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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Mais um título invicto


Vibração no pódio é intensa: capitão Ronaldinho ergue a Taça GB (Foto: André Durão / Globoesporte.com)

À la Zico e Pet, Ronaldinho, de falta, decide para o Flamengo a Taça GB
Mesmo sem brilhar, craque cobra com estilo, Fla vence Boavista por 1 a 0 e conquista, de forma invicta, seu 19º troféu do primeiro turno
por GLOBOESPORTE.COM

Foram 534 minutos em campo com a camisa rubro-negra. Nas seis partidas pelo Flamengo desde que chegou, Ronaldinho Gaúcho não conseguiu, até o momento, repetir as grandes atuações que o fizeram ídolo no Barcelona, no Milan e na Seleção Brasileira. Mas craque, mesmo sem brilhar, pode decidir. E numa cobrança de falta, relembrando outros camisas 10 marcantes, como Zico e Petkovic, o novo ídolo rubro-negro começou a escrever sua história no clube. Aos 26 minutos do segundo tempo, bateu com maestria e correu para o abraço. E, junto com o time, comemorou no embalo do "Bonde sem freio", rap que virou hit entre os jogadores na semana da decisão, o gol que garantiu, neste domingo, a vitória por 1 a 0 sobre o Boavista e a 19ª Taça Guanabara para o clube, de forma invicta.

Ao fim da partida, todos os jogadores, puxados pelo camisa 10, voltaram a fazer a coreografia do "Bonde do Mengão sem freio". Ronaldinho comemorou como um garoto que iniciava a carreira. E a torcida do Flamengo, que lotou o Engenhão, vibrou com a primeira conquista da temporada 2011. "Que torcida é essa?", gritava, eufórica. Com os jogadores já no alto do pódio para receber as medalhas e erguer o troféu, cantou o hino do clube. E depois da volta olímpica, Ronaldinho fez questão de chegar próximo da arquibancada para mostrar a taça. Euforia total.

O gol marcado deu a Ronaldinho, 46 dias depois de sua apresentação apoteótica na Gávea, diante de 20 mil torcedores, a alegria de, também, ser o responsável pelo primeiro grito de carnaval dos rubro-negros. O camisa 10, que desfilará na Portela e na Grande Rio, poderá brincar também à vontade no bloco que criou - Samba,.Amor e Paixão - no próximo domingo.

Com a conquista da Taça Guanabara, o Flamengo assegurou vaga cativa na decisão do Campeonato Carioca. Ao Boavista, resta o consolo de ter feito boa campanha no primeiro turno e, pela primeira vez, ter ido a uma decisão. O Verdão de Saquarema já volta a campo na quinta-feira, na estreia da Taça Rio, em casa, contra o Bangu. O Rubro-Negro inicia a campanha no segundo turno no sábado, contra o Olaria, no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.

Ronaldinho de centroavante

O técnico Vanderlei Luxemburgo surpreendeu ao sacar Deivid e escalar o argentino Bottinelli no meio-campo, deslocando Ronaldinho para a posição de centroavante. A outra alteração foi a saída de Ronaldo Angelim para a entrada de Egídio. A ideia, segundo o treinador, era usar três meias - Thiago Neves, Renato e Bottinelli - para municiar o camisa 10. A opção pelo lateral era criar pelo lado esquerdo mais uma opção de ataque.

Foi até do camisa 6 a primeira boa jogada, aos cinco minutos. Foi à linha de fundo e centrou para Thiago Neves cabecear. A zaga do Boavista interceptou. Mas o que se viu em boa parte do primeiro tempo foi um Flamengo tocando muito a bola, mas com poucas infiltrações para criar oportunidades. Com Ronaldinho preso na área e Bottinelli e Thiago Neves errando passes, o esquema de Vanderlei não deu certo.

O Verdão de Saquarema, desde o início, dava a senha do que seria sua estratégia: esperar o Flamengo em seu campo para partir em contra-ataque e aproveitar os buracos da defesa. Durante os 11 primeiros minutos, nem uma coisa nem outra. O Flamengo só conseguiu a primeira boa jogada de gol quando Ronaldinho saiu da área e foi para a ponta esquerda. Livrou-se de Bruno Costa e centrou para Thiago Neves cabecear pelo lado direito. Mas o goleiro, xará do camisa 7, espalmou para escanteio. Pouco depois, pela direita, Léo Moura recebeu na medida de Thiago Neves e bateu cruzado, para fora, na melhor oportunidade.

Se o Flamengo melhorava o seu toque de bola, o Boavista não conseguia puxar os contra-ataques. Renato era eficiente no primeiro combate, e Willans e Maldonado marcavam em cima Tony e Leandro Chaves, os armadores da equipe da Região dos Lagos. Com isso, Frontini não conseguia ser acionado.

Queda de ritmo

Com os termômetros marcando 42 graus no Engenhão, os dois times caíram de ritmo. Muito marcado na área, Ronaldinho caía pelos flancos para ajudar na armação, mas pouco dava sequência às jogadas. Bottinelli, sem ritmo de jogo, errava o último passe. Thiago Neves raramente servia bem e pecava pelo excesso de individualismo.

O time só voltou a levar susto à meta do Boavista num lance sem querer de Egídio. Na tentativa de centrar para a área, ele quase encobriu o goleiro Thiago, que se esticou para espalmar a bola. O goleiro voltou a aparecer bem aos 40 minutos, quando o Flamengo acertou uma jogada pela direita, no lançamento de Maldonado para Bottinelli. O argentino foi à linha de fundo e centrou para encontrar Ronaldinho, que vinha na corrida. Mas Thiago saiu bem do gol e espalmou, salvando o Boavista.

No fim do primeiro tempo, as duas equipes se aproveitaram de erros para criar chances de abrir o placar. Na única que o Boavista teve, Leandro Chaves levou a melhor após desequilíbrio de Maldonado, que ao partir para tentar dominar a bola - mal passada por Willians - caiu. O camisa 10 do Verdão de Saquarema chutou com violência, mas no meio do gol. Felipe rebateu. O Flamengo contra-atacou com Welinton na área adversária. Em bola resvalada erradamente pela zaga, o camisa 3 rubro-negro apanhou a sobra e bateu por cima.

Negueba em campo

Vanderlei atendeu aos pedidos da torcida e lançou Negueba no lugar de Bottinelli, no segundo tempo. O Boavista começou a sair um pouco mais para o ataque, e o técnico Alfredo Sampaio, com dez minutos, botou o lateral-direito Joílson no lugar de Bruno Costa, para subir melhor.

Depois que Negueba fez boa jogada pela direita e centrou para Thiago Neves, que chegou atrasado, Vanderlei resolveu mexer no Flamengo novamente. Sacou Egídio para pôr o atacante Diego Maurício. Com isso, Renato foi para a lateral, e Ronaldinho voltou ao meio-campo. As jogadas não saíam. A torcida se irritava, Vanderlei também. Ao reclamar de uma falta de Maldonado marcada pelo árbitro, acabou advertido. O Boavista ensaiava sair mais para o jogo, mas esbarrava nos erros de passes e na boa cobertura rubro-negra.

Gol de falta

Aos 25 minutos, começou o lance capital da partida e de Ronaldinho na Taça Guanabara. Edu Pina derrubou Thiago Neves próximo da área. Não houve quem não pedisse o craque para bater. E o camisa 10 relembrou os grandes tempos de Barcelona ao cobrar com maestria. A bola cobriu a barreira e foi caindo à esquerda de Thiago, que sequer pulou. Antes de a bola entrar, o ídolo já saiu correndo para comemorar. E, junto com o time, fez a coreografia do "Bonde do Mengão sem freio", inspirado no funk que virou febre entre os jogadores.

Com a vantagem, Vanderlei fortaleceu a defesa ao trocar o cansado Thiago Neves por Ronaldo Angelim. Pouco depois, após dividida em que Renato Abreu bateu com o joelho no peito de Frontini, o atacante do Boavista deu um tapa no jogador rubro-negro, que valorizou o lance. O átbitro expulsou o argentino.

O Boavista pressionou, e no fim da partida, o time reclamou de pênalti em Gustavo, não marcado pelo árbitro. O time de Saquarema lutou, mas a Taça GB já tinha dono. Mais uma vez, foi para a Gávea.

flamengo 1 x 0 boavista Felipe, Léo Moura, Welinton, David Braz e Egídio (Diego Maurício); Maldonado, Willians, Renato, Thiago Neves (Ronaldo Angelim) e Bottinelli (Negueba); Ronaldinho. Thiago, Bruno Costa (Joílson), Gustavo,Santiago e Paulo Rodrigues; Júlio César, Edu Pina, Leandro Chaves e Tony; André Luís (Raphael Augusto) e Frontini.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo Técnico: Alfredo Sampaio
Gol: Ronaldinho, aos 26 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Renato Abreu e Ronaldinho Gaúcho (Fla), Leandro Chaves, Júlio César, Edu Pina e Gustavo (Boavista). Cartão vermelho: Frontini (Boavista
Local: estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro. Data: 27/02/2011. Árbitro: Marcelo de Lima Henrique. Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés e Luiz Antônio Muniz de Oliveira. Renda: R$ 1.198.930,00. Público pagante 36.102. Público presente. 41.708.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/jogo/campeonatocarioca2011/27-02-2011/flamengo-boavista.html

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A Justiça tarda, mas não falha



Fla hexacampeão; antes tarde…

À essa altura, já nem fazia tanta diferença assim.

O título brasileiro de 1987, agora reconhecido oficialmente pela CBF, nunca esteve na galeria física, mas sempre frequentou o bom-senso da cultura popular, acima de paixões clubísticas.


Nunca foi legal. Mas sempre foi legítimo.

A decisão demorou demais. Idas e vindas de uma tal Taça de Bolinhas, atropelamento e morte da ética, desfaçatez dos que rasgaram acordos, tudo se permitiu na longa e injustificada espera.

Mas o reconhecimento oficial tem, pelo menos, um benefício prático: cobre de vergonha aqueles que cinicamente se aproveitaram da situação ambígua para se apropriar de fatos, glórias e símbolos que não lhes pertenciam.

Porque no fundo, todo mundo – até eles – já sabiam.

Com 24 anos de atraso, o Flamengo é declarado hexacampeão do Brasil.

É provável que tão cedo não haja taça. Talvez não haja carreata, festa do título ou comemoração até o sol raiar.

Mas por toda dificuldade e justiça, bem que merecia.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/platb/ilanhouse/2011/02/21/fla-hexacampeao-antes-tarde/

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A mística flamenguista

Impulsionado por ‘era Bruno’, Fla amplia invencibilidade nos pênaltis
Desde 2004, time não perde esse tipo de disputa. Até equipe de juniores foi ‘contaminada’ pela aptidão na Copinha deste ano
Por Eduardo Peixoto
Rio de Janeiro

André Bahia corre, bate de perna esquerda e Mauro salta para defender. A cena é do dia 22 de setembro de 2004, contra o Santos, pela Copa Sul-Americana, e apontou o último vilão do Flamengo no assunto disputa por pênaltis. Desde então foram cinco disputas sem relembrar a situação de ter que voltar cabisbaixo para o vestiário. A mais recente vitória desta forma foi neste domingo, contra o Botafogo. Depois do empate por 1 a 1 com o Botafogo, o goleiro Felipe defendeu duas cobranças (Everton e Somália) e foi o herói da classificação à final da Taça Guanabara (Assista ao vídeo ao lado dos melhores momentos do clássico).

- Sabia que numa disputa por pênaltis a responsabilidade aumentaria pelo histórico do Bruno. Para que eu possa conquistar meu espaço, mas não quero ser o novo Bruno. Quero ser o Felipe, mas sei que falando de pênalti o Bruno era um monstro – afirmou.

Como ele mesmo admitiu após a partida, a boa participação dá continuidade à dinastia de Bruno, atualmente detido por acusação no desaparecimento na jovem Eliza Samudio. O goleiro participou de três disputas por pênaltis. A primeira na semifinal da Taça Guanabara de 2007 contra o Vasco. Dudar e Diego falharam contra ele.

Na final daquele ano, o camisa 1 bloqueou Lucio Flavio e Juninho, os dois principais cobradores do Botafogo. Leandro Guerreiro e novamente Juninho esbarraram em Bruno na decisão do Carioca de 2009.

Vale também destacar a precisão dos cobradores. Nas quatro ocasiões citadas acima, ele bateram 15 vezes e só perderam uma - Renato chutou no travessão contra o Vasco. Léo Moura se destaca. Ele participou das quatro decisões, não tremeu e converteu em todas. Outro dado curioso é que em nenhuma das disputas o quinto batedor do Flamengo foi solicitado. No último domingo, seria Ronaldinho.

Está nas estatísticas
A quase invisível Copa Rio de 2005 também colabora para a boa fase do Flamengo nos pênaltis. Apesar de jogar a competição com time reserva, as partidas contaram para as estatísticas oficiais do clube. Por isso, a vitória sobre o Olaria por 5 a 4, na Rua Bariri, está na lista. O goleiro era Wilson, atualmente no Figueirense.

Neste ano, o time sub-18 também se garantiu nas penalidades máximas. Tanto na segunda fase, contra o Cruzeiro, como nas semifinais, contra o Desportivo Brasil, o goleiro César se destacou e foi um dos grandes pilares para o título.


Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2011/02/impulsionado-por-era-bruno-fla-amplia-invencibilidade-nos-penaltis.html

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Fierro se destaca mais uma vez



Fierro comemora chance de jogar com Ronaldinho
Depois de atuar com Salas e Zamorano, chileno estreou ao lado de R10 neste domingo

Autor: Por Da equipe do site oficial


Jogar ao lado dos maiores ídolos do futebol de seu país deve ser um grande feito. E, além disso, atuar com um dos maiores nomes do futebol mundial também é para ser inesquecível. É esta sensação que Fierro está sentindo neste domingo (13.02). O apoiador chileno, que teve o prazer de vestir a mesma camisa de Ivan Zamorano e Marcelo Salas, em sua carreira, hoje teve o prazer de estrear, em um jogo oficial, ao lado de Ronaldinho pelo Flamengo.

O jogador não esconde que estava ansioso pela primeira oportunidade de jogar ao lado do craque brasileiro. E logo em seu primeiro jogo com Ronaldo, Fierro roubou a cena. Entrou no segundo tempo e foi fundamental no lance do gol da vitória do Flamengo sobre o Resende. Foi dele o passe para Deivid empurrar a bola para a rede.

"Eu tive o prazer de jogar com os maiores jogadores da história do futebol do Chile, o Zamorano e o Marcelo Salas, e agora estou jogando com o Ronaldinho. Estava ansioso para trocar passes com ele, disputar um jogo oficial e não há como descrever o quanto isso significa", disse.

Fierro lembrou ainda que, no Chile, Ronaldinho também é visto como um jogador excepcional e que as pessoas têm muito carinho por ele. Eleito melhor jogador do mundo em duas oportunidades, o novo camisa 10 da Gávea já conquistou diversos títulos em todo o mundo e agora sonha com o sucesso no Flamengo.

"Lá no Chile todos gostam muito dele também. Ele é um jogador que é bem reconhecido em todo o mundo e no meu país não é diferente", completou.

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticia/detalhe/12035

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Carlinhos você merece



Flamengo homenageia o eterno Violino

Praça Carlinhos e busto do ex-craque com presenças ilustres e muita emoçãoAutor: Por Da equipe do site oficial


O Flamengo homenageou, neste sábado (12.02), um dos maiores nomes da história do futebol do clube. Luis Carlos Nunes da Silva, mais conhecido como Carlinhos, o Violino, se emocionou bastante com a inauguração da "Praça Carlinhos", que fica ao lado do ginásio Togo Renan Soares, na Gávea. No local, também foi instalado um busto de bronze do ex-jogador e treinador, tão campeão pelo Rubro-negro.

Comandando o evento estava a presidente do clube, acompanhada de alguns vice-presidentes do Flamengo, todos os presidentes de poderes, além de grandes nomes do futebol rubro-negro, incluindo os meninos campeões da Copinha 2011.

Um desses convidados, Junior, o Maestro, representando os ex-jogadores presentes, fez um discurso emocionado, lembrando a época vitoriosa em que foi comandado por Carlinhos.

"É uma homenagem muito justa para alguém que faz parte da história do clube. Me recordo com muito alegria de todas as vezes em que comemoramos títulos juntos, aqui na Gávea, num restaurante. Parabéns, Carlinhos", disse Junior, que deu uma camisa da época em que foi comandado pelo ex-treinador de presente para ele.

Muito comovido com tudo o que foi feito em sua homenagem, Carlinhos não discursou e não conseguia disfarçar a alegria, apesar das lágrimas. Em seguida, a presidente Patricia Amorim usou o nome do eterno craque rubro-negro para lembrar o que deseja para o futuro.

"Estou muito emocionada e tenho uma enorme honra em ser a presidente do clube numa homenagem tão bonita como essa. O Carlinhos representa tudo o que queremos para o Flamengo. Ele passou por todas as nossas divisões de base, sempre jogou aqui e foi muitas vezes campeão. É o retrato em que os nossos jovens devem se espelhar. Ele sempre mostrou coragem e humildade, conquistando assim tudo e todos", disse Patricia Amorim.

Entre os ex-jogadores presentes, várias épocas gloriosas do Flamengo podiam ser vistas. Nelsinho Rosa, Silva, Julio Cesar "Uri Gueller", Adílio, Dionísio, Ananias, Arilson, Walter, Juarez, Paulo Lumumba, Jaime Valente, Alfredinho, além do ex-presidente George Helal, que dá nome do centro de treinamento do Flamengo, em Vargem Grande.

O secretário de transportes do Rio de Janeiro, Julio Lopes também esteve presente. Grande rubro-negro e sócio benemérito do clube, ele doou o busto de bronze de Carlinhos, exposto da praça de mesmo nome, na Gávea.

Reinauguração da sauna
Antes da homenagem a Carlinhos, o Flamengo reinaugurou sua sauna. Desde 1993 sem passar por reformas, o espaço foi completamente remodelado, passando a ser um dos melhores do gênero no Rio de Janeiro.

A reforma da sauna, que tem vista para a Lagoa Rodrigo de Freitas, faz parte da política de revitalização da Gávea, coloca em prática desde o ano passado pela atual diretoria.

Festa para os jovens campeões
O time que levantou o caneco da Taça São Paulo de futebol Junior marcou presença na homenagem ao ex-jogador e treinador Carlinhos, mas também teve seu grande momento.

Depois da inauguração da Praça Carlinhos, os meninos da Gávea tiveram um almoço, realizado no local, em sua homenagem.

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticia/detalhe/12030

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Até adversário é flamenguista


Geraldão tem até um carro confeccionado em homenagem ao rival (Foto: Mauro Graeff Junior)

Presidente do Murici é sócio do Rubro-Negro
Mandatário da equipe do interior de alagoas é torcedor fanático do rival na primeira fase da Copa do Brasil

Mauro Graeff Junior
Publicada em 11/02/2011 às 09:18
Murici (AL)
Geraldo Amorim é daquelas pessoas que todo mundo conhece em cidades pequenas. Em Murici, ele é chamado de Geraldão por conta dos seus cento e poucos quilos.

Bonachão, sempre sorridente, é chefe de gabinete do prefeito, presidente do Murici FC e torcedor símbolo do Flamengo no município. Anda pelas ruas com um Fusca 1977 todo pintado e adesivado com as cores do Rubro-Negro. O carro foi comprado, já paramentado, em 2009, após o título de campeão brasileiro.

– Eu acompanho o Flamengo desde os anos 80, do time da geração do Zico. Saí várias vezes de Alagoas para ir ao Maracanã.

Confronto com o Fla leva esperança para Murici




Na próxima quarta-feira, quando as duas paixões de Geraldão se encontrarem em Maceió, ele irá torcer para o Murici. Para ele, seria uma alegria imensurável se o time do interior de Alagoas segurasse o RubroNegro para garantir o jogo de volta no Rio de Janeiro.

LEIA TAMBÉM: Um ano após tragédia, Murici vive dias de expectativa


– O jogo aqui já é histórico. Se formos para lá, nem vou acreditar – diz Geraldão, que nas últimas semanas dá entrevistas diárias a veículos de imprensa de todo Brasil.

Não é chavão dizer que o presidente do Murici é rubro-negro de carteirinha. Ele carrega no bolso a carteira de sócio-contribuinte do Fla, mesmo estando a mais de 2 mil quilômetros do Rio.

– Consigo ver poucos jogos pessoalmente, mas não deixo de pagar.

Fonte: http://www.lancenet.com.br/flamengo/Presidente-Murici-socio-Rubro-Negro_0_425357480.html

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Obrigado Macaé



Ronaldinho: "Foi muito emocionante marcar pelo Fla"

Craque deixou sua primeira marca com o manto sagrado neste domingo e exaltou a torcida

O relógio marcava 22 minutos do primeiro tempo quando Deivid sofreu pênalti, depois de boa jogada de Thiago Neves. E quando o árbitro apontou a marca penal, todos os olhos, não só dos que estavam em Macaé, assistindo ao confronto entre Flamengo e Macaé, pareciam se voltar para o camisa 10 rubro-negro. Era Ronaldinho Gaúcho chegando mais perto de marcar seu primeiro gol pelo Fla. O craque balançou a rede, correu para a galera e deu a tradicional sambadinha, acompanhado do time.

Na saída de campo, o sentimento do dever cumprido. Primeiro gol marcado, vitória garantida e vaga nas semifinais da Taça Guanabara, primeiro turno do Estadual 2011.

"Foi muito emocionante marcar meu primeiro gol pelo Flamengo. Estou muito feliz em representar a maior torcida do mundo. A minha conexão com a torcida está aumentando cada vez mais. O time está embalando e a torcida também. Era tudo o que eu queria. Agradeço aos jogadores, que me ajudaram muito. Foi assim com o Thiago Neves também e isso é muito legal", afirmou R10.

Sobre a competição, o camisa 10 do Flamengo não pensa em outra coisa senão o título da Taça Guanabara, se possível invicto.

"Agora é continuar trabalhando forte para permanecer invicto e buscando o título deste primeiro turno. Nosso grupo está muito forte, todos os jogadores estão querendo muito as vitórias e ainda tem essa molecada, subindo das divisões de base, vindo com tudo", explicou Ronaldinho, que explicou o abraço forte em Willians após o terceiro gol do Flamengo neste domingo, nascido em uma jogada sua.

"Fui lá agradecer à ele. O Willians fez uma grande jogada e não é muito a dele fazer aquilo por ali. O lance acabou nos dando a vitória e nos ajudando muito", encerrou.

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticia/detalhe/11977

Os gols da partida, bem como os detalhes da sexta vitória no estadual podem ser vistos no link:
http://globoesporte.globo.com/jogo/campeonatocarioca2011/06-02-2011/boavista-flamengo.html

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O privilégio de ser flamenguista


Acabei de ler o Blog do Torcedor do Flamengo de um grande privilegiado. O autor além de ser flamenguista se chama Arthur. Precisa mais? Acredito que não.
São duas matérias que ilustram um pouco a grandeza de levar o manto sagrado eternamente no coração.

A primeira:

A gente sabe, todo mundo aqui sabe, que o maior, talvez o único, patrimônio relevante do Flamengo somos nós. A Nação. Nação, galera, ao contrário do que todo mundo acha, não é a parte de dentro de um riscado com carteirinha na ONU. Segundo a fonte mais cientificamente conceituada, a Wikipedia, Nação, do latim natio, de natus (nascido), é a reunião de pessoas, geralmente do mesmo grupo étnico, falando o mesmo idioma e tendo os mesmos costumes, formando, assim, um povo, cujos elementos componentes trazem consigo as mesmas características étnicas e se mantêm unidos pelos hábitos, tradições, religião, língua e consciência nacional.

Mas, a rigor, os elementos território, língua, religião, costumes e tradição, por si sós, não constituem o caráter da nação. São requisitos secundários, que se integram na sua formação. O elemento dominante, que se mostra condição subjetiva para a evidência de uma nação assenta no vínculo que une estes indivíduos, determinando entre eles a convicção de um querer viver coletivo. É, assim, a consciência de sua nacionalidade, em virtude da qual se sentem constituindo um organismo ou um agrupamento, distinto de qualquer outro, com vida própria, interesses especiais e necessidades peculiares.

Sentiram o drama? É por essas e outras que somos conhecidos por tal alcunha. É claro que tem paradas aí que não batem exatamente conosco. A Nação Rubro Negra não tem apenas um grupo étnico, tem todos. Não fala um único idioma, não tem os mesmos costumes etc. O que importa mesmo é que somos um grupo heterogêneo, espalhado territorialmente, com um interesse coletivo comum e que consciência disso. Uma nação internacional.

É por isso que o Flamengo não pode mais ignorar seus irmãos e irmãs de São Paulo, aqueles cerca de 2% da capital (sem contar o interior!) que sei lá qual pesquisa apontou tempos atrás. Aquela rapaziada que invadiu o Pacaembu em festa para comemorar o título da Copinha, que tomou a Paulista noite adentro para gritar É HEXA! e que vemos todo santo dia, sem distinção, vestindo o Manto Sagrado em todos os cantos da cidade. Aquela rapaziada que lota bares, em especial os que a Fla Sampa se instala, para apoiar e curtir o Mengão.

Esse pessoal todo quer ver o Flamengo mais de perto, quer ajudar o clube de várias formas, inclusive, pasmem, consumindo produtos do clube. É uma demanda latente, louca pra explodir. Precisamos de um braço oficial do Fla em São Paulo. Garanto que o Mengão não se arrependerá e que os outros irmãos rubronegros Brasil afora, inclusive os do amado berço carioca, ficarão orgulhosos desse Imperialismo Povão.

Tava pra escrever sobre isso há algum tempo, tinha esquecido, mas ver a estréia do Ronaldinho com a FlaSampa (bar lotado, 200 pessoas entoando as músicas da torcida) conversando com amigos rubronegros nascidos ou não em São Paulo, me fez lembrar dessa questão fundamental. E aí, pum, me deparo com um trecho do livro Nação Rubro Negra, de Edilberto Coutinho, em que ele apresenta Denise, paulistana rubronegra, filha de Silvio Pirillo, monstro da história do primeiro tricampeonato da década de quarenta.

Aí não pude lembrar de outra coisa que não a definição que Mário Filho, aquele do nome do Maracanã (que saudades), fez do Flamengo:

O Flamengo é o clube mais popular porque é o mais fácil de ser querido. E é o mais fácil de se querido porque não estabelece fronteiras para os que o amam ou desejam amá-lo. O Flamengo aceita o amor de todos, as simples simpatias, as amizades puras, serenas, as paixões desencadeadas. E o que é mais importante: se orgulha delas. Por isso se pode amá-lo à imagem e semelhança de cada um.

Vamos tomar esta cidade, Flamengo! hahahaha.

Rondi Ramone é punk, nascido e criado em Flamengo. No twitter: @rondiramone

Mengão Sempre

http://globoesporte.globo.com/platb/arthurmuhlenberg/


A segunda:

Vai ser do Galo?

O Rafinha completou 4 anos em dezembro do ano passado. E, apesar de ter sido indumentado minutos após o parto com um boné e uma camiseta do Galo, não nutre interesse algum por futebol. Frustração de pai boleiro. Talvez um dia, mais pra frente, ele passe a gostar. Talvez se o Galo ganhar alguma coisa importante nos próximos anos ele se torne mais um integrante da nação.

Por enquanto prefere desenhos do Tom & Jerry, algumas pedaladas, bonecos, piscina, praia e passeios nos shoppings. Este último por influência da mãe, egressa de São Paulo, onde os shoppings são uma beleza. Ela torce pro Corinthians e me contou surpresa dias atrás que o moleque tinha feito, do nada, uma declaração de amor ao Flamengo.

Diálogo, dentro do carro, voltando, claro, de um shopping:

_ Mãe, eu adoro o Mengo!
_ Como assim? Você nem gosta de futebol
_ Gosto sim. Não gosto é do Galo!
_ Mas e o Timão?
_ Também não gosto.
_ Mas por que o Flamengo, essa mulambada?
_ Por que eles são vencedores, mãe. Eles gostam de ganhar tudo.
_ Quem disse isso?
_ Uê, meus colegas. Todos são do Mengo. Você compra uma camisa vermelho e preta pra mim?
_ Não compro camisa do Flamengo, Rafa! Até parece! Não quer uma do Corinthians? Timão, Timão, êô!!!
_ Esquece mãe!
_ Uma do Galo?
_ Esquece mãe. Essa conversa não vai dar em nada!

Encerrou o assunto. Criança dessa idade faz cada uma! Por mais que a mãe provocasse, nada, nem uma palavra. Se soubesse assoviar, assoviava.

Outro dia, enrolava pra tomar leite e dei uma dura legal nele. Minutos depois, entrou em meu quarto, franziu os olhos, esticou os braços em direção ao chão (ele adora fazer isso quando está bravo) e mandou essa:

_ Vou te deixar aí sozinho no quarto pra você pensar melhor nas coisas que você tem me falado!

Eu hein! Bom, mas o assunto aqui no Terreirão é Galo. E é sobre o Galo e suas carências que vou escrever essas últimas palavras.

Entendo muito bem o Rafinha. O moleque vive no Rio e aqui a maioria espetacular dos meninos torce pro Flamengo. Os caras foram campeões brasileiros no ano retrasado. Já têm seis títulos, estão sempre promovendo ações de marketing e ganhando os jornais do mundo inteiro. Tinham Adriano e Vagner Love em 2009. Agora, repatriaram Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves. Montaram um puta time com duas tacadas certeiras. São favoritos ao título carioca e ao Brasileirão. E estão sempre quebrados, devendo a Deus e ao mundo. Não têm centro de treinamento. Mas têm o principal: espírito de vencedor. Podem estar lutando contra o rebaixamento que não perdem a arrogância nem o olhar superior. Isso, como gostam de dizer, é fato. Nenhum clube tem isso, só o Flamengo.

Os outros grandes do Rio lutam pra derrotá-los. Só se preocupam com o pessoal da Gávea. Têm trimiliques e suadouros toda vez que ouvem o nome Flamengo. Amaldiçoam-no, fazem vudu, ironizam com sarcasmo frívolo, xingam, fingem ignorar. Fazem o diabo pra acabar com a arrogância da mulambada mas não conseguem. O Flamengo hoje é odiado até na derrota. E isso é bom pra eles. Claro. O Rafinha tem em quem se mirar. E ele mira na mulambada. E acha a mulambada o máximo. Quem não quer ser um vencedor?

Nós, do Galo, nos iludimos, mais um ano, com as contratações medianas. Mancini (aquele mesmo que quase já foi defenestrado pra Sibéria por nós mesmo), Toró, Richarlyson, Jobson. Bons jogadores, mas nada mais que isso. Não damos passos longos, não chamamos o mundo pro nosso quintal. Nossa torcida é pessimista, irritada, raivosa. Não acredita em vitória nem quando está 4 a 0 aos 35’ do segundo tempo. Parecemos o povo alemão na década de 20 sufocado e entristecido pela Raterepüblik. É preciso mudar isso. Enquanto formos o time que só luta de igual pra igual no Campeonato Mineiro, enquanto não tivermos mais um título importante, nada vai mudar. Caraio, ter só um título nacional em mais de 100 anos de existência é coisa de louco!

Pode-se até dizer que é nisso que está nossa glória. Glória e fracasso, pode-se dizer também. Temos sim a glória dos guerreiros porque não desistimos dessa camisa, desse time medíocre, dessas trapalhadas das sucessivas diretorias incompetentes, desse manto de medo que cobre nossos sonhos. É nossa glória e nosso fracasso porque, ao mesmo tempo que nos mantemos firmes em nossa paixão e em nossa fé, passamos os dias num mundo de sonhos irrealizados. Acreditamos, mas talvez o melhor fosse uma revolução. Na cabeça de nosso dirigentes. Ainda há tempo. Vamos buscar um supercraque lá fora. Ainda este ano. Mesmo até que o cara não jogue, ou jogue um pouquinho. Temos que por o Galo no mundo de novo! No New York Times, nos jornais da Europa, da Ásia. Pensar grande. Revolucionar. Mudar. Essa é a nossa única salvação! O Rafinha agradece!

Saudações alvinegras!

Luiz Fernando Ávila

Fonte: http://globoesporte.globo.com/platb/arthurmuhlenberg/

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O novo xodó da Gávea



Wanderley garante festa na estreia de Ronaldinho

Rio de Janeiro: Como em uma estreia na Brodway, todos os ingressos vendidos e cadeiras preenchidas para assistir ao grande astro Ronaldinho Gaúcho vestir pela primeira vez a camisa do Flamengo. Nas arquibancadas, muito barulho e um mosaico com a inscrição ‘ Bem-vindo R10′, em uma bonita festa para recepcionar o craque. No entanto, quem brilhou mesmo foi o ainda pouco conhecido atacante Wanderley, que deixou a sua marca mais uma vez e garantiu a vitória de 1 a 0 para o time da Gávea sobre o Nova Iguaçu, que soube vender caro o resultado. Com o placar, o Rubro-Negro manteve-se invicto na Taça Guanabara e líder isolado do Grupo A, com 15 pontos e 100% de aproveitamento.

Antes da partida, já no gramado, o lateral-direito Léo Moura fez o simbólico gesto de passar a braçadeira de capitão ao novo camisa 10 da Gávea. Talvez este tenha sido um indício de que a bola literalmente giraria pelos pés do meia durante o confronto. Embora não tenha balançado as redes, como de praxe em suas estreias, o craque deu aos torcedores uma ideia do que está por vir. Teve olhar para um lado e tocar para o outro, toque de letra, pedalada, passe preciso e disposição, buscando o jogo e mostrando vontade. Mas o Nova Iguaçu, também estreante, só que no Engenhão, cobrou caro pela festa pré-pronta pelos cerca de 40 mil rubro-negros presentes no estádio.

Logo aos 2 minutos de jogo, Ronaldinho tocou na bola pela primeira vez com a camisa do Flamengo, ao receber de Thiago Neves e tentar o lançamento para Vander, mas a zaga do Nova Iguaçu estava atenta e afastou o perigo. Já aos 9, o meia levanta na área em uma cobrança de falta e Willians só não completou porque a defesa se antecipou já armando um bom contra-ataque. Alex Faria tabelou com William e recebeu de frente para o goleiro Felipe. No entanto, o atacante se apavorou e chutou para fora.

Com a parada técnica, Ronaldinho trocou de camisa, reservando a usada ao Museu do Flamengo, ainda não inagurado. Mas foi com a nova camisa que o astro fez a sua primeira grande jogada. Aos 22, o meia tabelou com Deivid, devolvendo de calcanhar e rolou para Renato Abreu que chegou chutando para fora. Só dava ele. Três minutos depois, o camisa 10 recebeu de Thiago Neves, invadiu a área, pedalou e rolou para ninguém, no meio da área do Nova Iguaçu. A resposta foi imediata, aos 28, Maicon tabelou com Alex Faria, invadiu a área e cruzou, mas David Braz anulou a tentativa.

Em uma de suas especialidades, a cobrança de falta, Ronaldinho quase abriu o placar aos 37, ao bater colocado e assistir Diogo voar na bola e espalmar para escanteio. O Flamengo pressionava e Léo Moura fez boa jogada aos 40, ao levar para o fundo e cruzar, Deivid desviou e o Gaúcho só não completou para o gol porque o zagueiro Leonardo pôs a bola para escanteio. Tentando estragar a festa rubro-negra ainda no primeiro tempo, Maycon recebeu um lançamento na área, aos 45, mas David Braz, atento, desarmou o atacante do Nova Iguaçu.

Os jogadores voltaram do intervalo e o centro de todas as atenções manteve-se em campo, até o fim da partida, garantindo o preço do ingresso aos rubro-negros presentes. Logo no primeiro minuto, Ronaldinho deu belo passe para Renato Abreu, mas o meia, jogando de lateral-esquerdo não alcançou. Aos 7, os dois tentaram uma nova tabelinha, mas a tentativa foi frustrada. Ronaldinho tocou de calcanhar, mas o ala devolveu fraco e a zaga cortou. Logo no minuto seguinte, o Nova Iguaçu levou perigo ao gol de Felipe em uma cobrança de escanteio. O goleiro precisou sair de soco e a bola sobrou nos pés de William que, para sorte do arqueiro, chutou muito mal, longe do gol.

Para dar mais poder ofensivo ao Flamengo, o técnico Vanderlei Luxemburgo lançou Dario Bottinelli e Wanderley para os lugares de Vander e Deivid, respectivamente. Aos 15, o jovem atacante mostrou personalidade em seu primeiro lance no jogo. Wanderley recebeu de Bottinelli e arriscou de fora da área, levando perido ao goleiro Diogo que viu a bola bater na rede pelo lado de fora. Aos 24, o jovem centroavante recebeu belo lançamento de Ronaldinho, matou no peito dentro da área e cruzou para o meio, mas a zaga do Nova Iguaçu anulou o perigo.

Aos 31, Wanderley devolveu o cruzamento para Ronaldinho. O craque dominou e rolou com açúcar para Thiago Neves. No entanto, da entrada da área, o meia soltou a bomba por cima do gol. Não fez falta, já que aos 40, o mesmo Thiago recebeu de Egídio e chutou cruzado. O goleiro deu rebote e, com oportunismo, Wanderley mandou para o fundo da rede, anotando seu quarto gol na competição e garantindo a festa de Ronaldinho Gaúcho. Ao final da partida, como ao encerrar de um grande espetáculo, o astro rubro-negro manteve-se em campo e foi ovacionado pelo estádio, respondendo com beijos na camisa e saudações ao público. Alguém dúvida que muitos espetáculos estão por vir?

FLAMENGO 1 x 0 NOVA IGUAÇU

Local: Engenhão, Rio de Janeiro.

Público/Renda:

Árbitro: Wagner do Nascimento, auxiliado por Lilian da Sila e Andrea Izaura

Gols: Wanderley, aos 40 do 2° tempo.

Cartões amarelos: Alex Moraes, Bruno Cortez, Amaral e Diogo Silva (NIG); Welinton, Maldonado e Thiago Neves (FLA)

FLAMENGO: Felipe; Leo Moura, Welinton, David e Renato; Maldonado (Egídio), Willians, Vander (Bottinelli), Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves; Deivid (Wanderley). Técnico: Vanderlei Luxemburgo

NOVA IGUAÇU: Diogo Silva; Paulo Henrique, Leonardo, Alex Moraes e Cortês; Amaral, Mossoró (Dieguinho), Alex Faria (Luan) e Marquinhos; William e Maycon. Técnico: Josué Teixeira

Fonte: Wanderley garante festa na estreia de Ronaldinho

Ronaldinho estreia com vitória



Mosaico feito pela torcida do Flamengo em homenagem a Ronaldinho (Foto: André Durão/Globoesporte.com)
Por Thiago Lavinas
Rio de Janeiro

Último a entrar em campo. Saltitante, balançando pernas e braços sem parar. Mais agitado do que o normal. Mas o momento era diferente mesmo. Especial. À espera do craque, um gigante e lindo mosaico preparado pela torcida rubro-negra com a frase: “Bem-vindo R10”. Emocionado, Ronaldinho Gaúcho agradecia com as mãos e fazia sinais de positivo com a cabeça. Os abraços dos companheiros, até mesmo dos adversários... Mas as homenagens não paravam por aí. Leo Moura se aproximou, tirou a braçadeira e entregou ao camisa 10, que vai passar a ser o novo capitão do Flamengo. Nova euforia na arquibancada. Ronaldinho precisava recuperar a concentração antes do apito inicial. Então se isolou. Fechou os olhos, abriu os braços e começou a rezar. Pediu proteção, inspiração.

E a bola rolou. Começava uma nova fase na carreira de Ronaldinho Gaúcho. Na estreia, o camisa 10 teve lampejos de genialidade, foi um jogador participativo, que chamou a responsabilidade, que orientou os companheiros. No total, ele correu 8,7km na partida e ficou com a bola nos pés por 3m09s. Deu três chutes, quase marcou um gol em uma bela cobrança de falta.

No começo da partida, a euforia dominou o Engenhão. A cada toque na bola de Ronaldinho Gaúcho surgiam gritos histéricos da torcida. O primeiro lance foi improdutivo. Parou no peito do zagueiro Alex Moraes. O camisa 10 parecia nervoso. Perdeu a bola também nas duas jogadas seguintes. No total, foram 11 passes errados durante os 94 minutos. Só quando surgiu uma falta na lateral esquerda é que a velha habilidade começou a aparecer. Ronaldinho fez um gesto com a mão indicando que iria cobrar na segunda trave. Mas ao ver o goleiro Diogo Silva sair antes para a pequena área, ele tentou surpreender e cobrar direto. Mas camisa 1 do Nova Iguaçu conseguiu voltar a tempo e defender. Um lance que lembrou bem o gol em cima da Inglaterra na Copa de 2002.

Logo na estreia, Ronaldinho exerceu também liderança. Aos nove minutos, ele fez um sinal de tranquilidade para todo o time logo depois de Alex Faria perder um gol incrível para o Nova Iguaçu. A defesa estava discutindo o posicionamento, mas o camisa 10 logo começou a falar e movimentar as duas mãos para baixo e para cima pedindo calma. Por várias outras vezes, ele também orientou a marcação, acertou o posicionamento. O papo, na maioria das vezes, acontecia com Deivid, Vander e Thiago Neves, principais companheiros de ataque. Aos dez minutos, uma das marcas registradas. Toque para um lado, cabeça para o outro. A defesa ficou perdida, mas Leo Moura perdeu a bola ao tentar entrar na área.

No início, Ronaldinho Gaúcho ficou mais centralizado no ataque, recebendo forte marcação dos zagueiros. Jogava mais de pivô na entrada da área. Depois procurou cair mais pela esquerda. Foi assim recebeu na esquerda e cruzou na cabeça de Thiago Neves. O desvio foi para fora. Veio o tempo técnico e o meia troca de camisa. A peça que ele usou nos primeiros minutos em campo pelo Flamengo vai para um museu que está sendo construído na Gávea e deve ser inaugurado no fm do ano. O período serve também para uma conversa com Deivid. O papo parece dar resultado assim que o jogo recomeça. De letra, Ronaldinho Gaúcho tabelou com o atacante e, depois, passou de primeira para Renato. O ala chegou na área chutando forte. A bola foi para fora. Pouco depois, R10 recebeu na esquerda e pedalou em cima da marcação. A torcida se levantou no Engenhão. Mas o toque rasteiro para a área não chegou até Vander.

Posicionamento de Ronaldinho durante a partidaSem a bola nos pés, Ronaldinho Gaúcho aproveitava para arrumar o cabelo, a faixa preta da cabeça e o meião. A costura da meia direita parecia incomodar o camisa 10, que toda hora se abaixava para tentar arrumá-la. O primeiro tempo se encaminhava para o fim quando surgiu uma falta na intermediária. Expectativa. Ronaldinho pegou a bola, ajeitou com carinho. Quatro passos para trás e olhar fixo para o goleiro. O chute viajou e parecia ter rumo certo. O craque ensaiou até a corrida para a comemoração, mas Diogo Silva se esticou todo e espalmou para encanteio.

- Está difícil. Eles estão fechadinhos lá atrás - disse Ronaldinho no fim do primeiro tempo.

Com uma chuteira branca, Ronaldinho voltou para o segundo tempo. Observado pelo irmão Assis, pela mãe Miguelina e outros familiares que estavam em um camarote, o craque deu um lindo passe para Deivid, mas o atacante não alcançou a bola, que acabou nas mãos do goleiro. O gol não saia e o meia dava sinais de impaciência. Quando o árbitro marcou uma falta perigosa contra o Flamengo, ele abriu os braços, reclamou. Minutos depois quando Bottinelli errou um passe simples e estragou um bom contra-ataque, Ronaldinho até bateu palmas para apoiar o companheiro, mas em seguida se virou, lamentou sozinho e soltou um palavrão.

É uma das maiores emoções da minha vida. Todo mundo tem um pouquinho de Flamengo na vida e a minha emoção aflorou muito o meu lado rubro-negro."Ronaldinho Ajudando na marcação, ele exagerou na entrada em Foca. A dividida terminou com a sola da chuteira do rubro-negro na canela do lateral, que precisou sair de campo para ser atendido. Três minutos depois, Ronaldinho procurou o adversário para se desculpar. Isso sem contar os gestos para o árbitro apontando o relógio toda hora que o Nova Iguaçu buscava ganhar tempo nos lances de bola parada.

Nos 15 minutos finais de partida, o Flamengo foi para o abafa e Ronaldinho apareceu servindo os companheiros. Primeiro foi Thiago Neves, que chutou por cima do gol. Depois, Leo Moura, que bateu cruzado para a defesa do goleiro. Apesar de se envolver bastante nas jogadas de ataque, o camisa 10 não participou do lance do gol de Wanderley, que garantiu a vitória. Mas o que se viu depois foi o craque sair correndo como um louco para a torcida atrás do atacante. Pulou as placas de publicidade e foi balançando os braços sem parar. No fim, um abraço longo em Wanderley na volta ao campo. Um sorriso e um agradecimento.

Com a vantagem, a atitude mudou. Aos 44 minutos, Ronaldinho falou para os companheiros que só faltavam três minutos para o fim da partida. E fez com as mãos gestos para o time tocar a bola e gastar o tempo. Veio o apito final e o craque fez o sinal da cruz. Depois foi abraçar Renato e Wanderley. Antes de sair de campo, o camisa 10 bateu palmas para os torcedores junto com os companheiros.

Depois, sozinho em campo, fez gestos referenciando o apoio e o carinho da torcida. Mostrou estar arrepiado com a festa. E beijou o escudo da camisa rubro-negra.

- Não tenho palavras - disse.

Ronaldinho não trocou a camisa 10 com ninguém apesar de alguns pedidos. Antes da partida, o meia disse que guardaria em casa o uniforme da estreia.

- Essa vai para a minha mãe, que veio de Porto Alegre para ver o jogo. Vai para o quadro por ser um dos dias mais emocionantes da minha vida.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2011/02/na-estreia-ronaldinho-tem-muita-vontade-e-lampejos-de-genialidade.html