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quinta-feira, 27 de maio de 2021

 

Por Redação do ge — Rio de Janeiro


O gol de Petkovic contra o Vasco, que garantiu o quarto tricampeonato do Flamengo no Carioca, completa 20 anos nesta quinta - mas, por pouco, o sérvio não entrou em campo no Maracanã naquele 27 de maio de 2001. Em live do ge, Petkovic relembrou a irritação vivida, na semana da decisão, com a diretoria rubro-negra, que não cumpriu a promessa de pagar dois de seus oito salários atrasados.

- Falaram "vamos te pagar na quinta, mas vamos pagar dois salários porque para você devemos oito e para o resto do pessoal, três". Pensei "ah, que bacana!" Finalmente um agrado dessa diretoria. E não aconteceu na quinta, sexta, chutei o balde. Não quis ir para a concentração, fui tomar uma gelada (cerveja). Passou de meia-noite, Maurinho preocupado, ficou colado na janela - afirma Pet.

As duas pessoas que convenceram Petkovic a entrar em campo foram Wilsão - amigo e vizinho do meia - e Maurinho, que era companheiro de quarto do Pet nas concentrações. O ex-lateral foi um dos convidados da live, que teve a presença de ex-jogadores de Flamengo e Vasco. Maurinho explica como manipulou um jogo de internet para incentivar o sérvio a entrar em campo.

Maurinho e Pet relembram histórias da final do Carioca de 2001

Maurinho e Pet relembram histórias da final do Carioca de 2001

- Era eu quem colocava as respostas. Perguntei "amanhã, quem vai ser campeão?" A resposta era "vocês são capazes", algo assim. Questionei quem ia fazer a diferença: "a camisa 10 do Flamengo sempre fez a diferença". Falei "pô, se anima, é você". Pet passou a mão no fio, puxou, quebrou o negócio do hotel. Ficou doido. Ele alugava filme, ficou vendo até umas 5h da manhã - brinca.

E até um meme virou tópico de discussão: lembra da reação do Pet quando o repórter Eric Faria falou que, se Helton fosse três centímetros mais alto, a bola não entraria? Hoje foi a vez do ex-goleiro vascaíno responder.

- Mais três centímetros? Pet, a gente já falou sobre isso, hein (risos). (...) A experiência que a gente teve nos dá uma outra bagagem para repensar uma posição, como colocar a barreira. A oportunidade foi dada. E tive esse privilégio de poder aprender. Não era o que eu queria, como era óbvio, mas fez com que eu aprendesse muito. (O fator) de ter mais ou menos não nos impede de reconhecer o mérito desse rapaz que está aí sentado - afirma.

A live do ge contou com a participação de ex-jogadores de Flamengo e Vasco que estiveram em campo na decisão. No lado rubro-negro, Juan, Maurinho, Edilson, Leandro Ávila e Júlio César marcaram presença, além do técnico Zagallo (por vídeo); do lado do Vasco, os representantes foram Helton, Fabiano Eller e o técnico Joel Santana.

Helton comenta lance que originou o gol de falta do Pet no Carioca de 2001

Helton comenta lance que originou o gol de falta do Pet no Carioca de 2001

- Falar desse momento, para mim, tem um sabor muito especial. Estava me afirmando como goleiro do Flamengo. Acho que o título do tri colaborou muito nessa minha trajetória até minha saída do clube em 2004. Aquela pintura com que o Pet nos presenteou, aos 43 do segundo tempo, foi incrível. Parece que foi ontem - diz Júlio César.

A marcação da falta de Fabiano Eller em Edílson, pelo árbitro Léo Feldman, também foi assunto da live. O ex-zagueiro do Vasco acha que o lance foi normal, assim como Pet - que destaca que não foi falta, mas que na época "não havia VAR". Edílson, por sua vez, brinca e discorda.

- Foi falta clara (risos). Alguns jogadores do Vasco pediram para ser falta em vez de escanteio, porque achavam que o escanteio era mais perigoso. Acharam que o Pet não faria gol dali. O Pet, como grande cobrador que sempre foi, botou a bola no ângulo. Eu fui lá conferir, estava bem embaixo do Helton, achei que a bola ia sobrar e eu ia fazer o gol. (...) Esse jogo foi muito emblemático, um dos últimos grandes jogos do Maracanã antigo - afirma Edílson.

Zagallo relembra gol de Pet no tricampeonato Carioca do Flamengo, em 2001

Zagallo relembra gol de Pet no tricampeonato Carioca do Flamengo, em 2001

Um dos momentos mais emocionantes da live foi a exibição de uma entrevista de Petkovic com Zagallo, técnico do Flamengo no tri. O Velho Lobo cita a aflição com a "demora" do gol do sérvio contra o Vasco, além da emoção com a conquista do Carioca.

- Não é qualquer jogador que fica obcecado em chegar ao máximo, na colocação da falta que ele tanto treinou e se transformou numa vitória. Ali era a vitória ou nada. É um terceiro gol que demorou porque o segundo, com seis do segundo tempo, foi quando você deu o passe pro Edílson. Custou, mas foi ótimo. Chorei como ninguém. Um choro de vitória, magnífico. Fico até arrepiado - diz Zagallo. 

Fonte: https://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/petkovic-relembra-incentivo-de-maurinho-e-incomodo-antes-de-gol-contra-o-vasco-chutei-o-balde.ghtml

domingo, 23 de maio de 2021

 

Flamengo tem onze títulos no século 21 e domínio inédito na história do Campeonato Carioca

Comparação com Campeonatos Brasileiros, Paulistas e estaduais do Rio, só o Santos de Pelé teve domínio tão expressivo

Rio de Janeiro


A hegemonia do Flamengo é incontestável no século 21. Até 2008, o Fluminense era o recordista de títulos estaduais, com 31 contra 30 do rubro-negro. Vantagem construída, em parte, em função dos nove troféus conquistados nos primeiros vinte torneios do século 20. Entre 1906 e 1926, o Tricolor foi soberano.

Os primeiros 21 campeonatos do século 21 têm um domínio ainda maior do Flamengo. Desde 2001, o Flamengo ganhou onze vezes o troféu, contra quatro do Botafogo, três do Fluminense e três do Vasco. O primeiro campeonato do novo século marcou o quarto tricampeonato rubro-negro, com gol de Petkovic contra o goleiro vascaíno Helton. Agora, são seis. 

Pensar em onze conquistas num mesmo campeonato estadual, em 21 disputas, só é comparável nos estados com dois reais competidores -- Grenal no Rio Grande do Sul, Ba-Vi na Bahia, Atlético x Cruzeiro em Minas Gerais -- ou no período do Santos de Pelé. O Rei estreou em 1957. Entre 1955 e 1975, em 21 disputas, o Santos ganhou doze vezes.

O gol do título marcado por João Gomes, formado no Ninho do Urubu indica que a hegemonia não está baseada apenas no poder econômico, embora seja um ponto central. O Flamengo mantém vocação para descobrir e lançar jovens jogadores.

Os onze títulos no século 21, o sexto tricampeonato da história, são motivos para os rubro-negros festejarem. Também para os rivais refletirem e trabalharem. 

 

Flamengo cumpre protocolo ao acumular mais um tri do Carioca

 

Rodrigo Mattos
23/05/2021 00h09

Antes de seu início, a final do Carioca tinha um ar de protocolo como se o Flamengo se encaminhasse para o título sem obstáculos, sem rival. Sim, havia pela frente o respeitável Fluminense de boas campanhas no Brasileiro e Libertadores. Mas parecia uma diferença técnica grande para o time tricolor superar em dois jogos, mesmo diante da tradição do clássico.

De uma certa forma, os dois Fla-Flus confirmaram essa tese. Não que tenha sido um passeio no parque, uma caminhada na praia para o Flamengo. Houve luta tricolor. Mas faltou mais competição para manter o time vivo de verdade diante de um time superior.

Ao contrário do primeiro jogo, o Fluminense até tentou uma marcação pressionando o Flamengo no início da segunda decisão. Equilibrou a partida durante 15min. Até que o peso da idade de seus atacantes Nenê e Fred não lhe permitiu manter o ritmo e passou a entregar o jogo à técnica superior rubro-negra.

O Flamengo saia para jogar à vontade, dominava o meio-campo e circulava a bola sem ser incomodado. Ao final do primeiro tempo, tinha mais de 70% de posse de bola. Não chegava a ser um domínio com chances avassaladoras. Mas o Fluminense não conseguia sequer jogar. Não tinha contra-ataque, não tinha chances. Era uma nulidade.

Adotar este tipo de postura diante do Flamengo costuma ser fatal. E foi. A bola tanto girava até que Gabigol a enfiou para Arrascaeta, que foi derrubado de forma atabalhoada por Marcos Felipe. Pênalti que Gabigol voltou a cobrar com a tranquilidade de quem vai à praia.

Quase ao final do primeiro tempo, foi metida por Filipe Luís a segunda bola para o centroavante no canto da área tricolor. Havia pouco ângulo para a conclusão. Ele meteu o pé esquerdo na bola, e Marcos Felipe aceitou. Segunda falha na noite.

A volta do intervalo revelou um Fluminense mais vivo no jogo, como já ocorrera em outros clássicos. As duas substituições de Roger Machado incluíam Gabriel Teixeira e Caio Paulista na partida. Mas o ataque continua a repetir a falta de mobilidade. Era o bastante para botar um Flamengo sob pressão, já que o time rubro-negro costuma voltar mal para o segundo tempo.

Não sobravam chances ao Fluminense quando Rodrigo Caio chutou a perna de Caio Paulista em pênalti claro. O árbitro Bruno Arleu precisou do VAR para marcar. De resto, o juiz tinha problemas no jogo. Para cartões amarelos, por exemplo, tinha um critério claro: só dava para quem não tivesse um anterior. Era intimidado e tentava levar o jogo sem grande certeza. Valia para os dois lados.

Parecia que haveria uma reação tricolor. Parecia? Faltava força ao time, enquanto ao Flamengo faltavam pernas. Rogério Ceni demorou a substituir, mas trocou Gabigol e Arrascaeta por Pedro e Vitinho. A segunda troca era necessária, a primeira, discutível. Mais adiante, colocou João Gomes no lugar de um Gerson longe de ser brilhante.

E foi o volante da base que fez o gol depois de jogada lutadora de Pedro. Dominou evitando o combate do zagueiro, tabelou com Vitinho e chutou para Marcos Felipe espalmar para João Gomes fazer o terceiro. Era a terceira falha de Marcos Felipe.

Um time claramente superior e um goleiro rival falho não criam grandes dúvidas sobre o resultado da decisão do Carioca. Foi um protocolo e um alívio para o Flamengo por cumprir o que dele se esperava. Dos seis tricampeonatos rubro-negros, este certamente é aquele em que o time tem maior diferença para os rivais. Não é à toa que desistiu de ter estrelas na camisa por Estaduais há bastante tempo.

 

Flamengo vence o Fluminense por 3 a 1, no Maracanã, e conquista o Hexa Tricampeonato Carioca

Gabigol, duas vezes, e João Gomes marcaram os gols do Mais Querido

Por - em

DEU MENGÃO MAIS UMA VEZ! 

Com gols de Gabigol (2) e João Gomes, o Mais Querido venceu o Fluminense por 3 a 1, no Maracanã, neste sábado, e conquistou o Hexa Tricampeonato Carioca. Foi o 37º título carioca do Rubro-Negro. 

O jogo

O primeiro tempo foi todo do Mais Querido. Logo aos 13 minutos, Gabigol dominou uma bola que sobrou na área e bateu cruzado. O goleiro Marcos Felipe defendeu. Aos 19 minutos, Bruno Henrique achou Gabi na área. O atacante finalizou cruzado e assustou Marcos Felipe. 

O Flamengo seguiu martelando e, aos 41 minutos, De Arrascaeta sofreu pênalti. Ele recebeu belo passe de Gabigol e foi derrubado na área pelo goleiro Marcos Felipe, que levou cartão amarelo. Gabi foi para a cobrança aos 43 e, com muita categoria, marcou: 1 a 0 Flamengo. O segundo veio pouco tempo depois, aos 46 minutos. Gabi recebeu belo passe de Filipe Luís na esquerda da área, soltou a bomba e marcou: 2 a 0 Flamengo.

No segundo tempo, o Flamengo diminuiu um pouco o ritmo, mas se manteve dominante na partida. Aos 6 minutos, Fred diminuiu o placar para o Fluminense, de pênalti: 2 a 1. Aos 8 minutos, quase o terceiro do Mengão. Arrasca cobrou falta de longe e quase fez um golaço. Marcos Felipe salvou o Fluminense. Aos 15 minutos, Marcos Felipe salvou novamente o Fluminense após belo chute de Filipe Luís. 

O terceiro gol do Flamengo veio com o garoto João Gomes, já no fim do jogo, aos 41 minutos. Ele, que entrara no segundo tempo no lugar de Gerson, aproveitou o rebote do goleiro Marcos Felipe, que não conseguiu segurar o chute de Pedro, e empurrou para a rede: 3 a 1 e Flamengo Hexa Tricampeão Carioca. 

FICHA DO JOGO

Data e hora: 22/05/2021, às 21h05
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Bruno Arleu de Araújo
Assistentes: Rodrigo Figueiredo Henrique Corrêa e Thiago Henrique Neto Corrêa Farinha
Árbitro de vídeo: Carlos Eduardo Nunes Braga
Gols: Gabigol (1-0, 43'/1ºT e 2-0, 46'/1ºT) e Fred (2-1, 6'/2ºT)
Cartões amarelos: Rodrigo Caio e Bruno Henrique (FLA); Marcos Felipe, Nino, Luccas Claro, Danilo Barcelos, Yago Felipe e Fred (FLU)
Cartão vermelho: Não houve.

FLAMENGO (Técnico: Rogério Ceni) - Gabriel Batista; Isla (Matheuzinho, 40'/2ºT), Willian Arão, Rodrigo Caio e Filipe Luís; Gerson (João Gomes, 40'/2ºT), Diego (Hugo Moura, 43'/2ºT), Everton Ribeiro e Arrascaeta (Vitinho, 35'/2ºT); Bruno Henrique e Gabigol (Pedro, 35'/2ºT).

FLUMINENSE (Técnico: Roger Machado) - Marcos Felipe; Calegari, Nino, Luccas Claro e Danilo Barcelos; Yago Felipe (Bobadilla, 36'/2ºT), Martinelli e Nenê (Cazares, 23'/2ºT); Luiz Henrique (Caio Paulista, Intervalo), Kayky (Gabriel Teixeira, Intervalo)  e Fred (Abel Hernández, 36'/2ºT).

Fonte: https://www.flamengo.com.br/noticias/futebol/flamengo-vence-o-fluminense-por-3-a-1--no-maracana--e-conquista-o-hexa-tricampeonato-do-carioca