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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Um ano para ficar na memória


Pet e Adriano foram fundamentais para o hexa

Flamengo tornou-se o maior vencedor da história do Campeonato Carioca e retomou o topo do Brasil
Da equipe do site oficial do Flamengo

O Flamengo foi eliminado da Copa Sul-Americana e da Copa do Brasil em 2009. E daí? É exatamente este o pensamento do torcedor rubro-negro ao ler esta afirmação. Afinal, a temporada foi praticamente perfeita para o clube da Gávea. Hexacampeão brasileiro e pentatricampeão carioca. Precisa dizer mais alguma coisa? O time rubro-negro fez história neste ano. Assumiu o posto de maior vencedor da história do futebol do Rio de Janeiro e retomou o seu lugar no topo do Brasil.

Tudo isso começou no dia 7 de janeiro, na apresentação do elenco para a pré-temporada, que foi feita na Granja Comary, e só foi terminar quase que exatos onze meses depois, em 6 de dezembro. Confira abaixo no especial realizado pela equipe do site oficial do Flamengo uma retrospectiva, mês a mês, de toda a saga do futebol rubro-negro ao longo deste ano que ficará na memória de cada um que acompanhou e na história dos 114 anos de glórias do Clube de Regatas do Flamengo.

Janeiro – O ano de 2009 começou com a torcida pressionando o Flamengo por estar fora da Taça Libertadores da América. E para alcançar o objetivo de retornar ao torneio continental, o clube não pôde investir pesado devido às limitações de caixa. O jeito foi manter a base e fazer poucas contratações. Os jovens Fabrício, Camacho e Rômulo retornaram de empréstimo, enquanto Douglas e Willians foram contratados junto ao Santo André e Everton Silva veio do Friburguense.

O grande reforço rubro-negro foi o ex-botafoguense Zé Roberto, do Schalke 04, da Alemanha. Além do técnico Cuca, que já havia treinado o Flamengo em 2005 e retornou ao clube no início desta temporada. Luizinho, Dininho, Leonardo, Jailton, Fernando, Fernandão, Diego Tardelli e Caio Junior deixaram o clube. Fabrício mal chegou e foi emprestado novamente, dessa vez, para o Hoffenheim, da Alemanha.

No primeiro jogo do ano, vitória sofrida por 1 a 0 sobre o Friburguense, no Maracanã, com gol de Juan. No segundo, outro triunfo na raça, por 2 a 1, sobre o Bangu, em Volta Redonda. Marcelinho Paraíba e Angelim marcaram. Apesar das dificuldades, o Fla começava o ano com pé direito e 100% de aproveitamento no mês de janeiro.

Fevereiro – O mês do carnaval até que começou bem para o time da Gávea, mas o seu final foi mesmo de cinzas na Gávea. No primeiro dia de fevereiro, mais uma vitória suada, por 1 a 0, com gol de Josiel, sobre o Volta Redonda. Depois, enfim, uma boa atuação: 4 a 1 sobre o Mesquita. O estreante Zé Roberto fez o seu. Everton, Jônatas e o goleiro Bruno completaram a goleada, que deu a impressão de que o Flamengo, enfim, emplacaria o bom futebol que todos esperavam.

Mas, foi justamente a partir dali que o time caiu de rendimento. Marcelinho Paraíba e, de novo Zé Roberto, ainda dariam mais uma vitória ao Flamengo, por 2 a 1, contra o Macaé, porém, os resultados seguintes seriam decepcionantes. Dois empates, por 2 a 2 com o Boavista e 1 a 1 com o Botafogo, que apesar de levarem o time à semifinal da Taça Guanabara, ligaram o alerta na Gávea.

De nada adiantou. Nas semis, um resultado que deixou atônito um Maracanã lotado. Em pleno sábado de Carnaval, quem festejou foi o modesto Resende, que bateu o Flamengo por 3 a 1 e garantiu vaga na decisão da Taça GB, vencida pelo Botafogo.

Março – A cura para a eliminação na Taça Guanabra foi traçada: vencer a Taça Rio. Antes disso, porém, o Flamengo ainda teria que estrear na Copa do Brasil. E o fez com muita propriedade ao golear o Ivinhema por 5 a 0, fora de casa. O resultado animou o time do técnico Cuca, que emplacou duas vitórias no Estadual: 3 a 1 na Cabofriense e 4 a 2 no Duque de Caxias. Depois disso, o time voltou a cair e só empatou com o Tigres, em 1 a 1, além de ter perdido para o Vasco por 2 a 0.

Seguindo entre altos e baixos, o Flamengo voltou a vencer na partida contra o Madureira: 4 a 2, com três gols de Josiel. Depois, a vingança contra o Resende: 4 a 0, em jogo disputado no Engenhão, e com mais uma vitória, por 1 a 0 sobre o Americano, o time se despediu de março classificado para as semifinais da Taça Rio e vivo na luta pelo tricampeonato carioca. O mês também foi de contratações: Emerson, vindo do mundo árabe, e Alex Cruz, destaque do Ivinhema, chegaram à Gávea. Marcelinho Paraíba, por sua vez, deixou o clube.

Abril – O mês da mentira começou com clássico: Fla x Flu. Na estreia do Sheik Emerson, contratado para reforçar o ataque rubro-negro, já que Josiel estava com seu contrato por empréstimo terminando, empate com sabor de vitória do Flamengo em 1 a 1 no Maracanã. Emerson, que chegou ao clube fazendo juras de amor, marcou o gol e logo caiu nas graças da torcida.

O Flamengo terminou o mês invicto e decidindo o Campeonato Carioca pelo terceiro ano consecutivo. Depois deste empate com o Fluminense na última rodada da fase de classificação da Taça Rio, o Rubro-Negro reencontrou seu rival nas semifinais da competição e, desta vez, levou a melhor. Com gol de Juan, venceu o Flu por 1 a 0 e garantiu-se na decisão do segundo turno do Carioca contra o Botafogo. Antes disso, o time bateu o Remo por 2 a 0 na Copa do Brasil.

Chegou então a hora de decidir a Taça Rio. Uma vitória e o Botafogo garantiria o título estadual. Mas, como de costume nos dois últimos anos, quando os dois times se enfrentaram em decisões, o vermelho e o preto falaram mais alto. Dessa vez, até um botafoguense ajudou o Fla. O zagueiro Emerson marcou, contra, o gol da vitória que levou o Flamengo à finalíssima do Estadual, que começou já na semana seguinte.

No primeiro jogo das finais, empate, por 2 a 2. Empate também no jogo de ida das oitavas-de-final da Copa do Brasil, quando o Flamengo ficou no 0 a 0 com o Fortaleza.

Maio – Foi o mês da hegemonia. No dia 3, Flamengo e Botafogo se enfrentaram novamente para decidir o título do Campeonato Carioca. Em um jogo emocionante, outro empate por 2 a 2, outra decisão por pênaltis e outra vitória do Flamengo. Era o quinto tricampeonato estadual da história do clube, que conquistava seu 31º título estadual e assumia o posto de maior vencedor da história da competição.

Tudo o que veio a seguir nesse mês foi uma enorme ressaca. Ainda mais depois do anúncio da aposentadoria do capitão do tri, o zagueiro Fabio Luciano, que pendurou as chuteiras após a conquista do título. Mesmo assim, o time venceu o Fortaleza por 3 a 0 e avançou na Copa do Brasil. Depois, na estreia do Brasileiro, acabou jogando melhor, mas foi derrotado pelo Cruzeiro por 2 a 0. Ficou no empate com o Inter no jogo de ida das quartas-de-final da Copa do Brasil (0 a 0) e repetiu o resultado contra o Avaí pelo Brasileiro.

No dia 20, acabou eliminado pelos gaúchos no finalzinho. O time fez jogo duro contra os colorados, que jogavam o melhor futebol do Brasil na época, mas levou um gol do ex-rubro-negro Andrezinho aos 43 do segundo tempo e acabou fora da Copa do Brasil. Depois, ainda venceu Santo André e Atlético Paranaense por 2 a 1 pelo Brasileirão.

Maio ainda guardava uma surpresa para o Flamengo. O retorno de um grande ídolo. Adriano, o Imperador, estava de volta. Sete anos depois de deixar a Gávea, o atacante rescindiu contrato com a Inter de Milão e voltou ao Brasil em busca da felicidade, que ele só poderia encontrar no clube de seu coração. Por isso, assinou com o Rubro-Negro e viria a ser fundamental na campanha da equipe dali para frente.

Junho – Um mês curto e decepcionante, apesar do Imperador. O Flamengo disputou apenas quatro jogos, todos pelo Brasileirão, e venceu apenas um. Tudo bem que este um foi uma grande goleada, por 4 a 0, sobre o Internacional, com show do recém-contratado Adriano. Mas as derrotas foram lamentáveis: uma virada incrível do Sport por 4 a 2 e uma goleada por 5 a 0 do Coritiba, duas equipes que, curiosamente, foram rebaixadas ao final do ano. Além disso, houve ainda um empate em 0 a 0 contra o Fluminense. O mal retrospecto fez duas vítimas: Josiel e Jônatas foram dispensados logo após a derrota para o Coritiba.

Julho – O tempo de vacas gordas voltou à Gávea no final de julho. Coincidência ou não, justamente após a saída de Cuca, o time, mais uma vez, apresentou um bom futebol. Coincidência ou não, nas mãos de Andrade, a equipe provou seu valor. Ainda com Cuca à frente da equipe, o Flamengo bateu o Vitória por 2 a 1, no Engenhão, no jogo que marcou a despedida de Ibson. Vinculado ao Porto, ele teve que voltar ao seu clube de origem e acabou emprestado ao futebol russo.

Depois de sua saída, o Flamengo demorou a se acertar. Empatou com o São Paulo em 2 a 2 no Morumbi, perdeu para o Palmeiras por 2 a 1 no Maracanã, voltou a empatar com o Botafogo, em 2 a 2, e com o Barueri, por 1 a 1. Este último resultado foi a gota d’água para a diretoria, que resolveu demitir Cuca. Pouco depois, a própria cúpula do futebol rubro-negro, com Kleber Leite e Plínio Serpa Pinto, resolveu se afastar, dando lugar a Marcos Braz.

O novo vice de futebol manteve o interino Andrade no cargo. Deu certo e o Flamengo voltou a vencer. Logo com um resultado inédito e histórico: 2 a 1 sobre o Santos, na Vila Belmiro. Depois disso, ainda bateu o Atlético Mineiro por 3 a 1.

Agosto – Um mês de reformulação. O Flamengo sofreu para encontrar um substituto para Ibson e outro para Fabio Luciano, teve muitos jogadores com problemas de lesão e precisou se esforçar para contratar. Chegaram David, Álvaro e Maldonado para arrumar o setor defensivo. Denis Marques e Gil foram os contratados para o ataque. Aos poucos, a equipe foi se acertando e começando a embalar.

O time sofreu três derrotas em agosto, para o Grêmio (4 a 1), Cruzeiro (2 a 1) e Avaí (3 a 0). Mesmo assim, Andrade foi mantido no cargo, todos perceberam o potencial do grupo, que lutava contra os desfalques por lesão e suspensão, deram um voto de confiança ao elenco e à comissão técnica e o time se recuperou. Venceu Goiás (3 a 2), Corinthians (1 a 0) e Santo André (3 a 0), além de ter empatado com o Náutico (1 a 1). Pela Sul-Americana, o time enfrentou o rival Fluminense e foi eliminado no critério de gols fora de casa.

Setembro – Assim como julho, um mês curto, porém, desta vez, vitorioso. Foram quatro partidas, com duas vitórias e dois empates. O time goleou Sport e Coritiba, por 3 a 0, e ficou no 0 a 0 com Atlético Paranaense e Internacional. Os resultados já fizeram com que a equipe pegasse o elevador na tabela de classificação. Este foi o mês de Dejan Petkovic. O gringo, enfim, mostrou seu futebol, ganhando mais oportunidades, e assumiu a função de maestro e líder do grupo, sendo peça fundamental na campanha.

Outubro – Este foi o mês da arrancada. O Flamengo entrou em outubro com cinco jogos de invencibilidade (os quatro de setembro mais a vitória sobre o Santo André no último jogo de agosto) e emplacou logo mais cinco. Venceu o Fluminense por 2 a 0, empatou com o Vitória em 3 a 3, e então, conseguiu dois resultados que animaram o time e a comissão técnica, alem, é claro, da torcida.

O time de Andrade tinha pela frente São Paulo e Palmeiras, segundo e terceiro colocados, respectivamente. O objetivo de chegar ao G4 já estava traçado e bons resultados contra estas duas equipes seriam fundamentais, mas muito difíceis. Na raça, eles vieram: 2 a 1 sobre o tricolor e 2 a 0 sobre o alviverde. Ali, o Flamengo teve a certeza de que era capaz de disputar o título. Depois, ainda venceu o Botafogo por 1 a 0.

A maratona de jogos e vitórias acabou cansando o time, que caiu diante do Barueri, por 2 a 0, em São Paulo, mas se recuperou rapidamente e fechou outubro com uma vitória por 1 a 0 sobre o Santos, no Maracanã, que lhe garantiu entre os quatro primeiros colocados do Brasileirão.

Novembro – A certeza de que o hexa era um sonho muito mais próximo de se tornar realidade do que se imaginava veio em novembro. A arrancada continuou e provou que o tropeço diante do Barueri foi apenas uma fatalidade. O Flamengo não perdeu mais no campeonato. Em novembro, mais quatro jogos, mais duas vitórias e dois empates. Um deles quase pôs tudo a perder.

No primeiro jogo do mês, mais um confronto direto, dessa vez, contra o Atlético Mineiro, no Mineirão. Assim como contra São Paulo e Palmeiras, o Flamengo era o azarão. No entanto, dominou o jogo do início ao fim e venceu com autoridade: 3 a 1, garantindo o terceiro lugar. Depois, vitória sobre o Náutico, fora de casa, por 2 a 0. Flamengo em segundo. Então, veio a fatídica partida contra o Goiás.

Maracanã lotado, torcida em festa com o maior mosaico do mundo, São Paulo derrotado pelo Botafogo e a necessidade de apenas uma vitória para assumir a liderança. Mas, ela não veio. O time ficou no zero a zero e os paulistas agradeceram. Só que por pouco tempo. Na semana seguinte, o mesmo Goiás venceu o Tricolor por 4 a 2, em Goiânia, e o Mengão bateu o Corinthians por 2 a 0, em São Paulo, e tomou o primeiro lugar do Campeonato Brasileiro a uma rodada do final da competição.

Dezembro – Para fechar o ano com chave de ouro, o Flamengo precisou de apenas uma partida para fazer de dezembro o mês mais importante da temporada. No domingo, dia 6, recebeu o Grêmio no Maracanã para sacramentar o hexacampeoanto nacional. O time bateu os gaúchos por 2 a 1, com gols dos zagueiros David e Ronaldo Angelim, e venceu o Campeonato Brasileiro, após longos 17 anos de espera.

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticias/noticia.php?id=7532

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