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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Perácio - um ídolo da década de 40


Perácio, um dos maiores atacantes da história do Flamengo, completaria nesta quarta-feira 94 anos se estivesse vivo. Tricampeão carioca com o manto sagrado em 42/43/44, o artilheiro se notabilizou por seu talento com as duas pernas e pela potencia de seus chutes. Ao todo, marcou 97 gols pelo Mais querido do Brasil e conseguiu uma média excelente de 0,78 gol por partida.

Nascido em Nova Lima, em Minas Gerais, Perácio começou a carreira no Vila Nova (MG), em 1933, e já foi campeão na temporada de estreia. Ficou mais conhecido para o mundo do futebol quando representou o Brasil na Copa de 1938, na França. Marcou três gols, mas foi outro lance que o transformou em uma lenda.

Diante da Tchecoslováquia, nas quartas de final, Péracio deu um chute tão forte que o lendário goleiro Planicka, ao tentar defender, chocou-se com a trave, quebrando o braço e a clavícula. A partir daí surgiu a lenda de que o chute é que tinha provocado tamanho estrago.

Em 1944, serviu na Força Expedicionária Brasileira durante a Segunda Guerra Mundial. Por isso, desfalcou o Flamengo na reta final do Campeonato Carioca de 1944. Perácio se alistou no exército e compôs o quadro de 25 mil pracinhas brasileiros que lutaram na Itália.

Como motorista do marechal Cordeiro de Farias, acompanhou de perto a histórica tomada do Monte Castelo, em fevereiro de 1945. Posição que, até então, era ocupada pelos alemães. Ao fim da Guerra, Perácio voltou ao Brasil são e salvo e ainda deu continuidade a brilhante carreira de jogador, até 1951, quando estava no Canto do Rio.

Mas o matador, que serviu também a sua pátria, tinha lá suas histórias engraçadas também. Defendendo a seleção brasileira diante da Argentina, em 1939, Perácio protagonizou um lance, no mínimo, inusitado. Após a marcação de um pênalti para o Brasil, quando o placar estava 2 a 2, o time argentino partiu para cima do árbitro e acabou apanhando da polícia.

Sendo assim, os hermanos deixaram o campo, mas o árbitro manteve a marcação do pênalti, que seria cobrado por Perácio, com o gol vazio. Técnico do Brasil, Carlito Rocha, disse para o artilheiro cobrar no cantinho, mesmo sem goleiro, mas, com medo de perder e ouvindo o apelo da torcida, Perácio cobrou devagarzinho e no centro do gol. O estádio viveu momentos de tensão, pois a bola foi tão devagar que ultrapassou a linha da trave apenas por um palmo.

Artilheiro que era, Perácio gostava muito de ouvir os narradores de rádio gritarem seu nome. Por isso, sempre possuiu carro, se possível os mais novos, e com uma aparelhagem de som potente. Nos dias de jogos, o atacante estacionava seu veículo e ligava o rádio no volume máximo antes de trancá-lo. A intenção era tentar ouvir a narração assim que marcasse algum gol, fato que nunca se concretizou, obviamente. Por isso, Perácio vivia reclamando que "comprara o aparelho de rádio errado".

Perácio
Nome completo: José Perácio
Data de nascimento: 2 de novembro de 1917
Local: Nova Lima (MG)
Data de óbito: 10 de março de 1977
Local: Rio de Janeiro (RJ)
Período no CRF: 1941 a 1947 e 1951
Posição: Meia-esquerda
Jogos: 123
Gols: 97
Títulos: Campeonato Carioca (1942, 1943 e 1944)

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/conteudo/detalhe/516

José Perácio ( Nova Lima, 2 de Novembro de 1917 - Rio de Janeiro, 10 de Março de 1977 ) foi um dos principais jogadores de futebol das décadas de 30 e 40, ambidestro, o atacante era conhecido pelo seu potente chute quase indefensável.

Perácio começou a carreira no Vila Nova em 1933. Ainda naquele ano, conquistou seu primeiro título como jogador de futebol, o que se repetiria nas duas temporadas seguintes e faria do ex-atacante tricampeão mineiro. Logo após, desembarcou no Rio de Janeiro para jogar pelo Botafogo.

Ao sair do time de General Severiano, Perácio ingressou no Flamengo e teve grande importância na conquista do primeiro Tri Campeonato Carioca do clube. Formou uma equipe lendária com Valido, Zizinho, Pirilo e Vevê. Chegou a ser convocado pela Seleção Brasileira tendo disputado 6 partidas e marcado 4 gols entre 1938 e 1940, sendo títular na Copa do Mundo de 1938 realizada na França. Com a camisa do Flamengo, foram ao todo, 123 jogos com 97 gols marcados, de forma que até 2009 o jogador se mantém no posto de 21º maior artilheiro da história do clube.

Em 1944 quando ainda jogava pelo Flamengo, Perácio se afastou dos gramados para defender o Brasil com arma em punho. O jogador se alistou no exército e compôs o quadro de 25 mil pracinhas brasileiros na Segunda Guerra Mundial. Todavia, ao fim da Guerra, Perácio voltou ao Brasil são e salvo e ainda deu continuidade á brilhante carreira de jogador. Defendeu o Fluminense e encerrou a carreira no Canto do Rio.

Títulos
Flamengo
1942
Campeonato Carioca
1943
Campeonato Carioca
Torneio Relâmpago do Rio de Janeiro
1944
Campeonato Carioca
1946
Torneio Início
1951
Torneio Início
Elfsborg Cup (Suécia)
Estatísticas
Ano Jogos Gols
1941 1 0
1942 16 11
1943 16 16
1944 18 10
1945 10 6
1946 38 32
1947 22 22
1951 2 0
Total 123 97

Fonte: http://www.flamengo.com.br/flapedia/Per%C3%A1cio

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