Dida -Edvaldo Alves Santa Rosa, um ídolo vindo do Nordeste
Os pais de Zico costumavam dizer que uma das primeiras palavras que o Galinho balbuciou foi ?Di-da?. A habilidade do craque alagoano inspirou o pequeno Arthur em Quintino e mais uma legião de fãs nas décadas de 50 e 60. Essa idolatria não se deu por acaso. Edvaldo Alves de Santa Rosa, o Dida, é um dos maiores jogadores da história do Flamengo, segundo artilheiro do clube com 244 gols, perdendo apenas para o próprio Zico.A história de Dida no futebol começa em 1951, quando foi convidado a defender o Centro Sportivo Alagoano (CSA). Ele já havia mostrado talento entre os juvenis do América local. Rapidamente conquistou espaço com um domínio de bola incrível, drible fácil, excelente impulsão e a capacidade de com os dois pés com precisão e fazer muitos gols. No ano seguinte conduziu o CSA ao título Estadual.Foi em 1954 que o Flamengo entrou na vida do futuro craque, então com 20 anos de idade. Dida marcou três gols e acabou com um jogo em que a Seleção de Alagoas venceu a da Paraíba com uma virada por 4 a 3, e o jogador chamou a atenção de dirigentes rubro-negros. Depois de uma chegada difícil, afinal Dida ainda era um menino diante de gigantes como Rubens (o Dr Rubis), Joel e Benítez, o garoto de Alagoas foi ganhando a confiança do técnico, o ?Feiticeiro? Fleitas Solich. Vale destacar que o Flamengo era o campeão, havia vencido em 1953. E num jogo decisivo contra o Vasco, com Evaristo e Benítez contundidos, Dida foi lançado do time ao lado de Babá e o Rubro-Negro venceu por 2 a 1. O primeiro passo!O Flamengo sagrou-se bicampeão em 1954, mas em seu primeiro título Dida ainda ficou na reserva, atuando pelos aspirantes e terminando como artilheiro. Ele se firmou mesmo no tricampeonato de 1955 e assumiu de vez a camisa 10 da Gávea ao marcar três dos quatro gols do Flamengo na goleada contra o América (4 a 1), na final do Estadual. O ano de 1956 foi difícil para Dida, pois uma fisgada na coxa durante uma partida contra o Bangu durante o Estadual o tirou dos gramados por alguns meses. O craque chegou a abandonar tudo e voltar para Maceió, onde se tratou e repensou a aposentadoria precoce.Recuperado, Dida voltou ao Flamengo, mas jamais as contusões o deixaram em paz. Em 1958, jogando pela Seleção Brasileira, ele voltou da Suécia campeão mundial... mas contundido. Jogou apenas a estréia do Brasil, no sacrifício, antes de ceder a vaga para Vavá. Na reserva de Dida na ocasião estava ninguém menos que Pelé, que amargou a reserva até o terceiro jogo. Em 1961, Dida conduziu o Flamengo ao título do Rio-São Paulo. Em 1963, voltou a ser campeão Estadual pelo Flamengo, só que Fleitas Solich saiu, Flávio Costa assumiu e ele acabou desprestigiado. Dida deixou o Flamengo no ano seguinte para jogar na Portuquesa de Desportos, onde foi vice-campeão. Duas temporadas depois seguiu para a Colômbia para jogar no Atlético Júnior, da cidade de Barranquilla. Atuou até 1968 quando pendurou as chuteiras.Não demorou muito para iniciar uma carreira como treinador, primeiro no Ferroviário Atlético Clube, em sua terra natal. Peregrinou pelo Nordeste e Centro-Oeste e seguiu de volta ao Flamengo. Trabalhou mais de duas décadas nas divisões de base do Rubro-Negro e morreu no dia 17 de setembro de 2002, já debilitado com câncer no pulmão causado pelo consumo excessivo de cigarros.
TÍTULOS
INTERNACIONAIS
Campeão da Copa Mundo de 1958.
Campeão da Copa Roca de 1957.
REGIONAIS
REGIONAIS
Torneio Rio-São Paulo 1961.
Campeonato Carioca 1953/54/55, 1963 e 1965.
MARCAS
MARCAS
É o segundo maior artilheiro do Clube de Regatas Flamengo com 264 gols. Superado apenas por Zico com 509.
Adaptado de Fonte: http://www.paixaorubronegra.com.br/conteudo/conteudo.php?id=12
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