Total de visualizações de página

quarta-feira, 30 de março de 2011

Um exemplo de vida


Depois de uma luta de treze anos contra um câncer, morreu José Alencar.

Não faltarão homenagens para o vitorioso empresário do setor têxtil, para o político respeitado por todos, para o homem público de rara dignidade.

Mas o que fica aqui é a homenagem ao grande rubro-negro José Alencar. Ainda menino, ouviu Ary Barroso contar que Valido subiu mais alto do que Argemiro e marcou o gol do primeiro tricampeonato. Corria o ano de 1944 e José Alencar já era irreversivelmente Flamengo, lá nas Minas Gerais, onde o vermelho e preto eram imaginados através das ondas de rádio.

Como toda uma geração de brasileiros distantes da capital do país, José Alencar era um rubro-negro de ouvido. Encantou-se pelas histórias que Domingos da Guia, Biguá, Modesto Bria, Zizinho, Silvio Pirilo e Vevé escreveram com os pés.

Talvez por isso tenha vivido com uma paixão digna de Moderato, de quem ouviu histórias na infância. Enfrentou as adversidades como se fosse Perácio, herói nos campos e na tomada de Monte Castelo. José Alencar testemunhou os atos de paixão e bravura de Índio, Henrique, Evaristo, Almir, Doval, Reyes, Rondinelli, todos os mundialistas e ainda Ronaldo Angelim.

José Alencar é um rubro-negro que ouviu o gol de Valido e viu o gol de Angelim.

Viveu e morreu como um autêntico flamengo: lutando. Vamos juntar às homenagens que se seguirão pelos próximos dias o vídeo de José Alencar recebendo os hexacampeões em Brasília, em 2009. Uma aula de rubro-negrismo.

Descanse em paz, José Alencar. Você estará sempre conosco. Essas torcidas que tantos rostos homenageiam em suas bandeiras, bem que poderiam estampar sua face corajosa em uma imensa bandeira que tremule bem alto, mostrando ao mundo que este é o time dos homens mais bravos e corajosos do mundo.

Obrigado, Zé. Tua glória foi lutar.

Mauricio Neves (@flapravaler)

Fonte: http://globoesporte.globo.com/platb/arthurmuhlenberg/

sábado, 19 de março de 2011

Cem vezes Marcelinho



Fla atropela o Minas e segue na liderança do NBBBasquete rubro-negro está empatado na ponta da tabela com o Pinheiros, de São Paulo

O Flamengo venceu o Minas, na noite desta sexta-feira (18.03), por 84 a 71, e chegou a 18 vitórias em 24 jogos pelo NBB (Novo Basquete Brasil). Com apoio da torcida, que compareceu em bom número ao ginásio do Tijuca Tênis Clube, o time controlou a partida do início ao fim. Com o resultado, o Flamengo segue líder da disputa ao lado do Pinheiros, que, nessa sexta, venceu o Paulistano e soma o mesmo número de vitórias do Rubro-negro. No confronto direto (primeiro critério de desempate), o time paulista leva a melhor já que venceu os dois confrontos.

O Minas saiu na frente, abrindo 6 x 2, mas logo o Flamengo reagiu e permaneceu na ponta durante todo o jogo. No primeiro quarto, o rubro-negro chegou a abrir 10 pontos, vantagem que durou até o fim da parcial: 27 x 17. No segundo, o Minas aproveitou um momento de desatenção para encostar em 33 x 32, mas o Flamengo melhorou o sistema defensivo e foi para o intervalo vencendo por 47 x 37.

No terceiro quarto, o time voltou a permitir que o Minas sonhasse com a reação, mas a queda de produção durou pouco. Teichmann cresceu nos rebotes – foram 12 em todo o jogo -, Teague chamou a responsabilidade nas jogadas individuais, e a marcação dos visitantes não conseguiu segurar a força do ataque rubro-negro. O americano fez 16 pontos na partida, ficando atrás apenas de Marcelinho, o cestinha com 28 pontos. O ala-armador completou 100 jogos de NBB pelo Flamengo, e por pouco não conseguiu um drible entre as pernas de um adversário.

"Estamos no caminho certo. É bom chegar a essa marca em uma vitória como essa, em que não chegamos a ser ameaçados. Agora é importante vencer os próximos dois jogos em casa, para continuarmos na briga pelos quatro primeiros lugares", disse Marcelinho, referindo-se aos confrontos contra Urbelândia, sexta-feira, e Brasília, domingo (dia 27), ambos no Tijuca.

O Flamengo começou com: Marcelinho (28), Helio (3), Duda (2), Teichmann (6) e Bábby (11). Entraram: Jefferson (4), Fred (5), Átila (4), Teague (16), Wagner (-) e Guto (5).

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticia/detalhe/12328

Dequinha - o grande craque de Mossoró

Dequinha

Ex-volante e ídolo do Flamengo

José Mendonça dos Santos - o polivalente Dequinha - excelente volante, se tornou um dos ídolos do grande time do Flamengo, tricampeão carioca em (1954/55/56). Convocado por Zezé Moreira, disputou a Copa de 1954, na reserva de Bauer.

Natural de Mossoró, nasceu no dia 19 de março de 1928,no Rio Grande do Norte e faleceu no dia 23 de março de 1997, na cidade de Aracaju, no Sergipe.

Revelado pelo Atlético de Mossoró em 1945, iniciou a carreira como ponta-esquerda, mas em seguida transferiu-se para o Potiguar, onde atuou como volante. Dequinha era aguerrido, marcava forte, além de ser preciso nos passes e jogando o fino da bola chamou atenção do ABC, de Natal, que em pouco tempo o negociou com o América do Recife.

Voluntarioso e habilidoso, fez sucesso em Pernambuco e o presidente da Federação Pernambucana, Rubens Moreira o indicou para o Flamengo.

Quando pisou na Gávea em 1950, Dequinha não poderia imaginar que se tornaria um dos maiores ídolos da história rubro-negra. Premiado com uma capacidade física invejável, nunca se limitou a cumprir a função de proteger a zaga. Muito habilidoso, iniciava os contra-ataques mortais da equipe carioca com arracandas tipicas de um velocista, além de fazer lançamentos precisos para Evaristo de Macedo e Joel. Dequinha encerrou a carreira em 1960 e elegeu Carlinhos como o seu sucessor.

Dequinha atuou por 374 vezes com a camisa do Flamengo (234 vitórias, 70 empates e 70 derrotas), e marcou oito gols. Fonte dos números de Dequinha, no Flamengo: - Almanaque do Flamengo - Roberto Assaf e Clóvis Martins.

Na Seleção Brasileira Dequinha atuou oito vezes ( 4 vitórias, 2 empates e duas derrotas).
Fonte dos números de Dequinha na Seleção Brasileira - Livro: Seleção Brasileira - Roberto Assaf e Antônio Carlos Napoleão.

por Ednilson Valia

Fonte: Que Fim Levou? - Dequinha

Quem viu jogar jogadores clássicos como Domingos da Guia, Fausto, Artur Friedenreich, Rubens, Carlinhos, Geraldo e Paulo César Lima, certamente conheceu Dequinha, o primeiro e mais perfeito “maestro” do rubro-negro da Gávea.

Nascido em Mossoró, no Rio Grande do Norte, no dia 19 de março de 1928, José Mendonça dos Santos, o Dequinha, surgiu para o futebol profissional brasileiro vestindo a camisa do Atlético de Mossoró, clube onde jogou de 1945 a 1948.

No ano seguinte (1949), aos 21 anos, Dequinha ingressou no Potiguar e, no ano seguinte (1950) foi contratado para defender as cores do América de Recife/PE, clube presidido pelo ex-presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Rubem Moreira.

Sem campeonatos brasileiros com a atual programação tão intensa, os clubes do sudeste do Brasil empreendiam excursões pelos diversos estados brasileiros. Alguns, como Vasco da Gama, Botafogo, Flamengo e até o Santos, de São Paulo, excursionavam até por um mês.

Nessas excursões, os clubes aproveitavam para observar e contratar jogadores que estivessem se destacando nos estados visitados. Foi assim, em meados de 1950 que o Clube de Regatas do Flamengo, em demorada excursão pelo Nordeste brasileiro, descobriu e contratou Dequinha em fins de 1950.

Dequinha defendeu as cores do Flamengo de 1950 a 1960. No começo de carreira, em Mossoró/RN, o garoto Dequinha já chamava a atenção por seu estilo clássico e requintado. Jogando pelo América/PE, tornou-se um sucesso em todo o Nordeste. Sorte do Flamengo que o presidente do clube pernambucano, Rubem Moreira, era flamenguista apaixonado. Assim, dobrou os torcedores que tentavam, a todo custo, impedir a venda do craque.

O Flamengo, naquele ano, já tinha na sua formação principal um jogador nordestino. Era o zagueiro Tomires. As referências sobre Dequinha eram as melhores possíveis. O que o jovem jogador não imaginava era que, ao desembarcar na Gávea, por méritos, fosse se transformar num dos maiores ídolos da história rubro-negra.

No clube da Gávea, Dequinha atuou por 374 vezes, alcançando 234 vitórias, 70 empates e sofrendo 70 derrotas. Marcou oito gols. O excelente volante Dequinha, se tornou um dos ídolos do grande time do Flamengo, tricampeão carioca em (1954/55/56).

Convocado por Zezé Moreira para a seleção brasileira, disputou a Copa de 1954, na reserva de Bauer. Dequinha atuou oito vezes, conquistando 4 vitórias, 2 empates e duas derrotas.

Defendendo as cores do Flamengo, Dequinha foi campeão:

Em 1950 – Campeão da Taça Cidade de Ilhéus (BA);�
Em 1951 – Campeão do Torneio Início do Rio de Janeiro; Campeão do Elfsborg Cup (Suécia).
Em 1952 – Campeão do Torneio Início do Rio de Janeiro; Campeão do Torneio Quadrangular do Peru; Campeão do Troféu Cidade de Arequipa (Peru).
Em 1953 – Campeão Carioca de Futebol; Campeão do Torneio Quadrangular da Argentina; Campeão do Torneio Quadrangular de Curitiba.�
Em 1954 – Campeão Carioca de Futebol; Campeão do Torneio Internacional do Rio de Janeiro.�
Em 1955 – Campeão Carioca de Futebol; Campeão do Torneio Internacional do Rio de Janeiro.�
Em 1956 – Campeão do Troféu Embaixador Oswaldo Aranha (RS).
Em 1957 – Campeão do Torneio Internacional do Morumbi (SP);
Campeão do Troféu Ponto Frio (RJ); Campeão da Taça Brasília (RJ);
Campeão do Troféu Almana Idrotts Klubben (AIK).
Em 1958 – Campeão do Torneio Quadrangular de Israel; Campeão do Troféu Sporting Club, de Portugal.
Em 1959 – Campeão do Torneio Hexagonal do Peru; Campeão do Torneio Início do Rio de Janeiro

José Mendonça dos Santos, o Dequinha, faleceu no dia 23 de março de 1997, na cidade de Aracaju, no estado de Sergipe.

É sempre bom lembrar que, nos anos 50, o compositor Wilson Batista decidiu homenagear, com um samba, os jogadores do Flamengo que ganharam o tricampeonato estadual de 53, 54 e 55. Três deles foram escolhidos para simbolizar a conquista e citados em um verso que dizia: “o mais querido tem Rubens, DEQUINHA e Pavão”.

Adaptado da Fonte: http://www.jornalpequeno.com.br/blog/oliveiraramos/?p=156

quinta-feira, 17 de março de 2011

Flamengo derrota o tetracampeão Fortaleza no Ceará



Ronaldinho, com a bola no meio de campo, participou de dois gols (Foto: Jarbas Oliveira / Agência Vipcomm)

Festa rubro-negra no Castelão: Fla vence por 3 a 0 e está nas oitavas
Rubro-Negro carioca cumpre o seu objetivo diante do Fortaleza e evita a partida da volta pela segunda fase da Copa do Brasil
por GLOBOESPORTE.COM

Com o Castelão dividido por torcedores de Fortaleza e Flamengo, quem fez a festa na noite desta quarta-feira foi a parte rubro-negra. Com o placar de 3 a 0, a equipe carioca cumpriu o seu objetivo e, como ocorreu na primeira fase, quando eliminou o Murici-AL, garantiu com apenas um jogo a sua classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil (veja os gols no vídeo ao lado). Na próxima etapa da competição o adversário será o Guarani ou outro time cearense, o Horizonte.

O Flamengo volta a campo no próximo domingo, às 16h (de Brasília), contra o Cabofriense, em Macaé, pela quarta rodada da Taça Rio. Já o Fortaleza volta as suas atenções para o Cearense e no mesmo dia e horário faz o clássico com o Ferroviário, também no Castelão.

Fla sai na frente com bomba de pé direito de Renato

O jogo começou com 13 minutos de atraso, por causa do enorme número de pessoas que entrou em campo e mais a troca de meiões (brancos, iguais aos do Fortaleza, por preto) do goleiro Felipe. Com a bola rolando, o camisa 1 mostrou serviço logo aos dois minutos, ao fazer boa defesa em chute de Bismarck. O Flamengo, com Wanderley no ataque, no lugar de Negueba, tentou cadenciar o jogo e adiantou sua marcação ao perceber que o time da casa tentava imprimir um ritmo alucinante à partida.

E os visitantes logo conseguiram uma roubada de bola, com Thiago Neves, aos seis. Ele sofreu falta, e na cobrança Ronaldinho lançou David Braz, que, livre na área, isolou a bola. A partir daí, as faltas se sucederam entre as intermediárias, e o jogo não fluía. Ronaldinho, muito marcado, às vezes por três adversários, buscava espaço. O que conseguiu aos 20, quando lançou na área Thiago Neves, que serviu para Renato disparar uma bomba de pé direito e abrir o marcador. Na comemoração os jogadores do Flamengo simularam um jogo de porrinha (palitos).

Em desvantagem, o Fortaleza passou a ocupar o campo defendido pelo time rubro-negro, que quase não conseguia saída para o ataque. A solução encontrada pelo Flamengo a partir dos 30 minutos foi segurar a bola, trocando passes na defesa e no meio à espera do momento de dar o bote. Se não deu para assustar o time da casa, pelo menos impediu que o Tricolor cearense criasse chances de gol. E assim o time carioca foi para o intervalo com 1 a 0 a seu favor.

Fla domina e faz mais dois gols na etapa final

Mal começou o segundo tempo e Renato disparou um míssil, com a bola passando muito próxima à trave direita do goleiro Fabiano. O lance mostrou de cara que a disposição do Flamengo era decidir a sua classificação na capital cearense. Aos oito, Vanderlei Luxemburgo perdeu a paciência com Egídio, que tinha um cartão amarelo e mais uma vez não se apresentou bem, e pôs Ronaldo Angelim, ídolo das duas torcidas, na lateral esquerda.

Quando o Fortaleza passou a tomar as iniciativas da partida, o Flamengo armou um contra-ataque e chegou ao segundo gol, aos 15, com Wanderley. Ele, que pela primeira vez começou como titular, aproveitou de cabeça uma meia-bicicleta de "pneu furado" de Thiago Neves.

O resultado de 2 a 0 já colocava a equipe carioca direto na terceira fase da Copa do Brasil, por isso o Flamengo passou a, sempre que possível, segurar a bola no seu ataque. O Fortaleza pouco ameaçou, e a tarefa rubro-negra foi facilitada. Aos 46, Diego Maurício, que havia substituído Thiago Neves, recebeu de Ronaldinho e fez o terceiro para consolidar a vitória e a classificação, para a alegria de sua torcida em todo o Brasil.

FORTALEZA 0 x 3 FLAMENGO Fabiano, Roniery, Gilmak, Plínio e Guto; Marcos Paulo, Régis, Luciano Henrique (Adriano Pimenta) e Bismarck (Eduardo); Reginaldo Jr. e Léo Andrade (Tatu). Felipe, Léo Moura, Welinton, David Braz e Egídio (Ronaldo Angelim); Maldonado, Willians, Renato Abreu, Thiago Neves (Diego Maurício) e Ronaldinho Gaúcho, e Wanderley (Bottinelli).
Técnico: Flávio Araújo. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Gols: Renato, aos 20 minutos do primeiro tempo, e Wanderley, aos 25, e Diego Maurício, aos 46, do segundo tempo.
Cartões amarelos: David Braz, Egídio (Flamengo), Roniery (Fortaleza)
Estádio: Castelão, Fortaleza (CE). Data: 16/3/2011. Árbitro: Nielson Nogueira Dias (PE). Auxiliares: Erich Bandeira (PE) e Jossemar José Diniz Moutinho (PE).

Fonte: http://globoesporte.globo.com/jogo/copa-do-brasil-2011/16-03-2011/fortaleza-flamengo.html

sexta-feira, 11 de março de 2011

Emoção do começo ao fim



Ronaldinho fez boas jogadas e deu bons passes na partida contra o Bangu (Foto: Fábio Borges / Vipcomm)No sufoco, Fla vence mais uma

No sufoco: Fla pressiona e bate o Bangu nos acréscimos
Em Macaé, Diego Maurício faz o gol da vitória rubro-negra aos 50 minutos do 2º tempo. Time vence pela décima vez em 11 partidas no Carioca
Por Richard Souza
Direto de Macaé, RJ

O estádio Cláudio Moacyr, em Macaé, reserva mesmo fortes emoções a jogadores e torcedores do Flamengo. Depois de Wanderley e Negueba, foi a vez de Diego Maurício ser decisivo no local. Na noite desta quinta-feira, o Rubro-Negro derrotou o Bangu por 2 a 1, pela segunda rodada da Taça Rio. O gol da vitória surgiu aos 50 minutos do segundo tempo. Curiosamente, o herói do jogo voltava de punição, após ficar fora da estreia no segundo turno do Carioca, contra o Olaria, no sábado passado, por ter se atrasado para a concentração. Quando Luxemburgo disse que o jovem precisa "colocar a cabeça no lugar". Nesta quinta, de cabeça, ele, no lugar certo, decidiu o jogo.

O time de Vanderlei Luxemburgo chega à décima vitória em 11 partidas no Campeonato Carioca (empatou com o Botafogo), continua invicto na competição e mantém a boa fase. Com o resultado, o Fla retoma a liderança do Grupo A, com seis pontos. O Bangu ainda não pontuou no segundo turno e é o lanterna do B.

Dois pênaltis polêmicos

Ora sufocante, ora sufocado, mas quase sempre soberano. Foi um primeiro tempo de pressão e domínio do Flamengo sobre o Bangu, mas o time de Vanderlei Luxemburgo também levou sustos. Não nos primeiros 13 minutos, quando o Rubro-Negro armou a blitz no Moacyrzão. Marcação consistente e velocidade para não deixar o adversário buscar o ar. Foram quatro boas chances de gol no princípio. Thiago Neves, duas vezes, Léo Moura e Ronaldinho por pouco não marcaram. Toques rápidos e tentativas de tabela empolgaram os torcedores, que não se incomodaram com a chuva.

O despertar do Bangu se deu em forma de bombas. De longe, de perto, todas com Pipico. Mas elas pararam no goleiro Felipe. O atacante buscou o ângulo, o cantinho, tentou até da pequena área.

O setor ofensivo do Flamengo apertou o passo para encontrar sintonia. Com Darío Bottinelli, Renato, Thiago Neves e Ronaldinho, a equipe não tem a referência fixa na área, mas ganha em alternativas. No terceiro jogo seguido com a formação, a falta de entrosamento ainda foi um problema, mas o apoio dos laterais se fez importante. Principalmente com Léo Moura. Pela direita, o camisa 2 usou a experiência e conseguiu um pênalti. Em uma das muitas vezes que dançou na frente de Fabiano Silva, caiu na área, e o árbitro Djalma Beltrami marcou falta. Na cobrança, Ronaldinho caminhou na ponta dos pés e disparou colocado no canto esquerdo e com força, aos 24.

O camisa 10 marcara pela primeira vez pelo Fla na mesma meta, da mesma forma, contra o Boavista, na Taça Guanabara. Na comemoração, o “Bonde do Mengão sem freio” novamente se formou. Ronaldinho não fez só o gol. O craque distribuiu lançamentos e tentou dribles e passes de efeito. Errou a maioria, é verdade, mas causou o alvoroço de sempre.

Pênalti muito duvidoso de um lado. E também do outro. No minuto seguinte ao gol rubro-negro, Pipico entrou a área, tentou passar por Welinton e trombou com o zagueiro. Na cobrança, ele mesmo bateu e deixou tudo igual. Durante alguns momentos, o Flamengo se desorganizou, errou passes curtos. Bottinelli era o mais desatento. “El Pollo” chegou a ser vaiado por alguns torcedores, que pediram a entrada de Negueba.

O Rubro-Negro voltou a assustar aos 38. Léo Moura, o melhor em campo até então, passou a Bottinelli, o argentino encontrou Renato no lado direito da área, mas o chute, com o pé “ruim”, se perdeu pela linha de fundo.

A preocupação com o Fla-Flu de domingo fez Luxemburgo sacar dois titulares no intervalo. Léo Moura e Willians receberam cartão amarelo na etapa inicial e foram substituídos por Fierro e Diego Maurício. A entrada de um atacante mudou o posicionamento de Ronaldinho, que passou a jogar aberto pelo lado esquerdo do campo.

O capitão não demorou a aprontar. Depois de deixar um marcador na saudade, achou Thiago Neves na área, viu o companheiro dominar no peito e acertar a trave com um chute rasteiro. Pipico, o destaque do Bangu, voltou a incomodar. Em cruzamento para a área, deixou Leandro Costa em ótima condição. O atacante bateu de primeira, mas Welinton afastou o perigo.

Ronaldinho também tentou de fora da área, mas sem conseguir assustar. Luxa decidiu então tirar Bottinelli, que demonstrava cansaço, e lançou Wanderley, recuperado de uma lesão no joelho direito. O atacante não jogava desde 2 de fevereiro. Wanderley se posicionou como centroavante, Diego Maurício passou a jogar bem aberto pela direita, Ronaldinho na esquerda, e Thiago Neves ganhou liberdade no meio. Faltava objetividade. Algumas trocas de passes na entrada da área adversária eram intermináveis e pouco produtivas.

Assim como no primeiro tempo, o Bangu não só suportou a pressão, mas também se assanhou. O técnico Gabriel Vieira tirou Leandro Costa e lançou Somália. As principais investidas se deram pelo lado esquerdo e tiveram a participação de Pipico. Aos 30, Tiano, que acabara de entrar no lugar de Ricardinho, chutou de fora da área e obrigou Felipe a trabalhar.

Ronaldinho trocou de posição com Diego Maurício nos minutos finais, chamou a responsabilidade, mas sem sucesso. O camisa 10 cobrou falta, lançou os companheiros, ensaiou algumas arrancadas, só que não teve sorte. Wanderley, Welinton e Diego Maurício também buscaram o gol. Thiago Neves, após bonita arrancada, bateu colocado, e a bola passou perto.

Com Pipico e Somália, o Bangu assustou uma última vez. O empate, persistente, resistiu até aos 50 minutos, nos acréscimos dados por Djalma Beltrami. Thiago Neves cobrou escanteio, e Diego Maurício cabeceou para, enfim, fazer o segundo. Festa rubro-negra em Macaé. De novo.

Em outro jogo desta quinta pela Taça Rio, o Volta Redonda derrotou o Madureira, de virada, por 3 a 2, no estádio Raulino de Oliveira.

BANGU 1 X 2 FLAMENGO Thiago Leal, China, Abílio, Diego Padilha e Fabiano Silva; Marcão, André Barreto, Thiago Galhardo (Possato) e Ricardinho (Tiano); Pipico e Leandro Costa (Somália).
Felipe, Léo Moura (Fierro), Welinton, Ronaldo Angelim e Egídio; Maldonado, Willians (Diego Maurício), Thiago Neves, Renato e Botinelli (Wanderley); Ronaldinho Gaúcho.
Técnico: Gabriel Vieira. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Gols: Ronaldinho, aos 24, e Pipico, aos 26 do primeiro tempo. Diego Maurício, aos 50 do segundo tempo.
Cartões amarelos: André Barreto (Bangu); Léo Moura, Willians, Bottinelli e Ronaldinho (Flamengo).
Estádio: Cláudio Moacyr, em Macaé. Data: 10/03/2011. Renda: R$ 120.000, 00. Público: 6.958 presentes. Árbitro: Djalma Beltrami. Auxiliares: Vinicius Pampurre e Marcelo Mariano.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/campeonatos-estaduais/campeonato-carioca/noticia/2011/03/no-sufoco-fla-se-esforca-pressiona-e-bate-o-bangu-nos-acrescimos.html

domingo, 6 de março de 2011

A melhor partida do Flamengo no ano


Flamengo quebra tabu e faz seu Carnaval em Volta Redonda

Superior durante todo o jogo, Rubro-negro venceu o Olaria por 3 a 2 neste sábado

Ronaldinho e Thiago Neves foram destaques do Fla Nota 10 para a torcida, que vibrou muito no Raulino de Oliveira. Nota 10 para o empenho do Flamengo dentro de campo, que não esmoreceu em nenhum momento do confronto com o Olaria. E nota 10 para as estrelas do time, Ronaldinho e Thiago Neves, que contribuíram, e muito, para a vitória rubro-negra, por 3 a 2, neste sábado (05.03).

A nota 0 ficou por conta da arbitragem, que acabou expulsando de maneira equivocada o zagueiro David, do Flamengo, após um atacante do Olaria simular falta, no meio do segundo tempo. Mas isso acabou não influenciando no resultado. Invencibilidade mantida e o tabu, que durava quase nove anos, quebrado.

Na primeira etapa, um susto logo no início. No único chute perigoso dado ao gol de Felipe, o Olaria acabou marcando. Aos cinco minutos, Renan Silva chutou de longe. A bola pegou efeito, quicou no chão e Felipe acabou espalmando. Danilo pegou o rebote e empurrou para o fundo das redes.

Mesmo em desvantagem no placar, o Flamengo manteve-se dono do jogo e tranquilo. Durante 46 minutos, os jogadores rubro-negros pressionaram, quase marcaram, mas o tento só veio nos acréscimos. Ronaldinho já tinha tentado de bicicleta, Willians e Welinton já tinham chutado ao gol do Olaria com Perigo, além de Thiago Neves, que havia acertado a trave.

E foi justamente o camisa 7 do Flamengo que conseguiu empatar o confronto. Depois de um chute de Bottinelli da entrada da área do Olaria, que saiu um pouco torto, Thiago Neves foi esperto e correu para completar para o gol.

"Tomamos um gol num dos poucos chutes deles. Temos que continuar atacando pelos lados, onde tem menos gente, para fazer mais gols", disse Ronaldinho no intervalo.

E foi exatamente com R10 que o Flamengo chegou a virada. Depois de já ter assustado o goleiro do Olaria com um belo chute, aos dois minutos, o craque marcou aos três. Depois de receber um passe açucarado de Thiago Neves, Ronaldinho só teve trabalho para escolher o canto e marcar. 2 a 1 no placar e o "Bonde do Mengão sem freio" foi formado novamente.

O Flamengo manteve a cadência e controlou o jogo tranquilamente. No meio do segundo tempo, Luxemburgo sacou Bottinelli para a entrada de Fierro, dando novo gás ao meio de campo rubro-negro. Logo em seguida, o atacante do Olaria se joga na frente do zagueiro David e o juiz, de maneira errada, deu o segundo cartão amarelo para o jogador, que acabou expulso.

Ao invés de sentir a expulsão, o Rubro-negro fechou-se e passou a partir no contra-ataque. Deu certo, Léo Moura lançou Fierro na ponta direita. O meia chileno avançou e cruzou para Thiago Neves, que dominou e completou para o gol.

O jogo ficou morno e, aos 36 minutos, Luxemburgo queimou as duas últimas substituições. Saíram Renato e Thiago Neves para a entrada de Jean e Negueba. O Olaria chegou até a diminuir, com Rafael, de cabeça, mas o rubro-negro venceu, garantindo uma folia tranquila e animada para os rubro-negros.

FICHA TÉCNICA
FLAMENGO 3 X 2 OLARIA
Local: Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ)
Data/hora: 5/3/2010 - 16h20 (de Brasilia)
Árbitro: Rodrigo C. de Miranda (RJ)
Cartões amarelos: Henrique (Olaria) e Thiago Neves (Flamengo)
Cartao vermelho: David (Flamengo)
Gols: Danilo 5'/1ºT, Thiago Neves 46' (1º T), Ronaldinho 3' (2ºT) , Thiago Neves 25' (2º T) Rafael (41' 2ºT)
Público: 5.038 pagantes R$ 99.260,00

Olaria: Henrique, Ivan, Thiago, Rafael e Calisto (Gonzalo 27' - 2/T); David, Danilo, Victor e Renan Silva (Nicolas 34' 2/T), Valdir e Felipe (Renato 30' 2/T)
Técnico: Cleimar Rocha

Flamengo: Felipe, Léo Moura, David, Wellinton e Egídio; Maldonado, Willians, Thiago Neves (Jean 37' 2/T), Renato (Negueba 36´ 2/T) ) e Botinelli (Fierro 20' - 2/T)); Ronaldinho
Técnico: V. Luxemburgo

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticia/detalhe/12239

sábado, 5 de março de 2011

R 10 e TN 7 brilham na vitória contra o Olaria


De uniforme novo, o capítão Ronaldinho Gaúcho também voltou para armar jogadas (Foto: Vipcom)

Com mais um do 'passista' R10, Fla bate o Olaria e pula o carnaval em paz
'Fantasiado' de centroavante, camisa 10 faz o gol da virada no 3 a 2 em Volta Redonda. Passe é de Thiago Neves, que marca dois e sai aplaudido
Por Marcelo Baltar
Volta Redonda, RJ

No terceiro mês da temporada, o campeão da Taça Guanabara ainda parece um time em formação. Egídio não consegue transmitir confiança na esquerda. Renato ainda busca o melhor posicionamento. Bottinelli foi mais uma vez substituído. Mas Vanderlei Luxemburgo ganhou neste sábado um argumento para insistir com Ronaldinho Gaúcho como dublê de camisa 9. Na vitória por 3 a 2 sobre o Olaria, o astro vestiu bem a fantasia de centroavante no gol da virada.

O gol aos três do segundo tempo foi o quarto de Ronaldinho com a camisa rubro-negra. Ele já havia feito de pênalti, de cabeça e de falta. Desta vez, marcou recebendo a bola dominada dentro da área. Depois do passe de Thiago Neves - com uma boa dose de contribuição da zaga - o astro escolheu o canto e tocou com simplicidade. Comemorou repetindo o bonde sem freio da final da Taça Guanabara. No rosto, o sorriso de quem sabe que poderá pular o carnaval à vontade, sem qualquer pressão (clique e veja o roteiro do craque na folia). Os outros dois gols foram de Thiago Neves, que saiu bastante aplaudido.

O Flamengo volta a campo na próxima quinta-feira, contra o Bangu, às 19h30m, no Engenhão.

Susto logo no começo

O cenário era festivo para o Flamengo. Apesar da chuva, a torcida mostrava animação no Raulino de Oliveira. Aos dois minutos, Ronaldinho tocou a bola entre as pernas de um adversário e levantou a galera. Símbolo da confiança de quem conquistou a Taça Guanabara com oito vitórias e um empate. Mas a invencibilidade ficou ameaçada logo aos cinco minutos de jogo. Renan Silva arriscou um chute de longe. O goleiro Felipe falhou e soltou a bola nos pés de seu xará adversário, que completou para a rede: 1 a 0.

- Está chovendo, o gramado está irregular, não vi a saída da bola... Mas Tenho que assumir, não podia dar aquele rebote ali - comentou o goleiro no intervalo.

Ao confessar seu erro, o camisa 1 já tinha uma ponta de alívio pelo empate obtido no último lance da etapa inicial. Um gol que surgiu meio sem querer. Aos 46, da entrada da área, Bottinelli arriscou o chute e pegou mal na bola. O efeito acabou se transformando em lançamento para Thiago Neves, livre na pequena área. O camisa 7 só teve o trabalho de tocar para o gol e correr para comemorar, com a defesa do Olaria reclamando de impedimento inexistente.

O gol de Thiago Neves fez justiça a um primeiro tempo em que o Flamengo esteve longe de ser envolvente, mas incomodou o goleiro Henrique várias vezes. Foram 13 finalizações rubro-negras. Numa delas, Ronaldinho Gaúcho tentou de bicicleta e pegou mal.

A maioria das tentativas foi de fora da área. Thiago Neves acertou o pé da trave. Bottinelli também arriscou duas vezes. Mas o time era mais perigoso quando conseguia colocar seus homens de frente para trocar passes. Na jogada mais bonita da primeira etapa, Ronaldinho levantou na área para Renato, que ajeitou no peito e devolveu. Ronaldinho Gaúcho chegou chutando de chapa e deslocou o goleiro. A bola só não entrou porque pegou no cotovelo do zagueiro.

O Olaria teve duas chances de ampliar em contra-ataques. Aos 33, foram quatro jogadores de azul contra apenas dois rubro-negros. Mas Renan Silva, fominha, preferiu o chute de longe em vez da troca de passes, facilitando o trabalho de Felipe.

Expulsão preocupa, mas contra-ataque salva

O gol de empate aos 46 mexeu com o Olaria e levantou o Flamengo, que voltou para a segunda etapa pressionando desde o começo. Aos dois, Ronaldinho chutou da entrada da área e obrigou Henrique a fazer importante defesa. Na jogada seguinte, não deu para o goleiro. Thiago Neves rolou para o camisa 10, que, livre na área, tocou com estilo, no canto, aos três.

A virada acalmou o Flamengo e esfriou de vez o Olaria. Até que o juiz expulsou David numa jogada em que o zagueiro não fez falta. Renan Silva tentou um drible, adiantou demais a bola e se jogou. David já tinha cartão amarelo e levou o segundo. O panorama tranquilo para os rubro-negros ficava ameaçado.

Vanderlei Luxemburgo mandou Willians para a zaga. E o volante conseguiu êxito na primeira jogada como zagueiro, evitando de carrinho um chute de Waldir de dentro da área.

Logo depois, o juiz errou mais uma. Marcou falta inexistente de Thiago Neves na intermediária. Luxemburgo ficou uma fera. Mal sabia que a jogada seria benéfica. Na cobrança, a defesa rebateu e a bola sobrou para Léo Moura. Inteligente, o lateral viu Fierro escapando pela direita e fez ótimo lançamento. O chileno arrancou, levantou a cabeça, e percebeu Thiago Neves correndo pelo lado oposto. Thiago dominou dominou o cruzamento e tocou por cima do goleiro, com categoria: 3 a 1, aos 25, em contra-ataque de almanaque.

Na arquibancada, estava antecipado o início do Baile do Vermelho e Preto. Qualquer coisa era motivo para festa. Um simples carrinho foi o estopim para gritos de "Ronaldinho é Seleção". Pouco depois, Thiago Neves foi substituído por Jean e saiu sob aplausos. O mesmo aconteceu com Renato, que deu lugar a Negueba.

Mas ainda havia tempo para sustos. Aos 43, Nicolas cobrou falta e Rafael subiu livre para cabecear: 3 a 2. O Flamengo, no entanto, não atravessou. Tocou a bola com calma e esperou o apito final.

Flamengo 3 x 2 Olaria Felipe, Léo Moura, Welinton, David Braz e Egídio; Maldonado, Willians, Renato (Negueba), Botinelli (Fierro) e Thiago Neves (Jean); Ronaldinho Henrique, Ivan, Thiago Eleutério, Rafael e Calisto (Gonzalo Gil); David, Danilo, Victor e Renan Silva (Nicolas); Waldir e Felipe Silva (Renato Valpaços)
Técnico: Vanderlei Luxemburgo Técnico: Luiz Antônio Ferreira
Gols: No primeiro tempo, Danilo, aos 5, e Thiago Neves, aos 46. No segundo, Ronaldinho Gaúcho, aos 3, e Thiago Neves, aos 25, e Rafael, aos 43.
Cartões amarelos: David, Thiago Neves (Flamengo) e Henrique (Olaria). Cartão vermelho: David
Data: 5/3/2011. Estádio: Raulino de Oliveira, em Volta Redonda
Árbitro: Rodrigo Cavalhães de Miranda apita o jogo, auxiliado por Michel Correia e Luis Felippe Costa

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2011/03/com-mais-um-do-passista-r10-fla-bate-o-olaria-e-pula-o-carnaval-em-paz.html

A Voz do Povo é a Voz de Deus



Fonte: http://www.lancenet.com.br/infograficos/flamengo1987/

Opinião do PVC sobre o Brasileiro de 1987

De Flapédia

Introdução

Nesse artigo consta o texto completo divulgado por Paulo Vinícius Coelho, o PVC sobre o Campeonato Brasileiro de 1987 e a sua opinião sobre o assunto.

Texto
"Como prometi no ar, explico tudo o que aconteceu em 1987.
A história começa em 1986.
Até aquele ano, os campeonatos estaduais eram classificatórios para o Brasileiro. Os seis primeiros de São Paulo, os cinco primeiros do Rio, os dois melhores do Mineiro, do Gaúcho, do Pernambucano, os campeões estaduais de outros estados se classificavam.
Assim, entre 1980 e 1986, o Brasileirão teve 40 clubes na primeira divisão (Taça de Ouro, Copa Brasil) e quatro que se classificavam do torneio de acesso (Taça de Prata, Torneio Paralelo, nome oferecido em 1986).
Em 1986, a CBF prometeu mudar o sistema e criar, para 1987, a Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro. Os 24 melhores de 1986 formariam a Série A do ano seguinte.
Terminado o campeonato, a CBF mudou de idéia. Primeiro, afirmou que não tinha condição financeira de promover o torneio. Foi quando os grandes se rebelaram e fizeram o movimento que criou o Clube Dos Treze. Os fundadores (Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Grêmio, Internacional, Atlético Mineiro, Cruzeiro e Bahia) anunciaram que disputariam um campeonato próprio, organizado por eles mesmos.
A CBF, então, se mobilizou e anunciou que faria o campeonato com 40 clubes. Os grandes fizeram uma composição com a CBF, mas criaram a Copa União, com a participação, também, de Santa Cruz, Goiás e Coritiba. A CBF criou o regulamento, que previa o cruzamento de campeão e vice do Módulo Verde (Copa União) com campeão e vice do Módulo amarelo (a suposta segunda divisão). O Clube dos 13 dizia que não disputaria o cruzamento, a CBF dizia que haveria o cruzamento. Essa confusão se deu porque o representante do Clube dos 13 na CBF era Eurico Miranda. O Eurico aceitou o acordo com a CBF, mas, quando informou a direção do Clube dos 13, este recusou veementemente. O campeonato começou com a CBF dizendo que haveria o cruzamento, o Clube dos 13 dizendo que não aceitava e que não disputaria.
Nesse ínterim, o Brasil inteiro assistiu à Copa União como o Campeonato Brasileiro, sem dar muita atenção ao que aconteceria no final do ano. A TV Globo transmitia para o Brasil inteiro, um jogo por rodada sorteado quinze minutos antes da partida começar, às 17h do domingo. Pernambuco também vivia assim, porque acompanhava o Santa Cruz no torneio.
E assim o Flamengo venceu o Brasileirão, a Copa União, em 13 de dezembro de 1987. No mesmo dia, o presidente do Flamengo, Márcio Braga, um dos líderes da criação do Clube dos Treze, reafirmou que não haveria cruzamento.
Enquanto isso, no mesmo dia, Guarani e Sport se classificaram para a decisão do Módulo Amarelo, decidido nos pênaltis. O empate persistiu tanto que ao chegar aos 11 x 11, nas cobranças de pênalti, os dois presidentes decidiram que o torneio terminaria empatado. Sport e Guarani foram proclamados campeões empatados do Módulo Amarelo pela CBF. Tinham a perspectiva de disputar o cruzamento com Inter e Flamengo.
No início de 1988, a CBF fez a tabela. Sport e Guarani entravam em campo nas partidas marcadas contra Inter e Flamengo. Sem adversário, eram proclamados vencedores por W.O. Na decisão do “Campeonato Brasileiro”, o Sport enfrentou o Guarani, empatou o jogo de ida por 1 x 1, em Campinas, venceu no Recife por 1 x 0, gol do zagueiro Marco Antônio. A CBF proclamou o Sport campeão brasileiro de 1987.

Agora vai minha opinião:
Flamengo campeão legítimo de 1987, porque o Brasil inteiro acompanhou a Copa União como o Campeonato Brasileiro.
O Sport não pode ser descartado, porque é oficial.
E eu preciso contar a história inteira. Por isso, embora eu julgue o Flamengo o campeão legítimo, quando me perguntam, digo: Flamengo e Sport são campeões de 1987. É o único jeito de alimentar a curiosidade e contar a história inteira, como todo mundo merece saber".

Texto de Paulo Vinícius Coelho

quarta-feira, 2 de março de 2011

Conquista animadora



Nas últimas seis vezes em que ganhou a Taça GB, Fla acabou campeão carioca
Vinicius Castro

Flamengo e Taça Guanabara: uma combinação perfeita. Clube que mais conquistou a competição (19 troféus), o Rubro-Negro costuma dar sorte quando inicia a temporada vencendo o torneio. Nos últimos anos, a Taça Guanabara sempre veio acompanhada do título estadual. Uma rotina que se depender do retrospecto tem tudo para se repetir em 2011.

Em 1996, 1999, 2001, 2004, 2007 e 2008, o Flamengo conquistou a Taça Guanabara e na sequência também levou o Campeonato Carioca para a Gávea. Mesmo voltando um pouco mais no tempo, o retrospecto positivo não muda. O Rubro-Negro venceu o Estadual em 11 oportunidades nas 19 Guanabaras conquistadas (1972, 1978, 1979, 1979 (especial), 1981, 1996, 1999, 2001, 2004, 2007 e 2008).

Com 50% do caminho assegurado este ano, já que o vencedor do primeiro turno já tem vaga assegurada na decisão do Campeonato Carioca, o Flamengo poderia até relaxar e aguardar as partidas finais. Porém, não parece ser este o desejo dos jogadores rubro-negros.

“Nosso objetivo sempre será conquistar todos os títulos. Não sabemos o que o Vanderlei Luxemburgo está planejando. Mas agora vamos descansar e curtir essa conquista. Independentemente de time misto ou titular somos fortes de qualquer maneira. O nosso grupo está focado nos objetivos e sempre entraremos com força total. Vamos trabalhar para ganhar a Taça Rio e conquistar de forma antecipada o Estadual”, garantiu o meia Renato Abreu.

Já o lateral-direito Léo Moura descartou qualquer possibilidade de relaxamento da equipe durante a disputa da Taça Rio. Embora o time pense na Copa do Brasil, a conquista antecipada do Estadual está claramente nos planos.

“Relaxar, nunca. Colocamos na cabeça que queríamos ser campeões e já conquistamos 50% do caminho. Mesmo assim, isso não nos impede de entrar com tudo no segundo turno e lutar pelo título antecipado do Campeonato Carioca. Temos a Copa do Brasil pela frente, mas vamos dar o máximo para que isso possa acontecer”, afirmou o camisa 2.

Por ter vencido a Taça Guanabara, o Flamengo irá receber R$ 300 mil da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj). A diretoria ainda não definiu como o prêmio será empregado, mas a presidente Patricia Amorim o valorizou como mais um ponto positivo.

Fonte: http://esporte.uol.com.br/futebol/campeonatos/estadual-do-rio/ultimas-noticias/2011/03/01/nas-ultimas-seis-vezes-em-que-ganhou-a-taca-gb-fla-acabou-campeao-carioca.jhtm

terça-feira, 1 de março de 2011

Os campeões invictos



Fonte: http://odia.terra.com.br/portal/ataque/flamengo/html/2011/2/ronaldinho_faz_jus_a_10_marca_de_falta_e_brinda_o_flamengo_com_a_taca_guanabara_147118.html