Singela homenagem a um cidadão comum
Ronaldo Angelim nunca foi jogador de
Seleção. É menos famoso e badalado do que muita gente que joga menos
bola que ele. Nunca se recusou a dar uma entrevista, um autógrafo, ou
posar para uma foto. Disse várias vezes que não se preocupava com
atrasos de salário porque jogava no Flamengo por amor àquele clube.
Fartou-se de ganhar Estaduais no Rio e o destino reservou-lhe uma
justíssima homenagem ao empurrá-lo rumo ao encontro da bola bem batida
por Petkovic, lance que viraria o gol do título brasileiro do Flamengo
em 2009. Agora, Ronaldo Angelim anuncia sua aposentadoria da bola, aos
37 anos. Vai passar batido por muitos jornais e TVs. Não vai mudar a
vida de muita gente, exceto de sua família, que o terá mais próximo. Mas
o Entre as Canetas não vai esquecê-lo. A vida de Angelim também não vai
mudar em nada com isto, mas faço questão de lhe prestar uma singela
homenagem com este post e um agradecimento pelo exemplo de correção
profissional e simplicidade.
Em todos os clubes que defendeu, Angelim
deixou um currículo que deveria servir de exemplo para todos os
jogadores. Mas foi inegavelmente no Flamengo que ele deixou mais litros
de suor e adrenalina. Felizmente aquele gol de cabeça contra o Grêmio no
Maracanã, que enlouqueceu uma Nação inteira pelo país, deu-lhe a chave
de uma galeria de heróis, que inclui, entre muitos outros, Valido,
Rondinelli, Nunes, Rodrigo Mendes, Petkovic, nomes que construíram com
seus gols decisivos o gigantismo do Flamengo.
Obrigado, Angelim. E parabéns a seus herdeiros, que têm em casa um exemplo do que há de melhor no homem brasileiro.
Fonte: http://sportv.globo.com/platb/entre-as-canetas/2013/05/21/singela-homenagem-a-um-cidadao-comum/
Angelim, Madeira que Cupim Não Rói.
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Sem nenhum tumulto, na humildade máxima
que sempre foi sua marca, Ronaldo Angelim encerra a sua carreira no
futebol. Um jogador de características raras, com personalidade forte e
ao mesmo tempo perfil baixo. Mais na dele, impossível. Para as gerações
mais jovens de rubro-negros, para quem Zico, Júnior, Nunes e Rondinelli
são figuras mitológicas, Angelim foi o mais vívido exemplo de amor à
camisa vermelho e preta. Presente em todas as nossas grandes conquistas
do século XXI, é o artilheiro do Hexa e o responsável direto pela última
grande festa popular no finado Maracanã. Angelim é o mito que os mais
jovens puderam ver jogar.
Angelim eu aplaudo de pé. Aguardemos do clube as devidas homenagens a quem entrou pra História do Flamengo pela porta da frente.
Valeu, Angelim!
Fonte: http://globoesporte.globo.com/rj/torcedor-flamengo/platb/2013/05/21/angelim-madeira-que-cupim-nao-roi/
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