Se o chocolate no primeiro jogo
já havia causado um impacto grande, a exibição de gala do Flamengo
neste sábado, no segundo jogo das finais do NBB 7, então, nem se fala.
Mesmo numa temporada sem muito tempo para treinar, com altos e baixos e
cheio de percalços, o time carioca mostrou a força de sua camisa e
passou por cima dos adversários na hora da decisão. Sob os olhares do
técnico da seleção brasileira, Rubén Magnano, e de mais de sete mil
torcedores que lotaram o ginásio Municipal Neuza Galetti, os visitantes
dominaram os donos da casa. Superiores do início ao fim, o Flamengo não
deu a menor chance para Bauru, que novamente contou com Alex
apagadíssimo no ataque - o ala anotou quatro pontos, pegou oito rebotes e
deu duas assistências. Com a vitória por 77 a 67 (40 a 25), o
Rubro-Negro fechou o confronto decisivo da temporada 2014/2015 do NBB em
2 a 0 e garantiu com sobras o tricampeonato. O Flamengo chega ao seu
quarto título em sete edições do NBB e supera Brasília, que tem três
conquistas.
- É muito difícil se manter no topo. Estamos em um
grande clube e isso nos motiva muito a continuar trabalhado. Só quem
estava lá dentro sabe o quanto foi difícil essa temporada. A gente jogou
mal em alguns jogos, mas sabíamos do nosso potencial e entramos com
tudo nos playoffs. E no mata-mata jogamos um basquete digno de campeão.
Isso é um time e isso é Flamengo - disse o capitão Marcelinho, único
atleta a participar dos quatro títulos do time carioca no NBB.
MVP das finais, Laprovittola deu muito trabalho para o armador Ricardo Fischer (Foto: João e Luiz Pires/LNB)
Com
19 pontos, sete rebotes e quatro assistências, o armador Nico
Laprovittola foi eleito o MVP das finais e recebeu o troféu das mãos do
presidente da Liga Nacional de Basquete (LNB), Cássio Roque. O cestinha
do jogo foi o americano Robert Day (Bauru), com 23 pontos. Ele foi o
responsável pelo esboço de reação dos paulistas no período final, quando
acertou quatro bolas de três pontos. Mas acabou eliminado com a quinta
falta a pouco menos de cinco minutos para o fim da partida e o time
paulista não teve forças para seguir pontuando.
Olivinha (17
pontos e oito rebotes) e Benite (15 pontos e seis rebotes) também se
destacaram pelo lado carioca. Ricardo Fischer (14 pontos e cinco
rebotes) e Larry Taylor (11 pontos, sete rebotes e seis assistências)
responderam à altura pelo Bauru.
- Essa temporada não foi como a gente esperava na fase de classificação.
A equipe foi montada para conseguir a primeira colocação, mas não
conseguiu. Durante os playoffs, conversamos, crescemos e fizemos 3 a 0
em Limeira. Ganhamos muita confiança e, agora, dois jogos contra Bauru
com total controle. A equipe se preparou muito bem para esses dois jogos
e conquistamos o campeonato - disse Olivinha, um dos destaques da final.
A decisão
Era o Bauru quem precisava desesperadamente da vitória, mas foi o Flamengo que entrou faminto disposto a liquidar logo a partida. Como no jogo 1, o time carioca conseguiu um incrível aproveitamento acima dos 60% nos arremessos de quadra e abriu 14 pontos no primeiro quarto. Guerrinha parou o jogo duas vezes, trocou três de uma só vez, mas nada adiantou. Bauru continuou "amassando o aro". Com o lotado Ginásio Neuza Galetti calado, os rubro-negros venceram o primeiro quarto por 25 a 11. A vantagem não era apenas numérica. Mas também moral. Era visível o abatimento e o desânimo dos jogadores do time paulista após cada erro. Parecia que o filme da primeira partida retornava com força na cabeça de cada um.
Com
Alex apagado e uma defesa fácil de ser vazada, o time paulista estava
entregue e não respondia aos pedidos do técnico Guerrinha. Sem
necessidade, o Flamengo passou a forçar bolas de três.
Mas o Bauru não aproveitou o único momento de descontrole dos cariocas.
Uma bola de três de Laprovittola no estouro do cronômetro levou os
visitantes para o vestiário vencendo por 15 pontos (40 a 25).
Jogadores do Fla comemoram o tetracampeonato (Foto: Marcello Pires)
As
duas equipes voltaram do intervalo cometendo muitos erros e passaram os
dois primeiros minutos sem pontuar. Hettsheimeir tirou o zero do
placar no segundo tempo com um lance livre convertido, mas com uma bola
de três de Marcelinho no ataque seguinte, o Flamengo abriu 17 pontos de
frente. Guerrinha fazia o possível, mas seus jogadores erraram demais.
Já Marcelinho não estava nem aí e acertou duas bolas de três seguidas.
Mesmo as três faltas de Laprovittola, que o deixavam no banco, os
visitantes não tiraram o pé do acelerador e terminaram o terceiro
período com 23 pontos de vantagem (62 a 39).
Como na primeira
partida da série, o desânimo tomou conta do time paulista. Mesmo com o
jogo nas mãos e o título praticamente assegurado, o Flamengo voltou para
o quarto período com a mesma intensidade e aumentou a vantagem, que
chegou a 26. Mas Bauru era valente e com uma corrida de 19 a 8 diminuiu o
prejuízo para apenas 12 pontos, após quatro bolas de três de Robert
Day. Mas o americano cometeu sua quinta falta na sequência e saiu de
quadra. As bolas de fora pararam de cair, e, sob a conduta refinada de
Laprovittola, o Flamengo dosou os minutos finais para levar mais uma. A
luta valeu, mas era tarde para tirar o tricampeonato do Flamengo.
BAURU: Ricardo Fischer (14), Alex (7), Robert Day (23), Hettsheimeir (10) e Murilo (2). Técnico: Guerrinha. Entraram: Larry Taylor (11), Mathias (0) e Gui Deodato (0)
BAURU: Ricardo Fischer (14), Alex (7), Robert Day (23), Hettsheimeir (10) e Murilo (2). Técnico: Guerrinha. Entraram: Larry Taylor (11), Mathias (0) e Gui Deodato (0)
FLAMENGO: Laprovittola (19), Marquinhos (6), Benite (15), Olivinha (17) e Meyinsse (8). Técnico: José Neto. Entraram: Gegê (0), Cristiano Felício (3), Marcelinho (8) e Herrmann (1)
vídeos do título
Enterrada de Meyinsse
Marcelinho ergue a taça!
A tradição de Herrmann
Fonte: http://globoesporte.globo.com/basquete/nbb/noticia/2015/05/flamengo-bate-o-bauru-conquista-o-tri-e-chega-ao-seu-quarto-titulo-do-nbb.html
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