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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Jaílton: relação de amor e ódio no Flamengo

Querido pelos técnicos, volante ainda é perseguido pela torcida

É no seu apartamento na Barra da Tijuca que Jaílton se isola das críticas de parte da torcida. O sorriso do filho, Rodrigo, de um ano, é o alento do volante que, mesmo perseguido algumas vezes pelas vaias, sempre teve o aval dos três treinadores com quem trabalhou no Flamengo.

Desde que chegou à Gávea, em janeiro de 2007, ele sofre com alguns questionamentos. O primeiro foi pelo simples fato de ter vindo do Ipatinga para ajudar a completar a República do Pão-de-Queijo. Foi titular com Ney Franco jogando na sua posição de origem.

Com a chegada de Joel Santana, perdeu um pouco de espaço para o volante Rômulo. Mas, quando este machucou o joelho, Jaílton ocupou a vaga de terceiro zagueiro. E dali não saiu mais. Nem a reformulação do elenco, no começo do ano, foi capaz de tirá-lo do time titular. E com Caio Júnior o cenário continuou o mesmo.

Nem o fato de parte da torcida persegui-lo em alguns jogos fez com que algum técnico mudasse de opinião em relação a sua presença.

– Ele se encaixa bem tanto no meio quanto na defesa. É alto e tem bom poder de marcação. A carga de pressão que suporta não é fácil. Às vezes, ele passa por situações difíceis, porque ele não pode errar. Isso mostra que ele tem uma boa personalidade – defendeu Caio Júnior.

Para suportar tudo isso, Jaílton se apega a Rodrigo e à esposa, Artenis. Dentro de casa, ele esquece dos problemas e se fortalece.

– A torcida pega no meu pé porque eu não apareço, porque faço poucos gols e por jogar para a equipe. Mas problema de trabalho não entra em casa. Posso ser vaiado por Deus e o mundo que eu chego em casa e meu filho, Rodrigo, vai me aplaudir em qualquer momento – diz Jaílton, que segue sua vida no Fla entre o amor dos técnicos e o ódio de alguns torcedores.

Fonte: http://www.lancenet.com.br/clubes/FLAMENGO/noticias/08-09-19/387483.stm?jailton-relacao-de-amor-e-odio-no-flamengo

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