Soberano, Flamengo vence Minas na Gávea e leva o bicampeonato do LDB
Comandados por Gegê, Diego e Cristiano Felício, cariocas dominam mineiros por quase 40 minutos e encontram um motivo a mais para celebrar virada de ano
A expectativa era de um jogo disputado, até por ser uma final de LDB. Mas não
foi isso que se viu na quadra do ginásio Hélio Maurício, na Gávea. O que
aconteceu foi uma garotada do Flamengo muito mais ambiciosa e com mais vontade de celebrar
a virada de ano do que a do Minas. Em mais de 30 minutos de partida, os
mandantes, empurrados pela sua fanática torcida, que compareceu em grande
número, foram absolutos, nunca ameaçados e faturaram o bicampeonato em três
edições do torneio, com a vitória por 51 a 42 (28 a 14).
A conquista do forte plantel rubro-negro veio muito pelas
individualidades do rápido Gegê, passando pelas mãos calibradas de Diego e
terminando com a força debaixo da tabela de Cristiano Felício, todos destaques
da finalíssima. O pivô foi o cestinha da decisão com 16 pontos, além de
pegar 11 rebotes, alcançando um duplo-duplo. Gegê anotou com 11 pontos e oito
assistências, enquanto Diego teve os mesmos 11 pontos e quatro rebotes. Pelo lado
mineiro, destaque para o ala Rafael com 13 pontos e sete rebotes.
Fla se impõe no início
O jogo começou com os dois times com posturas bastante
diferentes. Enquanto o Flamengo brigava por todas as bolas como se fosse um
animal com fome, o Minas aceitava passivamente a iniciativa rubro-negra, que
vinha através de bons contra-ataques puxados por Gegê, a mão calibrada de
Chupeta, além da força de Cristiano Felício, soberano no garrafão. Para
completar, os mandantes contavam com o apoio de sua fanática torcida, que após
a primeira cesta pelas mãos do armador, restando 6m40s para o fim, não parou
mais de cantar. Dono do jogo, os cariocas foram abrindo vantagem sem serem
incomodados, até fecharem o período em 18 a 9.
Destaque da partida, Gegê tenta o arremesso para o Flamengo (Foto: Fabio Leme)
Diferentemente dos dez minutos iniciais, os mineiros mudaram
de personalidade e começaram a incomodar mais o Flamengo com uma defesa forte. O
êxito pode ser visto no placar dos rubro-negros inalterado até a metade do
quarto, quando, de três, Diego acertou a cesta. Porém, se os cariocas não
conseguiam pontuar, os mineiros também não. Cometendo muitos erros por nervosismo
e afobação, os visitantes perderam quase todas as bolas de rebote e foram para o
vestiário 14 pontos atrás no marcador (28 a 14).
A sensação de que o Minas poderia crescer na segunda etapa, após o papo
no vestiário, foi descartada logo nos primeiros minutos do terceiro
quarto. Abatidos, os visitantes viram o Flamengo ampliar a vantagem com
Gegê, Diego e Felício, chegando a colocar 19 pontos de frente. A
distância no placar permitiu ao técnico Paulo Chupeta tirar o seu
armador. Foi neste período que o time mineiro cresceu, muito por causa
das bolas de longa distância do ala Rafael. Entretanto, o bom momento
não foi suficiente para descontrolar os rubro-negros, que logo voltaram a
dar as cartas, quando Gegê retornou à quadra.
Com 13 pontos de vantagem, o Flamengo foi para o quarto
final mais para administrar o placar do que qualquer outra coisa. E soube fazer
isso, razoavelmente, bem. Fortes na defesa, mas desconcentrados no ataque, os
cariocas viram o adversário diminuir, mas de maneira tímida. Uma bola de
Douglas, restando 2m40s para o fim, colocou a diferença em nove pontos (este
fora, apenas, o quarto ponto do Rubro-Negro até então no período). A vitória já
estava assegurada. Daí para frente foi só esperar os segundos passarem para
soltar o grito da garganta. E soltaram. Agora resta esperar mais um dia para o
estourar da champagne rubro-negra, que será ainda mais festejada do que o
convencional.
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