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segunda-feira, 31 de dezembro de 2018



Flamengo supera pressão em Franca e conquista Super 8 com autoridade

Título é o segundo na temporada e fecha ano de renovação com mais uma taça na galeria

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Pressão total, ginásio lotado e um adversário recém-campeão sul-americano. Receita para amedrontar qualquer time, menos o Orgulho da Nação. 

O Flamengo entrou em quadra para encarar o líder e favorito Franca e não quis nem saber. Tomou a frente no primeiro quarto, deu aula de defesa no segundo, equilibrou o ataque no terceiro e finalizou com requintes de crueldade no quarto. Alguma esperança o Franca teve, mas o controle foi total da equipe de Gustavo De Conte, que conquistou seu segundo título em 2018. 

Com a conquista, o FlaBasquete já está na Liga das Américas que serpa disputada no segundo semestre de 2019, além da moral que ganha para a volta do NBB. Hoje, o Rubro-negro está na terceira colocação e volta a atuar no próximo dia 12, fora de casa, contra o Corinthians. 

O argentino Franco Balbi foi mais uma vez o ponto de desequilíbrio. Uma atuação gigante do armador que anotou 20 pontos. Marquinhos, escolhido MVP, fez 15 e pegou sete rebotes. Varejão, o craque do primeiro tempo pendurando o Franca nas faltas, fez 16 pontos e pegou seis rebotes. 

O jogo

Como era de se esperar, o primeiro quarto foi bastante equilibrado, com os dois times tomando a dianteira no placar. O Flamengo começou melhor, abrindo 4-0, mas viu o Franca crescer com a torcida no apoio e virar, chegando a fazer 8-13 com cinco minutos. Gustavo parou e acertou a equipe. Com Varejão acumulando faltas dos rivais, o Flamengo foi chegando e tomou a frente, que não perdeu mais nos 10 minutos iniciais. Mesmo com a pressão francana, o FlaBasquete soube segurar e fechou em 25-22. 

A vantagem do primeiro virou atropelo no segundo. Com cinco minutos, o Flamengo abriu 12-0 (34-22) e dominou completamente a etapa. O ginásio ficou em silêncio, acusando o golpe, porém o Flamengo diminuiu um pouco o ritmo e a pontuação baixou. Mas nada que assustasse. A equipe de Gustavo De Conti estava com a marcação fechada e o esquema funcionando muito bem, evitando o trabalho de bola do Franca para fechar em 47-20 e deixar uma ótima gordura para o segundo tempo. 


O terceiro quarto foi o menos movimentado do jogo. O Franca voltou melhor, mas o Flamengo soube administrar a vantagem e a cada ponto sofrido, ia lá para conferir uma cesta e manter a diferença. Através de Hettsheimeir, o time da casa tentou diminuir, o FlaBasquete fechou bem o perímetro e não permitiu os arremessos de longe. Por sua vez, o rubro-negro também não tentou de longe, foi mais para infiltrações com Balbi e Marquinhos e, mesmo perdendo o quarto (22-24), ainda terminou na frente em 11, 62-51. 

Nos 10 minutos finais, o Franca voltou bem e acertou duas de três na sequência, o que fez Gustavo parar o jogo. A conversa surtiu efeito e o Flamengo remotou o jogo. Balbi, com bela infiltração, esfriou o ginásio. 

O jogo se transformou numa batalha. Lá e cá, os dois times se revezaram no ataque e ficou tudo aberto. Mas o peso da quantida de craques do Flamengo falou mais alto. Balbi, Marquinhos, Olvinha e Varejão seguraram o ímpeto do Franca. O título tinha dono. O Flamengo voltou ao lugar mais alto no pódio de um campeonato nacional. A Nação pode comemorar. 







Fonte: http://www.flamengo.com.br/noticias/basquete/flamengo-supera-pressao-em-franca-e-conquista-super-8-com-autoridade

domingo, 23 de dezembro de 2018

REINIER, UM TALENTO RARO





Reinier brilha, sub-17 vence Fluminense e conquista Copa do Brasil na raça e na superação

Desfalques, doença, nada disso impediu o título de uma geração que ganhou muito em 2018

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Com um título na base o ano começou, com um título na base o ano terminará. Campeão da Copa São Paulo de Futebol Junior, em janeiro, o Flamengo conquistou a Copa do Brasil Sub-17 no Maracanã, ao vencer o Fluminense por 1 a 0, gol de Reinier, e levantou sua primeira taça na competição. O Sub-17 coroa um ano espetacular. Já havia conquistado a Adidas Cup, em Dallas, e a Evergrande Cup, na China. 

Consagração de uma geração que promete demais e de um craque do futuro, o jovem Reinier. O camisa 10 marcou seu quinto gol na Copa do Brasil, artilheiro da competição, e fez os dois do Flamengo nas partidas finais. Com 16 anos, uma postura de adulto e fundamental na conquista. 

E um time que precisou se superar. Um surto de caxumba evitou a partida de volta e abalou a equipe. Vários desfalques, jogadores sem treinar. Na raça, com o espírito rubro-negro, o Sub-17 levantou a taça no Maracanã.  

O jogo

Quem começou melhor a final foi o Flamengo. Logo na saída, o time foi tabelando e a bola sobrou para Ítalo, que chutou de longe, mas o goleiro Marcelo defendeu. Aos poucos, a partida foi ficando mais equilibrada. O Flu respondeu com cabeçada de Luan, que Pedro Victor espalmou, afastando perigo. 

Aos 14, não teve jeito. João Gabriel fez ótima jogada pela esquerda e cruzou para Marcos Felipe. O meia ajeitou para Reinier que chutou de primeira e fez seu quinto gol na Copa do Brasil. Cinco minutos depois, quase o segundo. Daniel cruzou pela direita e Rhyan subiu para cabecear forte e para o chão, mas a bola quicou e bateu no travessão. 

As chances diminuiram, mas não por total. No último minuto, quem brilhou foi o goleiro Pedro Victor, que fez um milagre em chute de Wallace à queima-roupa. E o primeiro tempo terminou mesmo com o Mengão na frente. 

Na volta do intervalo, os dois times foram menos agressivos, se estudando mais. A primeira chance foi do Fla. Aos oito, Braian desceu pela direita e cruzou na medida para Reinier cabecear bem, mas a bola saiu à esquerda do gol tricolor. Dois minutos depois, Reinier lançou Marcos Felipe de um lado do outro do campo, mas o camisa sete chutou por cima do gol, perdendo mais uma boa chance. 

Aos 26, Pedro Victor fez mais uma defesa espetacular. João Pedro recebeu livre na área e soltou a bomba, mas o goleiro voou no canto para pegar e evitar o empate. Não adiantou. Com raça, com o Manto e muito rubro-negrismo, o Mengão conquistou a taça no Maracanã! É campeão!!

Fonte: http://www.flamengo.com.br/noticias/futebol-de-base/reinier-brilha--sub-17-vence-fluminense-e-conquista-copa-do-brasil-na-raca-e-na-superacao

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

BICAMPEÃO



Sub-16 derrota o Fluminense e comemora o bicampeonato do Torneio Guilherme Embry dentro de Xerém

Bruno pega mais um pênalti, Weverton faz o gol do título e futebol de base rubro-negro conquista o 18º troféu em uma temporada que ainda não acabou.

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Um gigante que se alimenta de títulos desde cedo. Em uma temporada vitoriosa, que ainda não terminou para os Garotos do Ninho (o Sub-20 disputa a Copa Ipiranga Internacional, em Porto Alegre, e o Sub-17 decidirá o título da Copa do Brasil contra o Fluminense em duas partidas no Maracanã, antes de encerrar o ano no Japão), a equipe Sub-16, comandada pelo treinador Ramon Lima, derrotou o Fluminense por 1x0 (Weverton) na tarde desta segunda-feira (03), e sagrou-se bicampeã do Torneio Guilherme Embry, o Campeonato Estadual da categoria, dentro de Xerém. Esse foi o 18º título do futebol de base do Flamengo até aqui na temporada, se aproximando da temporada 2016, que até hoje representa a mais vitoriosa da história do clube em números de conquistas, com 19.



Foto: Ian Sena/Flamengo

Logo no primeiro minuto de jogo, Mayquinho cobrou falta com perigo. A bola quicou na entrada da pequena área, mas o goleiro Marcelo fez a defesa sem dar rebote. O clássico, como todo jogo decisivo costuma ser, era muito disputado e tinha poucas chances de gol nos minutos iniciais. Com a vantagem do empate em suas mãos, o Mais Querido fazia um jogo controlado e não corria riscos, enquanto o Fluminense buscava não se expor muito na primeira etapa. 

O tricolor criou sua primeira chance de gol apenas aos 33 minutos. Kaká fez boa jogada e cruzou rasteiro. Otávio salvou, e no rebote a zaga chegou no tempo certo para bloquear o chute de Jhonny. Já nos acréscimos, o Mais Querido teve duas chances para abrir o marcador. Primeiro com Weverton, que soltou uma bomba de primeira para grande defesa de Marcelo. Na sequência com Dhouglas, que bateu por cima do travessão. 


Foto: Alexandre Neto/fotodojogo

O Flamengo voltou para a segunda etapa disposto a ser bicampeão estadual Sub-16, e o gol não demorou a sair. Logo aos três minutos, Mayquinho chutou rasteiro da entrada da área. A bola parou nos pés de Weverton, que dominou com muita qualidade, usou o corpo para girar em cima da marcação e soltou um petardo no ângulo direito de Marcelo, que não teve chance alguma de fazer a defesa. Dois minutos depois, a arbitragem assinalou pênalti a favor do Fluminense. Miguel cobrou e, mais uma vez na temporada, o paredão rubro-negro Bruno brilhou e fez a defesa, mantendo a vantagem rubro-negra no placar. 


Foto: Alexandre Neto/fotodojogo

Aos 20 minutos, o Fluminense criou boa trama ofensiva e chegou perto do empate, mas a finalização de Kaká saiu por cima do gol de Bruno. Os Garotos do Ninho responderam aos 29, em chute cruzado de Caio. Marcelo estava atento e espalmou para escanteio. Na cobrança, Hugo subiu bem, mas a cabeçada saiu sobre o gol tricolor. Nos minutos finais, o Fluminense ainda tentou impor certa pressão, mas os Garotos do Ninho controlaram bem a vantagem, e apenas aguardaram o apito final para comemorarem o 18º título do futebol de base rubro-negro na temporada.

Flamengo: Bruno, Marcos Felipe (Pedro Arthur), Otávio, Hugo (Vinicius), Caio; Dhouglas, Peçanha (Daniel Campos), Mayquinho (Diego), Jean Carlos (Jhonata), João Pedro (Richard) e Weverton (Gabriel Borsatto). Treinador: Ramon Lima.

Ao L!, Rondinelli relembra carreira e gol que deu título ao Flamengo

"Deus da Raça" marcou o único gol da vitória sobre o Vasco em 1978, que garantiu troféu do Campeonato Carioca ao Rubro-Negro. Conquista completa 40 anos nesta segunda-feira

Rondinelli
Rondinelli, camisa 3, marcou o gol que deu ao Flamengo o título do Carioca de 78 sobre o Vasco (Foto: Reprodução)

Bárbara Mendonça

Rio de Janeiro (RJ)
 
O relógio marcava 42 minutos do segundo tempo. No placar, 0 a 0, resultado que dava o título do Carioca de 1978 ao rival Vasco… Até que chegou Rondinelli. Zico cobrou escanteio para o Flamengo e viu o zagueiro correr em direção à área, subir mais alto que Abel e cabecear a bola para o fundo das redes do goleiro Leão. “Daqui a cinquenta anos, dirão os que viveram o grande dia: ‘Nunca o Flamengo foi tão Flamengo!’”, disse Nelson Rodrigues sobre a vitória simples, que garantiu ao Rubro-Negro seu 18º título estadual.

A famosa conquista do Campeonato Carioca completa exatos 40 anos neste 3 de dezembro de 2018. Ao LANCE!, Rondinelli, o “Deus da Raça”, relembrou sua carreira como zagueiro e o triunfo estadual - considerado por muitos como o marco zero da “Geração Zico”, a mais vitoriosa da história do Flamengo. Entre os anos de 1978 e 1983, a equipe da Gávea faturou três Brasileiros, quatro Cariocas, uma Libertadores e um Mundial.

Além do título, o antológico gol deu fim a um histórico jejum do Flamengo. Em 1978, o clube amargava cinco jogos sem marcar sobre o Vasco, a maior sequência rubro-negra sem gols no Clássico dos Milhões até os dias de hoje. Do dia 24 de abril de 1977 até o 3 de dezembro de 1978, foram quatro empates por 0 a 0 e uma vitória do Cruz-maltino por 3 a 0.

- Realmente foi um divisor de águas. Vínhamos de fases adversas, de nenhuma conquista de campeonato. Vejo (essa atribuição) de uma forma positiva em relação à liderança do nosso maior ídolo, Zico. Isso sempre contribuiu para que os jogadores chegassem ao clube e se espelhassem nessa geração enquanto profissionais. Foram grandes conquistas, o ambiente de trabalho, amizade, confiança, respeito, amor. Gratidão desde o presidente até o funcionário mais humilde do clube, que nos ensinaram a ter amor por esta sigla CRF - declarou o ex-camisa 3 da Gávea.

A conquista do Carioca ainda teve um gostinho especial para Rondinelli: além da 'redenção' rubro-negra com o fim da seca, o título marcou o triunfo da Gávea sobre uma equipe que era 'muito melhor que a nossa', na opinião do zagueiro. O plantel da Colina tinha nomes como Leão, Abel, Gaúcho e o ídolo Roberto Dinamite.

Rondinelli
O registro do lance: Rondinelli subiu e cabeceou nas costas de Abel Braga (Foto: Reprodução)
História de Rondinelli no Flamengo começa anos antes do famoso título
 
Muito antes da glória estadual, Antônio José Rondinelli Tobias desembarcou no Rio de Janeiro em 1968 com um 'empurrãozinho' de Velau. Por coincidências da vida, o ex-atacante do Rubro-Negro na década de 1940 montou uma oficina na cidade natal do Deus da Raça, e disse ao zagueiro que ele poderia fazer testes no clube da Gávea (Velau já tinha indicado o meia Zanata ao Flamengo).

- Cheguei à categoria de base em 1968 para fazer meu primeiro teste. Por circunstâncias da vida, ele residia em São José do Rio Pardo, minha terra natal e de meus familiares. Não é que eu não tivesse tido apoio, mas é que eu era uma criança sem experiência numa cidade grande como o Rio de Janeiro. Houve uma grande contestação do meu saudoso pai Dário. Por outro lado, houve grande apoio da minha mãe Sylvia. O grande incentivador foi mesmo meu avô Sylvio Rondinelli - completou.

O avô nasceu na Itália e era um apaixonado pelo Palestra, atual Palmeiras. O avô levava o jovem Antonio aos estádios de futebol sempre que possível. No hall de ídolos, o patriarca da família tinha Oberdan, Djalma Santos, Tupãzinho, Servílio e Ademir da Guia como estrelas principais.

Além de Sylvio, Antonio tinha o tio Vicente Rondinelli como figura dentro do meio do futebol. Vicentino, como era conhecido, começou a carreira no Fluminense e chegou a jogar no Flamengo ao lado de Fernandinho, primeiro goleiro profissional da história do Rubro-Negro.

Promovido ao grupo profissional em 1974, Rondinelli morou sob o mesmo teto que Cantarele em um pequeno apartamento alugado no bairro do Flamengo, uma experiência que marcou 'momentos de libertação e o começo da independência' da dupla no Rio de Janeiro.

Rondinelli - Flamengo
Rondinelli é ídolo do Flamengo até os dias de hoje (Foto: Reprodução)
 
- Me lembro principalmente entre os anos de 1972 e 1974, quando comecei a assumir a vaga de titular no Flamengo. Devido às conquistas do bicampeonato no juvenil, despontei e me sobressaí em jogadas, despertando olhares do técnico do time principal, Fleitas Solich, além de outros treinadores. Foi muito gratificante e prazeroso conviver com Cantarele, um baita amigo e conselheiro. Uma experiência muito valiosa para o que somos hoje - disse.

Com a vaga na zaga garantida e os desempenhos de destaque, Rondinelli foi convocado para a Seleção Brasileira durante a preparação para a Copa do Mundo de 1978. Entretanto, uma lesão após seu retorno ao Flamengo quebrou a sequência titular no clube da Gávea - e ele quase foi parar no Internacional em troca de um atacante. O ex-camisa 3 contou suas motivações para reconquistar a posição no time de Claudio Coutinho, 'o grande nome' dentre os treinadores com quem trabalhou.

Postura em campo e a alcunha de "Deus da Raça"
 
É fácil entender de onde vem o apelido carinhoso: não faltam episódios em que o ex-camisa 3 parou as jogadas adversárias na base da garra. Na final do Campeonato Brasileiro de 1980 - o primeiro dos seis triunfos do Flamengo - , Rondinelli ficou de fora do duelo de volta contra o Atlético-MG. O motivo? Ele quebrou o maxilar no que muitos acreditam que foi uma dividida com Éder; o "Deus da Raça" revelou ao L! que, na verdade, a jogada em questão envolveu o atacante Palhinha.

- Ele me deu uma cotovelada na região do maxilar, onde tive uma fratura. Por consequência, (fiz) uma cirurgia delicada que acabou tirando a minha audição total do ouvido esquerdo. Minha esposa escreveu um bilhete, dizendo que eu estava passando bem e que os atletas jogassem por mim, mesmo eu estando hospitalizado - acrescentou Rondinelli.

O ex-jogador não nega que a raça dentro de campo foi um dos artifícios que ele encontrou para compensar pela baixa estatura. O zagueiro tem 1,76m, altura considerada abaixo da média para os atletas da posição.

Rondinelli
Rondinelli recebeu o apelido carinhoso de 'Deus da Raça' da torcida rubro-negra (Foto: Reprodução)
 
- Eu era um jogador voluntarioso e com muito afinco. Não gostava de perder nem em treinos. Assim, consegui conquistar a torcida, com minha raça e coragem "suicida" para evitar qualquer gol dos adversários. Dessa forma eu compensei minha baixa estatura e minha técnica limitada - afirmou.

Em outro lance marcante, Rondinelli se viu em uma disputa de bola com Rivellino durante um Fla-Flu amistoso. Para afastar o perigo, a reflexão do zagueiro foi rápida: por que não tirar a bola do pé do meia com a cabeça? O lance gerou preocupação até mesmo no rival, que deu uma bronca no rubro-negro após a conclusão da jogada.

- Ele virou e falou exatamente “você ficou louco, garoto? Você quer que eu te arranque a cabeça?" (risos). Jamais me passou pela cabeça que me exceder em raça, vontade e determinação fosse prejudicar a minha carreira como atleta profissional. Nenhuma lesão ou contusão me assustou - relembra.

Saída do Flamengo e a ausência nos troféus de 1981Se por um lado Rondinelli 'abriu as portas' para as conquistas de geração 1978-1983, por outro ele não participou das duas maiores delas: a Libertadores e o Mundial. Em 1981, o zagueiro deixou o Flamengo após ser negociado com o Corinthians.​ De acordo com o camisa 3, a principal motivação para sua saída foi um maior interesse da Gávea em apostar em novas fichas da base.

- Não me arrependo de ter sido negociado com o Corinthians. São situações que ocorrem de interesse com os clubes. No momento, foi o melhor para mim e para ambas as equipes. À época, havia o interesse (no Flamengo) em jogadores mais novos que vinham se destacando, com condições de escrever suas histórias, feitos na base, como eu. São os casos do Figueiredo e do Mozer, por exemplo - lembrou.

A distância do grupo campeão em nada diminuiu o sentimento do zagueiro de fazer parte do caneco - e o clube também fez questão de reconhecer a importância de Rondinelli. Prova disso é que o Flamengo enviou duas faixas de campeão (tanto da Libertadores quanto do Mudial) ao camisa 3, que estão guardadas com carinho até os dias de hoje (veja na foto abaixo).

Rondinelli e a faixa de campeão da Libertadores em 1981
Rondinelli e a faixa de campeão da Libertadores (Foto: LANCE!)