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sábado, 27 de agosto de 2011

Campeões Mundiais visitam a Gávea



Raul e Lico estiveram na sede social do Flamengo e relembraram dias de glórias
Autor: Por Assessoria de Imprensa

Em 26/08/2011 às 16h54 - Atualizado em 26/08/2011 às 19h36

Raul posa com a nova carteirinha Duas lendas do futebol rubro-negro estiveram nesta sexta-feira (26.08), na Gávea, e relembraram momentos de glórias vividos no Flamengo. O goleiro que defendeu o Rubro-negro no Mundial de 81, Raul, acompanhado do também campeão Mundial Lico visitaram as dependências do clube no ano em que a conquista do título completa 30 anos.

Raul se sentiu honrado por voltar a Gávea depois de tudo que viveu e conquistou pelo clube. O ex-jogador, sócio desde 1983, nunca tivera a oportunidade de buscar a carteirinha de sócio proprietário, mas nesta sexta-feira (26.08) saiu com ela nas mãos.

"Na época em que eu frequentava o clube, não tinha a facilidade e a tecnologia que existe hoje em dia para fazer a carteirinha. Agora, com a carteirinha, vou poder vir mais vezes e relembrar tudo que passei aqui", disse, empolgado.

"Tudo mudou muito aqui. Antes, não tínhamos toda essa estrutura para jogar. Jogávamos em qualquer campinho de terra que víamos. É muito bom ver toda a evolução do Flamengo", complementou.

O ponta esquerda Lico também não escondeu a felicidade de estar na Gávea e relembrar do sonho que viveu com a vitoriosa equipe campeã Mundial.

"É muito gostoso estar aqui. Foi maravilhoso conviver com os melhores jogadores da época. Era um prazer estar aqui, aprendendo e realizando o meu sonho e o de muitos rubro-negros. A Gávea nunca foi a minha segunda casa. É, sim, a minha primeira", afirmou, prometendo ser mais presente.

"Pretendo vir mais vezes e trazer a minha filha Mariana, que sempre quis conhecer o lugar onde passei os momentos gloriosos da minha vida. Momentos que vou guardar pra sempre na minha memória", finalizou.

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticia/detalhe/13645

Herdeiros do Galinho: Adriano, o Imperador


Adriano, ergue a Taça do Hexa

Fonte da foto: http://www.flamengo.com.br/flapedia/Imagem:Adrianotaca2.jpg

Herdeiros do Galinho: Zico sobre Adriano: 'Um dos maiores da História do Fla'
Galinho rasga elogios a um dos camisas 10 de maior sucesso no clube após sua aposentadoria: 'É um jogador excepcional'

Claudio Portella
Publicada em 26/08/2011 às 19:29
Rio de Janeiro (RJ)

Adriano festeja com a torcida rubro-negra (Foto: Ricardo Cassiano)

Na série Herdeiros do Galinho, o LNET! tem como finalidade destacar os camisas 10 do Flamengo que mantiveram a mística de Zico e foram decisivos em finais de campeonato. Adriano foi um dos craques que ostentaram essa magia, com gols e grandes atuações. Mas, o Imperador não marcou em uma finalíssima jogando pelo Rubro-Negro. Precisou? A resposta é dada pelo próprio Zico: "Ele foi um dos maiores atacantes da História do Flamengo".

No Brasileirão de 2009, além de ter sido o artilheiro da competição, com 19 gols, ao lado de Diego Tardelli, na época do Atlético-MG, Adriano foi o grande responsável por conduzir aquele time ao hexacampeonato nacional. Polêmico, adorado pelos rubro-negros, e extremamente talentoso. Capaz de mudar o rumo de uma partida com um chute certeiro de sua poderosa canhota, um cabeceio fulminante ou um lance de oportunismo dentro da área. Sua carreira até aqui foi marcada por belos e inesquecíveis gols, mas também por problemas pessoais fora de campo.

Atualmente, o Imperador - apelido que ganhou ao jogar no Internazionale (ITA) - está prestes a fazer sua estreia pelo Corinthians, após passagem apagadíssima na Roma (ITA). Sua prioridade sempre foi retornar ao Flamengo, clube que sempre assumiu ser torcedor. Entretanto, a diretoria não teve o interesse em repatriá-lo.

Mesmo assim, grande parte dos rubro-negros lamentam não tê-lo em seu time. Se ele vai brilhar com a camisa 10 do Timão, isso é uma incógnita. Mas, que ainda deixa saudades entre os flamenguistas, isso não há dúvida.
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COM A PALAVRA

Flávio Garcia - Editor do L! em 2009 e atualmente

A 10 não era de Adriano, mas ele honrou

Quando Adriano voltou ao Flamengo, em 2009, a dúvida era sobre que número ele usaria. Afinal de contas, o dono da 10 na época era Petkovic, um dos grandes ídolos da História do clube. O Imperador usou números aleatórios nos seus primeiros jogos, como o 27, que indicava sua idade na época, e chegou a posar com uma camisa com uma interrogação na apresentação dos uniformes da Olympikus, então nova parceira rubro-negra.

Depois, foi feita uma votação via internet com torcedores, que escolheram a 9 para o atacante usar. Mas quem disse que Adriano aceitou a indicação da torcida? Ele queria mesmo era usar a 10, talvez já prevendo que faria história naquele Brasileirão e honraria a camisa que um dia foi de Zico. O Imperador, se não foi o principal nome daquela conquista, dividiu com Pet o protagonismo no time. Juntos, eles levaram
o Flamengo ao fim do jejum de títulos brasileiros e a nação rubro-negra pôde soltar o grito de hexa.
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RAIO X DO 10

Nome: Adriano Leite Ribeiro
Nascimento: 17/2/1982, no Rio de Janeiro (RJ)
Posição: Atacante
Altura: 1,89m
Jogos pelo Fla: 94
Gols pelo Fla: 46
Títulos pelo Fla: Campeonato Carioca (2000 e 2001) e Campeonato Brasileiro (2009)
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Palavra do Galinho

"O Adriano é um dos maiores atacantes da História do Flamengo. Na Copa do Mundo de 2006 diziam que ele estava fora de forma. Mas, queria eu, poder tê-lo no time do Japão naquele Mundial. Com certeza, teríamos conseguido passar da primeira fase. É um jogador excepcional".

Fonte: http://www.lancenet.com.br/flamengo/Herdeiros-Galinho-Adriano-Historia-Flamengo_0_542346034.html#ixzz1WF7sDgdA
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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Aconteceu

1979
Com uma tática maquiavélica do treinador Cláudio Coutinho, o Flamengo venceu o Ujpest, da Hungria, por 2 a 0, e levou o título do Torneio Ramón de Carranza. Ciente de que o treinador adversário montou seu plano tático em cima dos números dos jogadores rubro-negros, o técnico do Fla mandou todos os atletas trocarem de camisa, confundindo, e muito, a equipe húngara.

Mas não deu nem tempo do Ujpest respirar. Zico abriu o placar aos 10 segundos do primeiro tempo. O Galinho também marcou o segundo tento rubro-negro. No entanto, como já havia acontecido na semifinal da competição, diante do Barcelona, Julio Cesar ‘Uri Geller’ foi o grande destaque do confronto.

De acordo com publicações da época, o ponta rubro-negro estava sendo considerado pela imprensa européia um dos melhores jogadores do mundo, chegando a ser comparado com Garrincha pelos seus dribles desconcertantes.

Confira a ficha do confronto:
Flamengo 2x0 Ujpest (Hungria)
Final do Torneio Ramón de Carranza
Estádio Ramón de Carranza - Cádiz (ESP)
Juiz: García Carrion (ESP)
Time: Cantarle, Toninho, Nélson, Manguito e Júnior; Andrade (Adílio), Carpegiani e Zico; Tita, Cláudio Adão e Júlio Cesar 'Uri Geller'; Técnico: Cláudio Coutinho
Gols: Zico (10 segundos do 1º tempo e 23' do 2º tempo)

1986
Na final do Troféu Naranja, o Flamengo superou o Valência por 3 a 0 e garantiu o título. Vinícius, duas vezes, e Bebeto marcaram os gols rubro-negros no confronto. Esta foi a segunda vez que o Fla levantou o caneco deste torneio.

Confira a ficha técnica do confronto:
Flamengo 3x0 Valência (Espanha)
Troféu Naranja
Estádio: Mestalla - Valência (ESP)
Time: Zé Carlos, AÍlton, Leandro, Aldair e Adalberto; Andrade, Waltinho e Júlio César Barbosa; Bebeto, Vinícius e Zinho; Técnico: Sebastião Lazaroni
Gols: Vinícius (2) e Bebeto

Aniversariante:
Toto
Nome: Sandro Guido Schmidt
Data de Nascimento: 26 de agosto de 1968
Local: Jaraguá do Sul (SC)
Posição: Centroavante
Período no Flamengo: 1992
Jogos:11
Gols: 4
Títulos: Campeonato Brasileiro
Curiosidade: Marcou os dois gols da vitória por 2x0 sobre o Atlético-PR, na 12ª rodada do Brasileirão de 1992, quando o Flamengo vinha de 6 jogos sem vencer. Após os dois gols de Toto, o CRF arrancou rumo ao pentacampeonato.

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/conteudo/detalhe/447

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Herdeiros do Galinho: Renato Augusto



Renato Augusto foi decisivo na final do Campeonato Carioca de 2007 (Foto. Cleber Mendes)

Herdeiros do Galinho: Renato Augusto: 'Foi uma honra vestir a 10 do Flamengo'

Ex-rubro-negro relembra gol na final do Carioca de 2007 e revela ter realizado sonho de infância: 'Era um desejo muito grande'

Claudio Portella
Publicada em 25/08/2011 às 16:20
Rio de Janeiro (RJ)

Quem nunca ouviu essa frase: "Craque, o Flamengo faz em casa"? Um dos princípios do clube sempre foi revelar jogadores oriundos das divisões de base. A era Zico foi assim. E a maioria dos camisas 10 de sucesso pós Galinho também. Depois de Nélio, Sávio e Rodrigo Mendes, chegamos a um rubro-negro que vem triunfando no futebol alemão. Renato Augusto, que está desde 2008 no Bayer Leverkusen (ALE). Mas, antes ele manteve a tradição e como um dos Herdeiros de Zico, triunfou em uma decisão pelo Fla, mesmo sendo tão jovem.

E um dia 6 de maio de 2007 e com apenas 19 anos, Renato Augusto já carregava a responsabilidade de ser o camisa 10 do Flamengo em uma decisão de Campeonato Carioca. O adversário era o Botafogo, que vencia a finalíssima por 2 a 1 até os 27 minutos do segundo tempo, quando eis que o tal garoto começa a brilhar.

- Essa final foi realmente um marco para mim. Pude fazer um dos gols mais importantes da minha carreira. Só quem já passou por isso pode imaginar a emoção que pude sentir. Durante o jogo, estava esperando uma chance de chutar para o gol e, quando apareceu, arrisquei. Nem sabia que estava tão longe e percebi quando vi o gol pela televisão - revelou o ex-rubro-negro ao Herdeiros do Galinho.

Renato Augusto acertou um belo chute e seu gol deu o empate, quando o Botafogo estava perto de fazer o terceiro. Com isso, o título acabou sendo decidido nos pênaltis e o Fla sagrou-se campeão. E o sonho de Renato, virou realidade, com a camisa mística do Galinho.

- A responsabilidade de jogar com a camisa 10 é muito grande. Ela traz uma história de muitas vitórias e conquistas do clube e passou nas mãos de grandes jogadores. Foi uma grande honra. Principalmente porque era um desejo muito grande. Eu morava perto do Maracanã quando era pequeno e, ao passar pelo estádio, me imaginava vestindo ela - ressaltou.

O jogador do Bayer Leverkusen subiu para os profissionais do Rubro-Negro precocemente, devido à capacidade demonstrada nas categorias de base. Tão logo iniciou suas arrancadas em alta velocidade e mostrou sua técnica na equipe principal, teve o rápido reconhecimento do clube.

- A história da camisa 10 surgiu antes do clássico contra o Vasco pela Copa do Brasil de 2006. Quando fui para o profissional, já havia uma numeração fixa de camisa e usava a 36. Lembro que ficava com o Jônatas (ex-Fla) na concentração e o Toró (atualmente no Atlético-MG) chegou no quarto dizendo que o Kléber Leite, vice-presidente de futebol na época, queria falar comigo. Na hora, pensei que não iria mais para o jogo. Liguei para ele um pouco tenso e fiquei ainda mais nervoso quando me comunicou que usaria a camisa 10. Comecei a suar na hora, mas tudo passou quando entrei em campo. O jogo terminou com a nossa vitória por 2 a 0 e festejei muito. Foi inesquecível - afirmou Renato Augusto.
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COM A PALAVRA
Thiago Bokel
Setorista do Flamengo em 2007 e atualmente Editor do L!

A semana que antecedeu o título estadual do Flamengo de 2007 foi das mais conturbadas. Na quarta-feira, o time perdeu o primeiro jogo das oitavas de final da Libertadores para o Defensor, por 3 a 0, no Uruguai. Na quinta, desembarque com jogadores desanimados, sem treino. Sexta pela manhã, a bomba: Juninho Paulista estava desligado do elenco e daria uma coletiva num restaurante no Recreio dos Bandeirantes uma hora e meia antes do treino no Ninho do Urubu.

Após a coletiva de Juninho, fui ao treino. O clima era o pior possível. Ninguém brincava com ninguém. Caras fechadas e um silêncio fúnebre. Parecia impossível que aquele grupo pudesse conquistar um título apenas dois dias depois.

Mas no sábado, o clima já era outro. Ney Franco, técnico na época, parecia ter conseguido, em uma noite, aparar todas as arestas. Ali, sim, era possível acreditar.

Veio o jogo de domingo. Após um primeiro morno, com leve superioridade do Botafogo, Souza abriu o placar no início do segundo tempo. Mas com gols de Juninho e Dodô, praticamente na sequência, o Alvinegro, que tinha um time melhor na época, virou. E não só virou como passou a dominar a partida. Perdeu duas ótimas chances, uma com o próprio Dodô e outra com Joílson.

A torcida rubro-negra já dava mostras de que não acreditava mais. Poucas vezes presenciei isso. Não os via cantar. Foi quando Renato Augusto acertou um chute inimaginável, de muito longe. A bola foi no ângulo de Max. O Flamengo renascia, tanto em campo quanto nas arquibancadas. E o Botafogo sentiu o golpe. Dodô foi expulso nos acréscimos, ao receber o segundo cartão amarelo no jogo, após fazer um gol mesmo depois de o auxiliar ter marcado impedimento - que não existiu. O jogo foi para os pênaltis e Bruno resolveu a parada.

O gol de Renato Augusto tinha a magia da camisa 10. Ele não era, reconhecidamente, um bom chutador. Até aquele momento. Um chute capaz de apagar qualquer problema. Gol de camisa 10 da Gávea.
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Raio x do 10

Nome: Renato Soares de Oliveira Augusto
Dia do Nascimento: 8/2/1988
Nascimento: Rio de Janeiro (RJ)
Posição: Meia
Altura: 1,86m e 86kg
Jogos pelo Fla: 95 Golspelo Fla: 11
Títulos pelo Fla: Copa do Brasil (2006), Campeonato Carioca (2007), Campeonato Carioca (2008)
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Palavra do Galinho

"É mais um jogador criado nas divisões de base do Flamengo. Saiu muito novo da Gávea, mas aproveitou bem a oportunidade que teve. Tem ainda um belo futuro pela frente".

Leia mais no LANCENET! http://www.lancenet.com.br/flamengo/Herdeiros-Galinho_0_542345868.html#ixzz1W5srDXd2
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A primeira vez a gente nunca esquece



O meia argentino Bottinelli tenta o levar o Flamengo ao ataque (Foto: Agência Estado)

Atlético-PR 0 x 1 Flamengo SEGUNDA FASE R10 entra, resolve, e Fla obtém vaga e vitória inéditas diante do Atlético-PR Rubro-Negro carioca consegue pela primeira vez passar à fase internacional da Copa Sul-Americana e sair vitorioso da Arena da Baixada: 1 a 0

A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM

Um gol solitário de Ronaldinho Gaúcho, que entrou no segundo tempo, garantiu ao Flamengo sua primeira vitória na história sobre o Atlético-PR dentro da Arena da Baixada. O triunfo por 1 a 0, na noite de quarta-feira, proporcionou aos cariocas outro feito inédito: pela primeira vez eles avançaram à fase internacional da Copa Sul-Americana. No jogo de ida, no Engenhão, houve outro 1 a 0 para o Fla, também com gol de R10.

O próximo adversário do Flamengo na competição será o vencedor do confronto entre Nacional-URU e Universidad de Chile, que só será conhecido em 21 de setembro. Ainda não foram divulgadas as datas para os jogos das oitavas de final. Pelo Brasileirão, o Flamengo volta a campo neste domingo, no clássico contra o Vasco. No sábado, o Atlético-PR também mede forças com seu maior rival local, o Coritiba.

Festival de reservas e poucas emoções

Os dois times entraram em campo dando a nítida impressão de que não encaram a Copa Sul-Americana como prioridade. O Furacão, que luta para sair da zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro, mandou a campo 11 reservas. O Flamengo, vice-líder do Brasileirão, adotou postura parecida: apenas Felipe, Renato, Luiz Antônio e Ronaldo Angelim vêm sendo titulares ultimamente e começaram jogando nesta quarta-feira. Angelim, por sinal, jogou improvisado na lateral esquerda. Galhardo atuou pela direita, com Gustavo e Alex Silva formando a dupla de zaga.

O jogo no primeiro tempo foi equilibrado, com poucas chances de gol. No lado do Atlético-PR, Branquinho foi o destaque. O meia deu trabalho à marcação do time carioca e assustou o goleiro Felipe, principalmente em conclusões de média distância.

No Flamengo, Negueba mostrou-se arisco pelas pontas, mas pouco conseguiu de produtivo. Luiz Antônio, por duas vezes, teve a chance de concluir da entrada da área, mas bateu incrivelmente mal. Jael teve uma única chance antes do intervalo, em cobrança de escanteio que o goleiro Santos não achou ao sair do gol. O Cruel, entretanto, foi piedoso e cabeceou para fora, perdendo grande chance.

Na volta para o segundo tempo, cada treinador promoveu uma substituição. Renato Gaúcho, precisando da vitória, sacou o volante Robston e lançou o lateral-esquerdo Heracles. Desta forma, Marcelo Oliveira foi deslocado para o setor de criação no meio. Vanderlei Luxemburgo sacou o lateral Galhardo e pôs o volante Willians na partida. Fierro foi deslocado para o lado do campo.

R10 mata o jogo

Os primeiros momentos foram melhores para o Flamengo, que dominou territorialmente e por muito pouco não abriu o placar com Jael. O atacante perdeu a oportunidade, cara a cara com Santos, após receber passe açucarado de Renato. O lance foi digno do Inacreditável Futebol Clube.

Aos poucos, o Furacão voltou a equilibrar as ações e mostrou que não estava morto no jogo. Branquinho, em nova bomba, desta vez da meia-lua, fez Felipe trabalhar na partida. A partir dos dez minutos, os treinadores voltaram a promover substituições. Rodriguinho tomou o lugar de Adailton no Furacão. Pouco depois, Ronaldinho pisou o gramado na vaga de Jael.

Com seu melhor homem em campo, o Flamengo deu a impressão de que passaria a valorizar mais a posse de bola. O time até que ensaiou algumas boas trocas de passes, mas o Furacão não demorou a equilibrar tudo novamente, na base da vontade. Aos 23, Renato Gaúcho deu sua última cartada: sacou o volante Renan para a entrada do meia-atacante Madson. Pouco adiantou.

Aos 28, o Flamengo resolveu a parada. Bottinelli bateu escanteio no primeiro pau e Renato desviou de cabeça. A bola sobrou limpa junto ao segundo poste para Ronaldinho, que não teve trabalho para escorar para a rede. Com o gol marcado fora de casa, o Flamengo poderia até levar dois que, ainda assim, se classificaria. O placar, entretanto, não foi mais alterado.

O Rubro-Negro carioca, enfim, pôde comemorar, diante de 12.224 pagantes (a renda foi de R$ 328.016,00), sua primeira vitória sobre o Atlético-PR dentro da Arena da Baixada. De quebra, assegurou a classificação.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/jogo/copa-sul-americana-2011/24-08-2011/atletico-pr-flamengo.html

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Herdeiros do Galinho: Petkovic



Petkovic comemora gol marcado na final contra o Vasco (Foto: Julio Cesar Guimaraes )

Herdeiros do Galinho: Petkovic: 'Após 10 do Fla, minha vida mudou'
Ídolo rubro-negro relembra gol do tricampeonato de 2001 e exalta magia da camisa 10 que foi de Zico. Relembre o golaço!

Claudio Portella
Publicada em 23/08/2011 às 19:05
Rio de Janeiro (RJ)

"Antes de usar a camisa 10 do Flamengo, jogava para ser melhor que os demais. Depois de usá-la, comecei a jogar pela felicidade dos demais". Se tem alguém que respeita a magia da camisa 10 rubro-negra, este é Dejan Petkovic e, essa frase exclusiva ao especial Herderios do Galinho mostra o sentimento do ídolo. O gol decisivo que marcou na final contra o Vasco, no Campeonato Carioca de 2011 ainda vive na lembrança de todo flamenguista. Um golaço à la Zico.

- Dizem que é melhor perder um momento na vida, que a vida num momento. Mas, por aquele momento, talvez, valeria inverter a frase - destacou Pet.

O Flamengo precisava de mais um gol para faturar o tricampeonato e aos 43 minutos do segundo tempo, eis que o tal sérvio acerta uma bola no ângulo esquerdo do goleiro Hélton. Sem chances para o arqueiro pegar, 3 a 1 no placar e tri em cima do arquirrival consumado. Passados 10 anos da conquista, até hoje muitos rubro-negros ainda comemoram aquele gol, inclusive igualando a outros títulos de maior peso, como os da Copa do Brasil de 2006 e o Brasileiro de 2009. Este último, que Pet fez parte e junto com Adriano, foi protagonista.

Para muitos rubro-negros, Petkovic foi o camisa 10 que mais lembrou Zico após o Galinho ter se aposentado. Curiosamente, dentre aqueles que fizeram sucesso no clube, vestindo o número, ele é o único que não foi formado nas categorias de base. Mesmo assim, foi amor à primeira vista.

No mesmo ano de 2001, Pet foi decisivo com a mesma camisa 10 ao fazer um gol idêntico ao da final contra o Vasco, em outra decisão. Desta vez, foi pela Copa dos Campeões, torneio que dava vaga a Libertadores. Flamengo campeão e golaço do sérvio. Um especialista em cobrar faltas. Um craque em fazer a alegria de ser rubro-negro.
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COM A PALAVRA
Marcelo Benevides
Repórter do L! em 2001 e atualmente

O tricampeonato carioca do Flamengo em 2001 foi equivalente a um título nacional devido às circunstâncias do jogo. Lembro que o Edílson não falava com o Pet e o clima era péssimo. Mesmo assim, isso não influiu em campo, pois foram os dois que resolveram a favor do Rubro-Negro.
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Raio X do 10

Nome: Dejan Petkovic
Dia do Nascimento: 10/09/1972
Nascimento: Majdanpek (Iugoslávia, atual Sérvia)
Posição: Meia
Gols: 57
Jogos pelo Fla: 197
Títulos pelo Fla: Campeonatos Cariocas (2000 e 2001), Copa dos Campeões (2001), Campeonato Brasileiro (2009)
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Palavra do Galinho

"Estava em casa assistindo e foi emocionante. Gols de falta são sempre muito bonitos e aquele foi especial. O Petkovic sempre foi um ótimo batedor e pegou muito bem na bola".

Leia mais no LANCENET! http://www.lancenet.com.br/flamengo/Herderios-Galinho-Pet-Fla-mudou_0_541146048.html#ixzz1Vz1SudKI
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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Campeão do Torneio Cidade de Santander

1980

O Flamengo venceu o Levski Spartak Sofia, da Bulgária, por 2 a 1, e conquistou o título do Torneio Cidade de Santander. Zico comandou o Rubro-negro e marcou os dois tentos da equipe na final. Vale destacar a curiosa coincidência: o Galinho marcou ambos os gols aos 22 minutos, na primeira e segunda etapa.

De acordo com as publicações da época, o Flamengo poderia ter saído de campo com um resultado melhor, mas os jogadores estavam muito cansados, afinal haviam jogado três partidas em quatro dias.

A torcida espanhola apoiou o Flamengo desde o início do confronto e vibrou muito com a conquista. Durante o confronto, após o primeiro tento de Zico, uma banda de música começou a tocar a música Aquarela do Brasil, animando ainda mais o clima no estádio.

Confira a ficha técnica do jogo:
Flamengo 2x1 Levski Spartak Sofia (Bulgária)
Final do Torneio Cidade de Santander
Estádio: El Sardinero - Santander (ESP)
Juiz: Condon Uriz (ESP)
Time: Raul, Carlos Alberto, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Carpegiani e Zico; Tita, Nunes (Lico) e Adílio; Técnico: Cláudio Coutinho
Gols: Zico (22' do 1º tempo e 22' do 2º tempo), para o Flamengo, e Bazov (42' do 1º tempo), para o Levski

Adaptado da Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/conteudo/detalhe/444

Herdeiros do Galinho: Rodrigo Mendes


Rodrigo Mendes vibra após fazer gol de falta contra o Vasco, na final do Carioca de 1999 (Foto: Andre Durao)

Herdeiros do Galinho: Rodrigo Mendes brilha e dá camisa 10 da decisão a Zico
Mesmo sem ter vivido grande momento no Flamengo, meia-atacante é mais um a brilhar em final e comprova mística

Claudio Portella
Publicada em 22/08/2011 às 06:10
Rio de Janeiro (RJ)

Mágica,imortal, e predestinada. Assim é a camisa 10 do Flamengo. Um exemplo disso é o título carioca de 1999. Quem estava vestindo o número que Zico eternizou desta vez, era um jogador que não teve uma carreira de tanto sucesso no clube, mas que conseguiu entrar na História do Rubro-Negro, ao acertar um belo chute com a sua canhota, que fez com que o rival Vasco, sucumbisse novamente a um Herdeiro do Galinho.

Veja o gol de Rodrigo Mendes, na final do Carioca de 99

- Guardei a camisa 10 que vesti naquele jogo e entreguei nas mãos do Zico. Foi um presente para o meu ídolo, que imortalizou o número -afirmou Rodrigo Mendes ao Herdeiros do Galinho. O presente foi uma forma de reverência ao ídolo e agradecimento, pois Zico havia apostado nele anos antes, para substituir o ex-jogador Leonardo, no Kashima Antlers (JAP), já que o mesmo havia se transferido para o futebol francês.

Ex-rubro-negro admite que sua melhor fase foi no Grêmio

Rodrigo Mendes chegou à Gávea com 16 anos. Lá, teve um começo promissor, sempre sendo destaque nos campeonatos das divisões de base. Entretanto, pelos profissionais, oscilou muito e não conseguiu se firmar.

- O gol que fiz na final de 99 serviu para entrar definitivamente na História do Flamengo. Ganhar um título em cima do maior rival é para poucos. Mas, não arrebentei lá como se esperava. O melhor momento da minha carreira foi no Grêmio, anos depois - admitiu.

Contudo, ainda no fim de 1999, novamente o ex-rubro-negro foi decisivo em uma final.

- Fiz um gol naquela decisão contra o Palmeiras, pela Copa Mercosul. Conseguimos o empate em São Paulo e nos sagramos campeões. Mas, desta vez, eu era o número 18 - lembrou.

Raio-x do 10:
Rodrigo Fabiano Mendes
Data de nascimento: 09/08/1975
Local: Uberaba (MG)
Altura: 1,80m
Posição: Meia/Atacante
Títulos mais importantes pelo Flamengo: Carioca (1999 e 2000),
Copa Mercosul (1999).
Jogos pelo Fla: 203 Gols: 30

Palavra do Galinho
"Sempre gostei muito do futebol do Rodrigo. Tanto que o levei para jogar no Kashima, onde teve uma bela passagem. Fiquei honrado em ter sido presenteado com a camisa 10 que ele jogou na final do Carioca de 1999."

Fonte: http://www.lancenet.com.br/flamengo/Herdeiros-Galinho-Rodrigo-Mendes-Zico_0_539946006.html#ixzz1VtNJoQZf
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domingo, 21 de agosto de 2011

Aconteceu



Fonte da foto: http://www.flamengo.com.br/flapedia/Candiota
21 de agosto

1921

De virada, o Flamengo venceu o Botafogo por 3 a 1, em partida válida pelo Campeonato Estadual. O gaúcho Candiota (foto), duas vezes, e o mineiro Junqueira, craques da época, marcaram os gols rubro-negros no confronto. Ambos no mencionado ano tinham apenas 21 anos de idade. Também se destacaram nos grandes times formados pelo clube na década de 20, conquistando juntos, 3 estaduais: 1920, 1921 e 1925 sendo que Candiota, ainda se consagraria campeão também em 1927. Outro acontecimento envolvendo desta vez, Junqueira foi repassado por Ruy Trida Júnior na forma de comentário a este blog. Segundo ele, o grande Doutor Durval Junqueira participou da vitoriosa excursão do Paulistano à Europa em 1925 (emprestado pelo Flamengo).

Vale ressaltar que neste ano foi realizada a primeira final do Cariocão. Como Flamengo e América terminaram empatados, disputaram o título numa só partida, vencida pelo Rubro-negro.

Outra curiosidade a ser destacada era a dupla função exercida pelo zagueiro Telefone, do Flamengo. Ele acumulava o cargo de treinador da equipe.

Confira a ficha técnica do confronto:
Flamengo 3x1 Botafogo
11ª e penúltima rodada do Campeonato Carioca (5ª rodada do 2º turno)
Estádio da Rua Paissandu
Juiz: Pedro Santos
Time: Kuntz, Santiago e Telefone; Rodrigo, João de Deus e Dino; Galvão Bueno, Candiota, Nonô, Junqueira e Orlando; Técnico: Telefone
Gols: Leite de Castro (3' do 2º tempo), para o Botafogo, Candiota (17' e 24' do 2º tempo) e Junqueira (27' do 2º tempo), para o Flamengo

1940

No Torneio Rio-São Paulo, o Flamengo venceu o Palestra Itália, atual Palmeiras, por 3 a 1, no Estádio das Laranjeiras. Castillo e Jarbas, duas vezes, marcaram os tentos rubro-negros.

Neste ano, a competição não terminou, já que os times paulistas abandonaram o torneio na oitava rodada. Flamengo e Fluminense eram os líderes.

Neste ano, em um evento organizado pelo Museu Flamengo, o clube anunciou que solicitará à CBF o reconhecimento de mais este título.

Confira a ficha técnica:
Flamengo 3x1 Palestra Itália (Palmeiras)
4ª rodada do Torneio Rio-São Paulo
Estádio: Laranjeiras
Juiz: Artur Cidrin (SP)
Time: Wálter, Osvaldo e Marin; Pichim (Artigas), Hélio e Médio; Valido (Armandinho), Zizinho, Leônidas, Castillo e Jarbas; Técnico: Flávio Costa
Gols: Liminha (25' do 1º tempo), para o Palestra, Castillo (26' do 1º tempo) e Jarbas (6' e 28' do 2º tempo), para o Flamengo
Expulso: Leônidas (33' do 1º tempo)

Aniversariante:
Chiquinho Pastor
Nome: Francisco de Jesus Fernandes
Data de Nascimento: 21 de agosto de 1946
Local: Rio de Janeiro (RJ)
Posção: Zagueiro
Período no Flamengo: 1972 a 1974
Jogos: 108
Gols: 0
Títulos: Campeonato Carioca (1972) e Taça Guanabara (1973)
Curiosidade: Em 1973, disputou dois amistosos pela seleção brasileira

Adaptado da Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/conteudo/detalhe/442

Fontes consultadas: http://www.flamengo.com.br/flapedia/Candiota
http://www.flamengo.com.br/flapedia/Junqueira
http://mengo1895.blogspot.com/2008/03/junqueira-um-grande-artilheiro.html#comments



sábado, 20 de agosto de 2011

Herdeiros do Galinho: SÁVIO, o anjo louro da Gávea


Sávio fez muito sucesso no Mengão (Foto: Divulgação)

Herdeiros do Galinho: Sávio: 'A camisa 10 do Fla é mágica'
Ex-rubro-negro lembra de sua passagem vitoriosa pelo clube e explica porque passou a atuar com o número de Zico

Claudio Portella
Publicada em 19/08/2011 às 22:52
Rio de Janeiro (RJ)

A camisa 10 do Flamengo encontrou no pé esquerdo de Sávio, em 1996, o seu novo dono para mais uma jornada de glórias. Sem ainda ter conquistado um título pelo Rubro-Negro, o Anjo Loiro da Gávea brilhou na final da Taça Guanabara daquele ano.

O Fla venceu o Vasco por 2 a 0. Romário fez o primeiro gol, e Sávio fechou o placar, com um toque sutil na saída do goleiro. No jogo decisivo da Taça Rio, novamente Rubro-Negros e Cruz-maltinos. Desta vez, um 0 a 0 e o título antecipado para o Flamengo, por ter vencido os dois turnos.

Série Herdeiros do Galinho

- É difícil explicar, mas foi especial. É inesquecível fazer um gol e ouvir aquela massa cantando o meu nome. Foi inexplicável. A camisa 10 é mágica. Nem todos conseguem honrá-la como o Zico. Mas quem é criado na Gávea faz a diferença. Amam o clube e tem uma identidade - disse Sávio ao Herdeiros do Galinho.

Vinda de Romário deu a 10 a Sávio

O ex-atacante chegou à Gávea aos 18 anos, vindo da Desportiva-ES. Franzino, habilidoso e extremamente rápido, não demorou para conquistar os torcedores. Mesmo assim, logo que começou a atuar pela equipe principal, vestiu a camisa 11. Com a vinda de Romário, em 1995, cedeu o número ao Baixinho, já consagrado pelo título mundial, pela Seleção Brasileira.

- Quando eu era mais novo os números que mais usei foram o 11 e o 10. No Flamengo, atuava com a 11 até a chegada do Romário. Acabei ficando com a 10. Caiu bem (risos) - explicou o ex-rubro-negro.

E, o ano de 1996 era definitivamente o de Sávio. Alguns meses depois ele voltou a brilhar e usar a magia que lhe foi destinado, como o 10 rubro-negro:

- Vencemos a Copa Ouro Sul-Americana, em Manaus. Na final contra o São Paulo ganhamos de 3 a 0 e fiz os três gols. Foi uma partida maravilhosa e mais uma conquista importante - lembrou o Anjo Loiro.

As belas atuações de Sávio com a camisa 10 do Flamengo, lhe renderam uma transferência para o Real Madrid (ESP). No fim da carreira, chegou a voltar a jogar pelo clube, tendo a oportunidade de despedir-se da magia que deixou na memória dos milhões de flamenguistas, que até hoje carregam na memória os dribles e gols de mais um que soube honrar o maior ídolo da História do clube, Zico.

Raio-x do 10

Sávio Bortolini Pimentel - 09/01/1974

Posição: Atacante

Títulos mais importantes pelo Flamengo:

Campeonato Carioca de 1996, Copa Ouro Sul-Americana (1996) e Copa dos Campeões Mundiais (1997).

Jogos pelo Fla: 261 /Gols pelo Fla: 95

Palavra do Galinho

"Sávio foi um jogador de muita velocidade e que desde cedo despontou como grande promessa, caindo nas graças da torcida com seu talento."

Leia mais no LANCENET! http://www.lancenet.com.br/flamengo/Herdeiros-Galinho-Savio-Acamisa-magica_0_538746347.html#ixzz1VZW8uY8I
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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Sonho realizado: de torcedor a jogador do Flamengo


Lê não sabe se para, mas a imagem com a camisa do Fla é eterna na cabeça dele (Foto: Arquivo Pessoal)

Achei! Sem clube, Lê lembra troca de churrasco por gol no Verdão em 99
Herói do Fla na final da Mercosul em 1999, jogador, desempregado desde 2010, disse que não tinha esperança de entrar nem de vencer rival paulista
Por Fred Gomes
Rio de Janeiro

Sem Romário desde novembro - afastado após participar da Festa da Uva, em Caxias do Sul -, o Flamengo entrou como franco-atirador para as finais da Mercosul de 1999, contra o timaço do Palmeiras, campeão da Libertadores e com nomes como Paulo Nunes, Júnior Baiano, César Sampaio e Arce. Com o Baixinho fora do clube, o técnico Carlinhos contava com quatro opções para o ataque: Leandro Machado, Rodrigo Mendes, Caio e Reinaldo. Lê, que acabou como autor do gol do título, na época aos 20 anos, nem pensava na possibilidade de disputar a decisão. Porém, dias antes da partida derradeira, teve de deixar um churrasco para atender um chamado do destino e fazer história em São Paulo, no Palestra Itália.

- Estava botando as carnes para assar quando o seu Chimello (José Eduardo, gerente de futebol à época) me ligou e disse que o Carlinhos tinha me chamado. Tinha acontecido aquele problema com alguns jogadores no Sul, mas não imaginava que seria chamado. Mas arrumei minha chuteira, minhas coisas e viajei - revelou Lê, que marcou o terceiro gol do Flamengo naquele 20 de dezembro de 1999, definindo o placar do jogo em 3 a 3.

Sem clube desde 2010 - quando, no Luverdense-MT, sofreu lesão na coxa -, Lê, hoje com 32 anos, lembra que na época a descrença em ser escalado era tão grande que até desdenhou de um sonho da mãe, Dona Wanda. O meia disse que quase ninguém acreditava no Rubro-Negro para aquela decisão. Segundo ele, havia até um acordo de divisão da premiação entre Fla e Verdão - reivindicado pelos cariocas - antes mesmo de ser definido o campeão.

- Viajei para São Paulo e nem tive tempo de falar com minha mãe. Quando cheguei lá, liguei e avisei: 'Mãe, vim para cá, mas a senhora nem precisa ver o jogo. A nossa equipe não está legal e eles têm um timaço... É Arce, Júnior Baiano, Cléber, César Sampaio, Paulo Nunes... Aquele time é um avião. Esquece, mãe, não dá para a gente.' Ela me respondeu: 'Você está brincando? Eu sonhei com um gol seu. Como não vou ver o jogo?" Rebati: "Não vou nem botar a caneleira." Ela encerrou: "Olha que Deus está guardando algo bom para você" - disse, otimista.

Choro após o gol e lembrança dos pais

Lê contou que ficou ttranquilo após desligar o telefone, baseando-se na certeza de que não participaria da decisão. Mas, inicialmente o 19º jogador chamado para a partida, ele entrou em campo no fim do duelo. Aos 38 minutos, uma tabela com direito a passe de calcanhar do companheiro Reinaldo resultou num dos gols mais importantes da história do Flamengo. Resultado: o camisa 22 do Fla naquela finalíssima levou as mãos à cabeça, chorou, lembrou da mãe e pensou em outra pessoa muito especial, o pai, seu Valdir, na época com 69 anos.

- Foi emoção demais. O Carlinhos já tinha colocado Rodrigo Mendes e Iranildo. Com isso, eu pensava: "Até parece que vou entrar..." Entrei e foi aquela coisa maravilhosa. Comecei a lembrar do que a minha mãe me disse. Depois, pensei no meu pai. Ele já era um senhor. A minha diferença para os meus dois irmãos mais velhos é de uns 20 anos, sou fruto do segundo casamento dele. Fiquei preocupado demais e imaginei: "Pronto, fiz o gol e vou matar meu pai. Que adianta garantir o título e infartar o coroa?" - brincou..

A calmaria veio horas depois da conquista, quando pôde ligar para casa e se certificar que o seu maior incentivador no futebol estava bem. Isso ainda reforçou mais a alegria do atleta, que recorda o esforço do pai para torná-lo um profissional da bola.

- Meu pai e minha mãe sempre foram meus alicerces. Ele sempre foi muito severo, mas atencioso demais também. Aprendi a bater faltas com ele. Seu Valdir colocava a camisa na trave e eu ficava cobrando. Também me mandava para chutar aquela bola de serragem, aquela pesadona, de futsal. Ele fez tudo para eu me tornar um jogador de futebol. Os três filhos homens dele não tinham dado para bola, ele queria um boleiro de qualquer jeito e conseguiu. Minha mãe me deu tudo, sempre cuidou de mim. Não posso deixar de registrar o nome deles. Ela cobra (risos). Escreve o nome dela aí, dona Wanda com W - brincou.

Se aposenta ou não?

Hoje aos 32 anos, Lê está sem clube desde 2010, quando deixou o Luverdense-MT após sofrer um problema no músculo anterior da coxa direita. Não sabe se abandona a carreira ou não, mas garante que está preparado para uma eventual aposentadoria. Apesar disso, lamenta o fato de ter jogado fora a oportunidade de se firmar num grande centro.

- Se eu parar não terei problemas, me aposento bem. Só fica uma ponta de frustração por não ter jogado o Brasileiro da Série A até uns 29, 30 anos. Eu tinha lenha para queimar, tinha qualidade, não sou demagogo. Mas foi culpa minha. Era muito garoto e subi na condição de melhor jogador da base. Fiz tantos gols quanto o Romário em um campeonato de juniores. O George Helal me defendia com unhas e dentes. A partir daí, passei a achar que estava acima do bem e do mal. Aí foi quando me perdi. Quis saber de muita farra e só aprendi a aproveitar noites de sono quando passei por dificuldades. Cheio de regalias, eu quis viver de um passado (o da divisão de base) que ainda não tinha construído, mas no profissional era só mais um. Mas não tem problema, cresci querendo vestir a camisa 10 do Zico, meu maior ídolo. Realizei esse sonho e joguei pelo maior do mundo - destacou.

Sofrimento em Angola

As adversidades às quais o jogador credita seu amadurecimento têm seu auge no ano de 2007, quando foi para o Petro Luanda, de Angola. Apesar de a Guerra Civil Angolana ter acabado oficialmente em 2002, ele garante ter vivenciado cenas de carnificina humana, além de muita miséria e deterioração do ser humano. Lá, apesar de garantir ter saído vacinado do Brasil, ainda contraiu duas cóleras.

Minha mala foi extraviada e fiquei lá por seis meses com dois shorts e dois casacos. O clube me pagava bem, em dia, mas o shopping não tinha nada. Além do mais, não valia a pena sair na rua. Era bala voando o tempo inteiro. Jogar em time pequeno não é a mesma coisa, o sofrimento em Angola é muito maior. Cada família tinha direito a um fuzil para se defender. A alegria durava só por umas duas ou três horas, quando iamos jogar. Eu morava na concentração por opção própria, mas alguns garotos que ganhavam uns 300 dólares torciam para ficar lá. Só assim fariam três refeições por dia, era muito doloroso. A desigualdade por lá é muito maior do que a do Brasil. Lá, ou você é milionário ou é paupérrimo. Fui na casa de um jogador que hoje, graças a Deus, está na seleção angolana e arrebentando no Panathinaikos. É o Manucho, fazíamos uma dupla de ataque legal. Ele morava num quadrado, não dava nem para chamar de casa aquilo, e o banheiro era muito pior que um lavabo - recordou, emocionado.

Abraço aos amigos dos anos 90 e à família

Ciente de que a aposentadoria se aproxima, Lê encerra sua conversa agradecendo aos amigos oriundos do futebol e aos familiares mais próximos. Ele cita esse grupo de pessoas como as responsáveis por suas maiores alegrias no esporte e na vida.

- Julio Cesar, Juan, Reinaldo e Marco Antônio (lateral-esquerdo reserva no título carioca de 1999) são caras que eu nem vejo mais, porém os tenho no coração. E sei que eles também têm carinho por mim. O Athirson também foi importante demais. O goleiro Marcelo Leite era mais velho que eu, mas também me deu muita força. Já falei dos meus pais, mas preciso estender todo esse agradecimento a Conceição, minha irmã, que foi como uma mãe, e ao meu irmão Sapato, o Carlinhos. Ele tem uns 20 anos a mais do que eu e sempre me levou para tudo. Lembro que na final de 1992 (do Brasileiro, contra o Botafogo) estávamos do lado da Raça e choramos muito quando o Junior fez aquele golaço. É muita coisa bacana que lembro - encerrou, nostálgico.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/bau-do-esporte/noticia/2011/08/achei-sem-clube-le-lembra-troca-de-churrasco-por-gol-no-verdao-em-99.html

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Herdeiros do Galinho: Nélio, o marreco


Nélio faz o segundo gol na final do Brasileiro de 92 contra o Botafogo. O Flamengo venceu por 3 a 0 e empatou a segunda partida, sagrando-se campeão (Foto: Sport Press)

Herdeiros do Galinho: a raça e a juventude de Nélio
Ex-camisa 10 do Flamengo lembra o título brasileiro de 1992, no qual fez um dos gols decisivos quando tinha apenas 21 anos

Claudio Portella
Publicada em 18/08/2011 às 20:02
Rio de Janeiro (RJ)

Jogar em uma Maracanã lotado, em uma final de Campeonato Brasileiro, com a camisa 10 do Flamengo é muita responsabilidade para qualquer jogador. Imaginem para um atleta com pouca experiência e que há pouco tempo estava nos juniores? Pois é. Nélio da Silva Melo, aos 21 anos, teve a honra e missão de representar o manto sagrado, na primeira decisão de uma competição nacional após a depedida de Zico do Flamengo.

Ele já havia sido campeão pelo clube, em 1990 pela Copa do Brasil e em 1991, quando o Fla conquistou o título carioca daquele ano. Entretanto, foi em 1992, que o então jovem atacante, assumiu de vez a camisa 10. Na decisão do Brasileirão, contra o Botafogo, em um Maracanã completamente lotado, Nélio brilhou e manteve a mística de Galinho. Ele fez o segundo gol, na vitória por 3 a 0.

- Lembro bem daquele gol. Vencemos por três gols e ficou difícil para o Botafogo reverter a situação na segunda partida. O Júnior era o grande maestro do time. Eu era um dos mais jovens e tinha essa responsabilidade de vestir a camisa que havia sido de Zico. Foi um dos gols mais importantes da minha carreira. Vinha crescendo de produção. Nas partidas anteriores já tinha marcado - lembrou Nélio ao Herdeiros do Galinho.

O ex-camisa 10 ressaltou que como era muito jovem, não tinha dimensão do peso que era vestir a camisa 10 do clube.

- Desde criança tinha esse sonho. Mas, quando entrava em campo não pensava nisso. Hoje, mais velho, tenho a noção da importância que tive. Confesso que não tinha dimensão dessa grandeza - disse.

A equipe campeã brasileira daquele ano tinha uma bela safra de jovens jogadores. Além de Nélio, o time contava com Júnior Baiano, Marquinhos e Fabinho, todos de grande importância na campanha.

- Mostro para os meus filhos os vídeos e vejo sempre as reprises na televisão. Tenho a camisa da conquista até hoje. Ela está em um quadro. Isso é motivo de muito orgulho para mim e para os meus familiares - destacou o ex-jogador.

Nélio da Silva Ferreira
Títulos mais importantes pelo Flamengo
Copa São Paulo de Futebol Júnior: 1990
Copa do Brasil: 1990
Campeonato Carioca: 1991 e 1996
Campeonato Brasileiro: 1992

Palavra do Galinho

"Estava no Japão na época, no Kashima Antlers. Lembro de ter acompanhado de lá o título. O Nélio era um jogador que atuava mais pelos cantos. Tinha muita raça e identificação com o Flamengo, até por ter sido formado na Gávea. Mesmo sendo jovem, foi muito bem" .

Fonte: http://www.lancenet.com.br/flamengo/Herdeiros-Galinho-Nelio-raca-juventude_0_538146376.html

Orgulho do Nordeste



O tema da nossa conversa de hoje não é novo. É vexatório para quem o provoca e causa orgulho em quem é atacado. Revisitamos essa bagaça com uma desagradável frequência, basta que o Mengão vá jogar em terras habitadas por minorias raivosas e recalcadas.

O tema, como vocês já devem ter adivinhado, é a xenofobia. Muito embora neste caso seja mais correto falar em Mengofobia, já que xenofobia é a aversão ao estrangeiro – e sabemos que os ataques de cunho fascistóide são direcionados a rubro-negros nascidos “dentro” dos locais onde acontecem estas reprováveis ações.

Politicamente a xenofobia sempre foi uma muleta para toda sorte de ações conservadoras. É uma ideia alinhada com o que há de pior nas relações humanas, a ideia de que existem seres humanos mais ou menos relevantes, que merecem mais ou menos respeito e direitos pelo simples fato de não terem nascido no lugar “certo”. Uma insanidade abismal. O mundo é um só, não é mesmo?

Já a Mengofobia tem origens e objetivos diferentes. Tem gente que fica dodói por achar que o Flamengo foi o time escolhido pelo sistema, pela Globo e por Deus para ser favorecido. Nesta teoria, desde 1895 a Globo transmite jogos do Fla (antes do futebol ser criado no clube e sem jamais mostrar seus rivais dentro de campo, usando técnicas avançadas de edição), para este lugar do mal, apinhado de gente feia, “diferenciada”, sem opinião e vontades próprias: o Nordeste (para estes energúmenos, Nordeste é tudo que fica acima de Belo Horizonte e vai até mais ou menos o México, demonstrando imensa debilidade racional). Racismo puro, com toques nada sutis de dificuldade de compreensão da realidade.

Há o outro tipo de xenofobia que eu julgo ser mais perigoso. Porque o caso de cima é uma pegada pueril e simplória. O segundo, não. Trata-se da Mengofobia oportuni$ta. É o paralelo mais próximo ao National Front, partido de extrema-direita inglês, responsável direto pela campanha contra os imigrantes no final dos anos 1970 e início dos 1980. Consistia em usar argumentos falsos (a culpa da má economia é a imigrantada que rouba “nossos” empregos) para difundir politicamente suas ideias de “purificação” da raça. Nojento bagarai. A Mengofobia Oportuni$ta consiste em clubes e torcedores (e até técnicos ridículos como o Hélio dos Anjos, estão lembrados?) jogarem com a ideia de que você precisa torcer por um clube cujo CEP é próximo da sua casa, para fortalecê-lo financeiramente.

Convenhamos, um método artificial de crescimento. Ninguém tem obrigação nenhuma de viver sem comunicação, sem influências dos mais variados lugares e culturas. O Brasil é mestre em provar que puro é quem se mistura sem preconceito. Está na religião, está na música. E está também no futebol. Todo mundo vê jogos de todo mundo e cada um e cada uma torcem por quem lhe provoca mais afeição. Quer melhorar a região onde vive? Lute por direitos para sua comunidade e não vem com mimimi.

O Flamengo exerce fascínio e admiração porque é o reflexo do povo. Pelo menos do povo que não tem medo do outro. O rubro-negro não tem medo. Ele se encontra do Sul ao Norte. O rubro-negro e a rubro-negra se olham e se identificam. Citando a Charanga do Jaime “onde encontrares um flamengo, encontrastes um amigo”.

No maneiríssimo texto Somos uma vergonha mundial, o camarada Renato Croce sugeriu que a torcida levasse faixas de protesto e de resposta em cada ocasião que sofrermos estas criminosas perseguições. Uma placa, com seta apontada para os conservadores, dizendo Vergonha do Mundo. Achei sensacional. E espero que a instituição Clube de Regatas do Flamengo também se mova para defender os interesses dos seus representados. Neste caso, o interesse de simplesmente existir.

Mas que fique bem claro: nossa resposta deve ser politizada. Jamais devemos entrar nessa onda errada da divisão. Mesmo os mais otários seres humanos que participaram dessas tolices (rolou no Barradão contra o Vitória, no Serra Dourada contra o Goiás, agora com o Figueirense em Floripa) são seres humanos que merecem nossa compaixão rubro-negra. Vamos educa-los e considerar que a xenofobia também pode ser considerada uma doença. Como nos ensina a respeitabilíssima Wikipedia hehe!, xenofobia “é o medo excessivo e descontrolado do desconhecido. Caracteriza-se por ansiedade provocada pela exposição a um objeto temido. Pessoas que apresentam este terror persistente, irracional, excessivo e reconhecido como tal, tendem a evitar o contato com estranhos uma vez que esta situação lhe provoca extrema angústia, tensão arterial e da frequência cardíaca. Nos casos mais graves pode, inclusive, motivar um ataque de pânico”.

Mengofóbico: cuidado! Ficar dodói ao ver a Nação Rubro Negra pode te matar!

Agora vamos ao que interessa: ouvir um sonzinho. Hoje vamos de Woody Guthrie, o cristão comuna estadunidense que dizia que a terra é de todos, sem distinção e que usava seu violão para combater os fascistas. Fodão!

Rondi Ramone é flamengo no sul, no sudeste, no centro-este, no norte, no nordeste.

Mengão Sempre

Fonte: http://globoesporte.globo.com/platb/arthurmuhlenberg/

Homenagem a Nação Flamengo OFF-RIO


Entre os muitos ensinamentos da minha avó, aprendi que o prego que se destaca é martelado. Talvez este seja o ditado que mais combina com a Nação e com o nosso amado Mengo. Mas isso se deve ao fato de termos a segunda maior torcida do Mundo. Sim, a segunda, pois a primeira é a Anti-Flamengo. É o preço que a Nação paga por ter mais títulos, ter quase todos os ídolos do país (e formar inúmeros), por ser a maior torcida de um clube... Enfim, por ser a Nação.

Se hoje somos uma Nação, devemos aos mais de 30 milhões que estão longe do Flamengo. Esses milhões de Rubro-Negros (que só eles fazem de nós os maiores) são responsáveis por levar um pouquinho do Mengo, mesmo que seja "apenas" o Manto, aos 4 cantos do Mundo. Aliás, é muito fácil pra eu ser flamenguista. Tenho acesso à Gávea, ao Maracanã, Engenhão, Raulino, ao Tijuca Tenis Club, Arena HSBC... Enfim, tenho acesso ao Flamengo. E quem mora fora? Muitos nem ao menos podem andar com o Manto pelas ruas. E quando veem o Mengo, se tiverem muita sorte, é 1, 2 ou 3 vezes no ano todo.

Agressão, preconceito, ódio, inveja... No último jogo em Santa Catarina, a torcida do Figueirense praticou um ato que é tudo, menos paixão do torcedor. E não existe aquele argumento de que eles não possuem títulos, que somos superiores e que a indiferença é a melhor resposta... Gente, isso é violência! Muitos Rubro-Negros já foram e são agredidos e ameaçados pelo país, mas não só isso: são impedidos de flamengar. Isso é preconceito, e como tal, tem que ser julgado pela lei.

A seguir, um depoimento de Alisson Fúrfuro, colaborador da Embaixada FlaBH e do Blog Flamengo Eternamente:

Aqui a violência já começa nas atitudes. Um Atlético x Flamengo, por exemplo, pra comprar os ingressos já fica tenso. Eles nos odeiam mais que os cruzeirenses. - Frase deles: O Cruzeiro é meu rival, o Flamengo é meu inimigo. - Vivemos uma situação muito tensa no Mineirão, numa 4ª às 16hs (e nem feriado era). Conseguimos credenciais e entramos às 13hs pra colocarmos a faixa da FlaBH, camisas pra venda, etc. Os portões abriram às 14hs. Saímos do estádio apenas às 20hs (o jogo terminou 18hs). Ficamos presos, como de costume, por 1h, porque a torcida do Galo ficou esperando nossos ônibus. Ao sairmos, começou a chuva de pedras pra dentro do estacionamento. E pra tirar uma casquinha, os policiais jogaram spray de pimenta na gente. E nos arredores, se tem 3 torcedores juntos sem a camisa do Galo, ele chegam, abordam e fazem pressão mesmo.

Alisson não é vítima desta violência porque é de uma Embaixada ou porque vai aos jogos (na Arena do Jacaré ele não vai devido ao tamanho do perigo), e sim porque é Flamengo. - Ahh, mas é uma simples faixa no estádio. Coisa de torcedor... - Não é! Isso é um estímulo enorme à violência contra a Nação, contra o ser humano! E isso não é restrito à Nação, outros torcedores passam por isso também. Todo preconceito é burro e gera violência, por isso o Alisson e os demais sofrem nos jogos e nas ruas.

O Flamengo não é do Rio e nem do Brasil, é do Mundo. Logo, este tipo de atitude mostra o quanto são ignorantes também. Não respeitamos barreiras raciais, geográficas, econômicas e culturais, que a própria sociedade impõe. Assim como a música, o rubro-negrismo possui uma linguagem universal, única, e por isso somos uma Nação. Itália, Alemanha, Rússia, Japão, México... Rubro-Negros que nem ao menos falam português, mas que amam o Mais Querido. Outro exemplo é a Embaixada Fla-Sucre, que não é formada por brasileiros que moram na Bolívia, e sim por bolivianos nascidos lá e que nem falam português direito.

Parabéns, Off-Rio! Se hoje somos uma Nação, devemos a vocês! Desejo que nosso clube olhe e faça mais por todos. E aos marginais que insistem em levar faixas preconceituosas aos estádios, façam uma correção da próxima vez:
Saudações Rubro-Negras!

********************
Renato Croce (Alexi Lalas)


Fonte: http://flamanolos.blogspot.com/2011/08/somos-uma-vergonha-mundial.html

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Doces Recordações

1986
Na final do Estadual, o Flamengo superou o Vasco por 2 a 0 e levantou o caneco pela 22ª vez. Num Maracanã abarrotado (127.806 pessoas), o Rubro-negro, mesmo desfalcado de Mozer, Adalberto, Sócrates e Zico, não deu chances ao rival. Bebeto, eleito como craque do campeonato, comandou o time, que teve o jovem Aldair improvisado na lateral esquerda.

Os gols do Flamengo foram marcados por Bebeto e Júlio Cesar Barbosa, que se notabilizou por marcar gols importantes diante do Vasco. Júlio Cesar já havia marcado em 83, nas quartas-de-final do Brasileirão e na decisão da Taça Rio de 1986.

Confira a ficha técnica do confronto:
Flamengo 2x0 Vasco
Final do Campeonato Carioca (3º jogo)
Estádio: Maracanã
Público: 127.806
Juiz: Roberto Costa
Time: Zé Carlos, Jorginho, Leandro, Guto e Aldair; Andrade, Aílton e Adílio; Bebeto, Vinícius (Júlio César Barbosa) e Marquinho; Técnico: Sebastião Lazaroni
Gols: Bebeto (29') e Júlio César Barbosa (38' do 2º tempo)

1990

Em partida amistosa, realizada nos Estados Unidos, o Flamengo superou a seleção local por 1 a 0, gol do zagueiro Fernando. O Rubro-negro se consagraria campeão deste torneio, que também contava com a presença do Alianza Lima, do Peru.

Vale lembrar que Fernando marcou ainda dois outros gols históricos pelo Flamengo. Deixou sua marca na despedida de Zico e garantiu o primeiro título da Copa do Brasil para o Rubro-negro, ao fazer o tento da vitória contra o Goiás, também em 1990.

Confira a ficha técnica:
Flamengo 1x0 Seleção dos Estados Unidos
Copa Marlboro - Torneio Amistoso
Estádio: Giants Stadium - New Jersey (EUA)
Juiz: Robert Hintze (EUA)
Time: Zé Carlos, Zanata, Vítor Hugo, Fernando e Nelsinho; Aiíton, Júnior (Uidemar), Bobô e Zinho; Renato Gaúcho (Bujica) e Gaúcho; Técnico: Jair Pereira
Gol: Fernando (27' do 1º tempo)

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/conteudo/detalhe/431

Adryan, meia talentoso faz aniversário


Adryan e a chuteira de bronze: terceiro artilheiro do Mundial sub-17 (Foto: Fábio Leme / Globoesporte.com)

Aniversariante Adryan comemora o bom 2011: 'Não tenho nada a pedir'
Aos 17 anos, promessa rubro-negra exalta carinho do grupo na transição para o time principal
Por Fábio Leme
Rio de Janeiro

Ao completar 17 anos, muitos adolescentes sentem a pressão de já ter que definir o rumo que irão dar em suas vidas. Entre cursinhos de vestibular e a dúvida de qual carreira seguir, os mesmos veem as responsabilidades aparecerem do dia para a noite, diversas vezes, sem estarem preparados. Adryan não passou por isso. Sabe exatamente o que fazer para alcançar o sucesso.

Aniversariante do dia, a nova joia Rubro-Negra não tem do que reclamar de 2011. Em sete meses, o meia já colocou em seu currículo uma conquista da Copa São Paulo de Futebol Júnior e um Sul-Americano sub-17 com a Seleção Brasileira. Ainda realizou sua primeira partida com o elenco profissional do Fla, em um amistoso na cidade de Londrina, durante a pré-temporada. Tendo conhecimento da realidade incomum entre os garotos da sua idade, Adryan se recusa a pedir alguma coisa a mais como presente de aniversário.

- Tenho que pedir nada. As coisas estão acontecendo na minha vida e estou muito grato por tudo. Fui campeão com os juniores depois de muito tempo, destaque do Mundial sub-17 e estou tendo a oportunidade de jogar com grandes jogadores. Está sendo um ano muito bom para mim – reconheceu.

Entre os novos companheiros, um mereceu elogio especial: Renato Abreu.

- Quando eu cheguei no elenco, alguns vieram conversar comigo, me aconselhar e me apoiar. Entre eles estava o Renato, me ajudou como um paizão mesmo, um cara sensacional, ídolo – elogiou.

Mas nem tudo foi perfeito para o garoto. Dentre tantas coisas boas, duas ausências causaram frustrações.

- Fiquei muito triste por não poder participar da semifinal do Mundial sub-17 contra o Uruguai (O Brasil perdeu por 3 a 0). Estava suspenso e não podia fazer nada que não fosse torcer. Até hoje fico pensado o que teria acontecido se estivesse em campo....A segunda foi eu não ter podido participar do sorteio das Eliminatórias para a Copa. Queria muito, fiquei muito chateado, ainda estou, mas entendo o Flamengo e respeito a decisão – afirmou.

Se por um lado, Adryan conquistou “regalias” que alguns da sua idade não têm, por outro, o jogador não tem uma vida tão comum quanto os outros da sua idade devido à intensa agenda de treinos, concentrações, jogos e viagens.

- Não sou de sair para zoar, sou caseiro. Não me preocupo com isso. Estou em uma fase crucial da minha vida. Meu foco é o futebol.
Em casa, sua diversão preferida, quando não está assistindo a Malhação e Insensato Coração, é brincar com Wendy, sua cadela da raça Schnauzer, de quatro anos. Adryan e Wendy não se desgrudam nem na hora de dormir.

- Ela dorme abraçada comigo, onde eu vou ela vai atrás, faz tudo, tudo mesmo ao me lado.

Em abril, Adryan renovou contrato com o Flamengo até 2014, com multa fixada em 20 milhões de reais para o mercado nacional e 30 milhões para transferências internacionais. Segundo a imprensa internacional, neste ano o atleta já teve sondagens de Manchester United e Real Madrid.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2011/08/aniversariante-adryan-comemora-o-bom-2011-nao-tenho-nada-pedir.html

Biografia

Adryan Oliveira Tavares ( Rio de Janeiro, 8 de outubro de 1994 - ) é um jovem meia de bastante destaque das divisões de base do Flamengo. Tem passagens pelas categorias de base da Seleção Brasileira.

O jovem meia Adryan é figura conhecida nos corredores da Gávea. Revelação do clube, o jogador, dada a sua notória habilidade, sempre foi tratado como verdadeira pérola pelo departamento de futebol do clube.

Na sua ainda curta carreira, Adryan coleciona passagens pelas mais diversas categorias da Seleção Brasileira de base: Sub-15, Sub-16 e outras. Campeão juvenil pelo Flamengo em 2010, o meia foi relacionado para disputar a tradicional Copa São Paulo de Juniores em 2011 onde foi campeão, mesmo ano em que fez sua estréia pelo time profissional do Fla em amistoso contra o Londrina.

Dados
Nome Completo: Adryan Oliveira Tavares
Data de Nascimento: 8 de outubro de 1994
Local de Nascimento: Rio de Janeiro
Altura: 1,69 cm
Peso: 64 kg


1° Jogo: 9 de Janeiro de 2011 (Flamengo 0x0 Londrina)

Histórico
Anos Time
2011 Flamengo

Títulos
Pelo Flamengo
Taça Guanabara: 2011
Copa São Paulo de Juniores: 2011
Campeonato Carioca Juvenil: 2010
Seleção Brasileira
Sul Americano Sub-17: 2011
Estatísticas
Ano Jogos Gols Marcados Assistências Cartão Amarelo Cartão Vermelho
2011 0(1) 0 0 0 0
Total 1 0 0 0 0

terça-feira, 9 de agosto de 2011

A emoção de Zagallo



Zagallo recebeu camisa de presente do Flamengo

Flamengo faz surpresa, presenteia e emociona Zagallo

No dia em que completa 80 anos, Velho Lobo reviveu momentos felizes que teve com o mantoAutor: Por Equipe do Site Oficial
Em 09/08/2011 às 17h53 - Atualizado em 09/08/2011 às 18h09

Uma lenda viva do futebol. Assim pode ser definido o vencedor Zagallo. Figura importantíssima na história do Flamengo, o Velho Lobo completou 80 anos nesta terça-feira (09.08) e recebeu uma surpresa em sua casa: um manto sagrado personalizado, um quadro com lembranças de suas passagens pelo clube e um telefonema da presidente Patricia Amorim. Todos os mimos, aliados as lembranças das conquistas envergando o manto sagrado emocionaram esse brasileiro que o país do futebol aprendeu a amar.

Zagallo já sabia que receberia uma visita de representantes do Flamengo nesta tarde. No entanto, não sabia o que estava por vir. Ganhou uma camisa atual do time, com seu nome escrito nas costas, junto com o número 80. Além disso, recebeu um quadro onde pode ver alguns momentos importantes de sua vitoriosa carreira no clube. A partir daí, bom e velho lado passional falou mais alto.

"O gol do Pet, em 2001, foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida. Até hoje me arrepia", afirmou Zagallo, mostrando os braços.

Mas não foram apenas os momentos a beira do gramado que mexeram com o Velho Lobo. Como jogador, ele foi campeão muitas vezes vestindo o manto sagrado.

"Não posso deixar de exaltar todos os títulos que conquistei pelo clube. Foram muito importantes", afirmou Zagallo, que como jogador ganhou, entre outros troféus, o tricampeonato de 53/54/55.

Zagallo chegou ao Flamengo em 1951, ainda como juvenil, contratado junto ao América. Permaneceu no clube até 1958, ano em que representou o Rubro-negro no primeiro título mundial do Brasil. Depois, voltou à Gávea, como treinador, por três vezes.

Confira os títulos de Zagallo pelo Flamengo e, abaixo, um vídeo feito exclusivamente para homenagear o ex-jogador e ex-técnico do clube.

Zagallo
Nome: Mário Jorge Lobo Zagallo
Data de Nascimento: 9 de agosto de 1931
Local: Maceió (AL)

Como jogador:
Posição: Ponta-esquerda
Período no Flamengo: 1951 a 1958
Jogos: 217
Gols: 30
Títulos: Campeonato Carioca (1953, 1954 e 1955), Torneio Início (1952), Torneio Internacional do Rio de Janeiro (1954 e 1955), Torneio Internacional do Morumbi (1957)

Como técnico:
Passagens: 3 (1972/73, 1984/85 e 2000/2001)
Jogos: 283
Vitórias: 137
Empates: 66
Títulos: Campeonato Carioca (1972 e 2001), Copa dos Campeões Regionais (2001) e Taça Guanabara (1972, 1973, 1984 e 2001), Torneio do Povo (1972) e Torneio de Verão (1972)

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticia/detalhe/13511

Aniversário de craques



Aconteceu

9 de agosto

Dia de craques. Assim pode ser definido o 9 de agosto. Zagallo, que brilhou, e muito, com o manto sagrado nos anos 50, como jogador, e em 2001, como treinador, e Lico, integrante do melhor time da história do Flamengo, no início da década de 80, fazem aniversário.

O Velho lobo completa seus 80 anos, enquanto Lico faz 60. Ambos têm no currículo muitos títulos com o manto sagrado, a maioria deles marcada na história do clube como conquistas épicas.

Zagallo conquistou o tricampeonato Estadual de 53/54/55 e ainda representou o Flamengo na Copa do Mundo de 1958, primeiro título mundial do Brasil. Nesta época, comandado pelo treinador Fleitas Solich, o então ponta-esquerda foi pioneiro na função de ajudar o lateral na parte defensiva.

Como treinador, Zagallo foi quem efetivou Zico no time titular, ainda com 20 anos, em 1973. Além disso, levantou taças nas quatro oportunidades em que comandou o time: 1954 (Torneio Internacional do RJ), 1972 (Estadual), 1984 (Taça GB) e 2001 (Estadual e Copa dos Campeões).

No mais épico dos títulos como treinador, Zagallo protagonizou uma cena que não sai da memória dos rubro-negros. Assim que Petkovic se preparava para cobrar a falta, que resultou no gol do título Estadual de 2001, o Velho Lobo segurava seus santinhos, rezando para que o final fosse feliz para o Flamengo. E foi.

O catarinense Antonio Nunes, mais conhecido como Lico, chegou ao Flamengo em 1980, contratado junto ao Joinville (SC). Teve um início complicado, chegou a voltar para clube de Santa Catarina, mas retornou ao Rubro-negro no início de 1981, onde brilharia intensamente.

Ponta esquerda de extrema habilidade, Lico conquistou a titularidade no "Esquadrão de Ouro", ao lado de Zico, Leandro, Junior, Adílio, Andrade, Raul e etc. Venceu um Estadual, dois Brasileiros, a Libertadores da América, o Mundial interclubes e protagonizou um dos lances que mais provaram a qualidade do time que encantou o mundo.

Na semifinal da Libertadores de 1981, foi covardemente agredido por Mario Soto, zagueiro do Cobreloa, com uma pedra, e não pode jogar o terceiro e decisivo jogo da competição. Mas, por ele e pelo bem do futebol, os jogadores do Flamengo venceram o confronto com a violência dos chilenos.

Infelizmente teve que operar por duas vezes o joelho em 1984 e acabou dando adeus aos gramados no auge da carreira.

Zagallo - 80 anos
Nome: Mário Jorge Lobo Zagallo
Data de Nascimento: 9 de agosto de 1931
Local: Maceió (AL)

Como jogador:
Posição: Ponta-esquerda
Período no Flamengo: 1951 a 1958
Jogos: 217
Gols: 30
Títulos: Campeonato Carioca (1953, 1954 e 1955), Torneio Início (1952), Torneio Internacional do Rio de Janeiro (1954 e 1955), Torneio Internacional do Morumbi (1957)

Como técnico:
Passagens: 3 (1972/73, 1984/85 e 2000/2001)
Jogos: 283
Vitórias: 137
Empates: 66
Títulos: Campeonato Carioca (1972 e 2001), Copa dos Campeões Regionais (2001) e Taça Guanabara (1972, 1973, 1984 e 2001), Torneio do Povo (1972) e Torneio de Verão (1972)

Lico - 60 anos

Nome: Antônio Nunes
Data de nascimento: 9 de agosto de 1951
Local: Imbituba (SC)
Posição: Meia
Período no Flamengo: 1980, 1981 a 1984
Jogos: 129
Gols: 16
Títulos: Mundial Interclubes (1981), Taça Libertadores (1981), Campeonato Brasileiro (1982 e 1983), Campeonato Carioca (1981), Taça Guanabara (1981 e 1982), Taça Rio (1983), 3º turno do Campeonato Carioca (1981) e Torneio Cidade de Santander (1980)

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/conteudo/detalhe/430

sábado, 6 de agosto de 2011

O Flamengo é CRUEL


Jael aponta para o céu depois de fazer o gol do Flamengo (Foto: Marcelo Carnaval / O Globo)

Cruel, Jael marca no fim, Flamengo bate o Coritiba e dorme na liderança
Gol do atacante aos 44 do segundo tempo garante o sofrido triunfo rubro-negro no Engenhão. Time ultrapassa o Corinthians, que joga domingo
Por GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro

Um gol salvador do atacante Jael, no apagar das luzes, garantiu ao Flamengo a liderança provisória do Campeonato Brasileiro na noite deste sábado, no Engenhão. O atacante, que chegou à Gávea com o apelido de Cruel, fez sua segunda partida com a camisa rubro-negra. Entrou em campo contra o Coritiba aos 36 minutos do segundo tempo e teve tempo para uma conclusão na trave e outra certeira, de cabeça, aproveitando um cruzamento de Ronaldinho Gaúcho.

A vitória por 1 a 0, em jogo válido pela 15ª rodada, deixa o Flamengo na ponta do Campeonato Brasileiro, com 33 pontos, dois a mais do que o Corinthians, que tem dois jogos a menos e enfrenta o Atlético-PR neste domingo, em Curitiba. O Coxa segue em décimo lugar, com 18 pontos.

O próximo compromisso do Flamengo no nacional será contra o Figueirense, no domingo, no Orlando Scarpelli. Antes, na quarta-feira, faz sua estreia na Copa Sul-Americana, em partida contra o Atlético-PR, no Engenhão. O estádio, aliás, recebeu um bom público neste sábado: 24.814 pagantes, com renda de R$ 748.510. O Coritiba joga no domingo contra o Atlético-MG no Couto Pereira.

Coritiba tem mais a bola no início

Sem Airton, suspenso, o Flamengo entrou em campo com o garoto Muralha, habitualmente de características defensivas, compondo o meio ao lado de Willians (que atuou como primeiro volante) e Renato. Mais à frente, Thiago Neves e Ronaldinho formavam uma dupla de apoio ao centroavante Deivid.

O Coxa, por sua vez, teve quatro homens na linha de defesa e, logo à frente, um quadrado firme, que ganhou boa parte das disputas no meio durante a primeira etapa. Com Leandro Donizete, Léo Gago, Tcheco e Rafinha dando apoio a Marcos Aurélio e Bill, o Coritiba teve mais posse de bola que o Fla.

Em determinado momento, o Coxa, que mostrava garra e bom posicionamento ao ganhar quase todas as sobras de divididas, teve 60% de posse, contra 40% do adversário. O time visitante também concluiu mais, embora a pontaria não fosse das melhores. Até o intervalo, foram sete finalizações paranaenses, contra quatro dos cariocas.

A melhor chance do Coritiba na etapa inicial se deu aos 20 minutos, quando Bill recebeu livre, no lado direito da área, e soltou uma bomba cruzada. Felipe fez grande defesa. Pelo Flamengo, uma cabeçada de Renato, logo no início, foi o lance mais perigoso. Apesar de algumas jogadas de efeito de Ronaldinho, o time rubro-negro teve dificuldades para criar nos primeiros 45 minutos.

Inacreditável Futebol Clube

Na volta para o segundo tempo, Vanderlei Luxemburgo resolveu mexer no time. O volante Muralha, que teve uma atuação discreta e ainda com um cartão amarelo, deu lugar ao meia Bottinelli. A mexida fez o Flamengo ganhar terreno no meio. O time passou a rondar mais a área do Coxa e, num escanteio, esteve muito perto de abrir o placar. Entretanto, Deivid, debaixo dos paus, conseguiu perder, ao melhor estilo Inacreditável Futebol Clube.

O Coritiba, entretanto, não se acanhou e tratou de buscar o ataque. Também em lance de escanteio, Bill, de cabeça, obrigou Felipe a fazer mais uma grande defesa, aos 12 minutos. Com muita vontade, porém com pouca inspiração, o Flamengo aos poucos passou a dominar a partida. O Coxa, sem a mesma pegada da etapa inicial, passou a ficar encolhido na defesa, com o Rubro-Negro rondando, porém com dificuldades para concluir.

Fla vai para o tudo ou nada, e vence

Tentando reaver o setor de meio-campo, o técnico Marcelo Oliveira tratou de mexer no time do Coritiba. Marcos Aurélio deu lugar a Davi. Depois, o treinador deu novo sangue à lateral esquerda: Lucas Mendes saiu para entrada de Eltinho. O resultado foi levemente satisfatório e, ainda que timidamente, o Coxa foi mais à frente.

Já aos 36 minutos, Vanderlei Luxemburgo deu sua última cartada. Os atacantes Diego Maurício e Jael entraram nas vagas de Thiago Neves e Deivid. Ato contínuo, o Coritiba promoveu sua última mexida, numa tentativa de fechar a equipe: Tcheco saiu para a entrada do defensor Maranhão.

Em seu primeiro lance em campo, Jael quase abriu o placar. O atacante recebeu no lado direito da área e bateu rasteiro. A bola explodiu no poste esquerdo do goleiro Edson Bastos. Daí para o fim, o panorama seguiu com o Flamengo martelando em busca do gol, e o Coritiba fechado, tentando sair na boa. Aos 44 minutos, porém, o Rubro-Negro conseguiu o gol. Ronaldinho cruzou da esquerda, e Jael, livre na área, testou com estilo e fez a festa no Engenhão.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2011/08/cruel-jael-marca-no-fim-flamengo-bate-o-coritiba-e-dorme-na-lideranca.html#jogo-flamengo-x-coritiba---06/08/2011-18%3A30

Flamengo com pinta de campeão

Depois de Rica Perrone este modesto blog posta mais um comentário bem interessante de outro grande conhecedor de futebol. Trata-se do corintiano e cientista social Juca Kfouri que em sua página na internet descreveu a partida do Flamengo contra o poderoso Coritiba. Vale a pena conferir.

Flamengo cada vez mais com pinta de campeão

O Coritiba mostrou por que foi vice-campeão da Copa do Brasil e enfrentou o Flamengo, no Engenhão (24.814 pagantes), de igual para igual.

Jogou, aliás, um primeiro tempo melhor que o do rubro-negro, com domínio da bola e do jogo, quase sem sofrer ameaças, embora, também sem ameaçar.

Para o segundo tempo o Flamengo corrigiu o erro de ter escalado Muralha ao botar Bottinelli em seu lugar e o jogo mudou.

Ficou mais igual e o Flamengo passou a pressionar em busca de seu gol, com Felipe fazendo uma defesaça em cabeçada de Jonas e Renato exigindo de Edson Bastos, porque nem Ronaldinho nem Thiago Neves jogavam bem.

Deivid e Thiago Neves, aliás, aos 35, saíram para as entradas de Jael e Diego Maurício.

Ao Mengo não bastava a invencibilidade mantida. O time queria a vitória para dormir líder.

E no primeiro lance de Jael ele mandou a bola na trave coxa, que se defendia e, no fim, tentava um lance isolado de contra-ataque.

No segundo lance de Jael, aos 44, ele enfiou a cabeça num cruzamento brilhante de Ronaldinho para fazer o gol da vitória.

Daquelas que justificam que se imagine o heptacampeonato.

A liderança, pelo menos por esta noite, já está garantida.

No Canindé (15.762 pagantes) Palmeiras e Grêmio fizeram um 0 a 0 daqueles que se fosse 3 a 2 não seria exagero.

E, no caso, para o Palmeiras, bem entendido, que foi um pouco melhor na verdadeira guerra travada pelo time de Felipão e o de Celso Roth.

São Marcos teve trabalho, fez pelo menos duas grandes defesas e Victor não lhe ficou atrás, com três.

Foi daqueles jogos nos quais quem marcasse um gol ganharia o jogo.

Mas, diferentemente do que houve no Engenhão, ninguém marcou.

por Juca Kfouri às 20:28

Fonte: http://blogdojuca.uol.com.br/2011/08/flamengo-cada-vez-mais-com-pinta-de-campeao/

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Flamengo se impõe mais uma vez



Deivid comemora o gol da vitória, abraçado por Thiago Neves (Foto: Ag. Estado)Cruzeiro se encolhe, e Flamengo aproveita

Fla se impõe, derruba tabu contra o Cruzeiro e não larga o Corinthians
Rubro-Negro volta a vencer a Raposa depois de sete derrotas, faz 1 a 0 e continua a um ponto do Timão. Time de Joel perde a terceira seguida
Por Richard Souza
Sete Lagoas, MG

Espera aí, Corinthians. Não respire aliviado porque o Flamengo continua atrás de você, só um pontinho. Nesta quarta-feira, o líder agiu, e o vice-líder respondeu. Enquanto o Timão derrotou o América-MG e chegou aos 31 pontos (em 13 jogos), o Rubro-Negro superou o Cruzeiro por 1 a 0, fora de casa, e chegou a 30 (em 14 jogos). Na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, Deivid fez o único gol da partida, após assistência de Ronaldinho. O camisa 9, que já havia marcado contra Atlético-MG e América-MG, fez a trinca sobre os mineiros e chegou a seis gols no Brasileirão.

Em grande estilo, os cariocas encerram um incômodo jejum. Das equipes que disputam a Série A em 2011, a Raposa era o clube que o Flamengo não derrotava havia mais tempo. Nos últimos sete jogos, havia perdido todos. A última vitória fora conquistada em setembro de 2007, no Rio.

O time de Joel Santana estacionou nos 18 pontos e caiu para o 11º lugar. Pior: foi a terceira derrota seguida, a segunda consecutiva em casa. Os 14.863 pagantes (com renda de R$ 252.659) que foram ao estádio chiaram. Nem Montillo, o craque do time, conseguiu encantar. Apesar do esforço, foi sempre bem marcado. Teve Airton e Renato como duas sombras chatas e persistentes.

O Flamengo é a única equipe invicta neste Brasileirão e passou a ser o primeiro time da era dos pontos corridos a passar sem derrota pelos seus 14 primeiros jogos. Agora corre atrás da maior série invicta desde 2003, que pertence a São Paulo (em 2008) e Atlético-PR (em 2004): 18 partidas sem perder durante o campeonato.

No fim de semana, o Flamengo recebe o Coritiba, sábado, no Engenhão, às 18h30m. No domingo, às 16h, o Cruzeiro visita o Inter, no Beira-Rio, em Porto Alegre.

Ronaldinho chegou à Arena do Jacaré com uma caixa de som tamanho família e música no volume máximo. Inspiração e ritmo para tentar repetir contra o Cruzeiro o nível de atuação que teve contra Santos e Grêmio. Ora no meio, ora bem aberto pela esquerda, Gaúcho incomodou os marcadores com dribles curtos e algumas arrancadas. Deu carrinho, orientou os companheiros e arriscou um chute da entrada da área que se perdeu pela linha de fundo.

Em casa e apoiada pela torcida, a Raposa colocou a cautela embaixo do braço e esperou a hora de atacar. Joel Santana mandou um time diferente a campo. Leandro Guerreiro e Ortigoza foram barrados; Everton entrou na lateral esquerda, Diego Renan assumiu a lateral direita, e Reis, que chegou a ser oferecido sem custos a outros clubes, ganhou a primeira chance entre os titulares com o treinador. Assim como R10, Diego Renan tentou chute de fora da área e assustou Felipe.

O Flamengo dominou as ações no meio-campo, fez a bola girar e investiu nas inversões. O lado esquerdo foi o caminho preferido. Mesmo sem Willians, suspenso, Renato e Airton demonstraram segurança na marcação e colaram em Montillo feito carrapatos. Era preciso. Sabe-se lá o motivo, mas o argentino sente um prazer incomum de jogar contra o Flamengo. É assim desde a Libertadores do ano passado, quando defendia o Universidad de Chile. O jogo celeste passa inteirinho pelo camisa 10, que não se intimida com a perseguição. Guerreiro quase solitário, ele se movimentou, virou bolas e arriscou bons dribles. O problema é que Gilberto esteve apagado, Wallyson jogou recuado demais para dar combate a Junior Cesar, e Reis deu poucas opções.

Compatriota de Montillo, Bottinelli mostrou-se disperso, perdeu bolas mesmo quando esteve livre. Apesar de mais participativo, Thiago Neves foi bem marcado e não apareceu como de costume. O Rubro-Negro cresceu nos dez minutos finais. Primeiro, com uma chance na bola parada, aos 31. Renato disparou a bomba de esquerda, e Fábio fez excelente defesa. Aos 46, no último lance da etapa inicial, Ronaldinho apareceu de novo. O craque recebeu passe de Thiago Neves pelo lado direito da intermediária, despistou a marcação de Gil com um giro de corpo e só rolou para Deivid, livre, bater na saída de Fábio.

Jogar futebol. Simples assim. Com a bola, atacar. Sem ela, defender. O Cruzeiro fez o básico na volta do intervalo. Sem mexer nas peças, Joel abriu mão da retranca. Diego Renan e Everton jogaram como laterais, apoiaram e arriscaram jogadas pela linha de fundo. Wallyson, atacante que é, adiantou o posicionamento e se livrou um pouco da responsabilidade de marcar Junior Cesar. A mudança de postura foi suficiente para levar o mínimo de perigo ao gol rubro-negro. Reis, Gilberto e Wallyson arriscaram alguns chutes, mas esbarraram na pontaria ruim e nos defensores.

O lado esquerdo continuou sendo a via ideal para o Flamengo. Por ali, o time desenhou alguns contra-ataques rápidos com Junior Cesar e R10, mas foi pouco efetivo. No meio-campo, Montillo continuou seguido de perto por Renato e Airton. Bottinelli e Thiago Neves também ajudaram no combate ao meia. Como depende muito do gringo, o Cruzeiro se viu sem alternativas.

Joel mudou, aos 20. A opção pelo inoperante Reis mostrou-se equivocada, e Everton não rendeu. Ortigoza e Sebá entraram para formar o trio de ataque com Wallyson, na tática do tudo ou nada. Luxa mexeu logo depois. Fierro substituiu Deivid, e Thiago Neves passou a jogar como atacante ao lado de Ronaldinho.

Foram pelo menos 20 minutos de insistência celeste, mas sem força e objetividade. Num perigoso contra-ataque, aos 40, Fierro ficou na cara do gol, tirou de Fábio, mas a bola, caprichosa que só ela, tocou as duas traves e não entrou. No minuto seguinte, Montillo, guerreiro solitário, cobrou falta, quase encobriu Felipe, mas ficou no travessão. Terceira vitória seguida do Flamengo, que continua forte na briga pelo título. Na Toca da Raposa, os próximos dias serão de cobranças. Na Arena, o primeiro alvo foi o presidente Zezé Perrella.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2011/08/fla-se-impoe-derruba-tabu-contra-o-cruzeiro-e-nao-larga-o-corinthians.html