s09, foi Yana Medeiros, do Pinheiros. "Queria ter batido esse recorde para o Flamengo. Estou exausta, estou treinando forte, mas na hora da prova respirei fundo e tentei nadar pelo clube escutando o grito da galera. Se a gente ganhar esse campeonato vai ser muito importante para a gente, por tudo que Patricia (Amorim) vem fazendo, ela merece esse título. Cheguei perto do índice, do recorde sul-americano e é o meu melhor tempo. Depois de uma competição inteira, super cansada, está dando tudo certo. Esse campeonato foi um desafio mental, estamos fazendo uma manutenção de treino e competindo", disse a aniversariante do dia. Leonardo de Deus também não fez por menos. Já garantido para as Olimpíadas de Londres (1m55s55 – tempo obtido na fase eliminatória do Mundial de Xangai – 2011), o rubro-negro venceu a briga pelo ouro contra Kaio Márcio, do Fluminense, ao fazer o tempo de 1m55s70. Nos 100m costas, Etiene Medeiros fez o quinto melhor tempo da final (1m04s19), mas subiu ao pódio para receber a medalha de bronze. Na versão masculina, Eugene Godsoe levou a prata com 54s57. Leonardo de Deus também disputou a final, mas não rendeu o suficiente para assegurar seu segundo ouro individual na noite de hoje. Leo acabou em oitavo, com 57s43. Mireia Belmonte bateu o recorde sul-americano na final dos 400m livre. A rubro-negra fez a marca de 4m05s70 e garantiu a medalha de ouro. Na versão masculina, André Schultz não teve a mesma sorte e terminou em sexto lugar, com 3m58s90. Show no revezamento 4x100m medley, que contou com Eugene Godsoe (costas), Henrique Barbosa (peito), Filipe Nunes (borboleta) e Cesar Cielo (livre). Cielo garantiu o primeiro lugar para o Flamengo ao fechar a prova em 3m36s10. O Pinheiros travou um lindo duelo e terminou em segundo, 3m36s60. "Foi um projeto que começou em 2010 quando a Patricia Amorim idealizou a retomada da natação do Flamengo, a natação mais vitoriosa do Brasil e dois anos depois estamos aqui. A natação do Flamengo voltou. Hoje nadei pelo time, não era para mim. Esse ouro no revezamento foi a cereja no bolo. Estou muito feliz", disse Cielo. O feminino ficou fora do pódio. Composto por Etiene, Thamy Ventorin, Joanna e Daynara, o revezamento rubro-negro fez o quarto tempo, 4m17s08. LONDRES 2012: Nadadores que conseguiram ou confirmaram índice para os Jogos de Londres durante as disputas do 52º Campeonato Brasileiro Absoluto de Natação – Troféu Maria Lenk: Cesar Cielo: 50m livre (21s38) Henrique Barbosa: 100m peito (1m00s38) Tales Cerdeira: 200m peito (2m10s37) Leonardo de Deus: 200m costas (1m57s38)

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticia/detalhe/15452/flamengo-e-campeao-brasileiro-de-natacao

Fla é Campeão Brasileiro de Natação

Cesar Cielo fecha Maria Lenk com mais um ouro e garante título ao Fla Na última prova da competição, nadador assegura vitória no revezamento 4x100m medley e clube rubro-negro é campeão brasileiro após dez anos Por Lydia Gismondi Rio de Janeiro Antes de entrar na água, Cesar Cielo incentivou a torcida rubro-negra, que encheu o Parque Aquático Maria Lenk, na Barra da Tijuca, neste sábado. Se o Flamengo vai mal no futebol, na natação viveu um grande dia. Na prova que fechava o Troféu Maria Lenk, Cielo pegou o revezamento 4x100m medley na segunda posição, mas deixou Marcelo Chierighini e o Pinheiros rapidamente para trás, levando o Fla ao lugar mais alto do pódio. E não só da prova. Ajudou a garantir também o título brasileiro ao clube, algo que não acontecia há dez anos. O campeão olímpico seguiu o roteiro perfeito do técnico Marcos Veiga. - Eu estava imaginando que ia nadar o borboleta, que é o que faço nesse revezamento normalmente, mas o Marcão (Marcos Veiga, técnico do Flamengo) teve um sonho que eu ia cair atrás e ia buscar. Parece que o sonho dele virou realidade - contou Cielo, que encerrou a competição com cinco ouros. Com um elenco cheio de destaques da seleção, como Cielo, Leonardo de Deus, Joanna Maranhão e Tales Cerdeira, a equipe rubro-negra garantiu o título com 2.152,50 pontos. O Pinheiros, que dominou a natação brasileira de 2003 a 2010, chegou a sentir o gostinho de uma nova vitória, mas terminou em segundo, com 2.070 pontos. Com a ajuda de Thiago Pereira, o Corinthians foi o terceiro colocado (1.930,50). Título com chave de ouro O Pinheiros liderou quase toda a prova. Primeiro, no estilo costas, Daniel Orzechowski levou a melhor sobre Eugene Godsoe. Na sequência, o campeão mundial Felipe França manteve a vantagem sobre Henrique Barbosa no peito. Filipe Nunes comandou a reação do Flamengo no borboleta, contra Gabriel Mangabeira. Foi aí que Cielo começou a pedir apoio da torcida. Passou Marcelo Chierighini nos últimos metros e bateu em primeiro em 3m36s10 contra 3m36s60 do Pinheiros, para delírio dos fãs. O Minas foi o terceiro, com 3m41s72. Com uma bandeira rubro-negra, Cesão comandou a festa da arquibancada. - É a realização de um sonho que eu e a Patricia (Amorim) tivemos há três anos. É muito bom. É uma coisa que a gente pensou em fazer a longo prazo. Não queríamos fazer uma coisa foguete. Ser campeão num ano e sumir depois. Hoje a gente tem uma equipe sólida. É a natação mais vitoriosa do Brasil que agora volta a ser campeã. É uma honra muito grande fazer parte desse projeto. O Flamengo não só volta a ser campeão como abre uma gama nova para os atletas optarem por clubes diferentes. Acho que vamos ter uma natação mais acirrada a cada ano. Deixa a competição mais interessante, mais legal - afirmou Cielo, antes mesmo de o resultado final da competição ser divulgado. Fonte: http://sportv.globo.com/site/eventos/trofeu-maria-lenk/noticia/2012/04/apos-comandar-torcida-cesar-cielo-fecha-maria-lenk-com-mais-um-ouro.html

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Moderato: ídolo da década de 20


Na década de 20, quando o futebol rubro-negro ainda era amador, Moderato era um dos maiores craques que vestiam o manto. Considerado por Flavio Costa, técnico que mais dirigiu o Flamengo na história, o melhor ponta-esquerda da história do futebol brasileiro, Moderato fez história.

Foi o primeiro jogador do Flamengo a jogar e marcar um gol em Copa do Mundo, a de 1930, no jogo contra a Bolívia. Na verdade marcou duas vezes.

Três anos antes, marcou seu nome na história e passou a ser venerado pelos torcedores. Na final do Estadual diante do América, vencida pelo Fla por 2 a 1, Moderato marcou o segundo gol rubro-negro. No entanto, outro fato marcou mais.

O craque havia feito uma cirurgia de apêndice pouco antes da partida e entrou em campo com pontos protegidos por uma cinta. Quando a torcida ficou sabendo disso, depois, passou a tratar o jogador como ídolo. O escritor Rubens Castro definiu bem o feito: "A idéia de que Moderato pudesse morrer em campo, com os pontos estourados e o sangue confundindo-se com o vermelho da camisa – tudo isso pelo Flamengo – era demais para o homem comum".

Por tudo isso, Moderato foi o primeiro Deus da Raça

MODERATO
Nome completo: Moderato Wisintainer
Data de Nascimento: 11 de abril de 1902
Local: Alegrete (RS)
Data de óbito: 31 de janeiro de 1986 (83 anos)
Local: Pelotas (RS)
Posição: Ponta-esquerda
Período no CRF: 1923 a 1930
Jogos: 147
Gols: 27
Títulos: Campeonato Carioca (1925 e 1927)

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/conteudo/detalhe/765

segunda-feira, 19 de março de 2012

O capitão do tri: Dequinha



Capitão do tricampeonato estadual dos anos 50, Dequinha marcou seu nome da história do Flamengo. Jogou todas as partidas desta grande conquista e, muitos anos depois, em duas pesquisas da Revista Placar, foi eleito o melhor volante que já vestiu o manto sagrado (1982 e 1994).

Dequinha jogou nove anos no Flamengo (1950 até 1959), entrando em campo 383 vezes, nas quais marcou oito gols. Destes tentos, destaque para um marcado no Estadual de 1955, diante do Botafogo. O volante do Fla chutou de muito longe, mas foi preciso. A bola bateu na trave direita e entrou, dando números finais ao placar: 1 a 0.

Com seu estilo clássico e ótimo toque de bola, Dequinha, que atuava antes de chegar ao Fla como meia, começou a carreira no Atlético de Mossoró (RN), sua terra natal. Depois passou para o Potiguar (RN), ABC (RN) e América (PE).

No clube pernambucano, que na época era presidido por um torcedor fanático do Flamengo, acabou sendo indicado para o Rubro-negro, onde chegou em 1950.

DEQUINHA
Nome completo: José Mendonça dos Santos
Data de Nascimento: 19 de março de 1929
Local: Mossoró (RN)
Data de óbito: 29 de julho de 1997 (com 68 anos)
Local: Aracaju (SE)
Período no CRF: 1950 a 1959
Posição: Centro-médio (Volante)
Jogos: 383
Gols: 08
Títulos: Campeonato Carioca (1953, 1954 e 1955), Torneio Quadrangular do Peru (1952), Torneio Quadrangular da Argentina (1953), Torneio Internacional do Rio de Janeiro (1954 e 1955), Taça dos Campeões Estaduais (1956), Torneio Internacional do Morumbi (1957), Torneio Quadrangular de Israel (1958), Torneio Hexagonal do Peru (1959) e Torneio Início (1959)

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/conteudo/detalhe/743

A redenção de um campeão

Kleberson ganha status de goleador do Flamengo
No segundo jogo na temporada, volante volta a marcar e supera média de Vagner Love

Kleberson salvou o Flamengo no jogo contra o Friburguense

Em seu segundo jogo em 2012, contra o Friburguense, domingo, Kleberson voltou a marcar e, pela média, pode até ser considerado o artilheiro do Flamengo na temporada.

Na segunda vez em que voltou a ganhar uma chance de Joel Santana, o volante teve nova chance para marcar e não titubeou.

Se há uma semana ele abriu o caminho para o triunfo sobre o Fluminense, ontem, o pentacampeão mundial, preterido na era Vanderlei Luxemburgo, mostrou que ainda poderá ser útil.

Em apenas sete dias, Kleberson já figura na lista dos principais goleadores do Fla no ano. A média de um gol por jogo supera, inclusive, a de Vagner Love, que tem cinco gols marcados nas oito vezes em que o Artilheiro do Amor foi escalado.

Desde 2008 no Rubro-Negro, Kleberson carrega uma coincidência relacionada à sua vocação ofensiva. Entre 2008 e 2010, o volante terminou as respectivas temporadas com seis gols contabilizados.

Repetição essa que poderá ser quebrada até o fim do ano, quando terminará seu contrato. Recuperado por Joel Santana, Kleberson deverá ganhar mais oportunidades, especialmente no Brasileiro, para, ao menos, tentar fazer mais cinco gols e superar a marca.

Adaptado da fonte: http://www.lancenet.com.br/flamengo/Kleberson-ganha-status-goleador-Flamengo_0_665933530.html#ixzz1pZKgFdin

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Flamengo é campeão brasileiro de futebol de mesa


O Flamengo conquistou, no início do mês, pela primeira vez na história, o título de campeão do IV Campeonato Brasileiro Interclubes de Futebol de Mesa, modalidade dadinho, disputado nos dias 4 e 5 de fevereiro, na sede da AABB/Tijuca. O Rubro-negro levou o troféu com quatro rodadas de antecedência, depois de acumular 14 vitórias e apenas uma derrota.

Com o triunfo, o Flamengo conseguiu outro feito: tornou-se o primeiro clube campeão em duas modalidades do futebol de mesa, dadinho e bola 12 toques. Outro gostinho a mais da vitória do início do mês foi ter superado o rival Vasco da Gama, que ficou com o vice-campeonato.

Destaque rubro-negro na competição, Ronald Neri descreveu a sensação de levar um Brasileiro com a camisa do seu clube do coração.

“É indescritível. Botamos na cabeça que este título seria nosso de qualquer maneira. Treinamos muito, duas, três vezes por semana e agora vemos o dever cumprido. O prazer que o Flamengo nos deu em usar esta camisa foi retribuído com a conquista”, explicou.

Confira a classificação completa da competição:
01º Flamengo (RJ) - 49 pontos
02º Vasco (RJ) - 43 pontos
03º Tijuca Tênis Clube (RJ) - 42 pontos
04º América FC (RJ)- 40 pontos
05º Fluminense FC (RJ) - 38 pontos
06º Clube Curitibano (PR) - 25 pontos
07º Clube dos 500 (RJ) - 24 pontos
08º ADDP/Cabo Frio (RJ) - 18 pontos
09º Botafogo (DF) - 15 pontos
10º Tupi/Juiz de Fora (MG) - 14 pontos
11º Marcílio Dias (SC) - 03 pontos

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticia/detalhe/14985